Pov's Julia

Me levantei lentamente, completamente ciente de que estava mais vermelha do que um tomate. Subi no palco e peguei o embrulho das mão de Tiago, sorrindo levemente.

 Abri a caixinha e me deparei com uma pulseira linda. Ergui os olhos para o garoto na minha frente, impressionada.

-Hum... Uau! Obrigada, Ti. - Falei por fim.

 Ele sorriu em resposta e me deu um abraço.

Assim que entreguei o presente à Mandy, voltei para o meu lugar e tentei ignorar os constantes olhares de Caio e Tiago. A troca de presentes continuou o mais normalmente possível, considerando as constantes piadinhas de Bella. Logo, todos já haviam sido chamados e minha mãe anunciou que em dez minutos a ceia seria servida.

 Corri para o meu quarto, sendo seguida de perto pelas meninas. Não queria ter que falar com Caio agora, muito menos com Tiago.

-Cammie, ficou louca? - Perguntei, assim que fechei a porta do quarto. - Por que diabos você foi dar uma camiseta daquela pro Tiago?

-Calma, Lia! Era para ser uma brincadeira, não é minha culpa que o seu namorado ficou estressado demais. - Retrucou ela.

-Ele não é meu namorado... - Corrigi, em voz baixa.

-Mais um motivo. - Mandy saiu em defesa da amiga. - Se vocês nem estão namorando, ele não pode cobrar nada de você.

-Eu estou com a Lia. Desculpa, Milla, mas a camiseta não foi uma boa idéia. - Disse Jamim.

-Ai gente, calma! Foi uma brincadeira. - Disse Bella, esticada na minha cama. - Vocês querem que a Milla vá la se desculpar com o loiro? Ela vai.

-Bella! - Reclamou Cammie. - Acho que sei falar por mim mesma.

-Estou tentando te ajudar, palhaça. Colabora! - Disse a loira.

-Não, está tudo bem. - Falei, dando de ombros. - A Cammie não fez por mal e eu posso me acertar com o Caio depois.

-Ótimo, já que tiramos esse tópico do caminho... - Começou Mandy. - Só eu achei muito estranho o jeito com que o Tiago falou da Lia?

-Não! - Exclamou Jazz. - Eu também achei... Quer dizer, estava soando meio apaixonado, não acham?

 Antes que tivéssemos chance de responder, ouvimos batidas na porta.

-Meninas - soou a voz de Gabriella. - A ceia vai ser servida. Vamos descer.

Nos entreolhamos, quase como se disséssemos "conversamos sobre isso mais tarde" e saímos do quarto.

-O que estavam fazendo aí? - Perguntou Gabi, assim que aparecemos na porta.

-Guardando os presentes. - Respondeu Jazz, rapidamente.

-Trancadas? - A mais velha ergueu uma sobrancelha, com uma expressão descrente.

-É, Gabi! - Disse Cammie, como se a situação fosse muito normal.

- Aham... Falo com vocês sobre isso depois. - murmurou, indicando a escadaria.

Descemos e fomos em direção à mesa. Encarei os lugares vazios, e vi que não eram muitas pessoas que ja tinham ocupado os lugares. Pude ver Caio puxar levemente uma cadeira, e Tiago fazer o mesmo. Ergui o nariz, e me sentei entre Jamim e Belinda.

Cammie ficou logo ao lado da Bella, e do outro lado Nicholas. Logo depois dele vinha Caio, e então Pedro e o povinho menor.

Minha mãe chegou empunhando a varinha, e um batalhão de panelas e tachos atrás dela, todos lotados de comida. Esse Natal seria como sempre, repleto de comidas brasileiras, mas pude ver alguns pratos diferentes também. Me perguntei o que seria, e então notei Belinda sair de mansinho. Olhei para o lado em tempo de ver Caio assumindo seu lugar.

Ignorei-o por um instante. Conversando com Jazz, até que ele puxou assunto. E não pude deixar de encará-lo.

