Sem Palavras Para Descrever escrita por Grivous


Capítulo 1
Apresentação




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Era uma vez...

Num reino encantado de Equestria...



xistia uma grande cidade no coração desse maravilhoso reino de cor e magia. Um lugar cheio de artesãos; feiticeiros mágicos e encantados; artistas de todos os cantos; e figuras muito famosas a cada metro quadrado nas ruas. Era um ponto muito percorrido pelos andarilhos deste reino por causa do comércio, pelo conhecimento e pelos sonhos glamorosos. A Lua, grandiosa e atraente como sua Mestre-Princesa, subia alto e solene num brilho lívido de prata; os telhados polidos dos edifícios reluziam em várias tonalidades pálidas: em vermelho pelas telhas ruborizadas das pequenas casinhas; em ouro-púrpuro pelo teto das altas torres do Castelo; e em luz lúcida pelas lisas e frondosas paredes e muros que aconchegavam a cidade e os habitantes em seus lares.

Essa desejada cidadela era Canterlot. Uma apenas das inúmeras e valiosas cidades em Equestria. Dentre cidades, havia vilas e vilarejos, sejam eles pequenos ou grandes, mas muito amados por cada cidadão destes.

Os cidadãos, pequenos mas muito audaciosos, ocupavam os lares e lojas das ruas dessa larga cidadela. Essas criaturas podem ser bastante incomuns ou de se estranhar que possam existir num lugar como esse, tão parecido com muitos reinos literários conhecidos ou de muitas estórias já contadas fora de outras obras escritas. Não é de se deixar enganar pelas enfadonhas apariências desses habitantes; histórias de aventuras podem ser vivenciadas, amizades podem ser conquistadas e amores podem ser sonhados e desejados. Eles vivem e possuem a vida como qualquer um.

O mais interessante desses seres é que seus mais fortes sentimentos podem, além de ser sua principal força, também ser sua maior fraqueza. Suas decisões pela escolha de suas emoções, e suas repentinas reações quando realçadas em seus atos, afetam tudo e todos ao seu redor, dando espaço para possibilidades e destinos não antes esperados por eles e elas. Sentimentos negativos são os espíritos malignos neste mundo; quando usados em grande intensidade, podem corrompê-lo e trazer a ruína para os outros, inocentes de seus atos egoístas, e também para si mesmo, com suas escolhas orgulhosas e egoístas.

Pontos escuros e coloridos andavam pelas ruas noturnas da cidade. Desses pontos podia-se ver faxos opacos de luz, iluminando seus caminhos obscurecidos pela noite. Estranhamente, esses pontos de luz que carregavam com eles são mais de uma cor; haviam vários tons vermelhos, tons verdes-musgo, tons amarelo-margarida; formigando aleatoriamente. Mas o mais importante é que estavam rindo; conversando entre eles. Estavam felizes e bem-humorados; assim como sempre deve ser.

E por que eles não deveriam estar? Eles estão cercados pelo melhor do melhor e pelo belo do belo. A Praça Central, localizada ao lado do ponto de comércio da cidade, possuía um belíssimo parque de vida selvagem. Lá viviam vários tipos de pássaros; coelhos dormiam em suas tocas abaixo da terra; e tartarugas se banhavam na margem rasa do lago.

O lago. Uma enorme poça cristalina em meio ao verde-esmeralda vívido com patos, gansos e cisnes; pálidos e reluzentes como estrelas. Submersos, nadavam vários tipos diferentes de peixes e outros seres aquáticos familiarizados. Era lindo o lugar, tanto de dia como de noite. A imagem bruxuleante do satélite da Princesa refletia sobre a quieta superfície do lago, juntamente com pontos brancos opacos em sua sombra celeste. As imagens reais e virtuais se encaravam sobre o lago como num espelho; numa admiração bela e lúcida entre eles.

As Princesas Celestia e Luna, juntas em seu prateado Castelo, formavam o ponto central de Canterlot. Seu glamoroso Castelo fora acinzentado pela sombria noite mas ainda reluzia firmemente pela Lua de Prata. Princesa Celestia é a grande soberana do Reino de Equestria há mais de mil anos, desde os excessantes tempos sombrios em caos, desarmonia, inveja e anseio pelo poder ilimitado. Sua tarefa para seus habitantes era, além de cuidar e proteger seus súditos de terríveis ameaças conta sua população, erguer e descer o Sol para trazer e levar o dia, e dar espaço para a noite. A Princesa Luna, irmã mais nova de Celestia, é também a grande soberana do Reino, mas depois de Celestia. Sua tarefa era a mesma que a de sua ã, mas ao invés do Sol, ela controlava os movimentos da Lua; erguendo e descendo a noite para levar e trazer o dia de Celestia.

Princesa Luna, há mais de mil anos atrás, tinha sido corrompida pela inveja e ciúme dos dias ensolarados e prazerosos de sua irmã mais velha; os seus súditos, quem ela amava e respeitava, respeitavam e admiravam mais os feitos de Celestia. Eles brincavam, corriam, pulavam, vendiam, compravam o dia inteiro. Mas com a chegada da noite, não importava a mais brilhante lua ou do céu escuro mais estrelado, os pôneis dormiam em suas casas, sem ao menos olharem seu precioso trabalho natural e o admirarem. Mas esse tempo já passou, Princesa Luna está de volta com sua querida irmã mais velha e aos seus preciosos súditos. A inveja não existe mais em seu coração; mas outros sentimentos ainda perduravam.

Casas largas e luxuosas são naturalmente as primeiras da rua principal, iluminada pelas enfileiradas lamparinas, e essas mesmas casas formam o início de um expansivo corredor urbano, denominado pelos moradores de fora desta rua de “Avenida dos Famosos”.

Escarsos são os esforçados investidores que conseguem comprar um terreno para si próprio nessa rua. E pouquíssimos são presenteados com uma casa nessa rua, nem que seja a última; localizada no fim da longiquamente comprida Avenida.

E o primeiro presenteado com uma casa em meio dessa rua recheada de famosos e figuras importantes foi, é claro, Octavia.

Apesar de sua fama musical explendorosa, Octavia vivia modestamente em uma casa com apenas dois andares e um simples, mas impecável, jardim doméstico. Flores frondosamente organizadas e moitas geometricamente cortadas davam graça e um sentimento a mais do que apenas aparentava. No jardim, havia algumas papoulas; uma fileira de rosas e tulipas; e um cantinho especial somente para as margaridas. Pequeninos vaga-lumes dançavam suavemente ao redor de suas flores.

No portão da frente, ornamentado com grades e barras de ferro negros e ondulantes, havia três significativas caixas de correio. Graças a uma pequena lamparina pendurada perto e no alto da portinhola, é possível ler o que estava escrito nessas caixas e observar o seu conteúdo: A primeira estava completa e eternamente cheio de cartas; nela estava escrito “Fãs”. Na segunda caixa estava escrito “Renda”; não estava tecnicamente cheio, mas uma desgostosa pilha de várias cartas habitava o interior dele. E, na terceira caixa de correio, estava o mais longo e importante título dentre as três: “Família/Amigos”. E estava vazio.

Espere... “Vazio”? Mas por que estaria vazio?


Houve um ruído.


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