A Ultima Batalha escrita por Filha de Atena


Capítulo 6
Capitulo 6 - Ouvimos A Musica Da Noite




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                 Mortalhas. Era assim que os vivos se despediam dos mortos na Grecia Antiga. E era assim que iriamos nos despedir de Matthew. A mortalha dele era dourada e cheia de desenhos de arcos, flechas e notas musicais. Vi Julia dar um passo a frente e abrir um pergaminho.

                 Ela começou a declamar um poema que falava sobre o garoto. Assim como as pombas que as filhas de Afrodite libertaram na queima da mortalha de Alex, aquela era a forma do chalé de Apolo se despedir. O por-do-sol durou mais tempo do que o normal, acho que essa a forma de Apolo fazer seu proprio luto.

                 Enquanto o fogo lambia a mortalha de Matthew, mais uma vez fiz uma prece a Atena. Para que ele chegasse aos Campos Elisios. Assim que a mortalha foi totalmente consumida pelo fogo, voltei a Casa Grande para ver como estava Steve.

                 A porta da enfermaria estava fechada, o que realmente não era muito comum. Quiron saiu da sala, não parecendo surpreso ao me encontrar do lado de fora. Mas o olhar dele era de tristeza e de preocupação. Não entendia muito de ferimentos, mas não sabia se aquela lança tinha algum veneno.

                - Sophia,-começou o centauro- não sei se você percebeu isso, mas o feirimento na perna do Steve foi muito sério. Ela ficou muito tempo com aquela lança, que interrompeu a corrente sanguinea. Tivemos que a amputar a perna dele para evitar uma infecção e colocamos uma protese.

                - Posso ve-lo? -perguntei, engolindo em seco. Quiron apenas se afastou da porta, dando passagem para mim, e saindo da Casa Grande. Entrei na enfermaria, supresa por achar ele deitado na cama, lendo. Reconheci a capa.

                - Hey Sophia!- disse ele, o rosto se iluminando ao me ver. Ele indicou o livro em suas mãos.- Espero que você não se importe por eu ter pedido a uma de suas irmãs para pegar para mim. Queria saber o que tinha de tão especial nesse livro que prendeu mais a minha Sabidinha do que os de sempre.

                - É Harry Potter! Por que acha que essa saga me prende?- respondi, me aproximando e o beijando levemente.- Como esta a sua perna?

                - Bem, essa protese é estranha, mas acho que amanha o Quiron me libera daqui.- disse ele.- Ja queimaram a mortalha?

                - Sim.- disse. Steve se sentou e me puxou para me abraçar. Fiquei feliz por estar na proteção de seus braços depois de tantas perdas e batalhas.

                 Um mes se passou. Tudo continuou como sempre. Os campistas treinando, lutando, jogando. Os Stoll pregando peças em todos, o que não me deixava muito contente ja que eles tinha colocado aranhas no meu chalé. Filhos de Ares brigando. Filhos de Hermes roubando, etc.

                 Alguns monstros ainda eram vistos vagando perto da fronteira magica, mas eles eram mortos ou postos para correr antes que tentassem entrar no Acampamento. Eu visitava Leo na sua oficina de vez em quando, tentando ajudar a construir a maquina de guerra, sem muito sucesso.

                 Voava com Thunder, meu pegaso malhado louco, de vez em quando. Ria das brigas entre Mandy e Drake e ficava o mais longe possivel do chalé da Barb- Afrodite. Falava com o meu pai de vez em quando, so para ele saber que ainda estava viva.

                 Uma noite estava sentada na grama, perto do lago, lendo Harry Potter e as Reliquias da Morte, mais uma vez, com uma lanterna. Estava chorando, só para variar, quando uma sombra se projetou sobre as paginas. Fechei o livro rapidamente e olhei para cima.

                - Não deveria estar tão tarde aqui fora e desacompanhada, Srta Riddle.- disse uma figura, escondida pelas sombras.

                - Então por que não se junta a mim Sr. Baudelaire? - perguntei, lutando para segurar o riso. Steve se sentou ao meu lado e eu apoiei a cabeça em seu ombro.

                - Não conseguiu dormir de novo?- perguntou ele.

                - Nem um pouco. Continuo vendo os rostos deles.- desde a batalha, vinha tendo pesadelos com os meus amigos e conhecidos mortos. Aquilo me assustava.

                - Bem, eu tenho algo que talvez possa te ajudar a dormir. - disse ele estendendo uma caixinha com uma fitinha lilás. Dentro dela estava algo lindo. Uma caixinha de musica do Fantasma da Opera, a minha peça favorita da Brodway.

                 A caixinha parecia uma mesa, coberta com um pano vermelho, com um cavalete em cima que tinha uma partitura, presa pela mascara e uma rosa, cujo nome se podia ler claramente: “Music Of Night”. Assim que ativei a musica, a melodia começou a tocar suavemente.

                - Nossa, é lindo! -disse. Adormeci apoiada no ombro de Steve, sabendo que ele estaria ali caso tivesse pesadelos. Era bom estar em paz e leva a vida mais normal que um semi-deus consegue. Estava tudo bem, por enquanto.


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