Tom Marvolo Riddle. escrita por Jee kuran 95, Jee kuran 95


Capítulo 1
Capítulo Único: De Riddle para Granger.




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Título: Tom Marvolo Riddle.

Autora: Jee_kuran_95

Disclaimer: Harry Potter pertence exclusivamente a J.K.Rowling.

Classificação do Capitulo: +16 anos.






Tom Marvolo Riddle.

Autora: Jee_kuran_95

Capitulo Único: De Riddle para Granger.

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No começo, ele era apenas um garoto,

perdido em sua própria dor, tentando compreender o porque...

... De estar naquele lugar.

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Ele olhava para o homem a sua frente, analisando suas roupas e tentando entender o que as feições do senhor ruivo lhe mostravam.

Via sinceridade em seu olhar, algo no fundo dos olhos azuis do homem - que se apresentara como sendo Alvo Dumbledore - fazia a desconfiança brotar de seu ser e algo despertar em seu subcosciente.

Terno de bom corte em um tom acinzentado beirando ao azul, cachecol jogado pelos ombros largos e já meio curvados mostravam a idade que as rugas aparentavam.

Era velho, experiênte o suficiente para que Tom ao menos o respeitasse sem conhecê-lo, discreto demais para que visse os segredos por trás da figura alta de barba ruiva pequena e cabelos de igual cor, por sobre os ombros.

Estava sentado, olhando-o, esperando que ele se aproximasse já que ele mesmo não o faria.

O velho senhor suspirou, entrando com passos leves no pequeno quarto destinado a ele do Orfanato e puxou uma cadeira, sentando-se nela enquanto olhava para Tom, sentado na cama a sua frente.

Eles dialogaram, afinal, aquilo não podia ser entitulado como uma conversa. Havia tensão demais, desconfiança demais.

E pela primeira vez, Tom sentiu que pertencia a algum lugar, que fazia parte de algo mais.

Que ele era... Especial.

– Hogwarts não é um lugar para loucos, Tom. - disse Dumbledore, os olhos azuis dos dois encontrando-se, faiscando. - Hogwarts... É uma escola, uma escola para pessoas especiais. Assim como eu... Assim como você.

E ele acreditou, sentindo uma sentelha de esperança crescer dentro de seu peito, queimando e acendendo incansávelmente, deixando que o brilho que crescia dentro de si, espelhase-se em seus olhos cor de água.

Ele era alguém. Diferente de todas aquelas crianças estranhas que estavam ali, que não falavam com ele, que o repudiavam. Ele era alguém, ele era especial.

Alvo Dumbledore viera por ele, e por mais ninguém naquele lugar.

Quase sorriu, mas sua expressão fria não se alterou.

E então ele teve o seu primeiro contato direto com alguém que sabia mais que ele sobre o que ele próprio fazia e viu, a primeira repreensão que recebia de seu futuro professor dde Transfiguração.

A desconfiança sobre aquele homem cresceu e, em sua mente, ele recuou alguns passos, mantendo-se longe.

Havia se exposto demais e, pelo que podia notar, mostrado mais do que devia aquele velho homem ruivo, de olhar penetrante e sábio.

Ele havia lhe mostrado o que podia fazer e seu último erro, naquela noite fatídiga para sua vida, acabara de ocorrer pela simples curiosidade no saber, de uma criança ainda inocente.

– Eu posso falar com as cobras. Elas sussurram... coisas. – disse, baixando o tom de voz, erguendo uma das sobrancelhas. - Isto é normal, para alguém como eu?

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Então ele refletiu, sobre tudo, sobre todos.

Viu o erro que havia cometido daquela primeira vez,

amaldiçoou-se eternamente por tê-lo feito.

– Senhor Riddle. - aquela voz, baixa, murmurante, mas talvez serena demais para seus ouvidos chamou-o, a suas costas.

Um sorriso ensaiado enfeitou seu rosto jovial, imecável como sempre. Tom Riddle não transparecia quaisquer sentimentos para que aquela pessoa pudesse imaginar em que ele pensava.

– Está muito tarde para estar fora da cama Tom. - repreendeu-lhe o mais velho.

Os anos se passaram, tanto para ele, quanto para Dumbledore. Ele crescera, já não era mais uma criança que falava as coisas afoita por um elogio ou esperando um severa advertência por seus atos.

Não, ele não era assim. Nunca fora daquela forma.

Calado demais, reservado demais, perfeito demais.

Todos queriam ser como ele, todos queriam estar a seu redor, bajulando-o, oferencendo o que quer que fosse a ele.

Pense nas ideias mais absurdas que uma mente pode imaginar. Sim, já haviam lhe oferecido tudo quanto ele desejasse, tudo que ele quisesse.

E era simplismente tão fácil conseguir as coisas das pessoas, manipulá-las em seu prol, que ele se via em êxtase, em júbilo com as situações que lhe eram dadas em mãos.

