Dirty Little Princess escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 30
Mais uma vez Dirty Little Princess


Notas iniciais do capítulo

NA/Espero que amem muito esse capítulo!
Obs:O nyah tá desconfigurando tudo então os primeiros a lerem vão ter essa pequeno probleminhas de formatação!



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Sara não estava falando comigo. Bem eu merecia essa, depois de toda a cena com Lana naquele fatídico café da manhã, minha amiga tinha ficado realmente chateada com a cortada que recebera, além disso, não gostou nada de saber que eu estava estudando com a loira.

–Mas eu podia ter te ajudado em feitiços, Lílian! -Falou ela quando contei uma meia verdade dizendo que estava apenas recebendo ajuda em minha pior matéria.

–Sara você tenta me ensinar feitiços desde o primeiro dia de aula e convenhamos que nunca deu muito certo. –Argumentei tentando fazê-la esquecer do assunto, talvez eu não tenha escolhido as melhores palavras, mas a questão é que desde então ela só diz o mínimo necessário.

Estávamos na aula de Poções, a louca da professora já zanzava pela sala, aposto que estava morrendo de vontade de explodir alguma coisa. Ela pensa que me engana com aquela história de ficar andando para lá e para cá olhando dentro do caldeirão dos alunos para “verificar se estavam fazendo tudo corretamente”. AHÁ! Corta essa velhinha!

Ela deve estar se corroendo de vontade de fazer alguma loucura isso sim. Ela devia estar achando tudo muito calmo. Até EU estava achando tudo muito calmo.

Não que eu estivesse longe de explodir algo, pra variar meu caldeirão fumegava de um jeito totalmente estranho e enquanto todos os outros tinham poções douradas a minha estava verde. Cutuquei o líquido viscoso com uma grande colher de madeira e para minha surpresa quando a levantei só segurava o cabo em minhas mãos. Parece que minha maravilhosa poção havia dissolvido uma parte da minha última colher de mistura.
       Ótimo, sempre achei sem sentido ficar misturando as coisas sendo que dentro do meu caldeirão elas derretem igual. Na verdade é um milagre o meu caldeirão ainda não ter derretido. Este ano é claro, já que em todos os anos letivos minha mãe tem de investir em novos caldeirões já que os meus normalmente estão parecendo mais um balaço disforme de ferro do que um caldeirão.

–Tão jovem, ele era tão jovem... –Murmurou a professora revirando os olhos toscamente enquanto se aproximava da onde eu estava. Sério, a morcega velha parecia ainda pior hoje.

–Potter! Acredito que em todos os meus anos como professora nunca vi uma poção como essa! -Afirmou ela olhando para o meu caldeirão, a turma toda  já soltava risinhos e eu apenas abaixei a cabeça e murmurei envergonhada. Minha poção com a adição da colher derretida tinha adquirido um tom lilás brilhante como glitter e expelia um estranho cheiro de tuti-fruti que lembrava muito chicletes trouxas.

–Sinto muito.

–ELA É FANTÁSTICA!-Gritou a professora animada.

–O que? -Perguntei meio desconfiada, onde estavam as câmeras aquilo era uma pegadinha, certo?

–Nunca vi uma poção para curar calvície tão bem feita! -Gritou ela novamente.

–Hum professora? -Chamou Lana erguendo a mão de modo insegura.

–Fale Presttoc! – Respondeu a velha animada que alguém tivesse falado com ela eu sua aula. Por um motivo desconhecido para a mesma os alunos a evitavam. Atitude infundada em sua opinião, já que ela era uma pessoa tão calma e ponderada.

–É Prescott professora, e nós não devíamos preparar uma Félix felicis? -Pediu ela me forçando a fazer uma careta em sua direção, nunca antes estivera tão próxima de conseguir uma nota máxima em poção.

VALEU COLEGA!

–Suponho que isso não importe muito não é mesmo? -Pediu ela balançando os cabelos vermelhos e cacheados como se estivesse fazendo uma dança africana esquisita. Todos pararam por um momento e depois se voltaram para as sua poções como se nada tivesse acontecido.

–O QUE ESTÀ FAZENDO? -Perguntou a professora subitamente para Sara que acrescentava algo a sua poção perfeita. A castanha levantou a cabeça vagarosamente e olhou para a professora com um olhar meio questionador.

–Pó de asa de morcego, é o que falta para que eu termine a minha...

