Try Again escrita por KarenLee


Capítulo 2
O Vizinho


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a: Mel Stryder, Betee e Rachel van Lecroix. Que comentaram no capitulo anterior. Os reviews me estimularam bastante. Espero que esse capitulo não decepcione a ninguém.



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BPDV

Tranquei a porta do meu apartamento. Já haviam se passado 5 meses desde o meu casamento fracassado e eu não havia tido noticias do meu ex-noivo fugitivo. Não que eu quisesse saber algo sobre ele, muito pelo contrário. Se ele quisesse sumir no mapa eu ficaria agradecida.

Fui tirada dos meus devaneios por um estrondo no apartamento ao lado. Fiquei assustada, ele estava desocupado há algumas semanas. Talvez já tivessem arranjando alguém para substituir o antigo morador. Guardei as chaves dentro da minha bolsa e coloquei meus óculos de sol.Sai do prédio e por sorte arranjei um táxi assim que sai.

Passei o endereço e me recostei no banco. O dia prometia ser quente em Nova York. Após alguns momentos um tanto torturantes dentro de um táxi nas ruas movimentadas da cidade, finalmente cheguei ao meu destino. Paguei ao motorista e sai do táxi. Entrei no prédio a minha frente e fui direto para o elevador.

Eu trabalhava num escritório de arquitetura próximo ao Central Park, nos últimos tempos eu estava passando mais tempo lá do que em qualquer outro lugar. O que havia chamado a atenção de meus pais, mas isso era o de menos, o pior de tudo era que mesmo que já tivessem se passado 5 meses, a pena no olhar de muitos sobre mim permanecia e eu simplesmente detestava isso.

-Bom Dia Isabella – fui interceptada pela minha Chefa. Respirei fundo e me virei.

-Bom Dia Tânia – respondi da melhor forma que eu pude.

-Espero que o seu projeto esteja pronto. – ela falou secamente.

Quando eu entrei no escritório, Tânia ainda não era responsável pelo mesmo, ele pertencia à irmã dela e como a criação de novas filiais Irina teve que se afastar por um tempo, deixando em seu lugar Tânia. Desde o primeiro dia dela aqui não nos demos bem. Tânia e seu jeito fútil não agradava a ninguém.

-Sim ele está – sai de lá sem ao menos esperar uma resposta ou mais alguma alfinetada que ela estivesse disponível a dar.

Mal me acomodei em minha mesa e o meu mais novo cachorrinho veio fazer seu plantão diário ao meu lado.

-Oi Bella – Erick falou enquanto abria um sorriso enorme.

-Oi Erick – respondi de má vontade. Esperei que ele pudesse sair para poder começar a fazer o meu trabalho. Mas como dizem, a alegria é passageira ele logo voltou.

-Hm... Então, eu queria saber se você tem algo para fazer hoje a noite – ele falou indeciso. Cruzei os braços e suspirei.

-Eu tenho sim – não olhar para sua cara estava inclusa na minha noite.

-Ah, tudo bem – ele falou e saiu desanimado.Passei as mãos pelos meus cabelos, eu precisava urgentemente dar um jeito nisso.

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Entrei no prédio e parei para checar o correio. Peguei algumas cartas e segui para o elevador. Assim que entrei no corredor pude ver várias caixas vazias amontoadas uma sobre as outras junto à parede. Pelo visto o novo morador era um bagunceiro. Esperava sinceramente que não viesse causar problemas mais tarde.

Entrei em meu apartamento o joguei minha bolsa no sofá. Aproveitei para abrir as janelas e por fim fui tomar meu banho.

A água quente contribuiu para que eu relaxasse. O dia não havia sido nem um pouco bom. Erick veio falar comigo por mais duas vezes e ao voltar do almoço Tânia estava irritada. O que resultou em dois projetos com um prazo curtíssimo. Não que eu estivesse reclamando, mas seria bom, pelo menos manteria minha cabeça ocupada por alguns dias.

Desliguei a ducha e me enrolei na toalha. Troquei de roupa e comecei a pentear meus cabelos. Não estava a fim de cozinhar então liguei para um restaurante japonês. Enquanto a comida não chegava decidi ver um pouco de TV. Coloquei um canal aleatório porém minha atenção logo foi roubada por um grito vindo do corredor.

Me pus de pé num salto e me aproximei da porta com cuidado. Ao abri-la pude ver um homem de costadas um pouco agachado. Pigarreei para tentar chamar sua atenção e foi em vão.

