Ela deu um beijo rápido no namorado, mas como se fosse o último, e entrou no metrô, queria chegar o quanto antes na Seigaku e sair dali, fazia algum tempo que eles sempre estavam brigando, isso sempre deixava ela chateada e à desconcentrava dos treinos.
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Saori Sasaki, era uma menina sempre muito feliz, meio louquinha e barulhenta as vezes, tinha os cabelos azuis, e era uma Titular da equipe feminina da escola secundária Seishun Gakuen.
Namorada do Yuushi Oshitari, titular da escola secundária Hyotei. Eles haviam brigado muito nos últimos tempo. Saori sempre o visitava na escola e assistia à seus treinos, mas ele nunca se deu o trabalho de ir até Seigaku ver algum dos treinos dela, e além do mais, ele não dava a atenção que ela merecia, era focado apenas na equipe masculina da Hyotei. Aquilo não era errado, mas se ele já tinha um foco, porque namorava Saori, e à deixava magoada?

A garota chegou rápido até perto de sua escola, nem viu o tempo passar naquele metrô, estava perdida em seus pensamentos. Quando ela chegou naquela manhã, estava um pouco atrasa, graças à Oshitari.
O sorriso que ela sempre tinha no rosto, não estava presente naquele dia, ainda mais deles terem rompido o namoro.. Aliás, DELE ter rompido o namoro, alegando que ela atrapalhava os treinos e precisava de um tempo.
Saori não conseguiu derramar uma lágrima se quer por aquele rapaz de cabelos azuis. Pensando bem, estava até um pouco aliviada de não ter que ir lá todas as manhãs, e ainda assim ser esnobada, mas estava com muita, muita raiva de ter perdido seu tempo indo até lá, pra ele dizer isso! Que terminasse por telefone, ela não ia se importar nem um pouco. Talvez até diria poucas e boas pra ele, como ele merecia ouvir.
Foi até sua sala, se desculpou com a professora por ter se atrasado, e sentou do lado de um menino de cabelo arrepiado e óculos, que mal dava pra ver olhos. Ele se chama Inui, e é um bom amigo de Saori. Também é titular de tênis na escola, e sempre faz sucos malucos e asquerosos para seus companheiros de tênis se sentirem mais incentivados a treinar, afinal, quem não se empenhar, sempre acaba tomando o suco.

As aulas passaram rápido, e ela continuava frustrada. Quando bateu u sinal para o almoço, ela voou pra cantina, estava morta de fome. Sentou-se do lado de sua amiga, Kyara. Ela estava prestes a contar o que havia acontecido mais cedo quando Eiji Kikumaru chegou e sentou na mesma mesa.

- Ohayo meninas! – disse Eiji, com o meso sorriso e animação costumeira. Ele era titular, e não só um titular qualquer, era da Dupla de Ouro da escola.
- Ohayo, Kikumaru-san. – responderam as duas sorrindo, a companhia de Eiji era sempre agradável.
- Algum problema Saori-chan? Não está toda falante como de costume. – perguntou Eiji estranhando o comportamento da garota.
- Ah.. tudo sim, não se preocupe. Acho que vou até as quadras ver como esta o movimento por lá, querem ir?
- Claro! – disseram os dois, pegando seus lanches e acompanhando ela.

Kyara não era titular, ao menos sabia como pegar em uma raquete, mas era uma fiel amiga que ia a todos os campeonatos de Saori, e sempre estava disposta para ouvir as confissões da amiga, que sempre estava metida em alguma coisa, era incrível como ela nunca ficava sossegada.

- Olá Tezuka-Senpai! – disse Saori cantarolando quando viu o Capitão Kunimitsu com uma prancheta na mão observando os novatos. Ela adorava encher a paciência dele com esse tipo de brincadeirinha, sabia que no fundo, mesmo sempre à olhando com expressão séria, ele gostava.
- Olá a todos.- respondeu sem tirar o rosto dos novatos.
- Quer jogar uma partida Kikumaru-san? Acho que da tempo de um set antes da próxima aula, podemos Tezuka? – perguntou a menina de cabelos azuis, fazendo biquinho. Parecia que já estava se recuperando, e agindo normalmente. O tênis sempre tirava Oshitari de sua cabeça.
- Podem, mas se apressem.
- Haaaii! Obrigada!