–NÃÃOO! Tão jovem ele morreu tão jovem, sua assassina de bichinhos de estimação! -Certo, agora era definitivo a mestre de poções estava muito, muito pirada. A velha correu na direção de Sara e arrancou o frasco com de suas mãos, após fazê-lo aninhou contra o peito e começou a acariciar a tampa.

Sara a olhou de um modo muito peculiar. Me perguntei momentaneamente se ela iria estender o tratamento de choques de travesseiros para a professora e apenas o modificar para o tratamento de choques de caldeirão. Já estava até  mesmo vendo a castanha pegando o seu caldeirão e o acertando na cabeça da professora enquanto repetia“Volta para este mundo! E saia desta sala que não sei por que lhe pertence!”

Sufoquei o riso e me afastei de minha poção. Acho que inalei tuti-fruti de mais!

Minha amiga me olhou como se esperasse que eu fizesse algo, tudo que consegui foi dar ombros e girar meu indicador ao lado da cabeça em um claro sinal de: ESSA MULHER É DOIDA!
–Professora, a senhora está bem? –Perguntou Heloíse que parecia completamente calma enquanto o resto da turma estava bem nervosa com a estranha situação.

–Meu bebê, tão jovem...Não vou deixar que ela o use assim, não vou...-Continuou a mulher com uma voz tremula, logo lágrimas saiam de seus olhos e percebi que a vontade de minha melhor amiga era sair correndo da sala. Não que eu estivesse muito diferente disso, a situação em si era toda muito tensa. Sara estava adquirindo um ar extremamente ofendido enquanto Lise se aproximava vagarosamente da professora. Se eu fosse a castanha eu tomava essa deixa e ia me afastando enquanto podia.

–Não se preocupe, não vou deixar que nada aconteça com ele. Ninguém vai machucá-lo. -Continuou falando Heloíse com uma voz tão calma, nunca antes tinha visto minha amiga parecer tão normal. Para minha surpresa Hugo se juntou a ela, sem hesitar meu primo acariciou o frasco que a professora abraçava e disse.

–Vamos proteger ele, por que a senhora não vai descansar? Ele está seguro agora, pode relaxar. -A professora então lentamente abriu os braços, as lágr imas ainda escorriam dos olhos viradosquando achei que a situação iria se normalizar a sempre gentil e meiga Lana teve que abrir a boca.

–POR MERLIN MULHER! PRECISA SE TRATAR! - Essa é a nossa garota, sempre tão doce...

Claro que a professora surtou novamente e tentou tomar o frasco com o pó de morcego das mãos de Hugo que por outro lado se assustou com os movimentos bruscos da velha.

Atenção!

O que vou narrar a seguir realmente aconteceu por mais que pareça ter vindo de uma comédia pastelão.

Com a confusão toda o frasco voou das mãos sebosas da professora, adivinha a onde foi que o maldito frasco caiu?

Ou melhor, adivinhe em que maldito caldeirão o frasco resolveu se afundar?

E VALENDO MIL GALEÕES A PERGUNTA FINAL!

FOI NO CALDIRÃO DA SARA? NO DA LANA? OU NO CALDEIRÃO DA SUPER SORTUDA LÍLIAN POTTER?

Pois é, eu também fico com a última opção.

Como se fosse um clip de filme de ação todos seguiram o frasco vir voando e girando como que em modo “slow motion”. Ele aterrissou com um suave FLOP dentro do caldeirão. A professora parecia petrificada, Lise segurava no braço do Hugo insegura sobre como agir, Lana tinha um olhar insatisfeito e Sara parecia prestes a bater em Hugo. Em todos os sete anos de Hogwarts essa seria a primeira vez que ela não entregaria a poção solicitada no fim da aula. Nott olhava desconfiado para o caldeirão do qual eu me afastava vagorosamente.

No momento em que o tal frasco com o pó de morcego caiu no meu caldeirão uma fumaça branca levantou e se espalhou por toda a sala, logo ninguém enxergava mais nada e apesar do cheiro parecia que com alguns feitiços as coisas voltariam ao normal.
–AAHHH! Eles eram morceguinhos tão jovens! Eu os matei, acabei com eles! -Certo, talvez as coisas não estivessem exatamente voltando ao melhor quesito de normalidade.
–POTTER! EU VOU MATAR VOCÊ SE ESSA COISA INFECTAR MEU CABELO RECÉM PINTADO! -Gritou minha grande amiga oxigenada.

E eu que pensei que nunca fosse falar isso. Mas agora Lana Prescott acabou de apresentar uma vasta semelhança com Heloíse Chase. E quando eu acho que nada mais pode me surpreender...

