Encontro Inexplicável escrita por Sill Carvalho, Sill


Capítulo 1
Capítulo - Único


Notas iniciais do capítulo

Primeira One Bella&Edward espero que gostem!
Foi uma ideia inusitada que me surgiu :)



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Meu nome?! Se isso significar muito para vocês, então é Isabella Marie Swan. Sim, esse é o meu nome.

Hoje tenho um trecho de uma história incrivelmente inusitada a lhes contar. Uma história na qual eu fui à protagonista, e devo dizer que não foi nada convencional.

Baseando-se nesse fato, tenho dois agradecimentos a fazer, antes de qualquer coisa. Primeiramente aos anjos, que estiveram ao meu lado, e, em especial, a Edward Anthony Masen.

E agora, vocês vão saber o porquê disso.

Quatro anos atrás:

Olympia, Washington.

- Bella... - minha mãe questionava meu pedido da noite passada.

- Mãe, eu já tenho dezoito anos. Não pode querer me controlar a vida toda! E, além do mais, não estou indo escalar o Monte Everest.

Minha mãe Reneé ficou de pé a minha frente, bem do outro lado da mesa de café da manhã. Eu mordiscava minha torada com geleia de uva. Não sei explicar, mas simplesmente adoro comer isso.

- Filha, ir acampar com um grupo de inconsequentes não é uma boa ideia...

- Mãe, por Deus, são meus amigos... Não fale assim...

- Isabella, esse passeio não me agrada em nada. Será que você pode entender isso? Ou, ao menos, fingir para mim que entende?!

- Mãe, precisa me dar espaço. Eu preciso sair um pouco dessa casa, conhecer novos lugares, viver...

Minha mãe olhou para mim totalmente incrédula.

Terminei de comer minha torrada e fiquei de pé, já me preparando para me retirar da cozinha, antes que ela começasse com chantagem emocional. E olha que ela conseguiria me fazer desistir se começasse...

Para minha total felicidade, meus amigos chegaram para me buscar. Logo pude ouvir a buzina do carro de Jacob. Sai da cozinha correndo para pegar minha mochila, que estava pronta sobre o sofá da sala, e sai de casa o quanto antes.

- Isabella! Leve o celular, o GPS, seu protetor solar, um repelente e, por favor, não se jogue do alto de uma cachoeira! Essas coisas são extremamente perigosas.

Enquanto minha mãe fazia seu discurso, pude ouvir a buzina do carro de Jacob mais uma vez.

- Apressado esse seu amigo, não?! – dona Reneé resmungou.

- Para com isso, mãe! – maneei a cabeça incrédula, mas acabei rindo.

Já estava com a mão na maçaneta da porta, quando algo em mim pediu para que eu a abraçasse. Não sei explicar com o que se parecia o que senti, foi estranho, mas eu senti... Soltei a maçaneta e me virei para abraçá-la. E lá estava ela, segurando o protetor solar fator 50.

- Põe isso na mochila, Bella!

- Mãe... – sussurrei ao abraçá-la. – Só irei ficar um fim de semana fora e você age como se eu fosse embora para sempre.

Peguei o protetor solar das mãos dela e sacudi no ar para dar ênfase a minha frase.

 – Eu usarei não se preocupe, sim?!

Guardei em um dos bolsos da mochila e sai para encontrar meus amigos, que já estavam super ansiosos. Jacob, Leah, Seth, Jessica e Mike estavam divididos em grupos, em dois carros distintos.

Entrei no carro em que estavam Jacob, Leah e Seth. Como Leah estava ao lado de Jacob, eu fiquei no banco de trás ao lado de Seth.

- E ai, Bella? A sua mamãe não pirou com a notícia de ir acampar? – Jacob perguntou fazendo piadinha ao sair com o carro rumo a nossa aventura no meio do mato.

- Bella, sua mãe te protege demais – Leah falou mexendo em seu celular.

Seth sorriu. Dei um tapa nele fingindo estar brava.

 – Parem de me encher com isso! E, Jake, dirige esse carro calado, ok?!

Os três riram de mim.

Alguns minutos se passaram durante o trajeto que fizemos até a reserva florestal.

- Esse local parece perfeito! – Jacob comentou entusiasmado.

- Bella, olha aquilo! – Seth disse e quando virei para a direção na qual ele apontava, vi a cachoeira mais linda de toda minha vida.

