Me preparei para sair, estava abrindo a porta quando ouço alguém falando comigo

“você está indo aonde?” - olhei para trás assustada e vi Dr. D. parado me olhando

“eu... eu... eu vou atrás deles, eles estão demorando muito” – tentei sair novamente

“mas você é nova aqui, não conhece as coisas, não pode sair sozinha”

“eu me viro, fique tranquilo” – sai, respirei fundo, fui até a pequena garagem que tinha do lado e vi uma moto ali – “ótimo, só não tenho a chave” – olhei em todos os cantos da garagem e vi uma chave pendurada, peguei e tentei ligar a moto, ela ligou – “que eu saia viva dessa vez” – sai dali, mas não fui muito longe, dei de cara com o carro deles voltando – “merda”

“o que você está fazendo?”

“eu... eu... eu ia atrás de vocês” – eles saíram do carro – “ué, cade a Sunshine?”

“Korse a pegou” – Poison passou por mim nervoso

“mas... como? Porque?”

“você poderia me falar isso né?” – fiquei olhando para ele

“perdão?”

“eu sei que você sabe o porque que pegaram ela, bem que ela falou que você não prestava” – ele me derrubou e ficou por cima de mim – “fala, cade ela?”

“Poison para, ela não sabe” - disse Kobra um pouco mais alto

“me larga”

“FALA! AONDE ELA ESTÁ?”

“eu não sei de nada, me larga” – empurrei ele e ele não saiu – “sai de cima de mim” – comecei a bater nele, ele segurou meus braços – “me larga”

“não até você falar aonde está ela”

“ALOW! Será que você pirou ou algo parecido? Como ela iria saber de alguma se ela estava todo esse tempo aqui?” – Fun disse e ele me largou – “agora vamos nos acalmar e pensar num jeito de tirar a Sunshine de lá”

“eu juro, se eu soubesse de alguma coisa eu falaria” – levantei me limpando – “eu sei que ela era importante para vocês, e eu estou disposta a ajudar na busca dela”

“está mesmo? Você não gostava dela”

“você está ficando igual a ela, tomando julgamentos precipitados” – ele ficou me olhando – “bem, como vocês estão bem eu não preciso mais sair” – coloquei a moto de volta aonde ela estava, voltei e parei em frente ao Poison – “espero que você pense bem no que você disse sobre mim” – sai andando, não consegui sair dali e eu sinto que o Korse está furioso e querendo minha cabeça numa bandeja de prata.

-x-

Estava pensando num jeito de fugir dali ainda hoje quando ouvi alguém batendo na porta. Sabia bem quem era

“o que eu fiz dessa vez? O mundo ta acabando e a culpa é minha certo?”

“posso entrar?”

“se eu falar que não você vai entrar do mesmo jeito” – ele ficou me olhando por alguns segundos e logo em seguida entrou no quarto – “arrumou mais alguma coisa para me culpar?”

“não... eu vim aqui te pedir desculpas”

“tudo bem, já pode sair agora” – deitei e me virei de costas para ele.

“não era só isso que eu queria falar” – não me virei – “acho que temos um assunto mal resolvido ainda”

“qual?” – olhei para ele, ele ficou me encarando por um tempo e me puxou para um beijo, mas que porra, quem ele acha que é para simplesmente me agarrar e me beijar assim de repente. Mas não podia negar, o beijo dele era muito bom, mas não podia deixar agora, empurrei ele e dei um tapa no rosto dele - “quem você pensa que é?”

“qual é o seu problema?” – ele me perguntou nervoso.

“você acha que depois de tudo eu ia ter cabeça de simplesmente esquecer tudo e dar para você? Idiota” – me virei de novo, não ouvi mais nada vindo dele, ele tinha saído do quarto, só ouvi a porta batendo. Mas que merda, como ele faz aquilo sem eu ter autorizado e porque raios eu queria que ele tomasse a mesma atitude de novo? Passou algum tempo e eu não consegui dormir, estava com aquela cena na minha cabeça, droga não, não posso me envolver demais com ele, mas uma noite só não ia me matar. Levantei da cama, sai do quarto e fui em direção a porta no fundo do corredor, abri ela devagar e entrei. Lá estava ele, dormindo calmamente, nem parecia aquele cara enfurecido de mais cedo. Andei até a cama dele, ele se mexeu um pouco, mas não chegou a acordar. Fui chegando mais perto dele, me aproximando do seu rosto, foi em questão de segundos, ele colocou a mão debaixo do travesseiro, puxou a arma e apontou para mim.

“o que você está fazendo aqui?” – ele estava ofegante por causa do susto.

“o que você acha que eu estaria fazendo a essa hora da noite escondida no seu quarto” – ele foi abaixando a arma – “você está certo, tem um assunto mal resolvido ainda” – cheguei bem perto de seu rosto – “e eu estou tentada a resolver ele hoje” – ele puxou meu rosto e me beijou, eu fui me deitando sobre ele aos poucos. Ele virou e me prensou contra o colchão, me beijando intensamente, suas mãos passeavam pelo meu corpo e mesmo sobre o tecido eu me arrepiava. Ele se separou para tomar um pouco de ar e eu coloquei minhas pernas entorno do quadril dele e o puxei pela nuca voltando a beijá-lo. Ele arrancou a camisa dele e jogou-a e eu fui tirando minha blusa enquanto ele mesmo tirava minha calça. Ele sorriu olhando o meu corpo e em segundos, só estávamos com roupas intimas. Ele parou alguns minutos na minha boca, roçando os lábios dele nos meus, o que já estava virando tortura, desceu para o meu pescoço. Beijou cada extensão do meu pescoço enquanto as mãos dele apertavam levemente a minha coxa. Ele voltou a me beijar, em poucos segundos não estávamos mas com as roupas, nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Ele afundou o rosto no meu pescoço, aprofundando seus movimentos enquanto eu apertava as costas dele. A boca dele voltou a me beijar. Continuamos num ritmo sincronizado até eu sentir meu corpo dar leves tremores e ele me apertar ainda mais. Chegamos juntos ao clímax.

-x-

Acordei antes de amanhecer, eu tinha que sair dali sem ninguém me ver, me levantei da cama dele devagar, me vesti e sai dali. Fui até o quarto aonde eu estava instalada, peguei minhas coisas e sai. Sai tranquilamente da sede sem ninguém ter visto, bem isso era o que eu pensava.