Com o poder que lhe era mostrado. Com o poder que lhe era oferevido, com o poder... Que ele queria ter.

– Desculpe-me professor Dumbledore. Eu apenas... Fiquei curioso.

Naquele instante, algo branco pareceu flutuar ao entrar na sala. Seus olhos de fixaram ali, impassíveis, frios, sem nenhuma sensibilidade ao momento.

O corpo da garota passou por eles, coberto por um pano branco, a mão pálida, caida por um dos lados, delatava o estado de morte.

– Então é verdade o que diziam. Sobre a garota.

– Sim, é verdade. Realmente uma... Fatalidade.

Ele continuava a esquadrinhar sua expressão impecavelmente fria, tentando absorver algo de suas emoções.

Tom sorriu por dentro. E pensar que um dia, ele havia considerado Alvo Dumbledore o melhor bruxo de todos os tempos.

Mas, Dumbledore estava ultrapassado e ele não entendia como ele não esticava um pouco suas mãos e pegava o poder que lhe era jogado aos quatros ventos.

As habilidades que Dumbledore tinha... As oportunidades! Todas disperdiçadas, todas.

E isso o enfurecia.

Enquanto ele, ele tinha que lutar para conquistar seu lugar, lutar para que os outros - todos, não apenas os integrantes da casa de Salazar - não soubessem que, em suas veias, carregava o sangue imundo de um pai trouxa.

Mas, sua mãe parecia quer lembrá-lo disso todos os dias ao ter colocado o nome de seu maldito pai, nele. Nome e sobrenome trouxas.

– Tom... Há alguma coisa, que queira me contar.

Olhou nos olhos azuis do ancião, o mesmo, o olhava por cima dos oclinhos de meia lua. O velho, com certeza sabia muito mais do que aparentava e isso o frustrada por não saber o que exatamente ele sabia.

Manteve as aparencias. Manteve a compostura e a calma dignas do Herdeiro de Salazar Sonserina que era.

– Não professor, nada.

– Professor Dumbledore?

Os dois viraram-se para olhar, mesmo que Tom já soubesse de quem se tratava.

O timbre de voz inconfundível, a voz, claramente amável conquistava a qualquer ser que dela se aproximasse, como o canto de uma sereia.

Os olhos verdes, brilhantes, destas vez detinham um brilho assustador que poucas vezes ele vira amanhecer em seu olhar branco e sereno de Leoa.

Os lábios, pintados de um rosa claro mesmo aquela hora da noite, mostravam-se crispados em algo que parecia preocupação. Ele sorriu discretamente, longe dos olhares do professor de Transfiguração.

Fingimento. Puro e descarado fingimento da parte dela.

Ainda estava com o uniforme.

Uniforme este que ostentava o simbolo de sua casa: um leão em vermelho e dourado, tão diferente de seu brasão que lhe parecia, naquele instante prejudicial aos olhos. Impecável como o dele, ela descia a escadaria principal em passos elegantes porém apressados.

Os cabelos castanhos, cheios e cacheados estavam meio presos, meio soltos, caindo por seus ombros e suas costas, como em uma cascata de terra molhada.

Aproximou-se dos dois rapidamente.

– Professor... - começou em voz murmurante.

– Não devia estar fora de seu dormitório... Senhorita Granger. Ainda mais não sendo uma das monitoras.

Os olhos dela chocaram-se com os de Tom por um instante. Rápido demais Tão rápido que ele se perguntava se realmente pousaram um no outro.

A morena voltou-se para o professor.

– Eu sei, senhor. Mas os alunos... Estão assustados! Há um grande rebolisso que ecoa sobre as paredes de Hogwarts. - ela continuou, de forma firme, segurando-se no corrimão da escada. Ou apenas apoiando sua mão. - Então é verdade? Sobre a garota morta, no terceiro piso?

Dumbledore suspirou.

– Sim, Senhorita, é verdade.

– O que devo dizer aos alunos? Tenho que ao menos, voltar com palavras que possam reconfortar a todos.

– Não há palavras reconfortantes neste momento, Ártemis. - disse, virando-se de costas para os dois. - Se os ataques a nascidos-trouxas não terminarem... Teremos que fechar a escola.

Então finalmente, os olhos verdes dela o miraram, tão diretamente que pareciam querer perfurar sua alma.

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– E se os ataques ao nascidos-trouxas parassem?

– A escola permanecerá aberta, e tudo tentará voltar ao normal.

Ele tinha planos, planos que uma vez...

...Incluiam apenas a ele.

Mas então, ele passou a incluí-la em tudo.

Passou a incluí-la... Em sua vida.

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– Eu quero, que fique com isto.

Ele pousou algo de pouco peso em suas mãos, fechando-as em seguida.

