The Wrong escrita por Rafaella Livio


Capítulo 10
ASSUNTO: Sad But True


Notas iniciais do capítulo

Oi gente liiinda que eu amo demaisss :3
Como vai? Bem? Bem. Ótimo.
Desculpem por estar pequeno, estou tentando acabar logo minha outra história, Trampled, para postar mais outra, só que a próxima vai ser só durante os fins de semana, eu acho KKK.
Ah, e o título é uma música do Metallica (www.youtube.com/watch?v=l8BRbM52gpc), eles cantaram essa música no Rock In Rio :)
Boa leitura ^.^



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Acordei talvez horas depois sentada com os pés e as mãos amarrados na cadeira e amordaçada. Tentei gritar, mas a mordaça não me permitia mexer a boca.

Estava em um quarto frio todo de lajotas cinza. Havia um colchão de palha com travesseiro baixo sem fronha, um lençolzinho fino e uma manta de mendigo, a cadeira na qual eu estava sentada, uma porta praticamente arrombada e uma lâmpada pendurada no teto, balançando de um lado para o outro, de uma luz branca ofuscante. Meus olhos estavam pesados então eu os fechei e dormi.

Acordei no mesmo quarto, do mesmo jeito, só que não estava mais amordaçada. Mexi a boca um tanto dolorida. Na frente da porta havia uma cadeira e sentado nela havia um homem fraquinho, mas não pude ver seu rosto, pois usava uma máscara de palhaço. Era o homem que me sequestrara.

– Bom dia, Bela Adormecida. – Tinha língua presa.

– Quem é você?

– Isso não importa. Com fome?

Fiquei quieta, olhando para o chão, pensando quem poderia estar por trás disso. Ele tinha dito "patroa", não tinha?

– Responde, vagabunda!

– Não...

– Você vai comer ou prefere que eu enfie pela sua goela?

"Fraco do jeito que é...", pensei, mas não duvidei do homem mau. Ele saiu e quando voltou trouxe um prato com pão puro e água.

– Você vai me soltar? – Perguntei, quase em um sussurro.

– Só se você me der um beijinho. – Me olhou com seus olhos esbugalhados por debaixo da máscara. "Eca, nem morta, homem-peixe.", pensei.

Ele trouxe uma mesa que estava no canto para a minha frente (ela estava lá antes?), colocou o prato ali e foi para trás da cadeira para poder me soltar.

– Ai, menina...

– Mulher. – Corrigi, com a mesma postura séria.

– Hum, ameaçadora. – E sussurrou no meu ouvido. – Eu gosto.

Revirei os olhos. Mexi os pulsos e canelas doloridos e me pus a comer aquilo. Pelo menos ele não tinha uma arma, ou tinha? Após comer, tive uma ideia. A melhor que pude formular.

– Preciso ir ao banheiro.

– Mulheres e suas necessidades... Venha.

Ele tirou um molho de chaves do bolso e atrás de mim havia uma porta. Ele abriu-a e eu entrei.

Havia somente um vaso sanitário sem tampa sujo, uma pia com alguma coisa peluda no ralo e um chuveiro sem box. E era fétido.

– Nossa, ninguém nunca limpou isso aqui? – Perguntei, tapando o nariz.

– Faça bom proveito. – Desejou e bateu a porta.

Tranquei-a e subi no vaso, com um nojo absurdo, para olhar pela janela. Estávamos em um prédio alto e pelas minhas contas estávamos no décimo quinto andar, a cobertura. E eu estava presa provavelmente no quarto de empregada.

Olhei os carros passando e desejei minha liberdade. Observei a rua e reconheci – a 6ª avenida. Procurei por meu celular a fim de mandar uma mensagem para alguém, mas não estava comigo. Droga. Tentei abrir a janela, porém estava emperrada. E por mais que eu quisesse pular, era alto demais, não havia parapeito por isso não dava (a não ser que eu quisesse dizer tchau para o mundo, o que não era e não é o caso) e além disso, era pequena demais para mim, antes de pensar em dizer tchau, eu ficaria entalada.

– Está tudo bem aí?!

Assustei com o grito do imbecil, escorreguei e meu pé foi parar dentro do vaso sanitário. Eca. Tirei-o totalmente molhado e desci, ligando a pia, limpando o pé e tentando dar descarga, mas essa não funcionava. Destranquei a porta e saí.

– Você pode devolver o meu celular?

Ele me olhou com uma interrogação no olhar.

– Eu não peguei nada seu. – Falou sério. – E mesmo se eu tivesse pego, você acha que eu ia te devolver?

Achei que ele foi sincero, até pela expressão dele. Onde estaria meu celular? Ué, eu tinha certeza que tinha colocado-o no bolso!

– Há quanto tempo estou aqui? – Perguntei, interrompendo meus próprios pensamentos.

– Amanhã você saberá de tudo, boneca. Boa noite.

– Que horas são?

– Seis.

– Da manhã?

– Da noite. Agora durma com os anjos.

Pude sentir que ele sorria sadicamente por debaixo da máscara. Ele saiu e trancou a porta. Fechei os olhos e agucei os outros sentidos. Podia ouvir os carros passando na avenida, e eram muitos, afinal aquela era hora do rush. Podia sentir o cheiro de maçã caramelizada que um camelô vendia lá embaixo. Podia sentir o vento batendo em meu rosto levemente, como se fosse um afago, um gesto que transmitia a mensagem "vai ficar tudo bem", e eu soube que ficaria. Sentia que ficaria.

Porém antes que eu pudesse sentir, as lágrimas invadiram meus olhos e foram se espalhando pelo meu rosto e depois pela fronha. Se eu não tivesse ido àquela festa semanas atrás, nada disso teria acontecido. Minha vida seria a mesma, continuaria no normal. Nesse momento não tive tanta certeza que conhecer Edward fora uma coisa boa. E foi com esses pensamentos que eu dormi.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que vocês não gostaram :'( Haha, mentira.
Amo amo amo vocês! Até semana que vem ;)
Beijos,
Rafa.



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