Sweetest Goodbye escrita por Camila_Peet


Capítulo 1
Capítulo único - Sweetest Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Olá gente :) Primeira fanfic que posto aqui, mas não é a primeira que escrevo, rs. É uma songfic, e é bem curtinha, só pra matar o tédio. Espero que gostem :) E, por favor, não seja leitor fantasma, leia e comente, deixe a autora feliz *-*



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Nossa, eu nem acredito. Hoje cedo eu acordei e me peguei pensando “Meu Deus, já fazem seis meses!”. Porque realmente é difícil de acreditar que o iCarly terminou e já fazem seis meses desde então. Quer dizer, já fazem seis meses desde que o último episódio veio ao ar, porque já faz muito mais tempo que a gente terminou de gravar, há mais de um ano que eu não vou para os estúdios da Nickelodeon gravar alguma coisa. Agora eu já estou com 22 anos.

            Desde então, nós do elenco seguimos caminhos diferentes. Miranda fez um filme que vai estrear mês que vem e continuou sua carreira de cantora. Noah está em uma peça de teatro, junto com o Jerry, e eles já se apresentaram em quase todo o litoral. Eu li alguns scripts, mas não me interessei por nenhum, fui chamado para participar de uma outra nova série da Nick, mas eu já não queria mais, precisava de outros ares. E Jennette... Bom, Jennette está mesmo investindo em sua carreira de cantora. Tem viajado muito, sabe?, com a sua nova turnê. Faz um bom tempo que não a vejo. Sintam a amargura dessa minha última frase.

Where you are seems to be (Onde você está parece ser)

As far as an eternity (Tão longe quanto uma eternidade)

Outstretched arms open hearts (Braços estendidos, corações abertos)

And if it never ends then when do we start? (E se isso nunca acabar então quando vamos começar?)

            O que eu posso fazer? Eu gosto dela. Passei a perceber isso quando ela arranjou um namoradinho há uns dois anos, e eu me mordia de ciúmes toda vez que ele aparecia. E não vou mentir, os vários beijos de Sam e Freddie contribuíram também. Mas ela não durou muito tempo com aquele cara, afinal, ele era um babaca, vivia saindo pra se divertir a noite sem ela e voltava bêbado com cheiro de perfume de mulher barato. Eu jamais faria isso.

            É verdade porque, por mais que a gente brigasse e se tapeasse como Sam e Freddie, eu nunca a tratei mal, e nunca irei tratá-la, é simplesmente inadmissível que algum cara trate uma mulher que goste do jeito que ele a tratava.

            Quer dizer, eu nunca tratei e Madisen mal. E eu realmente gostei dela. Gostei, no passado. A propósito, nós terminamos. Quero dizer, ela terminou comigo, ela achou uns surfistas que a atraíam mais do que a mim. Não que eu guarde ressentimentos, nem fiquei magoado, porque foi mais ou menos na época que eu me dei conta de que estava gostando da Jenn.

            Agora que voltei a falar nela, me lembrei de como foi nossa festa de despedida do elenco. Foi bem emocionante, não lembro de ninguém que não tenha chorado e tudo o mais. Quando a festa estava acabando e estávamos todos quase indo embora, ela veio para o meu lado e me deu um abraço forte. Ficamos naquele abraço por quase um minuto, ou seria quase uma hora? Não sei, eu perdi a noção do tempo naquele momento. O fato é que, depois de um tempo em silêncio, ela sussurra “Tchau Nathan. Até a próxima”, então ela olha fundo nos meus olhos úmidos, se vira e vai embora.

I'll never leave you behind  (Eu nunca te deixarei para trás)

Or treat you unkind (Ou te tratarei com indelicadeza)

I know you understand (Eu sei que você entende)

And with a tear in my eye (E com uma lágrima em meu olho)

Give me the sweetest goodbye (Me deu o mais doce adeus)

That I ever did receive (Que já recebi)