Revirei os olhos enquanto acendia minha varinha e tentava focar meus colegas de turma.

O sonserino esquisito e futuro inominável Theodore Nott tentava sugar a fumaça com a ponta da varinha enquanto protegia seu caldeirão para que sua provável poção perfeita não fosse contaminada. Sara parecia estar entre salvar sua poção ou proteger seus cabelos. Enquanto ela estava na duvida pegou o pó de asa de morcego de Nott e acrescentou discretamente em seu caldeirão olhando desconfiada para a professora que ainda estava distraída.

Enquanto isso eu continuava a tentar me afastar do caldeirão com a seguinte frase em mente “SEM MOVIMENTOS BRUSCOS!”. Viu, depois não venham me dizer que não aprendi nada em todos esses anos enfurnada nas masmorras.

–Bom temos que ver o lado bom disso tudo! -Comentou Hugo e logo identifiquei seu sorriso sacana, mesmo que ele apoiasse a professora que parecia prestes a desmaiar.

–Que lado bom? -Perguntou o lufo Hook.

–Pelo menos o caldeirão de Lil ynão explodiu! -Sorri ao me lembrar da primeira que vez que ele me falara isso, no início do ano quando o caldeirão de Sara explodira por culpa da professora.

–Arghs, acho que é melhor alguém ir chamar um professor para nos ajudar além de socorrer ela. -Comentei apontando para a mulher.

–Vou fazer isso, já volto! –Anunciou Lana que parecia desesperada para sair daquele local abafado, fedido e sujo.

Assim que a sortuda fechou a porta um chiado esquisito tomou conta da sala, a estranha fumaça já tinha sido parcialmente limpa de modo que conseguir ler o terror no rosto de Heloíse quando ela perguntou.

–Por favor Lily, por tudo que há de mais sagrado nesse mundo, me diga que essa barulho não vem do seu caldeirão, por favor, por favor? -Pediu ela com uma vozinha baixa.

–Ah pessoal... -Comentei olhando para o liquido agora azul petróleo que borbulhava e crescia. -SE ABAIXEM! –Gritei antes de eu mesma me atirar no chão. E então mais uma vez conhecemos a maravilhosa sensação de tomar banho de meleca azul. Lembrei das mãos da Lana no inicio de setembro e quase fiquei com pena dela. Assim que a gosma parou de ser expelida o sonserino levantou uma sobrancelha e perguntou para Hugo.

–O que foi mesmo que você acabou de dizer Weasley? -Perguntou, enquanto eu percebia que o pé das mesas pareciam derreter em contato com a substância, engoli em seco e decidi que o melhor seria não fazer alarde, só desejo que a pele de alguém não começasse a descascarou algo nojento do tipo.

                                                      (...)

Quando Lana voltou para a sala trazendo com ela a Prof.Sullivan e o Jack as coisas começaram a se acalmar, felizmente parece que nenhuma reação alérgica foi identificada, e naquela noite durante jantar a diretora anunciou que a professora de poções iria se aposentar.

BOM JÁ PASSAVA DA HORA!

MORCEGA VELHA CARCUMIDA! É SÓ POR
CAUSA DELA QUE VOU MAL EM POÇÕES! TENHO CERTEZA DE QUE COM A AJUDA CERTA VOU DESCOBRIR QUE SEMPRE TIVE UM DOM ESCONDIDO NESSA MATÉRIA!

Parece que eles até já tinham em mente um novo professor, porém esperavam que ela pudesse continuar até o final do semestre.

Cacetada, o final do semestre logo chegaria e eu ainda não estava totalmente boa em feitiços, certo a palavra correta seria que eu estava apavorada com a aproximação dos NIEM's.

Como se não bastasse a louca da Lana resolvera programar alguma coisa naquele sábado, certo como se eu tivesse tempo de sobra para fugir
da escola e ir sabe-se lá pra onde!

Sara e Heloíse continuavam me evitando, na verdade a primeira me evitava e fazia questão de arrastar a rosada com ela, não que eu fizesse questão de assistir de camarote o desenvolvimento do casal Hugo e Lise.

Me olhei no espelho imaginado se estaria bem vestida para o que quer que a loira tenha planejado, bom ela falou em saltos de modo que aquela roupa devia estar boa.

Ao me analisar constatei que estava voltando ao meu peso antes do acidente. O que de certo modo era reconfortante, ver meu rosto redondo parecia despertar algo familiar em mim como se de algum modo eu ainda fosse a mesma. Mesmo que talvez isso nunca acontecesse.

