Comme Les Fleurs escrita por just_faith, jesse_revenge


Capítulo 3
Hora De Ir Para MINHA Casa, Caterine


Notas iniciais do capítulo

Eh isso aí meu povo, aqui está mais um capítulo de Comme Les Fleurs

espero que vcs gostem deste aqui....
e logo que possível responderei os novos comentários...

obrigada para quem está lendo e se divertindo com essa nova história!



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Fingi que ela falava a verdade, mas sabia de que tudo em que disse era a mais pura mentira.  Olhei para a expressão dela depois que a mesma colocou o bilhete embaixo daquele vaso, estava muito deprimida...

 - Bem, gente, obrigada por me acompanhar até minha humilde casa e...- ela olhou para mim como o mesmo sorriso amarelo – obrigada por cuidar de mim enquanto estava mal naquele hospital...
- Sem problemas. É o meu trabalho... – olhei para ela, retribuindo com o mesmo sorriso amarelo.
 
Quando estávamos saindo da casa, Mikey me dá um cutucão e sussurra em meu ouvido:
 - Ela não pode ficar aqui sozinha! Ela nem se recuperou ainda. E ainda por cima, vai ficar 4 dias ali sozinha. – completou apontando para a casa com raiva. - Você precisa chamar alguma enfermeira... Ah, tem a Judite que cui...
- Perai! – o interrompi parando na frente do carro enquanto ele dava a volta no mesmo, abrindo a porta para entrar. – Como você sabe disso? Ela contou para você que ficaria sozinha?
 - Nem precisou né, cara. Pela cara que ela fez depois que leu aquele bilhete, é claro que ela vai ficar sozinha! Ah – ele estava sentando no banco quando levantou num estalo, como se tivesse formigas carnívoras naquele banco. – um detalhe: Eu li o bilhete...
- Como? – estava quase sentando no banco quando voltei a minha antiga posição. Coloquei meus braços em cima do capo do carro com a chave em uma das mãos e olhei profundamente para meu irmão, onde o mesmo olhava com uma expressão de naturalidade, como se tivesse dito uma coisa banal. – Como você...Como conseguiu ler o bilhete?
 - Peguei o bilhete debaixo do vaso enquanto ela não estava olhando, muito menos você, li e depois coloquei de novo no mesmo lugar onde achei. Fácil! – ele sorriu, batendo a mão no capo do carro.
 - Como eu não pude perceber que você pegou o bilhete? – olhava para ele perplexo comigo mesmo.
 - Porque você é um tapado e não percebe nada a sua volta? Cara, francamente, nem parece que você é meu irmão! E ainda por cima meu irmão mais velho, que deveria me ensinar as coisas da vida. Mas acho que EU que estou te ensinando as coisas....
- Eu vou lá falar com ela. – estava me comportando como um desnorteado nesta hora -  Ela não pode ficar sozinha debilitada daquele jeito! – falei voltando, andando em direção a casa, nem dando muita atenção no que ele falava.
 - Aí, vou esperar aqui no carro mesmo, cara. – Mikey olhou na minha direção e depois entrou no carro.
 - Faça como quiser... – respondi irritado continuando a andar, parando em frente à porta.  
Bati na porta. Não houve resposta.
- Caterine? Srta. Jordan? – Bati novamente na porta. Olhei para a maçaneta, segurei com a minha mão e girei silenciosamente.
  Estava aberta. 
 
  Entrei devagar... Me deparando com Caterine desmaiada no chão da cozinha, com a geladeira aberta e com um pote de manteiga e uma faca jogados no chão ao seu lado.
 - Ai, merda! –  Sai correndo em direção a cozinha, ajoelhando ao lado dela. – Caterine? Fala comigo... – coloquei sua cabeça em meu colo e bati em seu rosto de leve para ver se ela despertava. Peguei sua mão para sentir sua pulsação. – Ela está bem... – suspirei tranqüilo.
 