            Quero dizer, ela realmente mexeu comigo aquela noite, e não só por causa daquele adeus. Durante a festa, ela, em dado momento, me dava esperanças, e já no outro, acabava com elas. Me puxava para dançar a cada 4 músicas, mais ou menos. Dançamos Lady GaGa, Katy Perry, Ke$ha, pulando, rindo, se divertindo... Mas também dançamos Colbie Calliat, abraçados. E quando começou a tocar Linger, do The Cramberries? Quer dizer, bem do fundo do baú. Mas foi a melhor dança da noite, pelo menos para mim. Começou aquela batidinha do violão, e ela parecia procurar por alguém na pista de dança. Quando seus olhos encontraram com os meus, ela veio em minha direção com um sorriso no rosto e me puxou para o meio da pista. Muitos casais estavam em nossa volta, então ninguém estava prestando muito atenção para o que o outro estivesse fazendo. Ela colocou uma mão no meu ombro e com a outra segurou a minha, e encolheu nossos braços para que nossas mãos ficassem juntas e encostadas em meu peito. Ela encostou a cabeça no meu peito, também. Nos balançávamos de um lado para o outro no ritmo da música, e eu já não aguentava mais, precisava dizer para ela como me sentia, e tinha decidido que iria dizer logo após que a música acabasse. A música acabou com a última batida do violão e do prato da bateria, e nos olhamos um no olho do outro. Quando abri a boca, pretendendo sugerir que fossemos para outro lugar, começou a tocar “Leave it all to me”. Foi o suficiente para que ela desviasse a atenção de mim, e ir pular com os outros.

            Fiquei com raiva aquela hora. Parecia que ela sabia de meus sentimentos e estava apenas brincando comigo. E no outro dia, descubro que ela já tinha saído para sua turnê. Aquele adeus que ela tinha me dado no final da festa tinha mais significado que eu podia imaginar, então. Mas espere só ela voltar.

Pushing forward and arching back (Empurrando para longe e puxando de volta)

Bring me closer to heart attack (Me deixando à beira de um ataque do coração)

Say goodbye and just fly away (Diz adeus e simplesmente voa para longe)

When you comeback (Quando você voltar)

I have some things to say (Eu tenho algumas coisas para dizer)

            Eu tenho ficado muito sozinho ultimamente. Sabe, o elenco e a equipe de iCarly acabaram virando meus amigos e minha segunda família. Mas como quase todos estavam viajando, eu me via saindo sozinho à noite, me encontrando com alguns outros amigos em boates, indo ao teatro e ao cinema com meus irmãos e meus pais e tudo o mais. Algumas paqueras rolam ás vezes, mas nunca é nada sério.

            A última vez que nós todos nos reunimos foi quando, coincidentemente, todos se encontravam na cidade na mesma noite, há uns dois meses. Foi a própria Jennette que se incumbiu da tarefa de nos reunir para jantar. Ela disse que estava com saudades e queria ver todos nós. Claro, ela não pode ficar sozinha quando está na cidade, já eu... Ela sabe que eu sempre irei quando ela chamar.

How does it feel to know you never have to be alone (Qual é a sensação de saber que você nunca estará sozinha)

When you get home (Quando chegar em casa?)

            Na verdade, eu tenho medo de dizer pra ela o que eu sinto e não ser correspondido, e com isso acabar com nossa amizade. Afinal, sempre que nós dávamos entrevistas e os repórteres perguntavam sobre as cenas com beijos, ela dizia que era uma tortura gravá-los. Fala sério, que cara que não ficaria inseguro com esse tipo de comentário?

            Mas às vezes eu fico pensando como seria se ela correspondesse. Caramba, começou a chover. E eu aqui olhando pra foto dela.

Dream away everyday (Sonho longe todos os dias)

Try so hard to disregard (Tento tanto ignorar)

The rhythm of the rain that drops (O ritmo da chuva que cai)

And coincides with the beating of my heart (E coincide com a batida do meu coração)

            Voltando ao assunto da última janta, foi bem divertido. Eu estava bem nervoso, pra falar a verdade, pois seria a primeira vez que nos veríamos depois daquela festa. Mas tudo foi bem normal. Ao me ver, ela veio correndo me dar um abraço, assim como todos. Fizemos palhaçadas, lembramos de coisas que aconteceram nos estúdios, e cada um foi contando o que fez da vida depois de iCarly. Eu fiquei um pouco calado nessa última parte.