Os olhos dela estavam nos dele, as roupas de ambos, espalhadas pelo chão da sala precisa que se transformara momentaneamente para eles, em um quarto de luxo, revestido de móveis negros em um ambiente branco.

Tom deixou-se cair nas almofadas e no grande travesseiro de penas embaixo de si, observando com curiosidade a reação da morena.

Ela ainda não abrira a mão, parecia tentar advinhar sem ver do que se tratava. Ártemis arqueou uma das sobrancelhas, logo franzindo os olhos e virou-se abrutamente para sua direção.

– Dê-me sua mão.

Agora, foi sua vez de arquear uma sobrancelha, mesmo que estivesse sorrindo satisfeito. Realmente, havia feito a escolha certa em torná-la sua companheira... pela eternidade.

Ela já havia notado do que se tratava seu... Presente. Bastava apenas uma confirmação de sua parte, assim que ele levantasse sua mão esquerda.

Levantou-a e ela arquejou, abrindo a mão e girando o anel de Servolo/Marvolo Gaunt. Admirou-o por um instante e em seguida entrou-a a ele, que confuso com a reação, achou que ela o estava rejeitando.

– Não posso aceitar, Tom.

– Porque? Porque não pode aceitá-lo.

– Porque é seu. É algo de família Tom, a sua famílila. Não posso usar isto sem - ela desviou os olhos - sem ser morta. É uma horcrux, afinal de contas.

Ele riu, segurando o rosto da garota em mãos. Estavam já em seu último ano, já faziam quase três anos desde aquele episódio, nas escadarias principais daquele colégio, que ela o livrara pela primeira vez das perguntas de Alvo.

A primeira vez que ela protegera seu segredo e o ajudara com o Basilisco, na Câmara Secreta.

Assim como ele, ela também tinha sede de poder. Assim como ele, ela energava as oportunidades e abria portas para ele, em quaisquer lugares que eles fossem.

Sempre notara sua presença, mas, depois que eles... Ele e ela...

Eles se envolveram e ele pode ver, com o passar do tempo, que ele conquistara algo impossível e através dela, através da pessoa impossível, da Leoa indomável, sangue puro Grifinória, ele conhecera pessoas que ele julgava que não poderia conhecer...

... Ao menos não tão cedo quanto imagináva.

Ele riu novamentem pegando sua mão esquerda e colocando o anel dos Gaunt ali.

– Não acontecerá nada a você. O anel não fará nada a você enquanto eu não quiser que faça.

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E então ele se perdeu, viu-se sem rumo,

Sem saber qual a melhor direção a se tomar,

O que fazer, que caminho... Seguir.

E aquela, foi a primeira lágrima de Tom Marvolo Riddle.

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Ela não estava mais ali.

O corpo em seus braços parecia frio demais com o contato de sua pele normalmente gélida.

Os olhos abertos, não tinham mais aquele brilho que ele tanto amava e ele sabia, ele nunca mais veria a faisca de luz se ascender quando ela achava a resposta de algo impossível.

Ele não veria mais o sorriso dela, os lábios pintados de rosa claro viraram roxos e ele os sentia formigar quando aproximava os seus.

As maçãs do rosto sempre coradas, a pele pálida maquiada com pó estava quase translúcida e em alguns pontos azul, deixando ver a vida que se esvaia vagarosamente de seu corpo miúdo que se encaixava tão perfeitamente para ele.

Ela, havia sido feita especialmente para ele e agora, não podia mais compartilhar sequer um olhar com ela, nem sentir a vida brotando de cada um de seus poros.

Sua magia, a magia que a envolvia, a aura obscura pintada de branca como a aura de uma anjo se fora e ele nunca mais veria sua essencia mais pura.

Ártemis Granger Marvolo Riddle estava morta.

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49 anos se passaram.

O mundo mudara, ele mudara, mas algo dentro dele...

Continuava vivo pela simples lembrança daquele sorriso.

E então ele a viu.

E lembrou que, como ele havia feito uma vez....

A morte podia ser driblada.

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– Não vai ganhar esta guerra, Voldemort.

A garota a sua frente cuspiu as palavras e ele sorriu enquanto acariciava Nagini com uma das mãos.

Ela sibilou um sorriso em resposta, entendendo o recado.

– Posso até não ganhar esta Guerra... Mas há algo, que quero fazer antes que o fim se aproxime.

Ele sorriu, por um instante a garota arregalou os olhos, surpresa ao ver a forma humana de Lord Voldemort intacta.

A forma humana e jovial que se parecia muito com o Tom Riddle que ela havia visto em fotos, nos anuários da escola.

– Eu quero algo, que só você pode me dar, Hermione Granger.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Até a próxima oneshot que contará a história (e talvez a continuação) de um ângulo diferente.
Esta fic faz parte da minha nova série, que sempre terá o nome de um dos personagens de Harry Potter eventualmente, alguns criados por mim, como o da próxima one.
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