- Uau! Isso é extremamente lindo. Fala sério, como nunca vim aqui antes?!

- Gostou? – Leah perguntou ficando ao meu lado e segurando uma lata de cerveja em mãos.

- Amei...

- Vamos montar as barracas e depois mergulhar! – Leah completou entusiasmada com a ideia.

- Aê, pega! – Jacob atirou uma latinha de cerveja para que eu segurasse.

Logo, os outros que estavam no outro carro também chegaram. Montamos as barracas, bebemos e nadamos um pouco.

Juntei-me aos meus amigos na bagunça e, devo admitir que, a água daquele rio era morna e cristalina. Realmente uma delícia!

O crepúsculo se anunciou, dando ao local ainda mais beleza. O reflexo da estonteante lua cheia logo podia ser visto ao refletir nas águas cristalinas do rio.

Mike fez uma fogueira com ajuda de Seth. Nós nos juntamos ali em circulo para comer marshmallow.

Seth deu início a uma sequência de contos de terror, sempre tentando nos amedrontar. Ele insinuou, várias vezes, sobre a existência de um estripador no meio da mata que vivia em busca de donzelas indefesas para seus rituais macabros. Depois disso, Jessica ficou com medo até dos mosquitos! Segundo ela, todos eles eram perigosos.

Ficou muito tarde. Então nos recolhemos para nossas barracas. Assim, as meninas ficaram com uma e meninos com outra.

Estava eu de olhos fechados, pensando em nada útil e apenas esperando o sono chegar quando Jessica resolveu dar o ar da graça.

- Bella, você já está dormindo? – ela perguntou.

- Não, Jessica. Eu estou ensaiando para morrer... – ela me olhou com uma expressão de quem não entendeu a piada.

- Eu sei o que vocês fizeram no verão passado! – Leah sussurrou e Jessica gritou.

Todos os garotos vieram ver a cena, a fim de descobrir os motivos da gritaria.

- O aconteceu?

Jacob perguntou ao colocar a cabeça para dentro da barraca. Enquanto isso, Mike e Seth estavam de pé do lado de fora.

- Não aconteceu nada! – Leah respondeu.

- A Jessica se assustou, só isso. – respondi. – Vai ficar tudo bem.

Uma vez que tudo voltou ao normal, todos os garotos seguiram novamente para a barraca dormir. Jessica resmungou que era nossa culpa até que pegou no sono. Só então, eu também pude dormir.

Logo que os primeiros raios de sol começaram a surgir, senti a necessidade de sair da barraca e fazer uma caminhada. Porém, meus amigos dormiam feito pedras. E eu não tive coragem de acordá-los.

Sendo assim, decidi ir passear sozinha. Afinal de contas, não deveria ser tão arriscado assim não é mesmo?! *Porém, eu estava enganada*

Me troquei dentro da barraca, mesmo com muita dificuldade, pois o espaço era muito pequeno e com a aquelas duas dormindo ali, não ajudava muito. Vesti um short jeans curto e uma regata branca que estavam esmagadas dentro de minha mochila abarrotada de coisas.

Olhei à hora no celular, marcava sete e trinta e cinco da manhã. Em outras ocasiões, eu estaria ferrada em sono profundo. Mas, hoje isso não aconteceu... O que era bem estranho.

Calcei meus tênis All Star preto, um tanto já surrado, mas era assim que eu, Isabella Swan, preferia. Prendi os cabelos em um rabo de cavalo e sai da barraca rumo a minha caminhada relaxante.  *Isso foi o que eu pensei que ela seria*

Fiz uma caminhada de, mais ou menos, uma hora. Sempre seguindo a trilha. Confesso que cai algumas vezes. Juro que em algumas ocasiões jurava ter nascido com dois pés esquerdos. É, talvez mamãe tivesse razão em querer me manter por perto...

Estava tudo muito bem, eu seguia a trilha até que vi uma borboleta azul pousar em meu ombro. Ela era tão linda! Se eu não estivesse enganada, ela era uma morfo azul! Mas, ela não demorou por muito tempo em meu ombro e logo saiu voando, linda e lentamente, atraindo minha total atenção.

Sai da trilha seguindo a borboleta. Eu queria pegá-la.

