Love Come Down escrita por Lustin


Capítulo 2
All at once


Notas iniciais do capítulo

Oi, pequenas! Espero que gostem. Notas finais!



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Capítulo anterior...

''– Bieber está no Brasil! - dizia entre gritinhos e pulinhos.

O que?!

Meu coração parou por segundos.''


Pandora gritava, gritava e gritava. A esse ponto a sala inteira estava cochichando e rindo dessa atitude - nada normal - dela.

Ela gritava um misto de ''Meu Deus!'' e ''Não acredito!''

– Meu Deus! Meu Deus! - ela se descabelava.

Eu? Eu olhava pro nada.

Estava com o olhar vazio e repentinamente meu coração ficou mais vazio ainda.

Sei que você deve estar pensando: ''que atitude mais ridícula!''. E quer saber? Também acho. Meu corpo não obedecia aos meus comandos, apenas me fazia pensar. Essa notícia não tinha que me deixar desse jeito, não é? Deveria estar feliz. Parecia que estava divida em duas partes. A parte que eu havia esperado ansiosamente por tanto tempo e a outra parte que me fazia lembrar que talvez nada poderia dar certo.

A vida sempre me obrigou a não sonhar demais... Sempre mantive os pés no chão, firme. Mas, caramba! Meu sonho estava tão perto! Minha mente enviou um lembrete as minhas memórias: e depois de tanto tempo esperando...

Logo a realidade me atingiu. Fria que só.

''Aquiete-se, pobre coração, tão grande sonhador. Lembre-se: mundos distantes e totalmente diferentes! Não existe chance.''

Às vezes agradecia pela frieza de meus pensamentos. Talvez evitasse me machucar mais.

Consegui me desfazer dos devaneios. Direcionei meu olhar á Arthur, que estava com uma expressão um tanto quanto engraçada demais olhando para a histeria de Pandora. Varri a sala de aula, os olhares atentos dos alunos e o olhar repleto de raiva e indignação do professor fizeram uma parte de meu cérebro entrar em alerta e emitir qualquer som.

Soltei um riso alto, fazendo com que Pandora me olhasse e eu conseguisse adverti-la com o olhar.

Um fato que não citei: poucas pessoas sabem sobre meu sonho. Na verdade, apenas uma, Arthur. Pandora não entenderia... Disse que havia milhões de garotas com o mesmo sonho, não disse? E ela fazia parte desses milhões. Não escondia por conta de vergonha ou coisa parecida, mas sim, por me sentir mais segura sem que outras pessoas saibam sobre meus sentimentos. E eu jamais possuí tantos amigos, então não via necessidade de viver falando sobre mim.

* * *

– Você não disse nada até agora - observou Pandora.

– Hoje estou com preguiça até de falar - resmunguei. O que não deixava de ser verdade.

– Eu não acredito! Em menos de uma semana estarei pertinho do meu pequeno! - dizia entre pulinhos.

Aquelas palavras doeram, sem razão.

– Nem eu acredito! - disse fazendo uma careta.

O sinal bateu assim que terminei de falar. Suspirei aliviada, levantei da mesa e saí andando em direção ao portão.

– Nos vemos amanhã então! - Pandora disse dando um tchau simpático para mim e Arthur.

– Não sei como você aguenta a figurinha - Arthur falou rindo.

– Sou a prova viva de que os opostos se atraem.

– Uh... - ele fez um som abafado. - Veja só... Seu querido Bieber está em nosso solo. - Dizia olhando para frente, provavelmente observando a rua.

Estávamos sentados em uma elevação na calçada do colégio. Estiquei minhas pernas, deixando-as livres, largas.

– Pois é... Uh - o imitei, sorrindo. Consegui fazê-lo rir.

– Você não parece muito feliz - observou num tom carinhoso.

– Muita informação pra uma cabeça confusa como a minha - ironizei.

– Acho que era pra você estar feliz...

– Presta atenção, Arthur: isso pode ser uma coisa muito boa - sacudi a cabeça logo em seguida, reprovando o que acabara de dizer. - Quer dizer, isso é uma coisa muito boa. Mas não podemos negar que absolutamente tudo tem seu lado negativo.

– E qual seria o lado negativo? - continuou o diálogo, sem muito prestar atenção.

– Não vai dar em nada. Meu sonho vai muito além de um show, entende? - olhei para ele, que ainda fitava o nada.

– Entendo... - disse sem atenção nenhuma, se agitando.

Fiquei o fitando confusa. Logo vi uma morena, com belas curvas, sorrindo e vindo em nossa direção.

Conforme se aproximava, sorria mais ainda. E Arthur também.

– Oi! - ela disse simpática.

– Oi - respondi meio seca, afinal, não estava entendendo nada.

Arthur se apressou em levantar, envolvendo a garota pela cintura, foi chegando perto dela vagarosamente, com movimentos sensuais. Eles selaram seus lábios com paixão e muito desejo.

Fiquei olhando aquela cena boquiaberta.

O que foi que perdi?!


Justin POV


Depois de algum tempo curtindo o Rio, já estávamos no Engenhão. Estava pronto para mais uma dose.

Fizemos nossa oração pedindo proteção. Todos juntos numa grande roda.

Estava nervoso, pois seria o primeiro show no Brasil. Mexia no microfone de cinco em cinco minutos.

– Vamos! - Scooter me empurrou para uma pequena plataforma que ficava abaixo da estrutura do palco.

A multidão já gritava, fazendo com que meu coração se acelerasse ainda mais.

Sacudi minhas pernas enquanto a plataforma subia lentamente.

O estádio foi invadido por gritos e mais gritos. Encarei aquela multidão por alguns minutos, em meio a fumaça e muitas luzes que faziam meu olhar falhar algumas vezes.

Não há como explicar estar vivendo seu sonho.

Sorri.



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Notas finais do capítulo

Espero mesmo que tenham gostado! Quem leu, por favor, deixa um review? ): Vou ficar SUPER feliz! Até o próximo.