A real pergunta era, eu queria voltar a ser a mesma? Não estou dizendo que estou feliz pelo acidente, porém sei que desde o ocorrido cresci muito, mesmo que uma parte minha estaria destruída pra sempre.

Afastei esses pensamentos ruins, eu tinha feito maquiagem caramba não queria destruir com tudo por causa de umas lágrimas advindas de memórias ruins. Por outro lado meu rosto parecia pertencer a uma garota madura, quase uma mulher, apesar do arredondado infantil que voltava, todo o resto era diferente, desde o brilho em meus olhos até meu sorriso contido.

Usava naquela noite uma calça jeans, uma camisa de cetim e uma linda jaquetinha que eu havia pegado emprestado de minha prima Victoire, por pegar emprestado leia-se: nunca mais será devolvida. Quando vejo algo que gosto no guarda roupa de minhas primas sempre tenho plena certeza de que a peça ficará muito melhor em meu guarda roupa, e eu nunca erro!

Alguns colares fizeram com que o visual levemente básico ficasse com cara de noite e para completar meu par de sapatos trouxas favoritos estavam em minha bolsa-lindos e versáteis meia-patas negros- junto é claro, com o mapa do maroto.

Antes de sair examinei o mapa, Lana já me esperava e meu caminho estava livre, meu estômago revirava de ansiedade, estava morrendo de curiosidade para saber onde iríamos. Já tinha feito mil suposições e tudo ainda parecia loucura até mesmo para os padrões Prescott de loucura. Quando a encontrei me surpreendi ao vê-la apoiada na parede de olhos fechados, sabe aquela Lana auto confiante e piranha? Bom ela deviaestar escondida em algum lugar.

A loira era realmente boa em mascarar sua tristeza, agora olhando pra ela era como encarar uma criança apavorada; e não que ela não estivesse linda, pelo contrário quase voltei para o dormitório trocar de roupa só pra aumentar minha autoestima perto dela.

–Lana. -Chamei, ao abrir os olhos azuis vi que os mesmos lacrimejavam, parece que não era apenas eu que estava com algumas memórias ruins guardadas.

–Até que enfim Potter, pensei que iria ter que te buscar! -Reclamou ela em uma vã tentativa de soar confiante.

–Você está mesmo bem? -Pedi sem me conter. Não que eu me preocupasse, de forma alguma. Afinal eu já estava quase obtendo o resultado almejado, até loira a oxigenada estava novamente! Eu digo mas poucos acreditam. Lílian quer, Lílian faz!

–Estou ótima, agora me dá esse mapa pra gente sair daqui! -Falou em um tom mandão estendendo a mão.

–E pra onde exatamente nós vamos? –Pedi com um pouco de medo de entregar meu precioso pergaminho e deixá-la totalmente no controle da situação.

–Para uma festa Potter, por que acha que estamos tão arrumadas? -Falou ela revirando os olhos como se isso fosse óbvio.

–Uma festa aqui no castelo?–Perguntei confusa.

–Claro que não Potter, vamos em uma festa em Hogsmeade, é por isso que precisamos do seu mapa, e é por isso que eu preciso de você. -Explicou a sonserina fazendo com que eu me sentisse usada.
        –Ótimo, se é só do mapa que precisa pode me devolver ele amanhã. -Comentei como uma criança birrenta louca por atenção.

–Ai Potter não faça drama, não é como se eu estivesse no clima de festa.

–Então por que quer ir? - Lana não me respondeu de imediato, pelo contrário levou bastante tempo para que ela erguesse os olhos do mapa que examinava para finalmente me encarar em responder.

–Preciso descobrir algo, a festa é de um velho amigo e acho que ele tem as respostas que eu preciso. - Explicou ela parecendo de algum modo vulnerável.

–Respostas? -Pedi tentando inutilmente levantar uma sobrancelha, as únicas respostas que eu procurava eram as dos testes de feitiços.

– É Potter respostas! Tem algo que preciso descobrir e ele pode me ajudar com isso! -Falou a loira de modo impaciente.

–Sobre a sua família? -Perguntei rapidamente e surpreendi a mim mesma com minha recém adquirida capacidade de dedução.

Fui completamente ignorada por Lana Prescott que me perguntou como se não tivesse ouvido nada.

–Então como é que saímos da escola Potter? -Revirei os olhos antes de puxá-la até uma das passagens para Hogsmeade.

Qual é eu era a irmã mais nova de James Potter, é óbvio que eu sabia sair da escola escondida.

