Já faziam dias e dias que eu não via ele. Ouvi um barulho, estava sozinha mais uma vez minha mãe tinha saído para comprar roupas para o bebê, aliás últimamente era só o que ela fazia. Vi um vulto em minha frente, devia ser algo da minha cabeça, lógico. Derrepente, alguém começou a apertar meu pescoço, um aperto esmagador.

- Olá Yasmin... - Ouvi, logo pensei em... Jane, ela me soltou.

- O q-qu-e-e está fa-a-zen-do-do aqui? - Eu parecia mesmo uma gaga desesperada.

- Hmm, fiquei sabendo que você estava se metendo com, você sabe. Então resolvi fazer uma visitinha.

- Eu já sei o que você vai fazer.

- Que bom, vai ser muito mais fácil assim. Não está com medo?

- Não, não estou - Respondi firmemente.

- É, vai mesmo facilitar o trabalho. Saiba que o seu namoradinho não pode me deter, digamos que ele está... sendo controlado por mim, eu gosto de controlar a mente de todos.

- Não veio aqui para me matar? Venha então! - Eu não tinha medo, nunca tive.

- Espere, cada coisa a seu tempo. Primeiro eu quero que saiba que eu nunca aceitei desaforos, e segundo... Eu e Harry nos amávamos, eu vim muito antes de você! Me tornei vampira junto com ele, nós nos amamos! E não é uma reles humana que vai estragar isto.

- ISTO NÃO É AMOR!

- E você sabe o que é amor queridinha? Sabe? Não, você não sabe!

Tentei correr como toda pessoa desesperada, ela me deteu e me fez bater a cabeça na cama. Começou a latejar. Jane continuou:

- Quero que você sofra antes de tudo, eu quero que saiba o que sinto por você!

Ela pisou no meu braço, isso doeu e muito.

- Um último apelo?

- Não...

- Pois então, que morra. Sabe, até que você cheira bem, e estou precisando me alimentar... - Ela sorriu sarcásticamente, só então vi seus olhos negros.

Ela pegou meu pulso, Jane mordeu. Não tive forças para gritar de dor, foi rápido demais. Minh' alma saiu do corpo, olhei aterrorizada. Não estava com raiva dela, não, eu estava com pena dela. Então vi Harry entrando pela janela, acho que Jane devia ter parado de manipula-lo quando eu morri. Jane já não estava mais lá, havia fugido, sabia que não sairia impune se ficasse.

- Não Yasmin... - Ele pousou a mão sobre meu corpo, estava gélido - Não!

Já era tarde demais, eu não era mais presa a matéria, eu, Yasmin, era um passarinho que queria voar e descobrir novos horizontes, queria poder ficar em paz. Claro que pensava em Harry, mas, ele era livre, e eu o amava e assim deixaria o caminho livre para quem o quisesse amar assim como eu o amei.