Eu Não Me Importaria escrita por Breathe


Capítulo 19
Capítulo 19 - Finalmente.


Notas iniciais do capítulo

Eaae galera gente fina, viemos rapidinho dessa vez né?
Bom, ontem (23/01) foi aniversário de 1 ano da nossa fic amada. Então aqui está um capitulo muuuuuuuuuuuito especial e esperado pra comemorar essa data.
Aproveitem!



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POV MANU

Depois do sequestro, minha mãe e Will quase não desgrudavam de mim. Eu entendia, claro. Mas, às vezes, era meio incômodo, eu não podia sair na calçada sem que um deles fosse junto ou me espiassem da janela.

Depois do sequestro, minha mãe e Will quase não desgrudavam de mim. Eu entendia, claro. Mas, às vezes, era meio incômodo, eu não podia sair na calçada sem que um deles fosse junto ou me espiassem da janela.

Fora isso, tudo ia às mil maravilhas. Eu já havia encomendado o bolo para o casamento, escolhido meu vestido (só de pensar nele, meus olhos brilhavam), escolhido o salão, o buffet, entregado os convites, tudo. O casamento seria daqui dois meses, Will e eu estávamos escolhendo o lugar da lua - de -mel, os preferidos eram Angra dos Reis - RJ e Bonito - MS, ambos eram caros, então Will estava fazendo horas extras no trabalho, para poder pagar tudo. 

Moraríamos em um apartamento na zona norte de São Paulo, a casa já estava toda mobilhada. Ao entrar no quarto andar, apartamento 14, via - se uma sala com um grande espaço, o piso de tacos, um sofá branco de frente a uma televisão simples, uma pequena mesa de centro com o tampo de vidro,  e outra mesa ao fundo para pequenos lanches. Na mesma parede do lado esquerdo à porta de entrada, havia uma entrada para a cozinha. Essa tinha o fogão e o forno micro-ondas embutidos na parede, ao fundo, uma janela e pequena mesa com uma gabinete ao lado, era simples mas eu me sentia confortável.

Na sala havia um corredor, com portas que davam nos quartos e no banheiro. O meu quarto com Will tinha uma cama de casal na parede oposta à porta, no chão alguns tapetes pelo piso branco, e quadros nas paredes. No canto do quarto colocamos, uma espécie de muro que serve como uma escrivaninha com alguns castiçais em cima.

O banheiro era simples, com uma pia ao lado do vaso sanitário e um box de vidro ao fundo.

Mas o que enchia meus olhos de lágrimas e me fazia sorrir como uma idiota, era entrar no quarto de meu filho, Arthur teria um quarto com várias cores e tudo que ele pudesse imaginar, graças ao dinheiro que minha mãe me deu na festa. O berço dele estava rente à janela, ao lado de uma cômoda branca, já cheia de roupinhas, fraldas, sapatinhos e toucas de tricô. Nas prateleiras, eu coloquei as toalhas, os perfumes, os shampoos, sabonetes, tudo que ele precisaria

Aquilo era perfeito. A sensação de independência, de formar uma família, de ser a matriarca. Eu o imaginava crescendo, seu primeiro aniversário, natal, páscoa, o quanto ele seria paparicado por seus avós. 

[...] 2 semanas depois

Will dormiu na minha casa a semana inteira. Não sei como me aguentava. Arthur devia ter nascido uma semana atrás, e eu não aguentava mais! Me sentia gorda, estranha, feia, descontava raiva em todo mundo, nunca quis tanto que meu filho nascesse logo, e me livrasse de tudo isso.

Jason Mraz - 93 million miles

Na madrugada de sábado do dia 19 de Janeiro de 2013, eu não conseguia dormir quando uma dor aguda me atingiu, as contrações ficaram mais intensas, e o intervalo entre elas cada vez menor. Acordei Will, que roncava ao meu lado, com tapas de desespero. Desespero que o atingiu, porque ele acordou de um pulo com uma expressão aterrorizada, me perguntando o que aconteceu, quando ele parou de repente. E seus olhos mudaram de preocupados para amedrontados quando ele viu a cama completamente molhada. A bolsa havia estourado. Will levantou da cama tão rápido que me assustou, ele se virou pra mim e disse:

- Manu, meu amor, "tá" na hora. Fica calma, que eu vou correr e pegar o carro do meu pai, é rapidinho, Manu, respira.

