Comme Les Fleurs escrita por just_faith, jesse_revenge


Capítulo 1
Um Médico QUASE NADA Atencioso


Notas iniciais do capítulo

Faith): Sou autora e Beta readers da fic... Não considero uma fic EXATAMEEEEEENNNNTTTTEEEE de banda. Só ajudei a Jesse a fazer a fic, mas me empolguei tanto que nem liguei que os personagens eram de bandas (no caso o Gerard e o Mikey), se bem que só utilizamos os nomes...

Shipper: Gerard Way/ Personagem Original

Disclaimer: Só os personagens na qual inventei me pertencem...não ousam roubar!

Spoilers: Banda.
Sinopse: Ele,no primeiro ano de residência. Ela, tímida e adoentada. O que será que deve acontecer quando um médico se apaixona pela própria paciente?



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“São nesse momentos que você descobre quem são seus amigos de verdade...pelo menos eu descobri...”


 
Estava em casa com alguns amigos, conversando sobre o fim de semana badalado em que havíamos passado juntos, quando comecei a ficar com febre. Eu já tinha tido febre na noite passada, tomei remédio e continuei na sala com eles. Foi quando comecei a sentir alguns calafrios, sentindo também minha temperatura aumentando novamente, mas eles insistiam em falar que não era nada.  Eles não estavam nem um pouco preocupados comigo. 
  Saí da sala de visitas e fui para o banheiro medir minha temperatura. O termômetro marcava 38 graus. Fui até a sala, disse a todos o que estava se passando comigo onde  eles continuavam a dizer que não era nada. 
  Eles só se preocuparam quando entrei em convulsão devido a alta temperatura. Se preocuparam ao ponto de me levar ao hospital... 
  No dia seguinte quando abri meus olhos e olhei ao redor, percebi que estava em um quarto de hospital. Uma enfermeira que media minha temperatura disse o que aconteceu e que fazia 1 dia que eu estava naquele estado, sem abrir os olhos. O quarto era tão branco e tão sereno que senti uma enorme vontade de dormir de novo. Meus olhos seguiram em direção ao corredor, foi quando o vi passar...  
  Ele era simplesmente lindo, usava uma roupa branca, parecia um anjo de cabelos longos e negros, tão negros e brilhantes que ofuscavam os meu olhos, que se esvoaçavam enquanto ele passava pelo corredor. Tinha um lindo sorriso, mas pelo que notei ele fumava demais, pois seus dentes eram amarelos de nicotina (mas não Tão amarelos...Eram super bem cuidados! Se fizesse uma lavagem e clarear os dentes, eles iriam ficar mais perfeitos do que já são!). Simplesmente achei que ele não passava de uma miragem. 
  Dormi novamente e quando acordei, umas 5 horas mais tarde, senti alguém me cutucando de leve, estava tão sonolenta que não percebi logo de cara, mas quando olhei de novo percebi que era Ele, era aquele anjo, o Meu anjo. Foi ai que ele se apresentou... 

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~* 
  

  Era meu terceiro dia como residente, até que estava calmo para uma quarta-feira. Na verdade, bem mais calmo que nos dias anteriores...

   Bom, estava eu vagando pelos corredores vazios atrás do que fazer quando fui chamado por uma enfermeira, pois havia acabado de chegar uma garota na emergência, na ficha clínica dela contava que a mesma tinha entrado em convulsão.                         
   Logo que cheguei na sala de emergência eu vi seu rosto...
 
  Ela era perfeita! Seu longos cabelos pretos eram ondulados e com vários cachos nas pontas. Eu a olhava naquela maca, estava tão serena com os cabelos caídos no travesseiro....Foi aí que eu voltei a Terra. Eu precisava fazer algo para ajuda-la, afinal, eu posso ser um mero residente inexperiente, mas eu era um médico acima de tudo! .