A peguei no colo e sai de sua casa andando o mais rápido que pude. Quando apareci na porta no hall de entrada, gritei pra Mikey que estava no carro jogando Game Boy. Ele olha para minha direção e se assusta. Pude escutar um “Ai, Caralho” quando ele jogou o Game Boy no banco traseiro e abriu correndo a porta para me ajudar com a garota, quase tropeçando em seu próprio pé quando contornava o carro para abrir a porta traseira.
  A coloquei no banco traseiro, depois que meu irmão tirou suas tralhas do banco, entrei no carro e digiri o mais rápido possível até minha casa.
  Chegando até o meu “Apertamento”(Como eu dizia do meu apartamento. Mesmo sendo um apartamento não tão pequeno...), a coloquei na cama no quarto de hóspedes, pedi para Mikey preparar uma vasilha de água enquanto eu pegava uma seringa para aplicar o medicamento no braço dela.
 - Você tem certeza do que está fazendo? – Mikey perguntou parando ao lado oposto da cama, olhando para mim e depois para ela.
 - É claro que tenho! Eu sou médico, tá lembrado? Sei muito bem o que estou fazendo! – respondi irritado, não olhando para ele e nem a reação dele.
  Depois dos medicamentos aplicados, pude perceber que ela estava dormindo profundamente, como um anjo. Ela era linda dormindo.
  Mikey entra depois e me vê observando Caterine absorto. Ele estava com dois copos de café, uma em cada mão, me entrega um copo (eu amo café) e senta na cama ao meu lado, olhando-a.
 - Você está afim dela, não é?
 - Quê? – olhei para ele assustado, ele ainda continuava a olhar Caterine dormindo. – O que você está falando?
 - O que você escutou... Você está gostando dela. – depois de olha-la, olha para mim sério.
 - Você está bêbado ou fumou maconha? – olhei para ele irritado. – Eu não... Eu não estou gostando dela! Nem a conheço direito!
- Francamente, cara! Primeiramente, não estou bêbado, só estou bebendo café até agora, e não fumei maconha; segundo, se você não estivesse “tão” preocupado com ela, diria que não está caidinho de amores, mas acho que a meus cálculos foram o inverso...
 - Porra! Eu sou médico! – gritei. Mikey fez sinal para eu falar mais baixo e aponta para Caterine. – Eu sou médico! – falei sussurrando. – Tenho que me preocupar com a vida, tenho que proteger a vida, entende?
 - Claro que entendo...Mas eu nunca vi um médico levar algum paciente até sua casa e além do mais, nunca vi um médico levar seu paciente para ser tratado em SUA própria casa, no seu caso, eu SEU próprio “Apertamento”. Vejamos – ele coloca a mão no queixo como se estivesse pensando em alguma coisa – você não a trataria desta maneira se não estivesse apaixonado por ela... Cara! Eu te conheço, sou seu irmão.
 - Então PÁRA de falar merda e pega mais café pra mim.
 -Sim, DOUTOR...


**********************************************************************
As As únicas coisas que escutei foi um “Sim, Doutor” de uma maneira completamente sarcástica antes de abrir meus olhos. Quando abri definitivamente os olhos, vi Gerard virado para trás olhando a porta e xingando silenciosamente.
 -Oi – cumprimentei enquanto ele ainda olhava a porta. Ele vira e olha para mim assustado e com os olhos arregalados.
 -Hã?? Oi! – exclamou automaticamente ainda em estado de choque. (Será que ele achou que escutei alguma coisa?) – T-tá melhor? – disse gaguejando.
 -Bem, a princípio sim. – respondi sua pergunta sentando-me na cama sentindo uma leve tontura enquanto levantava.
  O Doutor percebeu.
 - Acho que a princípio não... – disse pegando meu pulso e depois verificando minha temperatura.
 - Ah, foi só – “Abre a boca e mostra a língua”, disse ele – ‘una tlontula’  – completei a frase com a boca aberta. Tinha a máxima certeza de que cuspi na cara dele umas 4 vezes enquanto falava, mas ele não ligou...ou fingiu que não tinha ligado.
 - Ainda bem que parou sua febre. – disse checando os meus olhos. – Agora é só a “tlontula” – olhou diretamente para mim depois de ver meus olhos. – que precisa ser tratada.
  Ri sem graça com a imitação que fez da minha voz. Ele sorriu também, projetando um sorriso tímido sem mostrar seus dentes, continuando a olhar para mim. Paramos de rir segundos depois.
  Após ter feito o “check-up” (nunca pensei que médicos fosse tão preocupados, ou se era o jeito de Gerard tratar suas pacientes, mesmo eu sendo sua única paciente até agora. Adorava sua maneira de me tratar, ser tão atento comigo.Me sentia bem quando ele estava por perto...), ele se lembrou que tinha deixado o carro no meio da rua e que precisaria coloca-lo na garagem, foi aí que percebi que não estava na minha casa. Afinal, onde eu estava?
 - Gerard – gritei para ele quando o mesmo estava saindo do quarto.
 - Hum? – balbuciou ele parando a porta e olhando para mim.
 - Pode me dizer, com clareza e sinceridade, onde estou? – perguntei olhando tão profundamente para ele que quase fui capaz de olhar através de seu corpo. – Pois essa roupa de cama não tem nada a ver com a roupa de cama do meu quarto...
 - Digamos que você esteja no meu apartamento. – respondeu com um olhar sincero.
 - E...
 - Por que você está dentro do meu apartamento? – completou ele.
 - Sim... – acenei com a cabeça afirmando sua pergunta, depois olhando para seus olhos, esperando por uma resposta.
 - Bem – começou ele -, trouxe você para cá depois que desmaiou logo após o Mikey e eu termos saído de sua casa.
 - Ah...Agora entendi o apagão repentino  – sussurrei para mim mesma enquanto me aconchegava na cama ( realmente...eu era tapada mesmo!).
  Ele sorri com carinho. Acho que ele escutou o que tinha falado, mas não liguei.
  -Hã... – ele olhou com esguelha para a porta, depois para mim, indicando com o dedo para fora do quarto – tenho que ver o carro...
 (acho que ele ficou sem graça. Agora tinha certeza de que ele é tímido!)
 -Hã...Ah! Sim, sim, desculpe por te prender aqui. – indaguei sorrindo -  P-pode ir lá ver seu carro. – gaguejei. Mas não foi pelo fato de ter me engasgado com a minha própria saliva, como poucas vezes acontecia já que nunca gaguejei, mas pelo lindo sorriso que ele projetou e com o “obrigada” quase como um sussurro. 

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