Yoruichi já estava de partida, esperava que Urahara entrasse em contato para lhe abrir o portal. Estava em sua forma humana desta vez. Era o horário e o dia combinado para a sua volta. Saia dos distritos de Soul Society em direção ao campo não muito longe dali. Porém não se sentia sozinha, alguém a estava seguindo desde a noite anterior quando saiu da mansão de Byakuya.

– Chega de ficar se escondendo e apareça de uma vez! - Yoruichi parava e voltando a olhar para trás, lá estava um jovem rapaz de aparência pálida, seus olhos eram acinzentados e seu cabelo longo e comprido de cor branca, suas vestes eram brancas também que se arrastava ao chão, porém essa pessoa não possuía sombra e muito menos pisava ao chão. Era como se uma neblina saísse de baixo de suas vestes.

– Como eu pensei, você tem ótimos instintos, Yoruichi. - O rapaz se aproximava dela dispersando ainda mais a neblina fazendo com que ninguém mais os pudessem sentir e muito menos os ver, como uma barreira que os envolvesse.

– Sabia que se eu permanecesse mais um pouco em Soul Society algumas pessoas se envolveriam e seriam machucadas, mas, porque me seguiu?

O rapaz a encarava, olhando de cima a baixo e sorrindo.

– Fiquei realmente curioso, estava quase ceifando a vida daquele taichou nas minhas redondezas quando você apareceu. Não imaginava que pudesse trazer ele de volta a vida.

– Então era você! Veio atrás para terminar o que começou pelo visto. - Yoruichi expressava ódio e determinação ao ouvir o que aquele rapaz proferia.

– Não não, eu já suguei o que tinha pra sugar da reiatsu dele, mas a sua é a que me interessa agora. Estou afim de ceifar sua vida, quero sugar tudo da pessoa que conseguiu levar minha presa em vida.

– Isso se você conseguir me pegar primeiro! - Prestes a usar o shunpou, mas o corpo da garota não se movia, estava li paralisada sem conseguir se mexer, e muito menos respirar.

– Mas que presa mais astuta! Querendo fugir de mim... mas não vai conseguir. Eu paralisei cada parte do seu corpo, não conseguirá se mexer, logo irá desmaiar e eu estarei sugando tudo de você, minha preciosa presa. Hahahaha! - O rapaz dava uma alta gargalhada enquanto se aproximava de Yoruichi. Dava a volta por trás dela e inclinando o pescoço da jovem, levando os lábios, tocando ali com os lábios gelados que de início sugavam a reiatsu dela. Colocava as mãos sobre a cintura dela e entrelaçando em volta, prendendo-a mais a ele. Era um sabor nunca antes provado, ficava mais e mais extasiado com aquela reiatsu diferente das demais. Afastava os lábios e arregalando os olhos com uma expressão de luxúria.

– Jamais provei algo assim, tão rara e tão única! Por causa disso lhe darei uma morte digna, mas é uma pena não haver mais tipos como você. Com esse poder poderei passar mais 50 anos sem precisar das reiatsus desses fracotes infames!

A morena apenas imaginava a agonia que o próprio Byakuya passou naquele local, naquelas margens do rio. Sentia uma tristeza e solidão, que ele também poderia ter sentido. Se concentrava a ponto de conseguir mexer apenas o lado direito do corpo, o que já era suficiente, com a reiatsu que lhe sobrou dava-lhe uma cotovelada com o braço, o rapaz sem compreender como ela havia conseguido sair do transe era jogado para trás, logo a garota virava e lhe chutava com a perna direita, jogando-o contra as árvores dali. O próprio já se dissipava se tornando uma neblina e logo desaparecia dando a mesma gargalhada.

Não muito longe dali, o 6º esquadrão fazia uma busca pela garota. Assim que Byakuya recebeu o relatório dos acontecimentos, percebeu que a vida de Yoruichi estava em perigo, por ter entrado naquele lugar onde ele estava inconsciente.
Yoruichi já tinha conseguido voltar até Soul Society, estava fraca, sua força havia sido sugada o bastante e ainda juntou a que restava para escapar do inimigo, caminhava apoiando pelos muros, avistava em frente Byakuya e seu esquadrão se aproximando.

– O pequeno Byakuya precisou vir pessoalmente para buscar uma renegada em perigo? Que gentileza... - E a garota desmaiava ao chão próxima as pés dele. Byakuya apenas a observava sem demonstrar qualquer emoção, como de costume.

– Levem-na até a mansão, lá estará segura por enquanto. - E assim ele se retirava deixando o restante para com seus homens.