E foi o que eu fiz, respirei e tentei focar em ficar calma até Will voltar. Minha mãe acordou e veio me ajudar, ela veio ao meu quarto e segurou minha mão, muita coragem da parte dela, porque eu tentava aliviar a dor das contrações apertando cada vez mais sua mão.

Will chegou muito rápido, e minha mãe me ajudou a chegar até o carro. O caminho até o hospital foi o tempo de um piscar de olhos, mas não me preocupava, eu queria logo um remédio que aliviasse a dor horrível que eu sentia.

Cheguei a sala de parto gritando de dor, sem me importar com nada mais no mundo, eu só queria que aquilo passasse logo. Eu olhava pros lados e via Will com uma expressão dura, ele não mexia um músculo do rosto, e seu olhar era totalmente fixo. Só mexia as pernas para poder me acompanhar. 

Mas foi quando minha respiração acelerou, que eu senti o ápice da dor. Eu ouvia os médicos gritarem um ao outro para abafarem meus berros:

- São os ombros!

E doía, doía tanto que me fazia empurrar com mais força para que tudo aquilo acabasse logo, a dor era horrível, mas me motivava. O momento de ver meu filho estava se aproximando, e eu não deixaria de me esforçar ao máximo para que ele fosse perfeito só pela dor, não. Eu passei por muita coisa na minha vida para desistir por uma dor, realmente, a dor era horrorosa, mas eu estava motivada. 

De repente, passou. E eu respirei aliviada. Ao longe, ouvi um chorinho fino fazendo os pelinhos da minha nuca se arrepiarem. Virei a cabeça, e encarei pequenos olhos apertados, chorando. O que me fez chorar também, aquilo era perfeito.

POV WILL

Eu estava em estado de choque, meu filho estava nascendo e era estranho o quanto eu fiquei assustado com isso, pois tudo havia sido normal desde o começo, eu parecia preparado, mas não estava.

Deixaram que eu entrasse na sala de parto com Manu, ela precisaria de mim. Foi só depois que estava lá com ela, que eu voltei a mim e percebi como aquele era um dos momentos mais importantes das nossas vidas, eu não podia simplesmente me assustar e deixar Manu sozinha emocionalmente. Segurei sua mão e comecei a incentiva – la, mas acho que ela nem me ouviu, somente apertou minha mão mais e mais forte enquanto tentava fazer Arthur nascer. E eu continuava sussurrando “Manu, vamos! Manu, força! Só mais um pouco, minha princesa, você consegue!”

Mas parei, e soltei a mão dela. Fiquei paralisado, ouvindo o choro de Arthur e vendo o mesmo nos braços do médico. 

Senti minhas pernas bambas e meu corpo inteiro começar a tremer antes de cair no chão, desmaiado.

POV MANU

Sentia-me fraca, mas nada superava a vontade de rir quando Will caiu estabanado ao meu lado. Eu ria tanto, tanto que minha barriga começou a doer. Alguns médicos tiveram que reanima – lo, e quando o fizeram disseram – me que era normal isso acontecer com pais de primeira viagem, principalmente “pais adolescentes”.

Apoiei a mão sobre minha barriga, e parei de rir, não senti mais que carregava uma vida ali, que dependia de mim, minha barriga estava quase lisa, como era antes de eu engravidar.

Mas a sensação mudou quando o médico trouxe meu filho até mim e colocou – o em meus braços. Senti aquilo que sentia quando passava a mão sobre minha barriga, novamente eu carregava uma vida, mas dessa vez, em meus braços.

Encarei os pequenos olhinhos azuis que me olhavam com curiosidade, e não pude conter uma lágrima quando Will pousou a mão sobre meu ombro, sentindo o mesmo que eu.

Às 04:11 da madrugada do dia 19 de Janeiro de 2013, um saudável bebê de 2,800 kg e 51 cm, com cabelos ralos e castanhos e pequenos olhos azuis nascia. Seu nome, Arthur Bittencourte Bertoni.


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Notas finais do capítulo

QUEM AI TA ANIMADO PRO PRÓXIMO CAPITULO ? AAAAAAAAAAAH, E O VESTIDO HEIN HEIN HEIN ???? COMO SERA QUE VAI SEEEEER ? QUEM TA ANIMADO PÕE A MÃO PRO ALTO o/o/o/o/o/o/o/ NÓS ESTAAAAMOS!



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