Cinco Momentos escrita por Chiisana Hana


Capítulo 10
Capítulo IX


Notas iniciais do capítulo

Início da terceira parte, "Eu te amo", com Seiya e Saori.



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Os personagens de Saint Seiya pertencem ao tio Kurumada e é ele quem enche os bolsinhos. Todos os outros personagens são criações minhas, eu não ganho nenhum centavo com eles, mas morro de ciúmes

Setsuna pertence a Nina Neviani.

CINCO MOMENTOS

(QUE DEFINEM UM RELACIONAMENTO)

Chiisana Hana

PARTE 3

"EU TE AMO"

"Viva comigo sem medo, seja uma vida, seja uma hora. Não deixe livre ou disperso este meu espaço que está aberto, eu te peço. Viva comigo sem ter vergonha, ainda que todo o mundo seja contra. Esqueça a aparência e capture o sentido, escute o que eu tenho aqui dentro."(1)

Capítulo IX

– Foi um primeiro beijo bem emporcalhado! – Shun riu, e os outros seguiram-no.

– Com certeza! – concordou Seiya, rindo. – Eu quase não pude acreditar que a herdeira milionária estava rolando na lama com um quebrado como eu.

Saori indignou-se:

– Rolando na lama, não! Foi só um beijo! Bom, foram vários... mas só isso!

– Mesmo assim. Era difícil de acreditar. Fiquei horas pensando no que aconteceu. Mas eu tremi mesmo foi quando ela insistiu em me levar à festa de confraternização da Fundação e quando chegamos lá ela me apresentou a todos como namorado.

– Ora, e o que tem de mais nisso? – ela perguntou.

– Era você, assumindo perante todas aquelas pessoas afetadas, toda a imprensa, todos os executivos, todos os seus empregados, que estava apaixonada por um órfão que não tinha onde cair morto. Aquele povo engomadinho ficou me olhando como se eu fosse o E.T. pronto pra pedir pra telefonar pra casa.

– E se fosse? – Saori questionou. – Se eu quisesse namorar um alienígena ninguém teria nada a ver com a minha vida.

– Eu sei, meu bem, mas eu gelei naquela hora. Além do mais foi nessa mesma festa que dissemos "eu te amo" pela primeira vez, lembra?

– Isso é verdade! E esse sim é um momento para lembrar!

Dez anos atrás...

– Então, como se sente? – Saori perguntou, assim que a limusine chegou à bela réplica do Coliseu que pertencia à sua Fundação para a confraternização de fim de ano das empresas Kido.

Saori tinha decidido ir com Seiya, mesmo sob os protestos de Tatsumi. Para isso, mandara chamar o rapaz, entregara-lhe um smoking e marcara a hora em que ele devia estar pronto. Ela tinha escolhido um comportado vestido salmão e arrumara o cabelo em um estilo retrô, com a parte da frente mais alta, arrematando tudo com joias fabulosas que eram herança de família.

Seiya não tinha aparecido na hora e ela já começava a se arrepender de ter convidado o moleque com quem vinha "ficando" nos últimos dias. Desde os beijos no haras, ela não conseguia parar de pensar nele e sempre que podia, escapava para a ala dos empregados para vê-lo e, principalmente, beijá-lo.

– Nervoso – Seiya respondeu, esfregando as mãos. – Muito nervoso. Estou com muita cara de pobre? Digo, eu sei que eu tenho cara de pobre, mas estou pelo menos apresentável?

– Está lindo, meu bem. Esse smoking ficou perfeito em você!

– É, mas você podia pelo menos não ter vindo de salto, né? Fica mais alta que eu...

– Ai, Seiya, fico um centímetro mais alta! Grande coisa!

– Pra mim é sim!

– Esqueça isso, não quero brigar com você nesse dia tão especial.

– Escuta, por que você me chamou para essa festa, hein? Sou só um ajudante de jardineiro... Tá, um ajudante de jardineiro que anda beijando você, mesmo assim não entendi...

– Ora, mas não está suficientemente claro? Achei que estávamos namorando!

Seiya tossiu.

– Estamos?

– E não?

– Ah, Saori! Achei que você teria vergonha de namorar um pobretão... as pessoas vão falar, você sabe.

– Pois que falem à vontade! – ela exclamou e desceu do carro, seguida por Seiya. - O que importa é que eu te amo.

– O que disse?

– Que eu te amo, ué?

– Jura?

– Claro!

– Eu também te amo, Saori – ele gritou. – Eu vou te amar por toda a minha vida, minha princesa, minha deusa, meu amor!

– Menos, Seiya, menos – ela censurou, vermelha de vergonha, quando os flashes espocaram em cima deles.

– Você disse que não se importava.

– Não me importo que você seja pobre, mas desse jeito vão pensar que você não tem o juízo perfeito.

– Ah, Saori!

– Vem, vamos entrar, meu namorado maluquinho. Sorria para as câmeras.

Depois do desfile pela entrada do coliseu, sob centenas repórteres, o casal enfrentou uma peregrinação de cumprimentos a executivos, empregados, parceiros da fundação, políticos, todo tipo de gente que estava na festa. Finalmente conseguiram chegar à mesa reservada para a moça, onde Tatsumi já estava sentado, sem conseguir disfarçar seu desgosto por ver a neta de seu honrado patrão chegar com o ajudante de jardineiro. Ele ainda tinha esperanças de que fosse apenas um capricho da moça. Ela sempre fora tão bem comportada, normal que em algum momento demonstrasse algum traço de rebeldia. Ele só esperava que passasse rapidamente.

– Olá, Tatsumi! – ela cumprimentou alegremente. O mordomo retribuiu o cumprimento

e puxou uma cadeira para que ela sentasse. Sem cerimônias, Seiya sentou-se ao lado dela, no lugar onde Tatsumi estava. O mordomo fulminou-o com o olhar, mas ele sequer percebeu.

Os dois comeram, beberam, dançaram e se divertiram naquela noite que era única para ambos. Ao final, foram para a mansão Kido. Lá, subiram até o planetário.

– Foi aqui que tudo começou – ela disse, abraçando-o.

– Foi – ele assentiu, pensativo. – Saori, tem certeza de que quer mesmo enfrentar isso? Seu mundo é tão diferente do meu... Vai haver pressão por todos os lados. Você acha que pode aguentar?

– Meu querido, eu não me sentia tão bem há anos. Acha que eu vou abrir mão disso por causa de uma pressãozinha qualquer? Jamais!

Continua...


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Notas finais do capítulo

(1) Laura Pausini, Vivimi.



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