- Ahm... O que foi aquilo? - seu tom de voz era meio raivoso.

- Não quero falar sobre isso agora... Estamos em pleno Natal, e uma briga não seria legal. - bufei.

- Eu quero saber... Exatamente o que aconteceu. - insistiu.

- E eu não quero te falar. Caio, você não tem autoridade e nem moral para isso. Não estamos namorando. - retruquei. - Se estivéssemos eu teria ficado brava com a brincadeira.

- Então não ficou?

- Foi só uma brincadeira.

Ele grunhiu, e ficou calado por um momento.

- Você é impossível.

- Que pena... Agora meu pai está encarando, pode voltar para o seu lugar, depois nós conversamos.

Caio se levantou, meio contrariado, e seguiu para o seu lugar, ao lado de Pedro. Meu pai realmente estava encarando-o. Bella voltou e se sentou ao meu lado. Me servi de algumas coisas, e comecei a comer. Senti alguém me observando, e ergui a cabeça para encontrar os olhos verdes de Tiago.

Ele deu um sorrisinho, e eu retribui, voltando em seguida minha atenção para o prato.

- Então, meninas, está divino. - comentou Mandy.

- A comida da tia Lizz é sempre divina. - contrapos Bella, com a boca cheia de torta.

- Belinda! Engula a comida antes de falar. - ralhou Jazz.

- Tudo bem, mamãe. - a loira fez um bico gigante. - Mas eu estou louca para voltar para Magnum.

- Para que? - perguntei.

- Para começar a procurar novamente. Não na biblioteca... Eu quero estar em ação. - respondeu, erguendo o braço e imitando um lutador de artes marciais, o que fez a colher saltar em direção ao rosto de meu pai. Ele deu uma risadinha.

- Parece que você precisa daquele livro mais do que imagina, Bella. - comentou, fazendo a loirinha corar.

O restante do jantar se seguiu tranquilo. Eu evitava ao máximo olhar para Tiago ou para Caio, ambos me encaravam, ou se encaravam, o que acabava causando uma pequena eletricidade. Suspirei, descansando os talheres na mesa, quando pude ouvir um estrondo horroroso.

Outro estrondo, um pouco mais forte. Contamos três. Encaramo-nos tensos. Caio e Nick tinham as varinhas em punho. Nicholas puxou Camilla para trás de si, em um gesto protetor, suas mãos estavam entrelaçadas, e ele fazia carinho em seus dedos, com os seus próprios.

Minha mãe olhou em volta, preocupada com os seus quatro filhos. Encarei a cadeirinha de Lara, e vi que nem ela fazia barulho.

Me movi e peguei-a nos braços. Isso poderia me fazer mais frágil, mas não deixaria minha irmãzinha desprotegida.

- Larissa, pegue a Lara. - pediu Cammie, em um tom de voz baixo. Alguma luz era visível logo depois das árvores. A irmão foi protestar. - Agora!

Lari pareceu se assustar com o tom da irmã, e pegou a pequena dos meus braços. Eu beijei seus cabelos loiros, e empunhei a varinha.

Outro barulho, e a luz se aproximou. Meus pais estavam um ao lado do outro, as mãos se tocando. Harry mantinha um olho no filho mais velho, preocupado. Tio Marco e tia Lívia se encaravam o tempo todo, e depois olhavam para as filhas. Ainda estava um silencio um tanto quanto desconfortável, e eu estava com vontade de gritar. Quatro ruídos. Se fosse o que eu estava pensando, estávamos perto de...

O som da explosão foi ensurdecedor. Alguma coisa desceu em direção à casa, deixando todo o teto em chamas. Alguma coisa brilhou perto de uma das árvores, um brilho azulado, nada parecido com o vermelho que desceu do céu.

Observei a correria absurda, enquanto três flashes verdes caiam. Homens encapuzados surgiam de todo o canto. Os feitiços começaram a vir.

- JULIA. - ouvi a voz de Caio, ele saltou por sobre a mesa, e veio em minha direção, se postando em minha frente de forma protetora.

