Magali havia acabado de gastar o último centavo da herança da sua tia famosa e rica. Sua querida tia Nena.

A moça estava entupida de dívidas. Magali ignorou todos aqueles pensamentos sobre nunca se dar ao luxo e gastar tudo que tinha. Ela havia comprado jóias, roupas, tudo o que ela sempre quis e mais um pouco.

— Senhorita. — chamou.
— Olá Kátia. Alguma notícia boa?
— De boa não tem nada, senhorita. O seu primo Eduardo acabou de chegar.
— Isso significa que eu devo deixar a mansão? — a gulosinha questionou, derrubando algumas contas.
— Infelizmente senhorita.
— Será que ele vai vender a mansão e dividir o dinheiro comigo? — os olhos de Magali brilharam de esperança. Kátia forçou um sorriso acolhedor.
— O Sr. Eduardo deixou claro que não faria isso, senhorita. Sinto muito.

Magali soltou um longo suspiro, ela subiu para o seu quarto. ”O único jeito era voltar para o seu cafofo”, pensou.

***

— Você tem certeza, DC? — Mônica perguntou pela quadragésima sexta vez.
— Tenho sim, Mô. — ele respondeu abraçando a moça.
— Vou sentir sua falta. — a dentuça comentou com os olhos marejados.
— Voltarei no fim do ano. Prometo. — disse beijando a testa de Mônica.
— Onde você vai morar? — perguntou desesperada.
— Um amigo do Nimbus encontrou um apartamento para mim. Eu vou ficar bem.

DC se afastou e entrou no ônibus. Mônica acenou até o ônibus sumir de sua vista.