            Mais tarde, veio á tona o assunto “ex-namorados”. Aproveitei feliz a oportunidade de xingar aquele ex babaca da Jennette sem culpa, afinal, todos estávamos falando mal dele. Falamos dos ex da Miranda, do Noah, do Jerry... Notei que a Jenn ficou meio calada quando começamos a falar da Madisen. Ninguém xingou ela, brincaram que eu era sortudo por ter sido um dos únicos ali que não tinha tido uma namorada babaca.

            Enfim, chegou o fim do jantar, e todos tinham que ir embora. Miranda tinha algumas últimas gravações do filme no outro dia, Noah e Jerry iriam começar a viajar com a peça, e Jenn tinha que voltar para sua turnê, que seria em uma cidade vizinha. De novo, mais abraços de despedida. Jenn me deixou por último para abraçar. Quando a puxei com força contra a meu corpo, senti novamente a necessidade de dizer para ela tudo o que sentia. Mas fui covarde aquela noite.

I'll never leave you behind (Eu nunca te deixarei para trás)

Or treat you unkind (Ou te tratarei com indelicadeza)

I know you understand (Eu sei que você entende)

And with a tear in my eye (E com uma lágrima em meu olho)

Give me the sweetest goodbye (Me deu o mais doce adeus)

That I ever did receive (Que já recebi)

            Espera, o que é isso? Acabei de receber uma mensagem. É da Jennette. Apertei o botão correndo, com o coração na mão. “Vou passar pela cidade, só por essa noite. Está afim de sair? Estou com saudades. Jenn”.

            Olhei para o relógio, ele marcava 14:27. Na hora em que vi sua mensagem, me veio um plano em minha cabeça, algo que eu vinha bolando há algum tempo. Eu precisava dar algumas ligações. Respondi com um “Claro, onde e que horas?”, e logo veio sua resposta “Que tal naquele mesmo bar de sempre, umas 20h?”. Pensei um pouco antes de responder “Te vejo lá. Também estou com saudades”.

            Miranda estava em turnê, Noah e Jerry bem longe com sua peça. Essa noite seríamos só eu e ela. Essa era a noite.

How does it feel to know you never have to be alone (Qual é a sensação de saber que você nunca estará sozinha)

When you get home (Quando chegar em casa?)

There must be someplace here that only you and I could go (Deve haver algum lugar por aqui que só nós dois possamos ir)

So I can show you how I feel (Então eu posso te mostrar como eu me sinto)

            19:50, e eu já estava na frente do bar. Estava nervoso, oras. Pelo menos o que eu planejei tinha tudo para dar certo. 20 horas em ponto, e nada de Jennette. 20:15, e eu pensei que tinha levado um bolo, quando escuto:

            - Nathan?!

            Viro para trás, e lá está ela. Linda. Tinha deixado o cabelo crescer mais um pouco, e ele estava ondulado. Usava uma calça jeans skinny escura, um sapato preto de salto, uma blusa branca básica e um colete cinza escuro folgado por cima. Olhei-a de cima a baixo, com a boca um pouco entreaberta. Ela tinha pego mais um bronzeado?

            - Nossa, que saudade! - Ela veio ao meu encontro e me deu um abraço apertado. - Desculpe a demora, o trânsito estava horrível, foi um inferno conseguir um táxi - Ela provavelmente não tinha notado meu olhar de bobo.

            - Sem problemas. - Nós dois estávamos com sorrisos enormes no rosto. - Vamos logo entrar antes que os paparazzi venham nos encher a paciência. - Coloquei minha mão nas suas costas e a conduzi pra dentro.

            Sentamos em uma mesinha perto do bar. Um garçom logo veio nos atender e pedimos nossas bebidas.

            - Eu chamei o resto do povo, mas é claro que nenhum deles poderia vir. - Jenn ia se explicando. - Até o Dan eu chamei, mas ele tem uma reunião com alguns produtores, então não vai poder vir.

            - Hum... - Tentei disfarçar meu sorriso abaixando a cabeça. - Mas eu estou aqui.

            - Sim, você está aqui. - ela sorriu enquanto dizia. - E que bom que está aqui.  - Acrescentou.

            O garçon chegou, trazendo nossas bebidas.

            - Então... O que te faz passar pela cidade hoje? - Peguntei.

