A paixão de Draco pov/Draco

Droga. Droga. Por que ela? Por que ela? Não podia ser qualquer outra garota? Não. Meu coração tão idiota, foi se apaixonar pela sangue ruim imunda da Granger, e o pior é que ela nunca vai sentir o mesmo. E agora já era, já estava completamente apaixonado. Não! Não posso! Imagine o que seria de mim se alguém descobrisse? Nem gosto de pensar nisso, já é ruim demais estar loucamente apaixonado por ela, imagine se souberem? Ai Granger... Você me deixa louquinho. Hoje quando encontrei com ela de pijama foi a melhor coisa do mundo, só de poder vê-la de perto. Um livro, ela disse, só queria saber por que ela estava indo ler um livro, sei que ela adora ler, mas... aquela hora da noite? Com certeza havia algum motivo, e eu iria descobrir.

Quando o despertador tocou, percebi que estava morrendo de sono, e que tinha passado a noite inteira só lembrando de seus cabelos cheios e castanhos, de sua íris igualmente castanha e de seu sorriso doce; só espero que um dia ela possa dar aquele sorriso por minha causa.

Levantei e me troquei para ir tomar café, ainda morrendo de sono. Quando cheguei lá, ela já havia chegado, ou melhor, já estava quase indo. Ela me lançou um olhar rápido mas sem emoção, e fui tomar café com o pensamento de o que poderia significar aquele olhar.

Depois do café, a primeira aula do dia era poções com a Grifinória. Ótimo, teria que suportar o cicatriz e o ruivo, mas pelo menos Granger estaria lá. Quando cheguei percebi que ela havia pegado seu lugar de sempre, na segunda carteira, entre Potter e Weasley, então peguei o lugar na diagonal dela, onde poderia a observar sem ninguém perceber, afinal, pensariam que estaria olhando para Slunghorn. E passei a aula inteira assim, olhando ela e sua beleza. As pessoas só começaram a notar quando meu caldeirão explodiu primeiro que o do Simas então tive que disfarçar.

A próxima aula era de Defesa Contra as Artes das Trevas, com a Lufa-Lufa. A aula (como eu imaginava) foi um tédio sem ter aqueles cabelos castanhos cheios para observar.

O próximo horário era livre e, felizmente o dela também, infelizmente ela provavelmente iria para sua sala comunal estudar, ou a biblioteca. Boa ideia, iria a biblioteca. Saiu de sua cadeira de sempre na sala comunal e se dirigiu a biblioteca, lá Madame Pince me perguntou se eu estava procurando algo em especial e eu só murmurei um ''Não obrigado''. Me sentei em uma das cadeiras meio escondidas onde se podia ver quem estrava e quem saia, foi quando eu ouvi Madame Pince

novamente perguntando

''Está procurando algo em especial querida?'' e uma voz que eu reconheci ser a de Granger falando

''Bem, eu estava procurando um livro chamado 'Historia da Magia, de Batilda Bagshot''

 ''Ah, querida bem ali esta vendo?'' disse Madame Pince apontando para onde eu estava sentado

''Ah, obrigada'' ela falou enquanto se dirigia a mim (ou melhor, a prateleira).

Quando chegou perto ela murmurou um ''Bom dia'' mas só por educação, fui educado e falei também ''Bom dia'' e fingi que estava lendo o livro. Foi quando me toquei. Estava lendo o livro que ela precisava, Historia da Magia. Ela estava procurando que nem louca nas prateleiras foi quando falei

 ''Hum, acho que estou com o livro que você precisa, desculpe não pude deixar de ouvir que precisava desse livro, tome''

''Ah, não, pode ler, eu venho outra hora e pego'' falou

 ''Não, pode pegar, peguei qualquer livro para ler, não preciso dele'' insisti

 ''Han.. obrigada'' disse ela pegando o livro. Foi quando seu dedo tocou de leve em minha mão, era a melhor sensação do mundo. Como era bom estar apaixonado... BOM? Não... Era... Vejamos, uma sensação estranha, não exatamente bom, mas também não ruim, ai estar apaixonado tem seus lados. Depois que ela foi embora fiquei uns segundos parado, extasiado, sem conseguir pensar. Até que consegui recuperar meus sentidos e percebi que não havia mais sentido eu ficar ali. Ela já havia ido embora, eu conseguira o que eu queria.