Os feitiços voavam a nossa volta. Eu comecei a ficar tonta, o ar fugiu de meus pulmões e me controlei para não cair.

Mirei em um dos encapuzados, e por sorte acertei.

- Julia! Leve todos os pequenos para o espelho. - berrou meu pai. - Agora! Henrique, dê cobertura.

Meu irmão assentiu, e eu não discuti. Eles eram os aurores aqui, e não queria mais acidentes como da ultima vez. Recolhi Pedro, que amparava Larissa, e os levei até o espelho, com Caio na retaguarda. Ele tinha um braço firme em minha cintura.

Camilla chegou com Amanda e Belinda, carregando Isabela e Luiza. Nicholas veio com Leonardo, e Caio agradeceu, eu peguei Lara de Larissa, e ficamos encarando a luta que se desenrolava. Dois comensais vieram em nossa direção, mas Henrique os estuporou de uma só vez.

- Segurem no espelho, todos juntos. - avisou Gabi.

Fizemos o que foi pedido, e senti o puxão no umbigo, nos levando para longe de tudo

Um lugar seguro, uma ilha no meio do Atlântico Sul... Onde ficava a Magnum. Apertei Lara contra o meu corpo, e tão rápido quando começou, cessou. Nos encontrávamos no meio do campo de Quadribol. Tiago foi o primeiro a se erguer, ele me ofereceu ajuda, e eu aceitei, me levantando. Lara chorava desesperadamente, estávamos todos cobertos de fuligem. A última visão que eu tive foi a do rosto desesperado de Henrique, a casa em chamas, e feitiços voando por todos os lados.

- Você está bem? - perguntou Camilla, preocupada.

- Sim... - murmurei. - Aqui... Segure a Lara.

Ela fez o que eu pedi, e então pude me sentir cair. A última coisa que ouvi antes de apagar foi:

- Caio! Caio, ela está caindo.

E então veio a escuridão. Confortável e segura escuridão.

POV. Caio Santiago.

 Consegui segurar Lia bem em tempo de evitar que ela se machucasse. Mas não fui o único a fazer isso.

-Será que você pode soltar a minha namorada? - Perguntei secamente, para Tiago, que segurava o outro braço dela.

-Ela não é sua namorada. - Retrucou ele.

 Estava prestes a responder, mas Camilla me impediu:

-Será que vocês dois podem calar a boca e fazer algo útil? Ou não notaram que estamos com sérios problemas aqui? - Ela disse, com uma voz firme, enquanto tentava acalmar Lara.

-Vamos para o castelo. - Disse Jazz, mas vendo que nem eu nem o Potter recuamos, completou: - Parem de ser crianças e andem logo!

 O gringo soltou Lia, e eu pude erguê-la em meus braços.

Enquanto seguíamos para o castelo, eu olhei para ela. Ali, tão frágil, parecendo abalada, mas, mesmo assim, linda. Senti uma pontada de arrependimento por ter "discutido" com ela. Afinal, foi só uma brincadeira. Mas isso não muda o fato do Potter estar de olho nela e, acredite, eu não vou deixar ele se aproximar dela.

Chegamos no saguão do castelo e demos de cara com a Profa. Milena e com o Prof. Arthur.

-Por Merlim, o que vocês estão fazendo aqui? - Perguntou a professora e então focalizou Lia. - O que aconteceu com ela?

-Longa história, professora. - Disse Amanda, apressada. - Precisamos leva-la à Ala Hospitalar.

-Sim, vamos logo. - Concordou o professor, tentando pegar Lia dos meus braços.

-Está tudo bem. - Falei, recuando um pouco. - Eu a levo.

 Se esse tio ta pensando que eu vou solta-la, ele fumou ovos de fada!

Seguimos, as pressas, para a Ala Hospitalar, onde encontramos a Sra. Duarte usando um robe e um tipo de touca no cabelo. Acredite, não é algo legal de se ver.