            - Na verdade, eu nem poderia ter vindo aqui hoje. Quero dizer, amanhã tenho um show em uma cidade a uns 120km daqui, então eu deveria estar por lá, descansando. Mas eu simplesmente não podia deixar passar a oportunidade de vir. - Ela bebericava seu drinque.

            - Fico feliz que tenha vindo. - Sorria enquanto tomava o meu drinque. - Então, a carreira de cantora está bombando, eim?

            - Sim! Na verdade, amanhã eu...

            E ficamos conversando. Era tão fácil conversar com ela, parecia que tínhamos nos visto no dia anterior. Passada mais de uma hora de bebidas (sem álcool, estava dirigindo) e porções de frango frito e batata frita (jamais seremos velhos demais para isso), decidimos ir para a pista de dança curtir um pouco. Dançamos umas 4 músicas e voltamos para nossa mesa, só para descobrir que ela já tinha sido limpa. Nos olhamos com risos no rosto.

            - Nossa, me senti expulso de repente. - Comentei rindo.

            - Quer saber, não tem problema, eu já tenho que ir mesmo. - Ela via a hora no celular. - Já são quase 22hrs, tenho ainda que ir pra...

            - Não se atreva a ir embora tão cedo! - A olhava meio ofendido e meio surpreso.

            - Mas Nathan, eu já disse, amanhã tenho um show e a passagem de som é cedo...

            - Eu te levo lá depois!

            - Não precisa, o que é isso, fica a mais de uma hora daqui! - Ela ria.

            - Eu não ligo. - Também sorri. - Não tenho nada pra fazer mesmo.

            - Bom, mas isso não muda o fato de que temos que ir agora. - Ela me olhou meio envergonhada, mas ainda meio risonha.

            - Ok então. Vamos. - Fui conduzindo-a para fora do lugar. Era hora de colocar meu plano em prática.

            Entramos no meu carro. Ela comentou que ele ainda conservava o mesmo cheiro. Eu sorri. Conversamos um pouco, até ela ligar o rádio, e nós começarmos a cantar loucamente junto com ele.

            - Ei, espera.... Essa não é a via expressa. - Ela comentou, enxugando as lágrimas de riso dos olhos na pausa de uma música para outra.

            - Eu sei que não. - Dei um sorriso maroto. - Quero ir em um lugar antes.

            - Nathan! - Ela me deu um tapa no ombro, embora sorrisse. - Você disse que ia me levar pra lá!

            - Mas eu vou te levar, calma! Só quero passar em um lugar antes. - Olhei-a com um sorriso maroto, e ela me encarou desconfiada. - Fica calma, vai dar tempo.

            - Ei, eu conheço essa rua... - Ela comentou depois de um tempo em silêncio.

            - Claro que você conhece essa rua. Seria bem estranho se você não conhecesse. - Comentei com ironia.

            - Por que diabos você está nos levando para os estúdios da Nickelodeon?

            - Ah, qual é, vai ser legal passar por lá, faz tanto tempo que a gente não vai.

            - Era isso que você queria fazer? Dar uma passada por lá?

            - Isso. - Respondi com outro sorriso, dessa vez inocente. Bom, pelo menos o sorriso era inocente, porque minha intenções... - Dei uma ligada lá hoje á tarde, eles disseram que tudo bem se a gente quiser fazer uma visita. - Ela me olhou, e parecia que estava travando um luta com ela mesma. - Qual é Jenn, eu prometo que a gente chega a tempo. - Estacionei o carro, já dentro do estacionamento do estúdio. - Vamos? - Desliguei o carro e olhei para ela. Ela suspirou fundo.

            - Tá, tá, que seja. - Ela abriu a porta do carro e saiu antes que eu. - Mas ai de você se eu chegar atrasada... - Também saí do carro.

            - Você não vai chegar atrasada, confia em mim. - Saí na frente dela, começando a ficar nervoso. E se tudo desse errado? - Ei, olhe, é a Victoria. Ei Vic!

            O seriado Victorious estava indo muito bem. Claro que nunca chegou a ser o sucesso que foi o iCarly, mas estava no caminho. Fomos andando com ela pelos corredores dos estúdios, rindo e se lembrando de coisas que aconteceram. Victoria ficou no set da casa dela na série. Ao chegarmos no lugar onde o cenário da casa da Carly estava montado, ficamos um tempo parados olhando para aquele lugar vazio, apenas recordando. É claro que eles desmontaram praticamente tudo quando o seriado acabou. Bom, quase tudo.