   Não pude segui-la até o quarto, mas com os olhos vi a direção onde a levava. Segui os enfermeiros de longe, eles iam tão rápido que pensei que o caso realmente era sério; quando observei os enfermeiros voltando pelo corredor, não esperei nem perguntar o número do quarto da garota, resolvi procurar por mim mesmo e fui atrás para saber se alguém havia pego o caso dela. Me esbarrei com o médico que havia pego o caso, nem pude perguntar nada a respeito, ele logo respondeu:
- Vou passar este caso para você. Isso será um grande aprendizado e avanço no seu entendimento sobre a  medicina.   Aceitei de imediato. 
  Era quinta-feira de manhã e fui até o quarto colher alguns exames, quando entrei ela ainda estava dormindo. Me aproximei da cama e fiquei observando-a, ela tinha realmente longos cabelos negros  ondulados e encaracolado nas pontas e pele parda. Parecia um anjo enquanto dormia.
  Eu dei um pequeno cutucão e a acordei, acho que ela se assustou, fingi que não tinha visto a expressão dela quando me viu e me apresentei.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

- Bom dia. Sou Dr.Arthur, o médico responsável pelo caso.
- Hã? Ah..Bom dia.
- Bom, Sra.Jordan, a Sra teve – ele olhava a prancheta atentamente e forçando a vista para entender a letra garranchada do outro médico que tinha passado o meu caso para ele. - uma convulsão devido à febre alta. Logo que você chegou, nós normalizamos sua temperatura e agora vamos fazer uma serie de exames para descobrirmos o porquê dessa febre alta.
- Senhora? Eu não sou casada para ser Senhora! – não que eu tenha me irritado, mas SENHORA era um termo dito para uma pessoa...velha.
- Ah, Okay, me desculpe. A Senhorita melhorou?
- É, a senhorita melhorou, apesar de eu não ser mais senhorita faz tempo. 
  Ele me olhou um pouco envergonhado e nós continuamos a conversar por um tempo, até sermos interrompidos por uma enfermeira que havia vindo colher alguns exames. 
  No dia seguinte ele veio no mesmo horário:
- Bom dia Srta.Jordan, como você esta se sentindo hoje?
- Bem melhor, se bem que acho que estou com um pouco de febre ainda... 
  Ele encostou a sua mão em minha testa e verificou que eu estava um pouco quente.
- Bom pelo que dá para perceber a temperatura da Senhorita está um pouco elevada. Vou pedir para alguma enfermeira medir sua temperatura de novo para termos certeza de que está com febre mesmo e já volto para administrar um medicamento. 
   Logo após a saída do doutor “anjo”, a enfermeira veio e tirou minha temperatura que estava 38 graus. Ela avisou ao Dr, que veio logo em seguida:
- A Senhorita está com um pouco de febre... Vou lhe aplicar dipirona e vamos ver se sua febre abaixa. 
  Ele falou algo com a enfermeira que saiu do quarto, mas logo em seguida voltou com algumas coisa. Ele aplicou o medicamento em meu braço, acho que o mesmo percebeu uma lagrima escorrendo por meu rosto na hora que senti a agulha entrando em meu braço, pois logo depois de aplicar ele falou quase sussurrando:
- Não se preocupe, eu também tenho horror à agulha. 
  Em seguida saiu do quarto.  
  Ele vinha me “visitar” todo dia no mesmo horário e foi assim durante os 5 dias que passei no hospital. 
  Era segunda feira. Hoje fazia 5 dias que eu estava no hospital, já havia melhorado bastante e, como ele  havia dito ontem, possivelmente teria alta nesse mesmo dia. 
  Ele bateu na porta e entrou devagar, tinha algo nas mãos e o escondia atrás  das costas:
- Bom dia. Como esta minha paciente favorita?
- Estou bem melhor, doutor.- eu disse me aconchegando enquanto sentava na cama.
- Ah, que bom.- sorriu levemente - Tenho uma noticia boa para você e ruim para mim... – ele ainda continuava a olhar para mim com um sorriso nos lábios.   Pude perceber que era aqueles sorrisos amarelos.
- Por que boa para mim e ruim para você? –  perguntei desconfiada.
- Bom...É boa para você porque você terá alta hoje e, é ruim para mim, pois eu perderei minha paciente favorita. 
  Foi tão engraçado essa cena, porque eu fazia uma cara de mais pura vergonha. E ele percebendo isso, aumentava ainda mais aquele sorriso, tentando abafar uma gargalhada. Só sei que quando ele disse aquilo, ele tirou as mãos das costas, revelando um lindo buquê de rosas vermelhas, e me entregou.
- São para você. – ele disse quase como um sussurro. Tenho certeza de que ele era mais envergonhado do que eu. 
  Olhei assustada. Oras, nunca havia recebido flores de ninguém:
- Para mim? – fiquei olhando aquelas flores no meu colo, radiante. Realmente aquelas flores eram lindas... Lindas não, Maravilhosas!-  Elas são muito lindas! Muito lindas mesmo, obrigada. 
  Ele sorriu novamente para mim, de uma forma estranha mas eu gostava disso.
- O senhor dá flores para todas as suas pacientes? – olhei para ele ainda segurando as rosas.      
 Pude perceber que ele havia se envergonhado, já que suas bochechas ficaram levemente coradas.
- Oh não, não. Só para você. – ele ainda olhava para mim, olhei para ele e sorri. Ele corou um pouco mais, mas não liguei quando olhei sua reação.
- Somente para mim? Por que? – Oras,  não custa alguém saber o porquê de uma pessoa que você nunca viu na vida mandar um presente, que na minha opinião, tão lindo!
- Por que você é minha primeira paciente. 
Eu olhei assustada.Eu? Primeira paciente dele? Como?
- S-sua primeira paciente? – ainda continuava olhando assustada para ele.
- É, você é minha primeira paciente desde que eu me tornei residente. 
  Eu nunca havia prestado atenção mais ele tinha os olhos verdes, lindos olhos verdes. Acho que nem reparei no que ele havia dito no final, mas tudo bem.
- Bom voltando ao que interessa, eu vou lhe administrar um medicamento para sua fraqueza e você já esta de alta, ok?
- Okay.  

