Olympian Routine escrita por Catherine


Capítulo 14
Minha aula acaba em revolta


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes! Como prometido, mas um capítulo para vocês :)
Eu e a Marcella fizemos uma aposta básica: Quem postava o capítulo antes.
E EU GANHEI LOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOL PERDEDORA.
Vejo vocês lá embaixo.



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Assim que todos concordaram que o Baile estava acabado, voltaram para seus chalés. Menos eu e Annabeth, claro. Nós tinhamos que arrumar e limpar tudo, e só depois irmos dormir.
- Ah, cara. Por que as pessoas não vomitam dentro da privada? – Ela disse, esfregando o chão do banheiro. Eu ri, largando o pano de chão dentro do balde.
- Ei, saia dai. Eu posso resolver isso – Falei, pegando o esfregão de sua mão.
Ela estranhou, mas assentiu. Fiz um movimento com as mãos e ordenei que a água da torneira saísse e lavasse tudo aquilo. E assim que tudo estava misturado, a água foi para dentro do vaso e eu apertei a descarga. Sorri para ela, orgulhoso.
- Muito bom, Cabeça de Alga - Annabeth disse, apertando meu ombro.
- Hã, obrigada – Parei - Agora vamos arrumar o resto das coisas.
Ela retribuiu o sorriso e assentiu.
Varremos o chão, tiramos as decorações, jogamos garrafas fora e arrumamos a comida que tinha sobrado dentro da geladeira.
Passamos horas organizando tudo, e assim que terminamos, estavamos totalmente esgotados. O sol já estava nascendo e nós nem haviamos dormido ainda.
Tirei as luvas amarelas e peguei na mão de Annabeth. Nós estávamos virados para o galpão, observando os detalhes.
- Acho que nunca lavei tanta louça na minha vida. Sério – Murmurei.
Ela riu e concordou, mas depois ficou preocupada novamente.
- Está tudo perfeito – Falei, apertando sua mão contra a minha - Não se preocupe, Quíron não vai inspecionar para ver se você fez tudo certo, ele confia em você  – Falei em seu ouvido.
Ela suspirou, deitando a cabeça em meu ombro.
- Está perfeito mesmo – Ela disse orgulhosa, e eu ri – Nós fizemos um bom trabalho.
Annabeth se abaixou para pegar os sapatos que ela havia tirado, e eu fui pegar meu colete em cima da bancada. Andamos até o chalé 6, e eu me despedi dela.
- Bons sonhos – Falei, e ela revirou os olhos levemente.
- Quando é que semi-deuses tem sonhos bons? – Ironizou, fechando a porta e acenando de leve para mim.
Ri sozinho, girando os calcanhares e indo em direção ao chalé de Poseidon.
Abri a porta, joguei o colete na beliche, tirei os sapatos e abri um pouco a camisa. Estava cansado demais para colocar um pijama, então deitei daquele jeito mesmo.
Graças ao cançasso, não tive sonhos. Dormi rapidamente e igual a uma pedra.
Mas, depois de algumas horas, a cama não parecia mais confortável. Tirei as cobertas e a camiseta, o que não adiantou muito. Com dificuldade, tirei as calças também e tentei voltar a dormir.
Mas desisti assim que não aguentei mais o suor de minha pele junto com a cama. Abri os olhos lentamente, e pude ver que ainda era dia lá fora. Pelos feixes de luz que passavam pela janela, supuz que estava no final da tarde.
Levantei e fui checar o horário, andando até o banheiro. Um arrepio percorreu minha espinha quando pisei no chão gelado, mas era algo como alívio.
Olhei para o relógio que eu tinha na parede.
Eram quase seis horas, indicando que eu dormira aproximadamente 12 horas. Ri comigo mesmo, indo verificar a temperatura. Oh, Deuses.
Como eu tinha suposto, o dia estava realmente quente. O termômetro marcava 44°c, mas com certeza o chalé estava mais abafado do que aquilo.
Coloquei um shorts e a camiseta do Acampamento, enrolando as mangas até meus ombros. Abri as janelas para arejar e sai em direção a arena.
Eu ainda precisava dar algumas aulas de esgrima para o pessoal novo que ia chegando todos os dias.
Quando passei pela porta do pavilhão, vi uma cena quase cômica.
Nico estava treinando com Luke, e Annabeth e Thalia estavam sentadas no banco. O filho de Hades havia tirado a camiseta (provavelmente por causa do calor), e a caçadora lutava para não o encarar.
Ela olhava de segundo em segundo em sua direção, depois balançava a cabeça em reprovação e voltava sua atenção Annabeth.
Sorri para mim mesmo e fui andando até Nico. Ele percebeu minha aproximação e deu um golpe final em Luke, que preguejou em grego. O filho de Hermes acenou para mim com a cabeça e foi tomar um pouco de Néctar para fechar o corte que Nico havia feito.
- Ei, Percy – Nico disse, com um sorriso que há alguns anos não tinha.
- Oi, cara – Bati em seu braço – Então... O que você tem a dizer sobre Thalia?
Ele parou de sorrir um pouco, mas depois se recompôs.
