Olympian Routine escrita por Catherine


Capítulo 23
Confissões no shopping


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakessssss! Tudo bem com vocês? Desculpa a demora, mas eu fiquei de castigo e tudo mais... A Marcella falou tudinho pra vocês né :)))
Enton, espero que gostem!
ps: Eu sei que vocês esperavam um capítulo da Thalia falando com a Ártemis e tal, mas não rolou :/
Vamos fingir que elas já conversaram, todo mundo foi dormir e tal, dai o que aconteceu no dia seguinteeeeee????????????????
Ta aí em baixo :)



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POV Percy
- Nós não devíamos estar aqui, Percy. Alguém vai descobrir e... – Annabeth parou de andar, segurando meu pulso com força – Por que nós estamos aqui, afinal?
Peguei sua mão, olhando em seus olhos.
- Se acalme. Nada vai acontecer – Disse, voltando a andar com ela – Aliás, até parece que você nunca saiu do Acampamento.
- Não mude de assunto, Cabeça de Alga – Ela falou, tentando não se distrair com a vitrine da loja de canetas – Diga logo. O que você quer, me trazendo no Shopping?
Bufei e revirei os olhos.
- Seu aniversário, caso você tenha esquecido, é daqui duas semanas – Falei cada palavra lentamente, como se explicando a uma criança – Como eu provavelmente erraria no presente, resolvi te trazer aqui para você mesma escolher ele. Sou ou não sou um namorado legal?
Sorri. Ela revirou os olhos, disfarçando um sorriso. Seus cabelos estavam soltos com uma tiara, e ela usava uma roupa da moda. Estranhei, geralmente ela só vestia a camiseta laranja habitual e um shorts jeans. (Roupa: http://www.polyvore.com/annabeth_shopping/set?id=43852259 )
Annabeth soltou minha mão, andando em direção a uma papelaria com entusiasmo. Ri da cena, e a segui. Entramos no lugar e ela correu até a parte onde vendiam os cadernos e materias para desenho. Me encostei em uma bancada dentro da loja e fiquei esperando até que ela escolhesse o que queria. Então, depois de alguns minutos, voltou com um olhar triste.
- Não achei nada – Murmurou, com uma voz de choro – Pensei que eles iriam ter o compasso XV-78, mas não. É muito raro de se achar.
Passei minhas mãos em suas costas e desci até sua cintura, segurando-a perto de mim.
- Não se preocupe, nós vamos encontrar – Tentei animá-la, o que pareceu dar certo. Ela assentiu, tristonha.
Saímos de lá, e continuamos andando lentamente até que um bando de garotos chamou minha atenção. Eles comentávam sobre como Annabeth era linda e... Gostosa. Nós havíamos parado em frente a uma sorveteria, e eles estavam sentados em uma mesa de lá.
Andei com passos fortes até os meninos e os fitei. Podia sentir meu sangue fervendo e os nós de meus dedos ficando brancos.
- Do que você chamou minha namorada? – Sussurei, certo de que se falasse mais alto acabaria berrando.
- Ela é sua namorada? – Um garoto de cabelo castanho disse – Que desperdício!
Todos eles concordaram, rindo.
Annabeth, que estava alguns metros mais longe, veio até meio lado e segurou minha mão, claramente tentando me acalmar.
Tinha quase funcionado, até que vi o olhar de malícia que lhe lançaram. Encarei-os mais um vez, depois percorri o olhar pelo salão. Senti presença de água dentro da máquina de sorvete, e levantei a mão livre no ar.
Eu estava quase explodindo aquilo quando senti duas mãos me segurando.
- Não seja louco, Percy – Ela disse, olhando em meus olhos – Não ligue pra eles.
- Mas eles te chamaram de...
- Não importa.
Annabeth apertou mais meu pulso, fazendo-me ceder. Abaixei o braço, lançando um olhar mortal para o grupinho.
- Uh, e a loirinha ainda é mandona – O moreno falou, olhando para o corpo dela – Por quê você não larga dele e vem pra minha casa, hein, linda?
Apertei os olhos com força, tentando me lembrar que Contracorrente não seria útil, e que eu só passaria vergonha. Lembrei-me vagamente de que eu não podia mostrar meus poderes para mortais.
Me concentrei no barulho da torneira, tentando me acalmar. Annabeth soltou minha mão e andou furiosamente para frente, e eu abri os olhos a tempo de ver ela jogando o sorvete na cabeça do garoto.
