The New Spirited Away escrita por Miya
Notas iniciais do capítulo
Demorei absurdos para postar, eu sei. mas tive um bloqueio de escritora... espero que gostem^^
Chihiro,
Boa tarde
Eu sei que você não vai estar o dia todo no computador, mas sim dormindo. Por isso estou escrevendo este e-mail com o maior peso do mundo nas costas. Somos amigas há muito tempo, então acho que eu devo a você um pedido de desculpas. Exagerei. Ah, não espere que Takara peça desculpas. Ela acha que é sua culpa por ela ter nos contaminado com toda a discórdia que ela sempre causa. Desculpe por ela também. Ela ficou colocando veneno para que nós brigássemos.
Mil desculpas mesmo.
Koori
P.S.: Sou péssima com palavras.
Achei aquilo muito legal da parte delas. Tanto da Koori quanto da Sayu. Respondi o e-mail:
Koori,
Boa tarde para você também!
Sim, eu vou passar o dia todo dormindo, mas antes vou responder esse e-mail.
Tire esse peso de seus ombros. Você não me deve desculpas. Eu sei como a Takara faz intrigas e joguinhos com nossas mentes. Você não exagerou, mas ela sim. Acho que só ela me deve desculpas. De qualquer forma, obrigada pela humildade do pedido de desculpas.
Chihiro
P.S.: Você não é péssima com palavras.
Enviei o e-mail e desliguei o computador. Depois de desliga-lo fui tomar um banho. Abri o chuveiro morno, pois não estava frio, nem calor. Porém chovia.
Saindo do banho, coloquei meu pijama. A mesma blusa larga, cinza com o rosto do panda e os pandinhas no fundo, o meu short branco com a mesma estampa da camiseta, bastante curto e colado em minhas coxas, a camiseta “G” estava escondendo o short “P”. Prendi meu cabelo com o elástico roxo.
Peguei um cobertor, nem tão quente e nem tão frio, e deixei a janela aberta. Não sei exatamente por que, mas deixei a janela aberta. Parecia-me que eu esperava alguém. Coloquei um toalha embaixo dela, caso a chuva aumentasse.
Finalmente deitei, e dormi.
Ouvi um som vindo da janela. Como acabara de pegar no sono, não tive “forças” para levantar da cama. Ouvi outro som. Desta vez era um som conhecido. A trinca da janela. Passos delicados vindo em minha direção. Uma mão macia acariciou meu rosto. Ouvi aqueles passos saindo do quarto.
–Quem está ai? – Perguntei para não receber uma resposta.
Ouvi outra janela. A da cozinha. Deslizou para cima, depois um som como se alguém caísse na grama. Depois deslizou para baixo. Corri até lá e abri a janela para ver o que encontrava. Em meio à chuva, podia ver novamente a mancha.
–Ei! – Eu o chamava. – Volte aqui! Volte! Volte! – Mas ele não retornara.
Ouvi o barulho da chaleira borbulhando. Havia chá ali. Desliguei o fogão e voltei para meu quarto, deitei de lado na cama, abraçada no Snubull. Comecei a chorar sem parar. Eu queria que ele ficasse. Eu queria descobrir quem era ele.
Depois de horas chorando desesperadamente, o telefone tocou:
–Alô? – Eu disse disfarçando o choro.
–Chihiro? – Era a voz de Takara.
–O que foi? Porque resolveu me ligar agora?
–Muito tarde? Quero dizer, são seis e meia. – Disse ela indiferente.
–Não, não tem a ver com o horário. – Respondi indiferente, porém com a voz embargada pelo choro.
–Ah, ótimo. – Ela disse agora como se fosse superior. – Você está chorando? – Ela perguntou com um tom de gozação na voz. – Espero que não seja por minha causa. – Continuou em tom arrogante e sem me deixar falar. Típico dela.
–Não. – Eu disse. – Não se preocupe, eu não choraria por algo como você. – Retornei na mesma moeda.
–Ora, Chihiro! Parece que agora você está mostrando as garras, não é? – Ela disse arrogante. – Parece que você não é a santinha que todos pensam, não é?
–Eu nunca disse que era santa, disse? – Perguntei sem baixar o nível.
–Nossa Chihiro! Você é mesmo muito cruel! Eu liguei aqui inocentemente pra me desculpar com você, e recebo esse tratamento? Você realmente não é quem você diz!
–Eu nunca disse que era santa. – Mantive-me indiferente – Agora, se me dá licença, eu vou desligar. Tenho coisa melhor para fazer da minha vida.
Desliguei sem ouvir a resposta. Na verdade eu não tinha. Mas mesmo assim Takara é arrogante e fútil. Não respeita ninguém. E hoje definitivamente não era o meu dia de ser paciente com ela. Deitei-me e voltei a dormir. Ou pelo menos tentei, porque o telefone começou a tocar:
–Moshi-Moshi?
–Chihiro? – Era voz desesperada de Koori – Sou eu, Koori!
–Oi Koori, tudo bem? – Perguntei tentado parecer calma depois do choro e da “briga”
–Não! – Ela disse nervosa. – Eu ouvi o jeito que a Takara falou com você e não achei NADA legal.
–Ah! Esquece isso Koori! – Eu disse querendo logo voltar a dormir.
–Você não ficou chateada com ela? – Koori perguntou com “voz de interrogação”
(N/A: “Voz de interrogação” saiu da expressão “cara de interrogação”, usada para uma pessoa com dúvida).
–Não! – Respondi mostrando a verdade, ou, que eu não ligava mesmo. - Nem um pouco!
–Ah, então tá. – Ela disse – Então a gente e fala amanhã, ok?
–Claro! – Respondi – Se eu conseguir acordar sim!
Ela riu e depois desligou. Desliguei e tentei dormir novamente. Quando estava quase pegando no sono, ouvi novamente o barulho a janela.
A lua brilhava fortemente. Eu podia ver uma sombra contra a luz. Estava vindo até mim. Fingi que dormia. Novamente pensei:
–Se é um ladrão, pode ser que me deixe em paz.
Errei de novo. Novamente a pessoa tirou o cabelo do meu rosto, fez carinho com as falanges do indicador e do dedo médio. Aquilo me reconfortara. Eu me contentava em apenas receber aquele carinho. Nem quis abrir os olhos. Só rezava para que aquilo continuasse.
–Quem é você? – perguntei de olhos fechados com um sorriso. Estava gostando do carinho.Com isso, me senti mais próxima dele.
–Sou seu amigo – Ele respondeu correndo através da janela.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É isso. Espero que tenham gostado.
Miya