Mais a frente, ela pousou novamente, só que desta vez em algumas flores que cresciam em cima de um pequeno morro. *Isso foi o que eu pensei*

- Você é tão linda e rara... – sussurrei, enquanto subia o pequeno morro com certa dificuldade. Pois, meus dois pés esquerdos, não me permitiam total controle.

No ritmo em que subi, não me dei conta que alguns passos à frente ficava um barranco. Foi tarde demais, não tive onde me segurar. Então, aconteceu o que já era previsto, eu cai.

Desci todo o barranco gritando e sentindo muita dor por conta dos vários arranhões adquiridos ao longo da queda. Durante a queda bati a cabeça em algo, não sei dizer exatamente em quê, pois foi muito rápido. Talvez fosse uma pedra.

Senti algo morno molhar minha cabeça e um leve cheiro de ferrugem. Em seguida, tudo ficou escuro.

***

Foi exponencialmente estranho.

O que pareceu horas...

Eu estava de pé, aparentemente sem nenhum machucado. Mas algo inexplicável aconteceu, quando vi o “outro eu” no chão, ensanguentada. Era como se eu estivesse morta, mas, não estava. Em coma talvez... Presa a uma experiência extracorpórea.

A borboleta azul voltou a aparecer. Eu a segui, deixando o meu “outro eu” ali no chão.

Eu precisava de ajuda, ou, do contrário, jamais voltaria para casa. E, quem sabe, nem mesmo seria encontrada.

Acho que andei por horas, até ouvir vozes.

Parecia um grupo de amigos acampando, assim como eu estava antes de me atrever a sair sozinha...

Havia duas garotas e dois garotos. Uma delas era loira alta e a outra, baixinha, de cabelos negros. Um dos garotos era muito alto e forte, enquanto o outro tinha os cabelos loiros e cacheados.

Me aproximei do grupo na tentativa de obter alguma ajuda.

- Olá?! Podem me ajudar? Por favor!

Nenhum deles pareceu notar a minha presença ali.

- Por favor, podem me ouvir? – insisti. – Eu preciso de ajuda!

Eles continuaram conversando entre si, sem notar a minha presença.

A baixinha ria abraçada ao rapaz loiro. A garota loira reclamava da picada de insetos ao garoto alto, que ria descontraidamente e revelava covinhas lindas em cada uma de suas bochechas.

- Por favor, me ajudem... Porque ninguém me ouve?!

Em desespero, comecei a chorar. Porque ninguém me ouvia? O que estava acontecendo?!

A borboleta passou em minha frente outra vez, então a segui novamente. Seja para onde ela for, eu irei... Se ela me levou a essa situação, ela teria que me mostrar uma saída.

Mas ela não foi muito longe. Bem perto dali, ela pousou em um arbusto e lá ficou. Sentei no chão de terra, ao lado do arbusto, e continuei a chorar.

- O que houve? Está ferida? O que faz aqui sozinha?

Alguém, dono de uma voz linda, se aproximou de mim e me fazia essas perguntas. Ergui a cabeça para olhá-lo. Com esse gesto, tive total acesso a imagem mais linda de todas. Seria ele um anjo enviado para me guiar?

- Você não me respondeu. – ele insistiu.

- Preciso de ajuda! Você pode me ouvir?

- Claro que sim. E porque não poderia?

- Vem comigo! – Ele disse ao oferecer sua mão como apoio para me levantar. – Qual seu nome?

- Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella.

- Então, Bella, o que faz aqui sozinha?

- Eu me perdi... Na verdade, preciso de sua ajuda, mas não sei como começar...

- Pelo início seria bacana – disse e logo depois sorriu lindamente para mim.

- Ah, eu não me apresentei. Me chamo Edward Masen, muito prazer Isabella Swan.

Ele segurou minha mão e algo estranho aconteceu. Parecia como uma conexão.  Essa conexão foi interrompida com a presença do garoto alto, acompanhado da garota loira. Os mesmo que vi minutos antes.

- Aê cara, agora você fala sozinho?

- Eu sabia que ele era doido, mas não tanto assim! – a garota loira concluiu.

Edward tentou se mostrar em sã consciência.

- Emmett e Rosalie, não estou falando sozinho.

- Então, fala com os duendes agora? – A garota loira, que acabo de descobrir se chamar Rosalie, ironizou.

Ela e o garoto, Emmett, riam sonoramente, achando que o amigo estava louco.

