Quem Disse Que Seria Fácil? 2 Temporada escrita por Bee


Capítulo 9
São ossos do oficio.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vão? Bom, eu demorei a postar, e me desculpem, mas tá difícil, com aulas e meu vicio por iCarly e Glee, oakpsok :/ Mas aqui está um capitulo :]



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191390/chapter/9

Estava no Átrio do Ministério enquanto esperava a Harry e Ron, como fazíamos todos os dias, mas hoje, especialmente hoje eles estavam atrasados.

_ Por que se atrasaram? - eu gritei baixo (irônico não) quando eles apareceram -

_ Hum, tivemos uma reunião, eu te mandei um bilhete interdepartamental para você - Ron disse me abraçando - Não chegou?

_ Não - eu disse o olhando -

_ Bom, vou ter que avisar a Ginny e pegar uma muda de roupas - Harry disse saindo -

_ Espera, avisar a Gi, pegar roupas? - eu olhei para Ron - Por que?

_ Bom, vamos para a casa, lá eu te explico - Ron disse passando as mãos pelos cabelos recém-cortados -

O caminho do átrio até algum lugar onde pudéssemos aparatar sem ser percebidos foi em total silencio. Ron desconversava sempre que mencionava o motivo de Harry sair, ou a conversa que teríamos.

_ Agora, pode ir me falando tudo - eu disse ao entrar no quarto dele, fechando a porta atrás de mim -

_ Sim - ele disse se jogando na cama - Bom, eu e Harry... Bom...

_ Fala logo - eu cruzei os braços parando em sua frente -

_ Não é nada de mais, amor - ele disse calmamente, parecia escolher suas palavras -

_ Então fala - eu rosnei e ele me olhou divertido -

_ É só que temos uma missão, vamos a uma cidade atrás de comensais da morte, bom, temos noticias que eles estão todos lá - ele disse me olhando -

_ Quan... Quando vão? - eu perguntei, me culpando por ter gaguejado -

_ De madrugada - ele disse apenas -

_ E... E quando voltam? - perguntei me sentando na cama de Harry -

_ Er - ele disse e desviou o olhar -

_ O que esse "Er" significa? - perguntei o olhando impaciente -

_ Eu não sei, Mione, não sei quando voltamos. - ele disse respirando fundo e fixando suas orbes azuis em mim -

_ Mas... - eu tentei dizer algo, mas nada me vinha a mente, então me joguei na cama de Harry, mirando o teto -

_ Eu vou me cuidar - ele disse divertido, imitando meu gesto -

_ Eu sei que vai, mas eles são perigosos, Ron - eu choraminguei -

_ Mione, você sabe que é meu trabalho - ele disse cuidadoso -

_ Eu sei, mas não aceito - eu respondi o olhando -

_ Droga - Harry disse entrando no quarto - Ginny aceitou bem - ele suspirou se ancorando na porta, quando ouviu se o barulho de vidro quebrado e um grito feminino. -

_ Deu para perceber - Ron suspirou -

_ Deixa que eu falo com ela - eu levantei - Os dois, comecem a arrumar as malas então, não é? - suspirei triste -

_ Ela aceitou bem, comparada a Ginny - ouvi Harry dizer antes que eu fechasse a porta -

_ Ginny? - perguntei com a voz calma enquanto descia as escadas até seu quarto -

_ Mione, aqui - ela disse e eu segui para seu quarto - Ron também vai é? - ela perguntou ao ver meu rosto, que não escondia o desapontamento -

_ Sim - me joguei na minha cama - Não briga com o Harry, é o trabalho deles.

_ Eu sei, mas eu fico preocupada. Não gosto dele em meio a comensais. - ela disse - Ele é o garoto que matou o chefão deles, eles vão querer se vingar.

_ Você acha que eu não pensei nisso? - eu sussurrei - Mas é a profissão deles, você ia querer que Harry brigasse com você pelo quadribol?

_ Não ia, mas a minha profissão não é perigosa - ela disse me olhando -

_ Eles sabem se cuidar - eu sorri para ela e ela retribuiu - O que você quebrou?

_ Um frasco de amortentia - ela apontou para a parede, onde uma mancha perolada estava bem formada -

_ Era da Gemialidades - ela deu de ombros e eu sorri -

_ Podemos entrar? - a voz de Ron soou preocupada enquanto abria a porta -

_ Nã... - Ginny começou -

_ Podem, claro que podem - interrompi minha querida cunhada -

_ Claro que podem - ela disse baixo e  bufou -

_ Daqui a pouco vamos sair - Ron disse se sentando ao meu lado na cama, onde acariciava meus cachos -

_ Você promete se cuidar? - eu disse olhando em seus olhos -

_ Sempre - ele sorriu –

As horas que faltavam até a hora em que eles partiriam até o QG de Aurores pareceram voar, tanto para mim quanto para Ginny, nós não pregamos os olhos, ficamos com nossos garotos o tempo todo, aproveitando o momento, mas uma hora ou outra o momento menos esperado por nós chegaria, e eles teriam que partir.

_ Você promete se cuidar, não é? – perguntei mais uma vez aquela noite para Ron –

_ Prometo – ele selou nossos lábios – Eu te amo – ele sorriu – Muito mesmo.