Sorri com a cara que ele fez.
- Espero que tenha aprendido a sua lição – Minha namorada se abaixou e mumurou no ouvido do menino, e ele balançou a cabeça rapidamente.
Ela riu e voltou para meu lado, segurando minha mão e me puxando para fora da sorveteria.
- Mortais... – Ela bufou – Não sabem do que sou capaz. Imagine se eu não tivesse me controlado?
- Você arrancaria a cabeça do coitado – Falei, rindo. Annabeth me acompanhou, empurrando-me com o corpo.
Olhei para ela, e antes que dissesse alguma coisa, roubei um beijo rápido. Ela me encarou, curvando as sobrancelhas em dúvida.
- Pra que foi isso? – Disse.
- Me deu vontade – Falei, sorrindo. Apertei mais meus dedos entre os seus, fazendo-a rir.
Andamos mais um pouco, o incidente de minutos atrás agora esquecido. Eu a obrigava a entrar em todas as ojas de roupas e maquiagem, implorando que escolhesse alguma coisa.
- Você é estranho, Cabeça de Alga – Annabeth gritou de dentro do provador.
- Você que é – Disse enquanto a vendedora entregava mais algumas roupas para ela esperimentar – Vamos, escolha uma. É seu presente.
Escutei ela bufando de leve.
- Até parece que você não me conhece – Murmurou. Pensei por alguns segundos sobre o que ela dissera.
- Como assim? – Perguntei.
Ela saiu da cabine com um vestido rosa cheio de flores e babados. (Vestido: http://www.polyvore.com/vestido_que_annabeth_tava_esperimentando/set?id=43853198 )
- Eu prefiria ganhar um livro ao invés disso – Ela pegou na barra da roupa, tentando não fazer cara de nojo – Não sou filha de Afrodite.
As vendedoras começaram a rir da “piada”. Fiquei com pena delas, afinal, nunca saberiam que no fundo a frase fazia sentido.
- Então vamos para livraria! – Falei, levantando os braços para o alto – Por que não me disse isso antes?
- EU DISSE! – Ela berrou, assustando todos na loja. Eu gargalhei e ela me deu um soco no braço, se virando para o provador  – Eu te odeio.
- E eu te amo! – Falei, e assim que me dei conta, fiquei apavorado. Apesar de me sentir daquela maneira, eu nunca havia falado isso para ela. E que hora romântica para se falar, hein, Percy?
Todos ficaram quietos na loja, e eu me vi em apuros.
Annabeth parou e ficou olhando para a parede. Claramente, ela não sabia o que dizer. Eu sabia disso pois ela mexia o pé quando estava nervosa
- Quero dizer... – Murmurei, tentando consertar – Eu gosto muito de você!
A dona da loja bufou, e eu pude escutar uns risinhos. Todos haviam parado suas compras para nos encarar.
Annabeth virou lentamente e se aproximou de mim. Baixei minha cabeça, com vergonha. Pude sentir minhas bochechas enrusbecerem. Ela puxou minha mão que estava ao lado de meu corpo, segurando-a.
- É sério isso? – Ela sussurou, se abaixando para olhar em meus olhos – Você me ama, Percy?
Fiquei pensando por alguns segundos se dizia a verdade. Senti suas mãos pressionando de leve, pedindo por uma resposta.
- Hã... Talvez – Disse, sorrindo de nervosismo – Você me ama?
Annabeth hesitou, olhando para o lado.
- Talvez.
Ficamos em um silêncio desconfortável. Eu fitava o chão fortemente, e ela parecia um pimentão. Podia escutar alguns sussuros como “Que garoto covarde!” ou “Por que eles não adimitem de uma vez?”
Fiquei furioso com tudo o que diziam, encarando Annabeth. A puxei para mais perto pela cintura, e sem me importar com o público que havia se formado, murmurei um “Sim” audiosamente.
Ela me olhou nos olhos, uma pequena lágrima de felicidade brotando em seus olhos cinzas. Me abraçou com força, molhando meu ombro.
- Eu também te amo, Cabeça de Alga – Sussurou em meu ouvido. Não pude conter o sorriso que se formou em meus lábios, beijando sua bochecha.
Ficamos por algum tempo daquele jeito, e assim que percebemos que as pessoas não tinham parado de olhar, nos afastamos com vergonha.
Uma mulher de uns quarenta anos estava chorando com um lenço na mão, uma criança tapava os olhos por que pensava que nós íamos nos beijar e a atendente da loja nos olhava de forma sonhadora.
Encarei os clientes da loja até que todos desviaram o olhar, voltando a suas compras. Peguei na mão de Annabeth, pedi desculpas á vendedora e saí em direção a livraria.