Ao finalmente chegarmos em Hogsmeade foi Lana quem me guiou, quando finalmente ela parou em frente a um bar que eu nunca tinha visto antes me senti intimidada.

–E agora? -Perguntei.

–Agora você trate de arrumar o cabelo, colocar um sorriso no rosto e fingir que está aqui pra se divertir. –Orientou-me ela.

–E você?

–Eu vou procurar o anfitrião e ver o que eu consigo arrancar dele. -Respirei fundo antes de empurrar a porta do bar.

UAU! Aquele pessoal sabia bem como dar uma festa, as luzes estavam apagadas e a iluminação vinha de candelabros esverdeados, a música vinha de um estranho aparelho no centro da sala que além do som liberava notas musicais coloridas. Era como seu eu pudesse enxergar a música, ao encostar em uma nota ela estourou como uma bolha de sabão. A musica parecia ter a batida e o volume certo. Era como se ela fizesse o meu corpo pulsar com a batida que fazia todos na pista se movimentarem como um.

Quando me virei pra trás para comentar o fato com Lana não a encontrei, ela já tinha sumido girei o pescoço a finalmente identifiquei seus cabelos loiros brilhantes, ela estava conversando com um cara. E que cara diga-se de passagem, musculoso, alto e com cabelos loiro areia, era definitivamente o meu tipo, porém ao ver o modo como ele sorria pra ela era óbvio que ele era mais um fã da oxigenada. Se aquele fosse o anfitrião não seria nada difícil Lana arrancar informações dele, na verdade pelo visto ela arrancaria qualquer coisa dele com muita, muita facilidade as calças por exemplo.

Percebi que aquilo ali era um antro de sonserinos ricos no instante em que comecei encarar as pessoas, todos eram bonitos e mais velhos por volta dos 20 anos, um pouco mais talvez, porém reconheci alguns de famílias puro sangue. O Zabine estava ali, um primo de Scorpius Malfoy também foi identificado, não me surpreenderia se encontrasse Alvo a qualquer momento, afinal meu irmão era um sonserino também.

Caminhei pela sala cumprimentando as pessoas que conhecia e tomando coragem para dançar e pelo menos tentar me divertir, porém aquilo não era exatamente a minha cara, pelo contrário que nunca fora muito de festas.

Respirei fundo e tive a sensação de que estava sendo observada, corri meus olhos pela pista de dança mas tudo que consegui lá foi uma piscada de uma garota morena.

ECA, uma garota? Não que eu tenha algo contra mas eu gosto de caras, na verdade gosto muito de caras, e bom, eu não fazia o tipo piranha que se agarrava com garotas pra chamar atenção. Aquilo era doentio.

Respirei profundamente antes de continuar minha inspeção pelo lugar, novamente a estranha sensação de que estava sendo observada me atingiu, dessa vez segui meu olhar para o bar e então o identifiquei apoiado no balcão de bebidas.

Olhos azuis, mesmo com a má iluminação eu simplesmente sabia que aqueles olhos eram azuis. Foi a primeira coisa que notei nele, olhos angelicais e estranhamente familiares, perdi dois segundos tentando me lembrar de onde o conhecia. Decidi que não me importava, ele era exatamente do que eu precisava naquela noite, uma distração. As coisas estavam estranhas ultimamente, e eu estava há tanto tempo sem saber o que era um bom romance de uma noite que quis mais que tudo poder beijá-lo. Seria a melhor distração que eu poderia ter.

A boca fina e vermelha formava um sorriso zombeteiro que só desaprecia quando ele levava a garrafa de cerveja amanteigada aos lábios, um gesto masculino e grosseiro que se tornou estranhamente sensual. Suas roupas trouxas lhe caiam perfeitamente, confesso que seu corpo magro não fazia meu tipo fisicamente falando.
           Eu gostava de atletas malhados e com músculos aparentes, Hugo era assim, mas esse cara não parecia se exercitar há bastante tempo . Mesmo assim a combinação de calça jeans escura e camisa azul com os primeiros botões abertos se tornaram estranhamente sedutora.

Talvez ele tenha chamado minha atenção por ser diferente de tudo ao que estava acostumada, ele não era um garoto, exalava um ar adulto e era obviamente mais velho, não muito mais velho, apenas o suficiente para parecer seguro e charmoso.
           Ou então eu só tenha reparado nele pelo fato de seus olhos não desviarem de mim, eu não sabia o que fazer, não estava acostumada a ser ousada naquela noite não me importei, provavelmente nunca mais o veria mesmo.

