O que será que está acontecendo aqui?!? – Allynne Pensava. – O que está acontecendo comigo? Eu não sou assim. Eu... Pare de chorar, sua grande Saumensch. Pare de pensar nisso. Mas... Caralho, sua desgraçada, para de chorar!– Ela ordenava a si mesma, mesmo sabendo que não adiantaria muito.

Ela não acreditava que Adam pudesse ter feito aquilo, que ele pudesse terassassinado uma bruxa comum, que não havia feito nada a ele, a não ser renegá-lo na adolescência.

Não era pra ele ser assim, ele não... Ele sempre foi mimado, durante todo o tempo que ele ficou conosco lá. Quer dizer, eu não mimava ele, eu era malvada, e com razão. Ele sempre foi malvado comigo. Sem contar que ele era da Corvinal, e os alunos da Corvinal não costumam... Não creio que algum aluno da corvinal já tenha sido mal. Eu só sei que nada aconteceu a minha mãe, ele não faria isso tão cedo. Não, acho que ele nem faria algo contra ela. Quem ele quer sou eu, e ele só usa nossa mãe como isca, mas não creio que ele esteja mesmo preocupado... E se ele mergulhou mesmo no Rio Estige... Eu preciso pensar no ponto fraco dele. Eu preciso descobrir onde o meu ‘irmão’ possa ter escolhido como ponto fraco, por que se não ele será indestrutível!

        Ela não parava de pensar coisas assim naquele momento. Ela estava sozinha, já que todos estavam se preparando pro baile. Gina daria um jeito pra conseguir seu vestido, e sei lá quem, ela já havia se esquecido, achava que era Alinne, iria cuidar do seu cabelo curto e encaracolado, mas da mesma forma, bonito. Era um fato que Fred adorava o cabelo dela enrolado, e não queria que ela o alisasse novamente, então, ela decidiu deixá-los daquela forma e só alisa-los quando realmente fosse necessário, e um baile em Hogwarts não era o ideal para ‘necessário’. E foda-se, ela estava com uma puta preguiça de alisar os cabelos, iria deixá-los como estava e pronto, acabou.

        O que mais a agoniava era a idéia de Adam ter realmente no rio Estige. Isso era ruim, muito ruim, extremamente ruim e... Já chega de falar que as coisas estão ruins, por que tinham coisas legais acontecendo. Gina estava noiva, Harry vivia pensando na mesma possibilidade.   Como o amor estraga as pessoas, está estragando até a mim. – Pensava Allynne, pensando em Harry pedindo Julieta em casamento.

        Casamento. Uma das coisas o qual Allynne não queria tão cedo, não por enquanto, não. Ela não imaginava seu casamento sem sua mãe, e Fred sabia muito bem disso, e sabia também que fazer com que Allynne Williams aceite um pedido não é nada fácil, por que ela era Allynne Williams, garota de atitude. Isso tinha praticamente virado moda no palavreado de Allynne. Tudo que ela dizia sobre si mesma, quando a desafiavam, era “É claro que vou ganhar, pois sou Allynne Williams, garota de atitude”. Outra coisa que ela dizia muito, era “Você ganhar? De jeito algum. Eu sou Allynne Williams, a melhor apanhadora de todos os tempos.”.

        Ah, não pense que o quadribol parou, pois continuava lá. E grifinória ganhando dessa vez, já que os irmãos Rookwood haviam saído de Hogwarts, e haviam entrado apenas dois idiotas e filhos da puta no lugar deles, não que eles fizessem muita diferença, mas é que agora tinham Delcroxs e Anna no time da grifinória. Só tinham dois garotos no time da grifinória, é. E eles eram Fred e Harry, que irônico.

        Ainda era difícil ganhar de Allynne. Ela pegou o pomo em todos os jogos, mas perdeu no dia em que foi jogar contra a grifinória, o que a fez morrer de raiva de si mesma. Por que o que a fez perder foi uma merda de um descontrole filho da puta naquela vassoura desgraçada. Ela quase caiu, e Fred pegou o pomo filho da puta. Allynne não era fácil de cair, mas seu trauma de balaços não a ajudava muito. Ela fazia o máximo pra não ser atingida por um desde o quinto ano, e era difícil correr atrás do pomo quando Annie insiste em te lançar balaços a cada dez segundos. Ela adorava usar Ally como alvo, era incrível. Mas... Ela ainda se vingaria, a se vingaria! Isso era uma promessa.

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Duas semanas depois dos N.I.E.M.’s.

        Allynne pensa: O que fazer com meu cabelo já estava decidido. Meu vestido era lindo. O que falta é o filho da puta que eu namoro me convidar. Ele adora ficar brincando com minha cara, dizendo que sou Allynne Williams, garota de atitude. Se ele continuar com isso irei dizer que ele é Frederich, o garoto que não tem atitude. Mas deixa, deixa. Comigo não tem perdão, tem vingança, e a de Fred seria dupla. A primeira por ganhar de mim no quadribol, a segunda por não me convidar. Ou melhor, se ele não me convidasse. Mas aquilo já havia parado de me martelar. Por que novamente eu estava pensando no ponto fraco de Adam, e nem me dava conta do que estava acontecendo.
~~ 

        Ela estava de olhos fechados, totalmente absorta em pensamentos na sala precisa, que nem percebeu Fred entrando por trás e colocando as suas mãos sobre os olhos dela. Ela abriu os olhos quase automaticamente, não conseguindo ver nada. Revirou-os e tentou se virar, mas Frederich não deixava.

- A senhorita Allynne Williams gostaria de ir ao baile comigo? – Ele disse rindo, e Allynne riu, com um sorriso irônico, e se virou.

- A senhorita Allynne Williams diz que não. – Fred olhou-a sem entender – Seu bobo. Acredita em tudo. Demorou demais – E ela deu uns tapas de leve nele. – Besta. Obvio que eu aceito. – E ela pensou por dois segundos. – Caralho, o amor estraga mesmo as pessoas. Não chamo alguém de ‘Besta’ desde que tenho cinco anos. – Ela falou, e Fred riu. – Para de rir, filho da puta.

- Finalmente lhe reconheço, senhorita Allynne. – Ele riu mais. – E nem pense em se vingar de mim por ter pegado aquele pomo. Vejo o seu sorriso irônico e sarcástico, ok? – Allynne riu, e seu sorriso se tornou maléfico. – Maldade, Allynne, desse jeito eu fico com medo.

- Cala a boca, desgraçado. Usa ela pra outra coisa. – Allynne riu sarcasticamente.

- Tipo o que? – Ally riu mais ainda, e pegou uma uva do nada.

- Pra comer uva, por exemplo. – Ela falou, soltando os cabelos. – Outra mecha, Sr. Frederich. – E ela riu da surpresa de Fred ao ver a mecha verde muito bem escondida.

- Você não tem jeito mesmo. – Ele falou, e ela riu mais.

- Ok, melhor sairmos daqui antes que o grupinho da malicia comece a pensar besteira, do jeito que elas são. – Ally riu muito, acompanhada de Fred.

- Melhor irmos mesmo, por que tem aula... Ou melhor, tinha. – E eles saíram da sala precisa rindo de nada.