- Nós não podemos demorar muito – Ela disse, depois de alguns minutos andando – Eu ainda preciso falar com Thalia.
- Ela não tinha voltado pra caçada ontem á tarde? – Perguntei, olhando para ela.
- Ela até tentou, mas ela foi, hã... – Ela hesitou, sem saber o que falar – Expulsa da caçada.
Parei de andar, curvando as sobrancelhas. Analisei os fatos e não cheguei a uma conclusão sozinho.
- Mas o que ela fez? – Falei, voltando a caminhar novamente.
Annabeth me encarou, claramente pasma por eu não saber.
- Você deve saber – Ela bufou, revirando os olhos – Você não é tão lerdo assim.
- É, claro... – Disse, rindo falsamente – Eu não sou tão lerdo assim.
Passaram-se alguns segundos, então Annabeth me fitou pelo canto do olho.
- Você não sabe, sabe? – Falou, sorrindo um pouco.
- Não – Disse, envergonhado – Filho de Poseidon aqui!
Ela riu, e eu passei meu braço por sua cintura. A puxei para perto e depositei um beijo em sua testa.
- Thalia se apaixonou, Percy – Ela disse – Ela quebrou o juramento mais precioso de Ártêmis.
Ficamos em silêncio por alguns segundos.
- Por Nico, certo? – Falei.
- Óbvio, Cabeça de Alga – Ela disse, revirando os olhos – Por quem mais seria?
Dei de ombros.
- Nunca se sabe – Murmurei, a conduzindo até a entrada da livraria – Certo, escolha o que quiser. Vou ficar esperando no caixa, está bem?
Ela assentiu e se desvincilhou do meu abraço, correndo até a seção de livros. Sorri para o nada, indo em direção aonde eu havia dito.
Me apoiei em uma bancada, folheando um livro que estava por ali. Li cerca de 50 páginas (o que levou praticamente uma hora, graças a minha dislexia), quando Annabeth voltou.
- Só dois? – Perguntei – Pela demora pensei que ia trazer pelo menos uns vinte.
- Bem, er... – Ela desviou o olhar, com vergonha – Na verdade eu escolhi quize livros para levar, mas como era você que ia pagar, tive que decidir qual deles deixar de lado.
Ri e ela me olhou com cara feia.
- Annabeth, não tem problema! – Disse, gargalhando – Pode pegar quantos quiser. É seu aniversário.
- Tem certeza? – Murmurou, com os olhos brilhando – Por que são muitos mesmo.
- Claro que tenho – Falei, pegando os livros que estavam em sua mão – Agora vá pegar os outros, nós temos que voltar pro Acampamento.
Ela assentiu e saiu correndo, voltando com uma pilha nos braços. Sorria de forma única. Quem diria que livros podiam deixá-la assim?
- Certo, vamos ver o que você tem aqui – Disse, pegando o monte e lendo os títulos rapidamente – “Os Segredos Do Mar”?
- O que que tem? – Perguntou, sem prestar muito a atenção.
- Você podia retirar essas informações comigo – Bufei, mostrando o livro – Caso você não se lembre, eu sei tudo sobre o mar.
Ela riu um pouco, mas disfarçou.
- Esse livro é sobre o ponto de vista dos mortais, Percy – Ela revirou os olhos, pegando o livro de minha mão e dando para a caixa que passava os códigos de barras – Tudo o que você sabe é certo, mas eu quero ler o errado.

- Qual é a finalidade disso? – Murmurei, ajudando a entregar os livros para a mulher – Quero dizer, de que adianta ler o errado?
- Ai! – Exclamou, irritadiça – Eu quero ler esse livro. Posso?
Sorri e puxei seu quadril.
- Claro que pode, meu amor – Sussurei em seu ouvido, fazendo-a arrepiar.
- Eu estou braba com você – Disse, me empurrando – Pare de jogar seus charmes para cima de mim.
- Aprendi com meu pai – Falei com a voz rouca – Ele disse que isso funciona muito bem com as pessoas inteligentes em geral.
Annabeth arregalou os olhos, me batendo no braço com um livro.
- Vamos embora – Disse, tentando não sorrir – Pague logo. Devem estar sentindo nossa falta lá no Acampamento.
- Sim, senhora – Falei, erguendo as sobrancelhas e fazendo-a rir – Eu faço tudo por você.


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Notas finais do capítulo

Entonnnnn, gostaram? Eu amei esse capítulo (que ficou grandinho né?) e tudo mais... Comentem, por favor!
Ah, e mais uma coisa, eu to sem completamente NENHUM capítulo pronto, ou seja, vai demorar MUITO até eu postar o próximo.
E é por isso que o capítulo foi grande!