 Respirei fundo antes de me aproximar do balcão.

–Um hidromel. -Para o atendente indiscreto que parecia gostar muito do pingente do me colar, já que não desviava os olhos dali.

–Eu pago. -A vez melodiosa e grave fez um arrepio percorrer meu corpo.

- Obrigada. - Respondi dando meu melhor sorriso, definitivamente havia perdido o pouco da compostura que possuía.

–David. -Falou ele ainda sorriso ao seu modo zombeteiro. Notei que ele não disse seu sobrenome então como resposta disse.

–Lílian. -Passei os dedos em meus cabelos lisos sem saber como prosseguir, porém fui salva por sua pergunta.

–Então como veio parar aqui? Não me lembro de tê-la vista em outras festas e aposto como eu me lembraria de você. -Comentou ele me fazendo corar.

–Ah, é porque é a primeira vez que venho, uma amiga me convidou. -Tratei de responder tomando um longo gole de hidromel pra ver se minha voz parava de sair esganiçada. Mais uma vez um constrangedor silêncio tomou conta, sem me conter encarei seus olhos tentando me lembrar da onde os conhecia.

–Quer dançar? -Pediu ele, quase respondi que sim, então me lembrei que eu não podia exatamente dançar, quer dizer eu mal andava naqueles saltos, Alvo me mataria se soubesse que fiz algum esforço.

–Que tal se apenas conversarmos? –Perguntei tentando não soar como uma oferecida.

–Tudo bem, vamos conversar Lílian. -Ele pronunciou meu nome de um modo tão diferente, como se saboreasse cada "l" e de algum modo despertou algo, droga ele era muito bonito e eu realmente queria beijá-lo. Percebi que estava encarando sua boca e mordendo os lábios então mais que depressa perguntei a primeira coisa que me veio na cabeça.

–Gosta de quadribol? -O tal David de traços aristocráticos pareceu surpreso mas mesmo assim me respondeu.

–Claro que sim, é o esporte bruxo. Vai gaviões! -Falou ele erguendo o pulso e fazendo o sinal dos Gaviões de Heidelberg, um antigo e tradicional time que ha muito tempo não conquistava um campeonato, porém era bem elitista. Em resposta formei uma garra com minha mão direita e pousei sobre meu coração.

–Harpias de Holyhead? -Me perguntou ele ao me ver fazer o sinal da equipe formada somente por bruxas. Deu um sorriso e respondi.

–Com toda certeza.

–Sabia que nosso times protagonizaram umas das melhores partidas de quadribol que já se assistiu? -Me perguntou com um sorriso que chegou incrivelmente ao seus olhos fazendo com que o azul angelical brilhasse.

–Claro que sim, não sou nenhuma amadora. -Falei dando ombros como se fosse uma especialista no assunto.
         –O capitão do gaviões pediu a capitã do Harpias em casamento assim que o jogo foi encerrado. - Comentou ele antes de tomar mais um gole de sua cerveja.

–Yep, e a esperta garota surrou ele com sua vassoura. -Falei sorrindo.

–Foi uma reação totalmente exagerada da capitã do Harpias. -Continuou ele achando graça.

–Nunca peça nada a uma garota se ela estiver com uma vassoura na mão. -Alertei apontando o dedo pra ele rindo.

–Certo, só pra constar você não está com uma vassoura escondida aí em algum lugar né? -Pediu David me encarando com intensidade.

–Por quê? Você quer pedir alguma coisa? -Rebati mordendo meus lábios e o encarando.

Não houve aqueles segundo de aproximação, nem aqueles segundo de hesitação que sempre havia com Hugo, na verdade foi tudo bem diferente, pela primeira vez me senti bem mais que uma garota boba.

Quando ele me puxou para um beijo intenso e seguro, logo levei minhas mãos ao seus cabelos castanhos e me deixei ser levada pra outro mundo, um lugar onde tudo que importava eram as sensações que aquele estranho me causava.

Seus lábios eram como fogo nos meus e suas mãos em minha cintura pareciam querer me prender pra sempre ali, sem me importar que eu poderia parecer uma completa oferecida joguei meu corpo junto ao dele, surpreendentemente o encaixe foi perfeito.

Aquilo era politicamente incorreto, eu odiava tanto quando as pessoas ficavam de agarração em lugares públicos, mas quem disse que eu queria pensar? Eu só queria sentir aquele corpo tão diferente bem junto ao meu, queria sentir aquele estranho cheiro de loção pós barba e café, em um dado momento percebi que nossas respirações descompassadas seguiam um estranho ritmo.