_ Eu também te amo – eu o beijei, em um beijo calmo e delicado, um beijo que me fazia sentir nas nuvens por sentir seu gosto mais uma vez –

_ Ron, precisamos ir – A voz de Harry soou triste atrás de nós –

_ Eu te amo – ele sussurrou me apertando em seus braços – Não se esqueça disso.

_ Eu também te amo – sussurrei em resposta e ele se afastou – Cuidado – gritei e ele sorriu –

Ginny se aproximou de mim, pegando em minha mão, quando o CRACK dos garotos aparatando soou alto, e a escuridão da noite fria de outono os engoliu, deixando meu coração tão vazio quanto o espaço onde Harry e Ron estiveram a segundos atrás. Minha cunhada, e amiga me abraçou, sabia que ela estava pior do que eu mesma naquele momento sabia o quanto ela sofria lembrando-se daquela noite em que Harry sumiu do mesmo modo, sem data para voltar.

Entramos na casa já vazia, e subimos para o nosso quarto. Deitei-me na cama, mas sempre que tentava fechar os olhos, uma sensação de vazio vinha e domava todo meu corpo, aquela situação já estava incomoda, então decidi que deveria matar um pouco da saudade que já me torturava. Como? Subindo até o quarto de Ron, onde tudo me lembrava dele, o cheiro, meio almiscaro, meio amadeirado, meio cítrico, de um jeito que só meu Ron possuía. E não pensei duas vezes antes de seguir meus instintos e ir correndo até lá.

Deitei-me em sua cama, e fiquei observando todo tom alaranjado daquele cômodo, tudo era tão Ronald que até parecia que Ron estava comigo. Mas mesmo estando com o seu cheiro, ou mesmo estado em um lugar apenas dele, eu sentia falta de algo. Então me lembrei do mesmo cantando para mim em uma das noites que passamos juntos, afinal era isso que ele me prometera, sempre cantar até que eu dormisse. O que não demorou muito, não precisou de mais do que a sensação de conforto que sentia quando estava perto dele.

Acordei mas não estava na cama de meu namorado, não estava mais na cama confortável, e muito menos envolta de cobertas quentes e fofas que me aqueciam na noite fria que estava. Não estava mais no cômodo laranja que me transmitia alegria, eu estava em uma cidade, me lembro de ter passado aqui, não recordo quando, mas eu passei, isso é desconfortável. Aquele lugar era frio, gélido, mas não pela temperatura, era mais pelo silencio que cortava a minha mente tumultuada, ouvia-se gritos silenciosos das almas perdidas na guerra, almas retiradas por comensais.

_ Ron? – ouvi um grito que me lembrava o de Harry –

_ Harry? – gritei –

_ Ron, apareça – Harry gritou novamente –

_ Harry, onde está o Ron? – gritei, mas parecia que eu não tinha voz, parecia que eu era apenas uma ilusão –

_ Ron – Harry gritou entusiasmado – Ron?

_ Ron? – fui em direção a voz de Harry, e me deparei com Harry sobre o Rony, parecia que o ruivo estava desacordado, com a respiração lenta e o peito subindo lentamente. – RONALD – eu gritei –

_ Mione? – era a voz de Ron, claro, quem mais tem a voz rouca mais perfeita – Mione? – senti alguém apertar meu ombro –

Abri meus olhos lentamente, e me deparei com dois olhos castanhos me fitando assustados.

_ Ginny? – perguntei e minha voz saiu alta demais –

_ Mione, por que você gritou pelo Ron? – ela perguntou ainda assustada –

_ Não sei – eu disse e passei as mãos pelo meu rosto, apertando meus olhos –

Minha pele estava fria, e pingando a suor, eu estava suando frio, o pesadelo foi tão real assim?

_ Mione, você gritou tanto que me acordou – ela suspirou parecendo cansada –

_ Pesadelo – eu bufei –

_ Está melhor? – ela disse ao se deitar na cama de Harry, olhando para o teto –

_ Não sei – suspirei – Sinto como se algo fosse acontecer, e eu tenho medo – disse observando o teto, e a variação de cores que o mesmo tinha por conta da luz fraca de uma vela –

_ Eu também to com uma sensação assim, ou é só fome – ela sorriu pela primeira vez aquela noite –

_ Está sem sono? – perguntei a encarando –

_ Sim – ela suspirou –

_ Duas – eu sorri – O que vamos fazer?

_ Boa pergunta – ela sorriu –

_ Vamos, vamos comer alguma coisa – eu disse me levantando –

_ Isso – ela levantou e me seguiu –

_ Quando ficou tão frio? – suspirei ao chegar ao corredor –

_ Não sei – ela sorriu e eu peguei uma blusa cor de tijolo com um “R” tricotado de forma perfeita –

_ Ron não vai se importar – sorri e fui com ela até a cozinha –

Nós pegamos um copo de cerveja amanteigada, e nos sentamos na mesa que havia na cozinha, fiquei observando o sol nascendo potente ao leste, deixando um raio de vida entrar em minha vida. Percebi que tanto para mim, quanto para Ginny, seriam longos dias, novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Muito ruim né? Bom estava sem ideias, e bom, era preciso o Ron ir para o QG alguns dias, para dificultar tudo.