- Ah, isso é uma droga – Ele parou para embainhar sua espada – Ela fica me olhando, jogando charme para cima de mim, mas quando vou falar com ela finje que não me conhece ou me xinga.
Ele bufou, e continuou a falar:
- Até parece que eu vou atrás dela outra vez. Além do mais, ela é uma caçadora, não é? Cade sua dignidade? Sinceramente, estou de cara com suas atitudes – Falou, rolando os olhos.
Eu ri, percebendo como o filho de Hades havia amadurecido. Ele não parecia o mesmo, mas resolvi ignorar.
- Talvez ajudasse se você não teimasse em tirar sua camiseta, não acha? – Ergui as sobrancelhas, e ele a colocou.
- É culpa minha agora que está tão quente? – Ele bufou – Não sou filho de Apolo.
- Tudo bem – Falei, batendo de leve em suas costas e saindo para dar aula.
Nico jogou os braços para cima em um gesto de raiva, mas riu.
Cheguei onde minha “turma” estava, dando um oi geral e tentando conhecer os campistas novos. A maioria deles era indefinido até então, mas seriam reconhecidos no jantar.
- Tudo bem. Agora vou ensinar alguns golpes e eu quero que prestem atenção, por que depois terão que se dividir em duplas e e lutarem uns contra os outros.- Gritei, tentando ser amigável.
Todos assentiram, e eu começei a produzir alguns movimentos básicos de luta.
Esquerda, direita, abaixa, levanta, ataca...
Eu lutava com uma pessoa imaginária por alguns minutos, até que escutei um de meus alunos bufarem. Parei subitamente, olhando para a direção que tinha vindo o barulho. Todas as pessoas abriram espaço, e um menino um pouco mais baixo que eu, de cabelo preto e encaracolado veio em minha direção. Seu corpo parecia mais velho do que seu rosto.
- Você luta igual uma menininha – Ele disse – Aposto que ganho de você – O garoto riu, depois me lançou um olhar intimidador.
Eu segurei o riso, e o olhei, imitando sua expressão.
- E você? Quem é? – Falei, tampando Contracorrente.
- Hector Miller, filho de Ares, 14 anos – Sorriu, tentando me amedrontar.
- E a quanto tempo você chegou aqui, Hector Miller? – Disse, me aproximando e segurando seu colar de contas – Ah, vejo que não está aqui a nem um ano – Falei, sorrindo.
- Posso ter chegado aqui a pouco tempo, mas com certeza luto melhor do que você – O garoto disse, batendo com força em minha mão.
- Tudo bem – Começei – Vamos ver se você é tão bom assim.
Destampei Anaklusmus e me preparei para lutar.
Hector veio correndo em minha direção, berrando um grito de guerra. Ele avançou em meu flanco direito, mas eu me defendi e ataquei em seu ombro, fazendo um corte fundo. Ele parou, olhando para a ferida e praguejando em grego.
Me virei para os alunos, com o rosto sério.
- Primeira lição: Nunca parta para o ataque óbvio. É isso que os monstros esperam de você – Falei, e alguns seguraram o riso.
Hector, aproveitando minha distração, avançou em mim novamente.
Desviei e contra-ataquei, fazendo mais um corte. Dessa vez, em sua coxa.
- Segunda lição: - Começei – Nunca, mas nunca, tirem a atenção de seu adversário.
Hector gruniu, partindo para cima de mim. Ele correu em minha direção, com a espada apontada para meu pescoço.
Bati em sua arma, fazendo-a girar de sua mão e caindo alguns metros longe. Chutei o garoto em seu peito, e assim que ele caiu de costas no chão, apontei minha arma em direção a sua garganta.
Virei meu rosto para os campistas novos.
- Terceira e última lição: Jamais lutem com alguém mais experiente que você. A não ser que queira ser morto, obviamente – Falei, tirando meu pé de cima da barriga de Héctor.
Ele me lançou um olhar bravo, e eu dei as costas para ele.
Andei mais alguns passos, então me virei no exato momento em que ele ia me dar um soco, segurando seu punho.
Suspirei.
- Esqueceu da lição numero dois? – Falei baixinho, então soltei sua mão. Me voltei novamente para as crianças – A aula acaba por aqui.
Todos assentiram, e eu fui até minha mala.
- Pensa rápido, Hector! – Gritei, jogando um cantil de néctar.
Ele agarrou, olhando para o frasco, confuso.
- Vai curar suas feridas – Falei, sorrindo um pouco – Não beba muito, você sabe, para não virar um monte de cinzas.
Ele revirou os olhos e jogou no chão.
- Eu não quero favor nenhum vindo de você, Jackson.
Então ele saiu mancando em direção ao pavilhão da enfermaria.


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Notas finais do capítulo

Entãooooooo, gostaram? Eu, particularmente, achei o caomeço bem chatinho e tudo mais. So no final que as coisas ficaram boas... K. Odeio os filhos de Ares gemt.
Enfim, comentem se gostaram! Ah, e eu peço desculpas mais uma vez por não ter imagem nenhuma. Pelo jeito ninguém teve a ideia ainda de tirar foto lutando com espadas :x