Quando minhas mãos arranharam sua nuca me assustei ao ouvir um leve ofegar vindo dele, um ofegar que me lembrou que estávamos no balcão de um bar dando um pequeno show. Empurrei seu peito dando a entender que queria me afastar, sem hesitar ele me deu um selinho suave antes de me encarar com intensidade, droga, droga, droga eu realmente não queria que ele pensasse que eu era uma garotinha assustada.

–Lá em cima, tem um sala que está sempre vazia. -Entendi sua sugestão, ao passo que um desejo desconhecido tomou conta do meu corpo e um medo me assolou completamente, aposto que ele leu isso meus olhos pois logo completou.- Podemos conversar melhor lá, apenas se você quiser claro.

Pesei suas palavras e apesar do desejo em seus olhos não pude ver mal algum em ir até lá com ele, eu não era uma tapada e após uma análise rápida em seu rosto não percebi a indicação de que quisesse algo a mais. Porém eu precisava avisar Lana, se ela me procurasse e não me achasse ficaria uma fera de modo que respondi.

–Tudo bem, só preciso avisar minha amiga e então eu subo lá.

–Estou te esperando, é só subir as escadas. -Explicou ele apontando para o fundo da sala onde uma escada iluminada se destacava, fiz que sim com a cabeça e fui surpreendida com mais um beijo ates dele se afastar.

Respirei várias vezes em uma vá tentativa de normalizar minha respiração e parar de fazer o mundo girar, e eu tinha certeza que aquela sensação de leveza não tinha nada a ver com o hidromel que eu acabara de tomar.

Sai mais uma vez caminhando pelo salão, procurei Lana no último lugar em que a vira, porém apenas após alguns minutos foi ela quem me encontrou.

–Finalmente Potter, vamos cair fora daqui! -Falou ela me assustando ao agarrar meu braço com suas unhas compridas.

–O que? Por quê? -Pedi tentando me soltar dela.

-Aff Potter sua boca está inchada! Não estou nem aí se estava se agarrando com alguém, precisamos sair daqui agora, inferno! -Disse ela com rispidez.

–Qual é o seu problema? -Falei passando o dedo em meus lábios e constatando o óbvio, ela tinha razão quanto aoinchaço.

–Olha quem acabou de entrar no bar! -Olhei para a porta onde identifiquei na hora nossa professora de feitiços Katherine Sullivan, para minha surpresa um lindo homem estava ao seu lado, ele estava o braço sobre os ombros magros da loira pálida.
         –Jack Mallory! - Falei surpresa, cacetada meu professor de transfiguração lindo, gentil e amado por todas as garotas, estava abraçado a malévola professora de feitiços. E eu achei que depois da aula de poções nada mais me surpreenderia!

–Sim senhorita óbvia! Parece que o senhor gostoso ali e a Kath estão se agarrando pelos corredores entre uma sala e outra. -Coloquei o dedo na boca em um claro gesto de quem quer vomitar.

–Não acredito que você disse isso Lana, agarramento entre professores é algo nojento. -Falei enquanto seguia a oxigenada que se dirigia para o fundo salão. -Para onde estamos indo? –Perguntei encontrando dificuldade em me desviar do fluxo de pessoas.

–Tem uma porta de emergência aqui atrás! -Me explicou a sonserina. Pelo que parece eu não iria continuar meu amasso, digo conversa com o tal David gostosinho. Droga, ele tinha uma pegada!

VALEU COLEGA!

Era a segunda vez que LanaPrescott cortava o meu barato nessa semana.

Finalmente chegamos na rua e de lá a garota começou a correr em direção ao castelo, olhando para aquilo incrédula fiquei parada e coloquei as mãos na cintura chocada com sua falta de sensibilidade.

–DROGA! - Gritou ela ao ver que corria sozinha, se virou pra mim em mudo pedido de desculpas e esperou que eu chegasse até ela em minha lenta tentativa de correr.

Quase meia hora depois estávamos novamente na segurança dos corredores da escola, após uma rápida verificação no mapa do maroto cada uma se dirigiu para seu salão comunal, quis perguntar como havia sido sua investigação, porém o medo de ser pega fora da cama foi mais forte.

Ao chegar no dormitório percebi que as garotas já dormiam, sem me preocupar em colocar pijamas apenas me despi e apenas de calcinha e sutiã me enfiei de baixo das cobertas sentindo o gosto daquele estranho em minha boca.

