Uma Nova Cullen escrita por Victoria Trindade, Fernanda Ventura


Capítulo 8
Dose dupla


Notas iniciais do capítulo

Hello my vamps :3
Como vocês estão? Espero que não queiram me matar. Eu não sei como ficou o capítulo, na verdade tive um pouco de dificuldade para escreve-lo, a não ser a primeira parte que foi escrita pela Feh. Estava sem inspiração. Torçam para que ela não vá embora.
Bom, espero que gostem.
Nos vemos lá embaixo.



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Suzana PDV

Naquele castelo enorme, com muita gente, a solidão era minha amiga desde sempre. Era quando eu estava sozinha que eu podia sonhar, imaginar cenas lindas, coloridas e felizes, muito diferente daquele lugar, onde o preto e o cinza dominavam. Eu gostava de imaginar como eu e meu pai estaríamos agora. Talvez em uma pequena casa de campo, em algum lugar isolado do mundo, ou quem sabe dentro de um barco, conhecendo cada cantinho desse planeta. Era o que eu estava fazendo com mais intensidade do que nunca nessa última semana.

Se eles tinham algum tipo de "top 10 " das piores experiencias, essa estaria em primeiro lugar. Ver quanto tempo eu aguentaria sem comer ganhava muito fácil da vez em que Aro quis descobrir quanto minha espécie conseguia ficar sem dormir até entrar em coma. O barulho da porta sendo destrancada me fez sair dos devaneios, e me preparar para mais uma rodada de exames. Ao invés de Alec, que sempre ia me buscar ou me examinar, foi Felix quem abriu a porta:

–Aro me pediu pra dar uma olhada em você - ele disse.

–Ah! Muito obrigada, é realmente muito gentil da sua parte me explicar qual vai ser a tortura da vez - eu sempre os respondia ironicamente, era o único jeito de me manifestar sem medo.

– Tira a roupa - Felix ordenou irritado.

– Pra que? - eu disse abrindo dois passos de distancia entre nós.

– Não é da sua conta - ele disse me agarrando.

Eu ia gritar, mas ele tampou minha boca com as mãos e logo depois com um pano. Depois pegou outro pano de mesmo tipo e me vendou.

É incrível como cada um de seus sentidos se torna muito mais poderoso na falta de algum deles. Eu podia ouvir atentamente o barulho que Felix produziu desamarrando sua capa, e o baque baixinho dela atingindo o chão. Eu não tive tempo de tentar entender mais nada, pois ele puxou minha blusa, arrancando-a e deu um pequeno gemido ao ver que não havia nada embaixo dela.

Eu tentei correr, mesmo sem saber pra onde estava indo, o que, em vez de me ajudar, tornou as coisas mais fáceis pra ele, já que agora eu estava caída no chão. Ele me virou, como que para me ajeitar, me fazendo ficar deitada de barriga pra cima. Suas mãos fortes puxaram minha calça com tanta força que ela se rasgou, o que foi repetido com a minha calcinha. Já tinha sete dias que eu não comia, e eu juntei cada restinho de energia que tinha pra conseguir chutá-lo. Ele não foi muito longe, nem bateu na parede. Eu sabia mesmo sem poder enxergar. A raiva deve ter dominado, pois ele levantou e veio até mim batendo os pés com muita força no chão. Eu não estava esperando seu próximo golpe, e não pude me defender quando ele me levantou e em seguida me soltou, fazendo meu corpo bater com muita força contra o chão. A dor era tanta que eu tive que me esforçar muito para respirar entre dois soluços. Ouvi as roupas de Felix caindo no chão e pensei "Acabe logo com isso, por favor".

.

.

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Edward PDV

Eu, Nessie e Bella estávamos chegamos na casa grande. Fomos passear em Seattle e acabamos comprando um par de brincos de rubi para dar de presente a Esme, sem motivo especial. Nessie os viu na vitrine e pediu para compra-los para a avó.

Ao entrar na sala vimos todos reunidos com exceção de Esme e Rosalie (elas planejavam alguma coisa que a gente ainda não sabia) jogando banco imobiliário, o que eu estranhei já que qualquer tentativa de jogar alguma coisa com Alice era fracassada.

_ Porque a tia Alice está jogando? - Nessie se adiantou na minha pergunta.

_ Porque o Jake tá aqui, então ela não consegue ver nada. Sacou? – respondeu Emmett.

Comecei a ouvir vários gritos, aquilo estava incomodando.

_ E onde estão Rose e Esme? - perguntou minha esposa ao se sentar com Nessie em seu colo.

_ Elas saíram e não falaram onde foram – senti um tom um pouco enciumado.

Os gritos só pioravam e aparentemente eu era o único que os ouvia. Não tinha dúvida era apenas o pensamentos de Suzana;

_ Onde está Suzana?

_ Está dormindo lá em cima.