-Posso ajudar? – perguntei num fio de voz. Ele poderia muito bem ser um Serial Killer ou algo pior. Ele se virou assustado e acabou derrubado as caixas que estavam atrás dele.

-Me desculpe – ele falou enquanto colocava as caixas no lugar. Pude ouvir ele resmungar algo, mas não consegui entender. Pude ver que a porta do apartamento ao lado estava aberta e deduzi que ele seria o novo morador.

-Tudo bem. Esta de mudança? – perguntei.

Tinha que admitir que ele era bonito. Na verdade muito bonito. Ele tinha os cabelos cor de cobre e os olhos verdes que lembravam duas esmeraldas. Ele não era muito musculoso. Digamos que ele tinha músculos na medida certa.

-Pois é. Mudanças são complicadas para mim – ele disse e sorriu. – Eu sou Edward Cullen.

-Isabella Swan – respondi enquanto apertava a mão que ele havia estendido para mim. Senti algo estranho assim que entramos em contato, mas ignorei.

-Sinto muito incomodá-la. – ele falou visivelmente envergonhado. E então algo me chamou a atenção. No braço dele, havia um corte, não muito grande, mas o suficiente para que me fizesse entrar em uma crise de pânico.

-Meu Deus o seu braço! – exclamei nervosa e ele riu da minha preocupação.

-Não foi nada – evitei fazer qualquer contato visual com aquele corte antes que eu começasse a surtar como uma louca na frente dele.

-Quer ajuda? – perguntei enquanto gesticulava para as caixas atrás dele.

-Eu não devia, mas, vou aceitar – ele disse.

Foram necessárias apenas duas viagens para descarregarmos as caixas no depósito do prédio. Edward era fotografo, ele havia morado em Los Angeles, mas devido há uma transferência ele havia vindo para Nova York, trabalhar em uma das filiais da empresa. Embora estivesse em plenos 25 anos, Edward parecia mais um adolescente, gostava de ir a baladas, festas, mas não deixava de ser do tipo família. No fim, me disponibilizei para fazer um curativo no braço dele.

-Então, agora que já falei sobre mim, me fale sobre você – ele disse enquanto eu limpava o braço dele.

-O que você quer saber? – perguntei após um suspiro.

-O que você faz? – ele respondeu rapidamente.

-Eu trabalho num escritório de Arquitetura – terminei de limpar e peguei um remédio.

Comecei a passar o remédio no corte e pude ouvir ele resmungar baixo,

-Desculpe – falei.

-Quem são? – ele perguntou mudando o assunto. Segui seu olhar e vi que ele observava o porta retrato com a foto de meus pais e Alice.

-Meus pais e minha irmã – respondi.

-Vocês se vêem com frequencia? – peguei a faixa e comecei a enrolar no braço dele.

-Principalmente agora – falei sem pensar e mordi a língua.

-Como assim? – Edward era curioso, isso era um fato. Não adiantaria esconder nada mesmo, então resolvi contar.

-Alguns meses atrás, digamos que eu tenha sido largada em pleno altar – falei e ele se virou. Sua expressão era de total incredulidade. – Como escapatória, passei a me ocupar com meu trabalho e agora meus pais e principalmente a minha irmã não largam do meu pé.

-Não acredito, pelo menos sabe o por que? – ele perguntou enquanto sacudia a cabeça.

-Ainda não. E na verdade nem pretendo saber. Pronto, terminei – falei enquanto recolhia as coisas.

-Obrigada. – ele agradeceu. Joguei os algodões no lixo e lavei as mãos. Ouvi a campanhia tocar e corri para abrir a porta. Era a comida japonesa que eu havia pedido, agradeci ao rapaz e em seguida o paguei.

-Quer jantar? – perguntei a Edward que ainda estava sentado, ele parecia pensativo, mas logo se virou para mim.

-Já abusei demais do seu tempo – ele falou.

Eu estava surpresa comigo mesma, sempre estava me afastando de tudo e de todos, talvez fosse pelo fato de que Edward era diferente das pessoas que eu costumava a conhecer por ai, ele era uma boa companhia, era agradável.

-Não tem problema. Tenho certeza que você nem sabe o que vai jantar – falei o desafiando.

-Ok, agora você me pegou – ele falou e nós rimos.


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Notas finais do capítulo

Talvez o próximo capitulo demore um pouco a sair, mas eu vou o máximo para trazê-lo na sexta da próxima semana, ou quem sabe até antes (: Beijos, Karen.



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