Kuollut - The Stillborn escrita por bolkan


Capítulo 2
The Voice


Notas iniciais do capítulo

Vejamos o lado de Kuollut. Eu a amo, por favor, não a critiquem. É filha do meu lado mais horrível. É minha flor podre e seca, com cheiro de morte e o sangue da maldição. Não estou tentando ser poética, só que eu conheço Kuollut em seu intimo, mais do que vocês conhecem. E ela é tão lindamente amaldiçoada. Kuollut, sua natureza é disforme para seu espirito.



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Estava sozinha na floresta. Sozinha não tinha o mesmo sentido para ela, claro. Sempre tinha algo que a rodeava. Via os mortos. Todos eles. A morte tornara-se banal para ela. Claro que a morte dos próprios pais foi um choque, mas no geral, a morte não a afetava. Não que quisesse ver mortos, ver mortes. Odiava isso. Mas parecia que a morte a perseguia. Sempre a perseguira. Não se sentia uma amaldiçoada, se sentia a própria maldição. Todos que entravam em sua vida acabavam morrendo. Apesar de tenra idade, penas 5 anos, aprendera e encarar a vida como uma adulta. Cada uma das casa em que passara deixara alguém morto. Não era ela que matava. Na verdade, nem sabia quem era que matava. Mas quem quer que fosse, a perseguia. Nunca vira seu rosto, só uma voz. A voz conversava com ela.

–Olá, pequena Kuollut. Gostou do que fiz para você¿ - risadas secas – Aquela velha gritou que nem uma louca. Seu pai adorou recebe-la.

Não gostava de ouvir a voz, geralmente se calava diante do som. Deixando a voz conversando em um monólogo.

–Você não parece feliz, Kuollut. Seu pai me disse para ensina-la o prazer que a dor pode causar, mas você nunca parece ficar feliz.

Ela olhou-o. Duvidava que seu pai falasse isso. Seu pai era um homem incrível. Um simples construtor, mas um bom homem. Sempre amara muito o pai. Ele era um ótimo pai. Às vezes relembrava das músicas que ele cantara para ela. Aquela música a fazia relaxar e resistir à intensa vontade de experimentar o sabor da morte. O sabor da própria morte. Não aguentaria matar outro ser vivo. Tinha cuidado até para não matar as formigas e plantinhas. Já era demais ser uma maldição. Estava melhor sozinha. Ninguém morreria se estivesse sozinha. Se ela morresse, melhor.

“Minha bonequinha,

Te encontrei em um baú,

Toda quebradinha,

Mas o doutor te consertou.

Desde então, minha bonequinha,

Guarda você numa caixinha.

Pode dormir meu anjo de porcelana,

Estarei aqui para você,

Te protegendo de todo mal,

Pois não quero te ver sofrer.”

Não que fosse uma música realmente infantil e relaxante. Mas sentia o amor de seu pai em cada palavra. Cantava baixinho.

“Minha bonequinha...”

–Kuollut, por que insiste em cantar essa música estupida¿ Devia cantar algo mais animado.

“Queridos monstrinhos,

Venham para fora me ver,

Os darei golpes fatais,

E os verei sofrer.

Meus anjos da morte,

Quero vê-los matar,

A morte é saborosa,

Vamos aproveitar.”

–Viu¿ Bem mais animada que essa sua música ridícula. Seu pai quem me ensinou essa canção. Gosta dela¿

A voz continuava num monologo ininterrupto, acompanhando Kuollut pela floresta, sob a luz do luar.



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Notas finais do capítulo

Bem. Vou demorar para postar o próximo capítulo. Ele tem que ficar lindamente bem-feito e no mesmo clima de mistério. Espero que tenha sido misterioso e assustador o suficiente, my lovers. E as canções?



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