Diogo (PDV)

Eu tenho de me controlar, mas ao pé dela não consigo. Desde aquele beijo não houve mais nada, apenas situações estranhas entre nós, continuávamos como dantes mas sempre com algo a ser falado.

Todos os dias continuava a sair para me libertar, um dia cheguei a casa, e encontrei-a muito assustada, estava uma tempestade enorme la fora e tinha faltado a luz.

- Diogo ainda bem que chegaste! – Abraçou-me – Estava com tanto medo.

- Tem calma, eu estou aqui! – Abracei-a um pouco mais, não sabia que tinha medo de trovoada.

- Eu tenho pavor de trovoada! – Disse-me ainda a tremer um pouco. – E não encontro as velas!

- Vá vou te por ao quarto, já e tarde, e deves estar cansada! – Disse-lhe.

- Fica comigo por favor, por favor! – Pediu-me com medo.

- Ok! – Eu não ia aguentar, eu ia querer de novo nos meus braços...

Abri-lhe a cama para ela se deitar, deitou-se deixando espaço para mim, ainda estava vestido, tirei o casaco e as calças e fiquei em t-shirt e boxers, era estranho mas ela não se preocupou quando me deitei ao seu lado, apenas se enroscou em mim e fez que aquele calor todo me controlasse.

- Diogo? – Perguntou-me

- Sim? – Respondi-lhe.

- O que se passa entre nós? – Ri-me, o que se passava era que eu estava completamente apaixonado por ela, e não havia como entender o que se passava com ela, embora eu achasse que ela sentia o mesmo, toquei-lhe e li.

“ Porque é que ele nunca mais me beijou? Será que aquele beijo foi um erro? Tu és tão estupida, estás apaixonada por ele e pareces uma maluca com medo de trovoada. Ele está a olhar para ti, porque é que isto é tão estranho? Eu apenas queria uma pessoa, e essa pessoa é ele.”

- Não acho estupido ter medo de trovoada. E quanto ao resto... – Nem deu tempo para responder, desta vez foi ela que me beijou, apertei-a, sentia o meu corpo pulsar de vontade de estar com ela, este tempo todo, ela era o meu trabalho, o meu projecto, e eu fui-me apaixonar arrebatadamente pela pessoa que deveria proteger, mas naquele momento todas as sensações me percorriam. Agarrei-a com mais força, levante-a e tirei-lhe aquele pijama que já me chateava, ela tirou-me a t-shirt que tinha vestido, não sabia o que ia acontecer, tudo aquilo era novo para mim.

Margarida (PDV)

A força que ele me apertava era estrondosamente boa, nunca me tinha sentido com tanto prazer, eu queria-o mais que tudo neste momento, e ele mostrava um carinho e um desejo infernal ao mesmo tempo, deixei que ele me controlasse por completo e estar ali com ele, era como estar nas nuvens, fizemos amor ali, ao som da trovoada e da tempestade que la fora fazia.

-O que é que estás a pensar? – Perguntei-lhe enquanto ele olhava para mim, e me dava suaves beijinhos na face.

- Que tu és linda! – Ri-me e ele deu-me um beijo – E não quero mais afastar de ti.

Ele abraçou-me com mais força e adormeci, pela primeira vez na vida senti-me protegida nos seus braços, como se nada me pudesse afectar.

Acordei de manhã e dei voltas na cama, senti falta do seu calor, ele não estava ali.