*~*~*~*~*~*~**~*~*~*~*~**~*~*~*~*~*~*~*

Ela era minha primeira e única paciente, por isso eu ia lhe ver direto.
    
  Eu já havia percebido, mais nem liguei, ela nunca recebia visita. Achei isso normal até o dia de sua alta.
  Era quinta feira e eu tinha que ir lhe avisar sobre a alta.
  Eu não queria aceitar mais sentia algo diferente por ela... Eu gostava de estar ao lado dela e, apesar de querer o bem dela, confesso que queria que ficasse mais. Estava indo para seu quarto quando atravessei a floricultura do hospital, olhando distraído para a vitrine, foi quando eu bati os olhos em um buquê de rosas vermelhas. “Acho que ela vai gostar deste presente...” pensei. Comprei sem pensar mais de duas vezes.
 
  No quarto, quando entreguei as rosas, pude notar seus olhos brilhando e sorrindo maravilhada.
 
  Quando já estava saindo do quarto, parei na porta e disse:
- A propósito, me fala o nome de seu acompanhante para que eu possa avisar sobre sua alta.
- Acompanhante? – ela me olhou sem entender - Que acompanhante?
- Não tem ninguém com você? - perguntei.
- Pelo o que eu saiba não. – ela disse com simplicidade.
- Mais eu não poderei te dar alta se não tiver ninguém para te buscar. – entrei novamente no quarto.
- Eu posso ligar para algum amigo meu. Ver se algum deles pode vir me buscar.
- Oh, claro. Me fale o número e eu peço para ligar.
- O numero esta no meu celular. Se o senhor puder pegar minha bolsa eu agradeceria. Ela esta ali em cima daquela cômoda. – disse apontando para uma cômoda ao lado da porta do banheiro. 
  Fui até a mesinha onde estava a bolsa e a peguei. Quando peguei, percebi uma foto na qual ela estava com algumas pessoas. Ela parecia muito feliz na foto. 
 
  Bem, eu lhe entreguei a bolsa.
 
  Ela pegou o celular e procurou o numero, mostrou o número e pediu para que eu ligasse. Olhei para o número e para o nome da pessoa. Era um tal de Vinicius, porque estava escrito assim “Vinícius – colégio”.
  
