The Strenght Of Love escrita por Cherry


Capítulo 25
Sem Saída


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta leitores :) Demorei um pouquinho de novo, né? Mas eu ando um pouco ocupada ultimamente... Mas bem, resolvi postar logo esse capítulo pois eu sei que vocês ficaram ansiosos, eu realmente espero que vocês estejam gostando porque as vezes eu acho que tudo está uma merda -.- Enfim, ouçam a música Letters From The Sky do Civil Twilight, nos vemos nas notas finais!



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Sim, o meu mal pressentimento havia se confirmado. Ás vezes eu também me sentia como uma vidente, eu sempre tive uma intuição feminina muito forte. Mas o problema agora é que eu não devia ter seguido essa minha má intuição, pelo o que eu saiba, ninguém inventou ainda uma máquina que faz voltar ao tempo, ao contrário, eu não estaria aqui, amarrada com cordas em uma cadeira e vendo tudo escuro pois há um saco preto na minha cabeça.

O meu medo só havia aumentado e com isso veio alguns tremores. Eu poderia pensar que tudo isso não passa de uma brincadeira de mal gosto ou que talvez tudo vai ficar bem, só que infelizmente eu não sou uma pessoa com pensamentos positivos em situações como essa. Hora eu pensava que eu estava sendo realmente sequestrada por desconhecidos, ou eu iria... morrer.

O que realmente estava me atordoando era o fato de saber que eu estava carregando outra vida dentro de mim, uma vida na qual eu amava acima de tudo e meus instintos seriam completamente voltados na sua proteção. Eu prometi ali, naquele momento torturante e iria cumprir ao longo dele, que eu faria o máximo para me safar dessa. Eu não poderia deixar Bill, não outra vez.

Eu continuei ali, sentada no escuro do meu próprio medo por horas até ouvir passos perto de mim. Uma mão veio em meu cabelo, depois essa maldita mão desceu até os meus ombros, mas eu tentei me sacudir. Missão sem sucesso.

Os seres daquele lugar sussuravam baixinho, mas eu não pudi ouvir suas conversas. Eu estava ficando cada vez mais agoniada, não estava mais aguentando ficar com meus pensamentos negativos, até eu começar a chorar, não dá pra se segurar firme por muito tempo. E o que eu mais queria era estar com o Bill, ou que nada disso estivesse acontecendo comigo, porque eu não desejo isso a ninguém.

Eu imaginava o quanto todos estavam preocupados comigo, me procurando ou me ligando, mas minha bolsa não estava mais ao meu lado. Eu gostaria de poder fugir daqule lugar, mas eu estava presa sem saber o motivo, e isso me deixava em pânico. Eu também estava com sede e com fome, precisava comer alguma coisa antes de passar mal.

Eu tentava me contentar que eu estava ali para salvar a vida das pessoas que eu amava, mas ás vezes isso não fazia sentido pois eu não sabia a verdade nem o porque de me quererem. Juntando as mensagens com o que aconteceu com Ryan, tudo estava parecendo realmente sério e não mais uma brincadeira como eu pensava.

Meu desespero e medo aumentaram cada vez mais o meu choro, eu não podia conter os suspiros junto a ele. Ouvi novamente os passos vindo em minha direção, mas eu não me calei, eu chorei mais e mais sem coragem alguma de falar.

– Porque você está chorando, querida Clara? - perguntou alguém com voz masculina.

– Seu imbecil, você ainda pergunta pra essa idiota? - perguntou agora a mesma mulher que me prendeu aqui.

– Cala a boca, você já fez o seu trabalho e já tem a sua parte. Agora vai embora. - disse ele um tanto que com raiva.

– Antes de ver o circo pegando fogo? Não, isso é não uma boa proposta pra mim. - disse ela dando uma risada maléfica.

– Saia daqui! - ele gritou.

– Tudo bem, tudo bem... Já estou indo para a platéia.

Ouvi os saltos da tal mulher indo para longe de nós e sua risada escandalosa e sarcástica que me parecia estranhamente conhecida.

Continuei calada tentando controlar meu nervosismo depois de um primeiro contato com as pessoas desconhecidas dali. A única coisa que eu ouvia era a respiração daquele homem junto com a minha, mas a minha estava acelerada, assim como meus batimentos cardíacos.

– Que enrascada eu te meti, não é mesmo? - perguntou ele após um longo tempo de tensão entre nós. - A voz dele era grossa mas ao mesmo tempo suave, sem raiva ou rancor. Eu pensei que seria como nos filmes junto com as chantagens e tudo mais.

– Porque... Porque você fala como se estivesse tudo certo ou não estivesse fazendo nada de errado? - tomei coragem e perguntei baixinho.

– Por isso mesmo, eu não estou, minha Clara. Você vai perceber que eu só estou pegando de volta o que é meu.

Eu não sabia que eu tinha dono, sinceramente. Esse cara estava mais para um bastardo do que para um bandido ou um sequestrador, que seja. E o jeito que ele me chamava era até mesmo irônico, totalmente estranho. O seu tom de voz era sempre firme e um pouco rígido como se eu tivesse que cumprir cada coisa que ele falasse.