Eiji já estava de uniforme, e Saori foi até ao vestiário se trocar. Colocou o uniforme feminino da Seigaku, que não era diferente do masculino, sem ser pelo shorts que era trocado por uma saia com pregas. Era um tanto curto, mas elas usava um shortinho branco pequeno por baixo. As cores e a jaqueta eram as mesmas.
Pegou sua raquete e se dirigiu para a quadra 1-A, não havia ninguém ali, e Kikumaru já à esperava alongando sua perna.
O jogo começou, e o primeiro ponto de Saori, que ficou muito feliz, era muito difícil fazer ponto nos titulares masculinos, mas ela era boa, sempre jogava na Individual 2 feminina. Tudo bem que Eiji deixava ela fazer alguns pontos, adorava ver a amiga feliz e toda saltitante, mas não demorou muito pra ela perder. Foi de 6x0 como de costume.

- Está muito melhor do que a última vez Saori-chan!
- Obrigada.. Mas eu sei que você aliviou um pouco pra mim, não precisava! – Disse fazendo birra, odiava o fato de Eiji deixar ela marcar pontos de proposito.
- Está muito melhor mesmo, Saori-chan. – disse um menino de cabelos castanhos com um sorriso no rosto.
- Ah.. o-obrigada, Fuji-Senpai. – disse totalmente envergonhada. Não era normal Syusuke Fuji elogiar uma menina assim, afinal, mesmo que ele nem soubesse o nome de algumas das titulares da equipe feminina, todas morriam por ele, assim como por Tezuka também.
- Não foi nada. – falou com os olhos quase que fechados e com o mesmo sorrisinho no rosto de sempre, era raro vê-lo serio. Ele era do tipo de garoto que é uma gracinha, bonito, fofo, educado, inteligente, e por ai vai... Sem falar que era O Gênio do tênis na Seigaku.

Kyara via tudo por traz das grades da quadra, adorava ver a amiga toda sem jeito quando Fuji trocava alguma palavra com ela, nem com Tezuka que ela adorava afortunar ela ficava assim.
- Devíamos jogar um dia desses. – Disse Fuji.
- C-claro! Mas nem pense em me deixar marcar pontos de proposito, como Kikumaru-san hein! – disse sorrindo para os dois.
- Como quiser.

- O sinal já vai bater, voltem para as classes. – Disse o capitão, para todos os novatos e para a turminha de Saori que estava zanzando ali por perto. Fizeram isso imediatamente, não queriam se atrasar.

As últimas aulas foram tranquilas, mas Saori voltou a pensar em Oshitari, como ele tinha disso indiferente com ela. Estava com um ódio mortal e vingativo por ele, se fosse da equipe masculina, No torneio de Kantou ia massacrar aquele quatro-olhos!

Quando o último sinal bateu, Kyara já esperava pela amiga do lado de fora da escola, iam até a casa de Saori para conversar, e talvez Kyara ficasse lá para a janta também. Chegando lá, era uma casa enorme, com um jardim gigante na frente. O quarto de Saori era no segundo andar, parecia um quarto de princesa. Era tudo muito organizado, nem parecia que era ela que dormia ali. Saori não era a pessoa mais organizada do mundo, sempre vestia seu uniforme de jeito mais esculachado e ela disse à amiga que era a empregada que deixava o quarto impecável daquele jeito.

- Então, desembucha! Porque no horário do almoço estava com aquela cara? – perguntou Kyara deitada na cama da amiga, abraçando um leãozinho de pelúcia, e jogando-o pro ar.
- Ai nem te conto... Fui la na Hyotei hoje de manhã ver como Oshitari estava. – Respondeu Saori, sentada no puf azul do lado do guarda roupa.
- Nossa, achei que estivessem brigados! Eai!? – perguntou jogando o leãozinho na cama, ficou curiosa.
- Cheguei lá e cumprimentei ele, pedi desculpas por estarmos brigando tanto ultimamente. Disse que eu sentia saudade de quando ficávamos mais tempo juntos, e perguntei se ele podia ir me ver hoje no horário do almoço.
- Que fofa, imagino que ele disse que sim- disse a amiga confortando ela.
- Pior que não... Ele falou que não tem tempo pra ficar indo na Seigaku só pra me ver. Se fosse pra ver o treino masculino e conseguir dados para dar pro reizinho do Atobe, ele disse que até ia, mas que não valia a pena gastar tempo indo la pra almoçar comigo.
- Que!? Ele ta louco!!? – gritou Kyara indignada com a ação do rapaz.
- Poisé.. eu já tava conformada com esse jeito dele, e ia acabar dando um fora daqui alguns dias, mas ele mesmo terminou tudo, falando que não dava mais e precisava de um tempo pra ele, então voltei pra Seigaku, e fiquei com aquela cara...
- Poxa vida, agora entendo... Que cretinoooooo!
- Kyara! Minha mãe vai te ouvir fica queta! – disse Saori preocupada que a mãe ouvisse a amiga dela chamado alguém de cretino, aso berros.
- Desculpe, mas ele é.. Olha já ta na hora de você partir pra outra, esquece esse cara.
- Sim, já esqueci. Não vou sofrer por aquele quatro-olhos. Nem era tão bonito assim. – riu junto com a amiga, elas passam uns 30 minutos só falando mal de Oshitari, que merecia cada palavra.
- Ainda não acredito que falando que ele é ‘o gênio’ da Hyotei.. Só porque sabe usar um Higuma Otoshi? Pff, Isso Fuji-senpai faz de olhos fechados! – Disse Saori, bem animadinha, tirando sarro do ex.
- Nem me fale... De gênio ele não tem nada! – respondeu Kyara apoiando a amiga – Mas me diga.. Você ficou caidinha por Fuji-senpai hoje hein? Ele não pode nem te elogiar que você fica toda sem graça? – riu da cara da amiga.
- Ai para com isso! – jogou uma almofada na cara de Kyara – não tem nada haver.