-Mas que diabos está acontecendo aqui? - Perguntou ela, assim que viu um bando de adolescentes muito bem vestidos, porém cobertos de fuligem entrando em sua enfermaria.

-Também queremos saber, Pet. - Disse A Profa. Milena, nos lançando um olhar de quem exige respostas.

-Saberão de tudo, assim que alguém cuidar da minha amiga. - Falou Cammie, completamente séria.

-Coloque-a aqui, querido. - Orientou a Sra. Petrina, indicando para uma cama. Eu a obedeci, repousando Lia no leito.

A enfermeira se apressou para cuidar dela, enquanto o Prof. Arthur foi chamar a diretora.

 Ficamos no mais profundo silêncio. Os mais novos, agora tomavam um tônico para recuperar as forças, já que todos pareciam muito abalados. Jazz segurava Lara, que agora se acalmara, enquanto as outras meninas andavam de um lado para o outro, inquietas.

Cinco minutos depois, as portas da enfermaria se abriram bruscamente, revelando a diretora Zuleica, com toda a sua autoridade.

-O que houve? - Perguntou ela, muito séria.

 Nós nos entreolhamos e contamos à ela tudo sobre o ataque e como viemos parar aqui. A ruga de preocupação na testa dela se intensificava a cada palavra nossa.

 Ao fim da história, o silêncio voltou a reinar.

-Bem, - disse Zuleica, por fim - vou tentar falar com seus pais. Não se preocupem, tudo ficará bem, vocês estão seguros agora.

-Não to nem aí pra mim, eu quero saber dos meus pais e do meu irmão! - Exclamou Pedro, se levantando da cadeira onde estava.

-Se acalme, Pedro, assim que eu conseguir falar com eles, você será o primeiro a ser informado. - Disse ela, sem se perturbar com a grosseria dele. E se virando para o resto de nós, continuou: - Sei que não vai adiantar manda-los para o dormitório agora, então podem ficar aqui, mas sem bagunça.

 Nós concordamos e a diretora se retirou com os dois professores aos seus calcanhares.

Ficamos em silencio assim que eles se retiraram. Madame Petrina encarou-nos, um por um, como se nos medisse com os olhos. Bela pareceu pensar por um momento, Camilla me encarou meio amedrontada, e eu sabia que ai vinha alguma coisa.

- Ótimo, eles contaram a versão deles. Agora deixe-me falar. - começou, pigarreando. - Quando nos atacaram, eu queria ir para a frente de batalha, eu estava combatendo todos eles de uma vez, e estava indo muito bem. Até que o bundão do Caio resolveu cair, e machucar o tornozelo. - me empurrou na cadeira, e apontou para o meu p

é. - Acho que deveria dar uma olhada... Mas enfim, então eu tive que parar tudo, e ir ajudá-lo como ele não podia andar sozinho, eu ajudei-o a ir até o espelho, e tive que vir junto.

- É Bella, todos sabemos que você é a heroína do dia, a filha adotiva de Harry Potter, agora cala a boca e continua sonhando antes que caia da cama. - brincou Amanda, fazendo todos rirmos.

A enfermeira se retirou e ficou um silencio confortável. Ouvi uma risadinha vindo da cama atrás de Camilla, e todos nos levantamos imediatamente para encarar uma Lia sorridente, e com os olhos entreabertos.

- Oi pessoal. - murmurou.

- Lia! - Cammie suspirou aliviada, e as quatro amigas correram para abraçá-la.

- Oi... Eu estou bem, calma... - ela tinha um ar risonho na voz, assim que elas soltaram-na, prendi a respiração enquanto Tiago a puxava para ele.

- Que bom que está bem, Lia... - suspirou, cheirando seu cabelo. - Estava agoniado em ver seus olhos fechados por tanto tempo.

- Obrigada. - murmurou, constrangida. Ele beijou seu rosto, o que me fez ver vermelho.