– O que é seu? Eu não sou de ninguém. - disse aumentando o tom de voz.

– Não há nada que você possa fazer quanto a isso, eu não consegui te esquecer como você me esqueceu.

– Como assim eu te esqueci? Se ao menos eu soubesse quem você é... - disse e soltei um suspiro.

– Você vai saber. - ele respondeu.

– Porque você está fazendo isso? Eu não estou entendendo nada. Tire esse saco da minha cabeça! - disse já ficando desesperada.

– Como eu vou confiar em você? - ele perguntou firmemente.

– Eu acho que você está invertendo os papéis. Não era pra eu desconfiar de você, que é um desconhecido?

– Um desconhecido? Acho que não. - disse ele e soltou uma risada.

– Me mostre quem é você agora! - eu gritei e mexi meu corpo amarrado por um monte de cordas.

Ele não respondeu nada, apenas ouvi seus passos irem para longe de mim me deixando novamente no meu próprio sofrimento. Ele não havia me dado quase nenhuma explicação. Como ele pode ter afirmado que ele não é um desconhecido sem ao menos me dizer quem é? Eram tantas perguntas, tantas coisas e porques que eu queria saber.

Meu corpo estava começando a ficar dolorido pela força das cordas apertando minhas costelas, ficava até difícil de respirar. O cansaço estava me deixando fraca e a minha esperança morrendo a cada segundo.

Ele não pode fazer isso, a vida dentro de mim está sendo sufocada, esmagada juntamente comigo. As lágrimas escorreram pelo meu rosto novamente, gemidos saiam descontroladamente pela minha garganta e eu estava me sentindo vazia, como se eu tivesse perdido tudo.

O cansaço automaticamente me forçou a abaixar a cabeça, eu não conseguia mais aguentar meu próprio peso. Eu pensava no Bill e no quanto eu o amava. Pensava no nosso bebê, nos meus pais, tentando arranjar forças suficientes para suportar. As lembranças invadiram minha mente, foi a única saída que eu achei para espantar os maus pensamentos.

Muito tempo depois, não sabia o quanto nem se já estava de noite, mas devem ter se passado horas, ele voltou para perto de mim e levantou minha cabeça que estava caída junto com o meu tronco. Eu estava dormindo e me assustei ao acordar.

– Eu não posso te desamarrar, não agora.

– Então o que você quer de mim? - perguntei com raiva.

– Você é tudo o que eu quero.

– Não... Porque você está fazendo isso comigo? Porque está prejudicando minha família? - perguntei começando a chorar de novo.

– Eu não tive escolha, você pensava que tudo não passava de uma brincadeira! Você não sabe o quanto eu tive raiva de você... - disse ele e eu ouvia ele andando de um lado para o outro.

– Eu achava brincadeira até você atirar no Ryan, porque você fez isso?! - eu gritei.

– Para você acreditar. - ele disse friamente.

– Você é... um monstro. - disse boquiaberta.

– Cala a boca sua vadia!

Em uma fração de segundos senti seu tapa em meu rosto, tão forte que eu cheguei a gritar. Comecei a chorar desesperadamente e a gritar por socorro, então ele tapou a minha boca com a sua mão.

– É melhor você ficar quietinha, se alguém ouvir e chamar a polícia, eu acabo com a raça imunda do seu namoradinho! - ele sussurrou em meus ouvidos com uma voz raivosa.

Sem pensar duas vezes me calei. Eu não conseguiria suportar a ideia de alguém fazendo qualquer mal contra Bill, pois por ele eu arriscaria tudo.

– Chega de enrolação. Você quer a verdade? - ele perguntou se postando na minha frente.

– Não, eu não quero ver o monstro que você é.

– Eu faço tudo isso por você e é assim que você me trata sua cachorra? - disse ele praticamente gritando.

– Eu não sei quem é você, você está perdendo seu tempo comigo!

– Pois então veja quem eu sou!

Ele retirou o saco da minha cabeça, mas ele estava virado de costas para mim. Ele era alto e estava usando uma calça jeans com uma camiseta e um... casaco preto com touca. O mesmo casaco preto que o homem do aeroporto usava quando me ajudou com as malas e o que eu esbarrei diversas vezes. Era ele...

– Então... Foi você que estava me perseguindo? - perguntei em choque com a situação.

– Sim, você não acha que é muita conhecidência? É por isso que eu sabia onde você estava o tempo todo, e os lugares onde você andava com aquele traste! - disse ele ainda virado de costas para mim e cuspiu quando pronunciou a palavra "traste".

– Como eu sou tola, eu nem ao menos percebi...

– Claro, você estava sempre ocupada demais com a sua vidinha de superstar com ele. Mas agora acabou.

Ele se virou devagar para mim, meu coração parecia estar explodindo. Quando o vi foi como se uma bala tivesse me acertado, você perde o ar e não quer acreditar que isso aconteceu.





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Notas finais do capítulo

Suspense! haha Eu sou má, não é? Eu não revelei quem são os personagens nesse cap, vai ser apenas no próximo, vão ter que esperar mais um pouco! Mas deixem reviews avisando se gostaram desse, eu preciso muito saber o que estão achando! Até o próximo, küsses ♥