Depois de mais um tempo de conversas de meninas, elas jantaram, e mais tarde Kyara foi embora. Ela era do tipo de menina que não tem vergonha de nada, se quer dizer algo, fala na lata. Saori adorava aquele jeito decidido e estourado dela.
Os treinos durante a semana estavam mais difíceis, o torneio de Kantou estava chegando, e a Capitã da equipe feminina não estava dando moleza, assim como Tezuka também pressionava os garotos. Saori estava muito animada, sem Oshitari em sua cabeça, era muito mais fácil se concentrar nos treinos, mas quando as bolinhas paravam de quicar, e ela tinha que ir embora, sempre ficava encanada pensando nele. Começou a pensar em como que um rapaz com 8 meses de namoro, só levou ela pra jantar fora 4 vezes. Começou a perceber o quanto estava infeliz naquele relacionamento, e isso deixava ela abatida algumas vezes, principalmente naquela tarde depois do almoço, quando era aula de Educação Física, e ela foi pras quadras de tênis (é claro) bater a bolinha numa parede sozinha.

- O que faz aqui sozinha Saori-chan? – Ela escutou uma voz calma, conhecida. Quando se virou era Syusuke Fuji, com o clássico sorrisinho.
- E-eu, só estava dando umas rebatidas aqui na parede... – estava olhando curiosa pra ele, aquele cantinho que ela estava não era muito movimentado, e ele aparecer ali... Foi como se estivesse procurando ela.
- Vamos, tem uma quadra livre ali, quer jogar? Prometo não deixar você marcar pontos como me pediu.
- C-claro! Vamos lá. – Ela não conseguia falar com fuji normalmente, era como se ele fizesse algum efeito nela, Saori simplesmente se sentia diferente.

Chegando lá, se posicionaram, e o saque seria de Fuji.
- Pronta?
- Sim, Fuji-senpai. – respondeu com firmeza, estava animada para jogar com ele.
- Por favor, Me chame de Syusuke-san, Ou fuji-san. Não sou seu senpai – deu uma risada – nós dois estamos no 3º ano, não estamos? – terminou de falar e deu outra risadinha, após isso sacou.
- Ah.. claro... – Ela ficou surpresa, chama ele de Fuji-senpai por respeito, e adorou saber que podia tratar ele como um amigo. Chama-lo de Syusuke-san era até meio... íntimo. A bola voou ao lado de seu rosto, ela nem tinha visto o saque.

Ele sacou de novo, e ela devolveu, já estava mais esperta. Durante todo o jogo fez no máximo 2 pontos, mas foi o suficiente. Estava mais do que feliz de ter marcado 2 pontos em Fuji. Terminou 6x0.
- Há, tem certeza que não me deixou marcar ponto? – disse apertando a mão do rapaz.
- Juro que não deixei. Como eu disse, você melhorou muito mesmo nesses últimos tempos.

Ele dizia aquilo como se ficasse assistindo os treinos dela, Puff, na cabeça de Saori, ele NUNCA poderia ter visto ela treinar algum dia. Mas a verdade é que, atrás de Sadaharu e Kikumaru, Fuji sempre ficava ali olhando os treinos femininos, achava muito engraçado quando alguma menina se estressava e quase quebrava a raquete na cabeça da adversária. Elas eram sem dúvidas mais... enérgicas jogando.

- Obrigada.. Syusuke-san. – seus olhos brilharam, estava mais que óbvio, que ela estava caidinha por Fuji, assim como as outras 500 garotas da escola. Mas não deixaria isso transparecer de jeito nenhum! Afinal tinha acabado de terminar um namoro, e se ele soubesse que ela estava assim, ficaria cada vez mais gentil e charmoso, como se fosse de propósito.