            - Vem, eu quero ver um cenário em particular. - Eu disse, arrastando Jenn pelo braço comigo.

            - Ué, eles deixaram algum cenário de pé? - Ela perguntou.

            - Sim, eu sei que um eles deixaram, porque é um lugar fácil de remontar e fazer outra coisa com ele.

            - Ah é? E qual é?

            Chegamos na frente de uma janela. Eu saí por ela. Ela ficou me olhando do lado que seria de dentro da janela.

            - Lembra?

            - Meu Deus, eu não acredito que eles não desmontaram a saída de incêndio... - Ela colou as mãos na borda da janela, olhando para os lados.

            - É, eu sei... Legal, né? - Eu me sentei na escada. Era agora ou nunca. - Jenn, senta aqui... - Ela se sentou no parapeito da janela. - Tem umas coisas que eu preciso de te dizer. - Tive medo que ela pudesse ouvir meu coração, de tão forte que ele batia.

            - E porque você esperou a gente chegar aqui pra me dizer? - Ela me olhava desconfiada.

            - Bom, é que... o negócio é o seguinte... eu só queria dizer que...

            - Fala!

            - Bom... - Eu sorria com a semelhança dessa conversa com uma outra que tivemos há uns anos nesse mesmo lugar. - Você se lembra que foi aqui o lugar do primeiro beijo entre a Sam e o Freddie, né?

            - E como eu poderia esquecer? - Ela riu.

            - Então... É que eu pensei que seria meio poético se... se...

            - Se o que?

            Deixei meus atos falarem por mim. Fui chegando cada vez mais perto dela, avaliando sua reação. Ela não se mexeu nem um pouco, mas a cada centímetro que fui chegando perto ela foi arregalando mais os olhos. Ignorei isso, e selei meus lábios no dela, em um beijo suave.

            Não contei o tempo que ficamos assim, só sei que quando abri os olhos e comecei a me afastar dela, ela ainda estava com os olhos fechados. Ficamos por um tempo em silêncio, enquanto eu avaliava sua reação. Quando ela abriu os olhos, ela abriu mesmo os olhos, quero dizer, ela ficou me encarando com eles um pouco arregalados.

            - O que foi isso? - Ela pediu, finalmente. Suspirei fundo antes de responder.

            - Eu gosto de você, Jenn. E já faz um tempo. Um bom tempo. E eu tinha que te falar isso, simplesmente tinha. Então, por favor, se você não sente o mesmo, apenas... - Parei de falar. Mas não porque não tinha mais o que falar, mas sim porque ela me calou, com um beijo. Mal pude acreditar. Retribui com entusiasmo.

            Nos separamos, ambos meio ofegantes.       

            - Ok... Agora, o que foi isso? - Repeti a sua pergunta, quebrando o silêncio.

            - Bom... você acabou de me beijar pra me mostrar como se sente. Eu apenas fiz o mesmo.

            - Então você... você... Mas como? - Era difícil explicar o que estava sentindo.

            - Eu também gosto de você, e já faz um tempo também. - Ela tinha um sorriso lindo no rosto.

            - Então quer dizer que foi burrice nossa não ter dito isso antes um para o outro?

            - É, acho que sim.

            - Então... agora o que?

            - A longo prazo eu não sei, mas a curto prazo, você tem que me levar pra cidade vizinha. - Nós dois rimos.

            - Mas eu não entendo. - Eu disse, enquanto íamos em direção ao meu carro. - Você sempre fez parecer que foi um inferno gravar as cenas românticas entre a Sam e o Freddie.

            - E você queria que eu dissesse o que? Você tinha namorada.

            - E me parece que eu tenho uma de novo. - Eu segurei sua mão.

How does it feel to know you never have to be alone (Qual é a sensação de saber que você nunca estará sozinha)

When you get home (Quando chegar em casa?)

There must be someplace here that only you and I could go (Deve haver algum lugar por aqui que só nós dois possamos ir)

So I can show you how I feel (Então eu posso te mostrar como eu me sinto)


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Notas finais do capítulo

Terminou de ler? ÓTIMO! Agora aqueça o coração dessa autora com um comentário abaixo *-*