 Nicholas a abraçou, o irmão, os menores, e finalmente chegou a minha vez. Continuei parado, sem saber muito bem o que fazer, e ela encarou o chão, mordendo o lábio inferior.

- Ahm... Eu acho que deveríamos deixar os dois conversarem por um momento... - comentou Camilla.

- Eu não vou deixar os dois sozinhos! - protestou o Potter, sinceramente? Aquele garoto estava me dando nos nervos.

- Ah, e quem disse que eu estou perguntando? - resmungou a Albuquerque, essa garota tem atitude. Sorri enquanto ela empurrava o garoto para fora da sala, e saía logo atrás, piscando para mim e fechando a porta.

- Ahm... - começou, meio incerta.

Cobri o pequeno espaço entre nós com dois passos, e a tomei em meus braços. Sentir seu corpo frágil e quente em meus braços era uma das melhores sensações que eu podia experimentar. Eu sempre gostei dela, do seu jeito doce e meigo, da sua risada por mais escandalosa que fosse, ou quando era timida... Só nunca me toquei que era tanto assim.

- Que bom que está bem... - comecei. - Fiquei preocupado.

Ela riu.

- Sou dura na queda, acho que deveria saber disso, Santiago. - bagunçou meus cabelos delicadamente, e eu tremi.

- Não me conformo... Você é tão pequena, e me faz querer te proteger o tempo inteiro. - soltei, corando logo depois. Parecia uma criança apaixonada e boba.

Revirei os olhos para minha estupidez.

- Ahm... O tamanho não é tudo! - reclamou, delicadamente, e nós rimos. - Ah... E me desculpe se eu te irritei, com aquele assunto da camisa, e da pulseira.

- O que me irritou foi saber que é verdade. - bufei. - Ele realmente gosta de você... Mais do que eu gostaria que ele gostasse...

- Caio, sinceramente? Você não tem nada a ver com isso... O que importa é com quem eu escolho ficar. Não quem gosta de mim ou não.

- E com quem você escolhe ficar? - perguntei.

- Com ele... - ela revirou os olhos como se fosse óbvio.

Comecei a rir aliviado, e me toquei do que ela disse.

- O que?! - me interrompi abruptamente. - Desculpe, poderia repetir?

Ela começou a rir, mas eu continuei sério. Estava me rasgando por dentro.

- Você ainda me pergunta? É a mesma coisa que perguntar se um martelo prefere um prego ou um parafuso.

Eu ri da lógica estranha.

- Isso ainda não responde a minha pergunta.

- Que tipo de garota acha que eu sou, Santiago? Eu nunca escolheria um garoto bonitinho que eu acabei de conhecer à um garoto que eu conheço e... Nutro sentimentos durante dois anos.

Ela corou furiosamente depois disso. Peguei suas mãos nas minhas, e sorri. Lia desviou os olhos para o chão, encabulada. Ergui seu queixo com um dedo.

- Hey... Não precisa ter vergonha de mim, okay? Eu também gosto de você... E tem bastante tempo.

- Mesmo? - finalmente me encarou, seus olhos castanho chocolate brilhando e eu acabei me perdendo neles.

- Mesmo... Lia... Quer ficar comigo? De verdade? Uma coisa com compromisso.

Ela revirou os olhos.

- Qual é a dificuldade dos meninos em perguntar algo como: Quer ser minha namorada? - sorriu, zombeteira.

- Ok, ok... Quer ser minha namorada?

- Quero.

Sorri, e tomei seus lábios nos meus mais uma vez. O beijo era calmo, cheio de sentimento, e ternura. Um beijo que eu nunca tinha experimentado antes.

Com garota alguma, apenas com ela, a minha Lia. Nos afastamos meio bagunçados, e corados. A porta se abriu novamente, e ajeitamos as roupas apressadamente. O pessoal estava voltando. Eu tinha um sorriso convencido nos lábios, e nossos dedos estavam entrelaçados.

- Lia... Seus pais chegaram. - comentou Tiago, sem se deixar abalar. - E trazem notícias.