Cartas escrita por Litera tua


Capítulo 6
Till I find you




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— Eu te amo, sabia? - ele disse questionando-a.

É claro que ela sabe, mas ela sempre da a entender que não, porque gosta que ele repita - ou confirme -, ela sabe sim,claro que sabe, mas ela gosta de ouvir ele dizer pra ficar dentro da cabeça, dos pensamentos, do coração.

Entre as coisas bem-vindas que ela recebeu, a que chegou sem espera foi a mais maravilhosa de todas. Ele.                                                 Ele era tudo o que ela precisava, o que a alma precisava e nele, ela encontrou. Ela o esperava mesmo sem estar preparada para recebê-lo. Ele acendeu cada parte do seu ser e preencheu todos os vazios do seu interior. Hoje ela pode dizer " ele é o amor da minha vida".                             Ela não acredita em destino, mas esse que é tão desacreditado por ela, foi tão generoso. Mas sentimentos, esses sim merecem crença. E neles ela acredita porque são de verdade, e não querendo abusar do destino ela pede:

— Ô moço, só coloca ele no meu caminho. Mas eu quero ele olho a olho, coração enfrentando coração.

O destino prometeu respostas, em breve.

Ela me disse que abriria mão de tudo, tudinho. Ela não tem muita coisa, sua "vida" está toda em uma cidade ao sul do país. Mas as aspas ali colocadas mostram que vida é um jeito carinhoso com que ela fala do local onde mora, dos amigos, das surpresas. Mas a VIDA dela - assim bem grande pra que todos vejam -  está escondidinha em um lugarzinho cheio de movimento, mais acima no mapa. Ah, ela me disse também que ele é o sol dela, e que quando o visse, viria correndo me dizer:

— Eu vi outro sol! Eu vi!.  -  E quando o seu segundo sol chegar, ela poderá dizer também que ele tem nome próprio, que ele gosta de futebol, que ele tem lindos olhos - como noite de lua cheia. Dirá também que o seu sol, abraça e não queima, aperta e não mata, sorri e não ofusca nada. Seu sol a faria sentir plena segurança diante de um abismo. Ela precisa tanto aproveitar dele, mas no amor, aproveitar de todo amor que esta disposto, aproveitar da emoção de ser feliz.

Tudo isso que ela anda escrevendo por ai, não são cartas de amor, são pensamentos soltos que só fazem sentidos juntos. Como os dois, que só vão fazer sentido juntos. Ela o ama porque ele não é perfeito, e amar é justamente aceitar que ninguém é perfeito, até que você o entenda. Ela quer brincar de descobrir desenho em nuvens, ela quer contar coisas fúteis, ela quer acordar ele as 3 da manhã pra dizer "nada não, só liguei pra dizer que eu sou louca por você e não podia deixar pra depois". Mas, amar é mesmo tudo isso? Se não for amor o que é que é então? Infinitamente, ela fica contando os dias que ele virá pra ela. Todos os dias ela dorme pra sonhar, e ela sabe que ele vai estar lá. Todos os dias ele está. Ela o procura em todos os lugares, em tudo que faz, e vai cotinuar procurando-o até encontrá-lo. Sempre ela irá se dirigir a todas as portas, até o dia em que ele estiver lá,a bater em qualquer uma delas. Todos os dias, até encontrá-lo.

E hoje ela pediu pra dizer-lhes, que quando se ama tudo é azul, como o céu que temos medo de tocar. E, o céu dela ainda ficará azul, mais azul do que ja é, azul limpinho.

Eu disse a ela que saberia e pedi licença pra vir até aqui e deixar junto de um suspiro o aviso:

— Ei gente! O segundo sol dela... ele chegou!


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