Corri para o quarto. De certa forma eu me importava com Suzanna, todos nós. Ela estava, literalmente, se tornando uma Cullen. Abri a porta e ela estava se contorcendo e estava um pouco suada (o máximo que dava para uma híbrida). Não havia outro jeito de acorda-la delicadamente. A sacudi de uma maneira um pouco bruta, o mínimo possível.

_ Acorde. Suzana!

Ela abriu os olhos assustada, me olhou e me abraçou. Suas lágrimas molharam minha blusa.

_ Por favor, não deixe ele me pegar. Por favor, por favor.

_ Quem?

_ Felix. Eu estava lembrando daquele dia, o que ele fez comigo.

_ Se acalme. Nada vai acontecer.

Ela levantou o rosto, limpo os olhos que estava com olheiras profundas e o rosto muito pálido. Cada dia que passava ela emagrecia, não estava tão magra a ponto de parecer muito doente, mas dava pra pensar que ela não estava comendo direito. Estava perto dela e senti o bebê chutar, bem forte por sinal.

_ Calma aí, pequeno.

_ Alice acha que é uma menina – ela disse acariciando a barriga.

_ E o que você acha?

_ Na verdade eu não sei. O importante é que ele ou ela fique bem.

_ Você está certa, porém, eu espero que ela esteja errada.

_ Por quê?

_ Pra ser sincero eu acho que seria legal ganharmos um menino na família. Nossas últimas “aquisições” foram Bella e Renesmee, o que deixou a família com um número menos de meninos.

_ Entendi – rimos um pouco – eu andei pensando que ser for um menino, eu gostaria que tivesse o nome do meu pai.

_ E qual era o nome dele?

_ Carlos – o bebê chutou novamente.

“Como é possível?”

_ Como o que é possível?

_ Ele chutou do lado oposto, eu quero dizer, quando ele te chutou foi no lado esquerdo e agora foi no direito. Será que ...

_ Pode ser isso que você está pensando.

O rosto dela ficou super animado. Ela começou a rir de uma forma muito alegre, parecia uma criança em dia de Natal ganhando vários presentes.

_ O que você disse? – eu perguntei.

_ Nada. Por quê?

_ Foi, foi ele – eu apontei pra barriga dela.

_ Consegue ouvir os pensamentos do bebê?

_ Eu conseguia quando Bella estava grávida. Acho que está acontecendo o mesmo com você.

_ Ai meu deus! O que ele está pensando.

_ É um pouco difícil de entender, bom, ele diz que sente muito por estar te fazendo mal, mas te ama muito.

_ Eu também te amo – ela disse acariciando o ventre volumoso – e não se preocupe, eu vou ficar.

Tive um pequeno déjà vu, lembrando da primeira vez que li os pensamentos de Renesmee, ainda na barriga.

Suzana estava num momento bem pessoal, achei melhor deixá-la sozinha. Fui saindo de fininho do quarto e ela nem percebeu. Me deparei com Rose ao fechar a porta.

_ O que aconteceu? Você tá com uma cara de besta.

_ Você e todo sua sensibilidade. Só pra sua informação, Suzana acabou de ter uma momento muito, digamos, maternal?

_ O que você quer dizer com isso?

_ O bebê se “comunicou” com ela através de mim.

Rose colocou as mãos no rosto de uma forma emocionada, tenho certeza que se eles pudessem, os olhos dela estariam brilhando.

_ Você leu os pensamentos dela?

_ Sim.

_ E o que ela disse?

_ Que sente muito por estar causando mal a ela, mas que a ama.

Rose amava essa criança mais do que qualquer um, era muito notável.

_ Acho melhor você não interrompe-la, ela está pensando no pai dela agora.

_ Claro, vamos descer.

Descemos a escada, precisava falar com Carlisle sobre a gravidez de gêmeos. Passado uns quinze minutos, Suzana desceu do quarto e comeu um prato de ovos com bacon e ficou tomando sangue até a hora de Carlisle chegar, deve ter tomado uns dois litros.

_ Boa noite, família! – Carlisle anunciou sua entrada.

_ Boa noite, querido! – Esme se aproximou e deu um selinho nele.

_ Carlisle, será que podemos conversar um minuto?

_ Claro, Edward. Vamos para meu escritório.

Subimos as escadas e chegamos no escritório. Expliquei que a Suzana estava grávida de gêmeos, provavelmente.

_ Acha que isso pode dificultar o parto dela?

_ Não sei, mas teremos que faze-lo em no máximo duas semanas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Merecemos reviews? Por favor nos falem o que vocês esperam dos próximos capítulos e também mandem suas críticas.
Eu queria pedir pra vocês, se não for muito abuso, que indicassem a fic para ganharmos mais leitores. Isso nos motiva a escrever mais.
Beijos em todos e até o próximo :*