Just A Kiss escrita por SecretsByLove


Capítulo 10
Crazy Bananas




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Hogsmeade, sempre a mesma imensidão eterna de felicidade e alegria, as luzes, a neve, as crianças, as lojas, o barulho...

–É impressionante como este lugar continua exatamente o mesmo!-disse estupefacta

Ele riu friamente, um telintar de sinos platinados, enquanto pôs o braço à volta dos meus ombros; é engraçado como o frio dele me aquece.

–Sempre a mesma alegria nauseante...

–Apaixonante.- corrigi- As luzes, a neve, a felicidade, as crianças, o barulho... Jura que isto não te contagia! -insisti

–Pessoas irritantemente felizes, a fazer coisas inúteis... Desculpa, milady, mas não me alegram.- ele disse friamente

E mais uma vez aquele apelido que ele insistia em e chamar abanou-me da cabeça aos pés, num tremor gelado extremamente prazeroso.

–São pessoas inocentes, que se permitem acreditar no amor. - retroquei

–Amor, que coisa mais estúpida! Amor é uma fraqueza, um erro que não me posso dar ao luxo de cometer. - disse ele, olhando-me olhos nos olhos, aquele azul metálico, cinza gelado contra o meu azul-esverdeado, tão diferentes, numa guerra silenciosa, trouxe-me a veracidade daquelas palavras que como uma faca perfuraram a minha mente, era demasiado sincero, demasiado profundo e de repente éramos só nós os dois. Sozinhos no meio de uma multidão.

–O amor fortalece, só tens de te abrir a ele, e não de o tratar como um intruso. - sussurei perdendo a voz

Ele beijou-me a testa:

–Shuu, isso é demasiado irrelevante para nos afetar...-e com essas palavras ternas, os seus olhos tornaram-se metal derretido... Ah... Este Malfoy é uma caixa de surpresas, e admito, isso assusta-me tanto quanto me cativa...-Madame Pud...

–Três Vassouras, por favor!- cortei-o - Posso acreditar no amor, mas tanto junto enjoa! - a minha repentina mudança de humor pareceu diverti-lo - Mas primeiro vamos dar uma volta, preciso de reavivar o meu stock de geminialidades e doces...-disse puxando-o; entrelaçando os nossos dedos

E num segundo algo me saltou à vista, uma nova loja, algo me guiou até ela, as janelas tapadas por umas espessas cortinas escuras que pareciam absorver toda a luz, e nem uma só pista do que seria. Enfim, digamos que a minha curiosidade duvidosa me levou até lá...

Entrei pela porta, cautelosa e sem largar a mão dele, ouviu-se o telintar dos sinos que avisam a chegada de clientes. Olhei a minha volta, submersa na escuridão, mas pouco a pouco os meus olhos adaptaram-se à escassa luz esverdeada que pairava pela sala. As paredes estavam cobertas de prateleiras, cheias de livros, plantas, ervas, frascos, poções, coisas-que-eu-prefiro-nem-imaginar-o-que-são, caldeirões fumegantes...

–Ah!- assustei-me e praticamente atirei-me contra a "parede de gelo" atrás de mim, que parecia já contar com a velha senhora, mas de qualquer modo abraçou-me a cintura num gesto reconfortante.

–Oh! Clientes tão jovens! Logo os primeiros! - disse a mulherzinha hippie/retro/maluca/assustadora/psyco/ ou como diria a Domi: uma assassina de moda; aparentava ter os seus 50 e tal anos, óculos na ponta do nariz, uma túnica roxa tingida de verde, caracóis arruívados já com o característico branco intemporal caíam lhe pelas costas. - Desculpa se te assustei, querida - disse encarando-me por detrás daqueles gigantes óculos redondos

–Ahm... Não faz mal...- disse forçando um sorriso amarelo

–Em que posso ajudá-los? - disse abrindo um sorriso comercial, e simultaneamente terno, um tanto maternal

–Hum...-disse um pouco perdida, o que fez o meu querido companheiro soltar uma risada fria

–Oh sim, sim... Eu vejo a tua confusão, minha jovem...-ela disse distante - Chega-te, chega-te... Deixa-me ver-te na Lua ... - disse fazendo sinal para que me aproximasse

Ok, a mulherzinha é defenitivamente maluca, nível 997564535337, ou como diz a Roxi, nível Banana, pelas barbas de Merlin como é suposto eu ir para a luz da Lua em pleno dia?! Para além dela estar a ignorar o ser loiro atrás de mim...Hello! Ele tem 1.88, é difícil não ver ...

Cheguei-me para ela, ficando na luz da clarabóia, assim como o Malfoy atrás de mim.

–Tu!- disse apontando para o meu loiro- Trevas! Não podes escapar ao chamado daquele que as trevas comanda!


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Notas finais do capítulo

Então, que me dizem ?



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