  Liguei do meu celular mesmo. Estava chamando a algum tempo, quando uma voz sonolenta atendeu o telefone:
- Alô? – parecia que tinha colocado um travesseiro na cara do atendente, porque eu não entendi uma única palavra do que ele disse.
- Alô? Posso falar com o Vinicius?
- É ele. Quem gostaria?
- Bom dia, sou o Dr. Gerard Arthur Way, médico que esta cuidando do caso da paciente Caterine Jordan.
- Ah, você é o cara que “tá” cuidando da Cat? Aconteceu alguma coisa?
- Não, não, ela está bem. Foi exatamente por isso que eu liguei...
- A “brigada”. 
  Ele nem deixou eu terminar e desligou o telefone na minha cara. Caterine tinha o olhar triste como se já soubesse. Tentei disfarçar, fingi que falava com ele ainda:
- Bem, que bom que o senhor se preocupa com a Caterine. Estou ligando para avisar que ela receberá alta hoje... Eu sei, senhor Vinícius, não precisa ficar preocupado com ela. Ela está su....
- Ele desligou, não é? – ela notou que eu estava fingindo uma conversa com seu amigo.
- Não... – tentei disfarçar – Não, ele disse que não vai poder vir por que...Por que está trabalhando. – “ Mentira mais convincente”, pensei.
- O Vini? Trabalhando?Há! – “Mentira mais idiota”, pensei novamente - ...Ele desligou, não é? – ela perguntou com mais certeza. 
  Eu percebi que seu olhar havia ficado um pouco mais triste, mas tive de responder:
- Sim...Não deu tempo nem de perguntar...
- Eu sabia...Não deveria nem ter tentado.
  Ela estava de cabeça baixa fitando o lençol branco, me aproximei dela e acariciei seus longos cabelos negros:
- Tem mais alguém? – perguntei olhando atento para ela, meus cabelos ficaram caídos em meu rosto. Eu arrumei, colocando para trás da orelha e continuava olhando para o rosto dela.
- Tem mais umas cinco pessoas. – ela olhou para mim, fingindo um sorriso contente. 
  Nos tentamos ligar para todos os números da agenda mais todos estavam “muito ocupados” para pegá-la no hospital,ou nem ligaram que a amiga existia e que estava em um hospital.

  Eu percebia que a cada numero discado ela ficava mais triste. Havíamos ligado para todos os números possíveis e imaginários foi quando eu perguntei sobre a foto:
- São eles na foto? – apontei para a foto jogada na cama - As pessoas pra quem nós ligamos?
- Não... – ela olhou para a foto triste - Esse são meu amigos de verdade. Os que eu deixei em meu país quando vim para cá.
- Seu país? – perguntei confuso.
- É...Brasil. Eu sou do Brasil. – ela olhou para mim sem entender nada também.
- Há...Agora eu entendi o por quê do bronzeado. – ela fez uma careta de desaprovação, mas mudou sua expressão, dando um belo sorriso. Olhei para ela e ri de sua expressão. Rimos juntos, mas logo voltei a falar serio.
- Bom, Cat, não posso te dar alta se não tiver ninguém para te buscar.
- Vou ter que ficar? – ela disse assustada e ao mesmo tempo triste. – Eu não quero ficar...
- Bom meu plantão termina daqui a duas horas, se você quiser eu posso te deixar em casa...
- Não quero lhe incomodar. – ela indagou sem jeito.
- Quem disse que é incomodo? – falei descontraído.
- Certo. Eu vou aceitar...Muito obrigado mesmo,você é um anjo.
- Um anjo? – perguntei corando um pouco. Anjo? Eu? Imagina...
- É. Um anjo. – ela confirmou.
- Bem, já que você insiste. 
  Eu não sei o por que eu havia feito aquilo,havia lhe oferecido a carona. Não sou o tipo de cara que faz isso. Normalmente fico na minha, pois sou um pouco envergonhado...Na verdade sou muito envergonhado.
- Bom eu vou lhe deixar em paz, para que você possa se trocar. Daqui a pouco eu volto para lhe administrar a vitamina e depois nós vamos embora, ok?
- Okay.Você é que manda.

Ai, essa troca de “okays” era a coisa mais idiota que um médico poderia falar para um paciente.
 “Devo parar com isso...”, pensei.


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