Entramos no hotel e o cheiro de coisa podre só aumentava. Eu reconhecia local, e minha alma que vagava me acompanhava em meus pensamentos, eu podia me ver com 8 anos vagando aquele hotel naquela noite, isso faz minha cabeça doer um pouco.

Cindy ficou assustada quando de repente o meu “pequeno eu” passou correndo entre os corredores. Eu me seguia, queria ir até o quarto onde eu e meus pais estavam.

Atravessando um corredor, eu vi uma porta estranha no hotel, ela estava com um buraco no meio como se alguém o tivesse feito apenas para ver o que tinha dentro, o buraco era alto o suficiente para um adulto ver.

Cindy então achou estranho e foi verificar, antes que ela pudesse checar dentro da porta, uma voz surgiu, era a mesma canção de ninar que a velha cantava quando eu estava ali, a canção vinha de dentro do quarto e Cindy ficou com medo de olhar, então eu fui ver.

Lá está a velha no fundo do quarto, ela parou de cantar e olhou para mim assustada, depois deu um leve sorriso e disse:

-Ryan! Você voltou! Agora vai me ajudar a encontra minha filha?

-Desculpe senhora, mas como sabe meu nome?- eu perguntei a velha.

- Ora Ryan, minha filha falou muito de você para mim! E você foi muito útil a ela, depois deste tempo todo, parece que você ainda continua curioso, não é mesmo?- disse a velho com uma gargalhada assustadora.- Encontre minha filhinha Ryan, ajude essa pobre senhora...0 ela se calou e sumiu diante dos meus olhos.

Eu e afastei da porta e tentei abri-la, até Cindy chegar perto de mim assustada dizendo que nós devíamos continuar...

Subimos as escadas, checamos cada quarto do hotel para encontrar qualquer pista que seja, mas não há nada além de fumaça e esse cheiro de coisa podre. O meu “pequeno eu” aparecia de vez em quando no final de uns corredores, foi logo que percebi: se o meu “pequeno eu” estava ali, logo “AquelaGarotaMá” também estava, esse pensamento veio em minha mente como um jato, eu desesperei, percebi que nenhum de meus amigos estava ao meu redor...

-Temos que sair daqui!- eu disse assustado para Cindy.

Nós corremo, eu tenho medo de que ‘AquelaGarotaMá” a raptasse como fez com as Emily, Mary e Kelly.

Até que chegamos bem em frente ao quarto onde eu e meus pais havíamos hospedado. Eu abri a porta e o quarto estava normal, isso era estranho, pois não havia fumaça, nem aquele cheiro, o quarto estava em ordem, nós entramos e a porta se fechou, e então meu “pequeno eu” surge e diz:

-Ryan, você está fazendo péssimas escolhas, não devia estar aqui de novo, mas não se preocupe, ela só pode chegar perto de você depois que eu for embora daqui.

-O que aconteceu com você durante todo esse tempo? Durante 13 anos?- e “me” perguntei aflito.

-Ela me manteve aqui nas leis do inferno e do céu, Ryan, eu estava seguro, diferentemente das outras almas que vagavam este lugar, que agora que o Diabo se apoderou da cidade, essas almas não vagam mais... Sou apenas eu, Martha, e Loureine aqui dentro, e é claro, alguns demônios também. A sua única escolha que realmente te ajudou, foi em matar Mary, nós a amávamos mas foi necessário para tirar o total controle do Diabo sobre você.- Ela disse calmamente.

-Eu preciso saber o que aconteceu com essas pessoas, e o que elas fizeram com essa tal de Loureine. Martha é a mãe de Loureine, certo?- Eu disse.

Ele sumiu logo após minha pergunta, e Cindy não parecia acreditar no que acabara de ver, ela em fim acredita em mim a fundo, mas está com muito medo.

De repente, a canção de ninar surge novamente,mas agora quem cantava tinha a voz de uma criança, e isso me dava arrepios. Procuramos por pistas em quanto temos tempo e em fim achamos: Um mapa da cidade, nele havia marcado de sangue alguns lugares, peguei rapidamente e coloquei dentro de minha mochila e nós saímos correndo do quarto, passamos em todos os lugares onde havia passado quando criança lá dentro, pelo corredor principal, o restaurante, a secretaria e em fim, saímos do hotel...

Lá fora, peguei o mapa e decidimos seguir o primeiro item marcado de sangue: a escola.

Nos acalmamos e seguimos em frente...