Edward me olhou com uma expressão confusa e eu dei de ombros. Os amigos dele se afastaram e então ele me perguntou.

- O quê? Porque eles não te viram? Você está aqui, bem a minha frente, não é?

- Eu não sei... Não sei mesmo. Mas você é o único que me vê e pode me ouvir. É o único que pode me ajudar.

- Devo está ficando louco, como disse a Rosalie! – resmungou virando de costas para mim e seguindo o mesmo caminho que seus amigos.

- Por favor, Edward! Você é o único que pode me ajudar a voltar para casa!

- Você não é real!

- Eu sou real... Por favor, me ajude a voltar para minha mãe...

Edward voltou ficando de frente a mim.

- Você me parece tão real... Como é possível isso?!

- Porque eu sou... – eu iria completar minha frase, mas vi a borboleta pousar no ombro de Edward e acabei ficando sem reação.

- Então, me explique por que só eu posso te ver e ouvir?!

- Vem comigo e você entenderá?! – tive a ideia de convidá-lo, tão logo vi a borboleta.

- Ir com você aonde? – ele pareceu confuso.

- Quero que veja uma coisa... – estendi minha mão para ele e a conexão se fez novamente.

Passamos a andar lentamente, apreciando a companhia um do outro. Era estranho, mas era o que eu sentia.

- O seu perfume... É tão bom... – Edward sussurrou, me olhando de um jeito diferente. Parecia carinho e proteção.

- Ali! – indiquei com a mão a direção do morro, por onde eu havia caído.

- O que quer que eu veja lá?

- Lá, você me encontrará. Basta ir até o outro lado.

- Te encontrarei? Mas, eu já te encontrei Bella!

- Eu sei. Mas, por favor, vá até lá. Eu preciso que vá...

Edward beijou minha mão antes de dar a volta pela parte baixa do morro. Foi questão de segundos para que ele “me encontrasse”.

- O quê?! Como?! – disse Edward, aparentemente muito confuso, ao se ajoelhar ao lado do “outro eu” ferido.

Ele ergueu a cabeça para me olhar.

- Isabella você está morta? Como isso é possível? Como posso estar te vendo assim...

- Não estou morta Edward, apenas ferida. É provável que esteja em coma. Me leve para minha mãe...

- Como?

- No meu bolso tem um celular, você vai encontrar o número... Está escrito mamãe...

Edward pegou o celular dentro do bolso do meu “eu” ferido e chamou o resgate.

Depois disso, eu não vi mais nada. Apenas uma sensação de vazio muito grande me atingiu e tudo se apagou.

***

Quando abri os olhos “novamente”, ele estava lá ao meu lado sorrindo e segurando minha mão.  Eu estava agora em um hospital, reconheci como sendo um. Na mesinha de cabeceira estava um vidrinho com a borboleta morfo azul dentro.

Olhei-a confusa.

- Vamos soltá-la, quando você sair desse hospital. - Sorri e Edward me beijou lentamente os lábios.

Minha mãe entrou no quarto com um bichinho de pelúcia em mãos. Mamãe não muda! Ela acha que ainda sou uma garotinha.

- Querida, nunca mais faça isso comigo! Ou eu morrerei.  Eu não tenho coração para aguentar essas coisas.

Mamãe colocou o urso ao meu lado e beijou minha testa com carinho.

- Seus amigos estão todos ali fora, esperando para te ver.

Edward segurou minha mão e sorriu para mim.

– Você é minha vida agora!

Foram as palavras dele, que significaram tudo para mim.

***

E foi assim, que conheci Edward Anthony Masen. Hoje meu marido, grande amor de minha vida, razão de minha existência e pai de minha filha, Reneesme. Minha linda garotinha de olhos cor chocolate, que está hoje com dois anos de idade e que é irrevogavelmente, inexplicavelmente apaixonada por borboletas.

- Mamãe, Look a butterfly! – Reneesme repetia vendo uma borboleta em seu desenho preferido.

Sempre que podemos a levamos ao parque florestal para ver as borboletas de perto. Uma das cenas mais linda é vê-la correndo com os bracinhos abertos ao tentar pegá-las, com seus cachinhos cor de bronze soltos ao vento.

Minha Reneesme tão linda...


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Notas finais do capítulo

E ai merece comentários digam que sim, não sejam maus, sim?! *momento Chaves*
Deixe seu review mesmo que curtinho :)