Pela primeira vez em muito tempo não sonhei, dormi como uma pedra, e dormi muito, muito mesmo.

Acordei sentindo o sol bater em meu rosto o simplesmente me apavorou, costumava acordar com o sol ainda bem alto e em segundos percebi que estava atrasada, pior percebi que era a única garota no dormitório.

Em incríveis sete minutos sai em disparada do dormitório ouvindo minhas botas baixas baterem no chão de pedra, se eu caminhasse só um pouquinho mais rápido chegaria a tempo de pegar um copo de suco de abóbora.

Ao entrar no salão principal me deparei com as mesas cheias de alunos, suspirei aliviada até ver que todos estavam concentrados na diretora McGonagall que estava em pé falando alguma coisa. Droga era domingo, eu não entendia o que estava acontecendo.

Sentindo olhar incisivo em minha cabeça quase voei até ao lado de Sara que me olhava com uma perfeita cara de ponto de interrogação.

–Não leu o mural de avisos? A diretora tinha um comunicado. -Falou ela em um tom de professora chata. Suspirou pesadamente como se eu fosse a razão de seus problemas e voltou a sua atenção para o prato de bombas de chocolate a sua frente, suspirou novamente e voltou sua atenção para a diretora.

E eu sempre digo, deixe Sara Hale sem chocolate e ela fica mais rabugenta que uma velhinha!

–Então como tentava falar, em decorrência dos últimos fatos com a professora de poções temos uma nova contratação...Ah Merlin! -Suspirou ela olhando para a porta onde Lana Prescott entrava esbaforida e corria em direção ao seu lugar, escondi o riso e olhei finalmente para a mesa dos professores.

Senti um frio na espinha, não podia ser! Meus olhos estavam totalmente me pregando uma peça, só podia ser o sono que sentia.

–Certo chega de tentar falar, aqui está o novo professor de poções de vocês David Lewis!

E lá estava ele, o cara que eu havia beijado na noite anterior de cabelo arrumadinho, roupa séria de professor e aquela boca fina mas extremamente beijável. Claro seus olhos azuis e angelicais encaravam o salão, percebi o momento exato em que ele me encontrou sua boca formou um "O" e ele esfregou os olhos como se também acreditasse que estivesse em uma alucinação.

Droga número 1. Por que é que eu não podia ter um romance de uma noite decente?

Droga número 2.Eu tinha um novo professor de poções. Que muito provavelmente não ia gostar de minhas habilidades em derreter caldeirões!

Droga número 3. Eu tinha beijado meu professor de poções noite passada e queria muito beijar ele de novo.

Droga número 4. Ao ver sua reação estranha e sua encarada realmente óbvia vários alunos passaram a me olhar. Incluindo ai a já irritadiça monitora chefe e a minha amiga de cabelos róseos que era realmente desligada.

Olhei para a mesa da sonserina e Lana mantinha um olhar estranho sobre o novo professor. Ela seguiu o olhar dele que fitava algo intensamente, ou seja, eu. Ela me encarou e cerrou os lábios em uma linha fina.

Hoho. Porque eu tinha a sensação de que me meti novamente em uma encrenca envolvendo um cara e a sonserina?

Suspirei pesadamente.

E eu era ou não uma maldita Dirty Little Princess?


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Notas finais do capítulo

NB/ Oi pessoal.
E ai, o que acharam do capítulo? E TA PEGANDO FOGO!!!!!
E A LILY TA PEGANDO TB!!!!!
Pra quem já quis pegar, pega ou já pegou um professor comente. O que você faria no lugar da nossa ruiva?
Muitos conflitos, muitas loucuras e muitos pós de asas de morcego estão por vir!
David Lewis, o cara de olhos angelicais e pegada diabólica! ;D
Já teve a sensação de que alguém esta te observando?!kkkkkkk
Bjs da beta,
Milady Black
NA/ E aí pessoas lindas do meu coração que não vão brigar comigo por causa da demora? *--*
A verdade é que não tenho muito o que falar desse capítulo, tirem suas próprias conclusões, comentem muito, surtem nos comentários e podem apostar que o circo vai pegar FOGO!
O DAVID É MEU! OUVIRAM, MEU!!! MEU PERSONAGEM, MEU CARA, MEU PROFESSOR E EU MERAMENTE O EMPRESTO PARA AS MINHAS PROTAGONISTAS!
Agora que já resolvemos isso, beijos pessoal!
Loreline Potter



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