Anny POV –

Ok, aquilo me deixou totalmente confusa. Eu amava o Justin ainda? Será?

Ok, tudo bem, eu ainda gosto de ver ele e sinto saudades quando ele está longe, mas... isso é amor? Apenas minha forma de amar?

Ignorei meus pensamentos confusos e fui fazer o chocolate quente.

Terminei, coloquei em uma caneca rosa pequena e em uma branca to tamanho normal.

Coloquei um pouco de chantili no da Elizabeth, coloquei em uma bandeja e levei até a sala colocando na mesa de centro.

Volte para a cozinha, coloquei um pouco para mim e bebi até alguém – lê-se Justin – sentar-se a minha frente.

Sorri de lado para ele. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, mas fechou, ele repetiu isso inúmeras vezes.

_ Pode falar, ou perguntar – falei olhando fixamente em seus olhos cor de mel.

_ Eu só... Queria saber como foi sua gravidez – ele falou coçando a nuca

_ Porque você pensou nisso?

_ A Elizabeth falou que você as vezes conta essas histórias a ela. Fiquei curioso – falou e eu sorri.

_ Foi... digamos que... estranha e complicada. – falei rindo

Flashback on-

cinco meses-

Já são cinco meses e eu comecei a sentir desejos. Bom, desejos bem estranhos!

_ Anny, são quatro horas da manhã – Ryan falou se mexendo na cama

_ Eu sei Ryan, mas eu estou com vontade de comer sushi com cobertura de chocolate.

_ Eca Anny, você está grávida ou doida? – ele sentou se espreguiçando – onde eu vou arranjar sushi a essa hora?

_ Não sei – dei de ombros

_ Vou ver se ainda tem os que minha mãe compra no mercado – falou levantando-se

Fiquei em pé esperando na porta.

_ Não tinha sushi, então coloquei um pouco de cobertura de chocolate, come – falou me entregando um copo e uma colher.

_ Obrigado, boa noite – falei indo até o quarto.

Sete meses –

_ Corre aqui, Ryan – gritei da porta do quarto

_ O que aconteceu? – ele perguntou aflito

_ Vamos em uma pizzaria comigo? – perguntei sorrindo

_ Mas tem que levar o meu irmão, estou cuidando dele – ele falou me fitando

_ Tá, eu vou tomar banho e me arrumar – sorri

...

_ Pergunta se tem chá de bebida – falei ao Ryan enquanto o irmão dele me encarava. – tá olhando o que? Coisa feia. – olhe dei língua.

Ele retribuiu rindo.

O Ryan precisou ir comprar uma caixa de chá para mim.

_ Eca, Pizza com Chá – o irmão do Ryan falou.

Ryan lhe repreendeu com o olhar.

Ultimamente o Ryan não reclamava de nenhum de meus desejos.

Eu ainda sentia muitos no meio da madrugada, mas eu os ignorava e esperava o Ryan acordar.

Oito meses –

_ Vamos Anny – Chaz segurou em minha cintura para me ajudar a descer as escadas

Nós iríamos a festa de aniversário do irmão do Chaz.

_ Vai ter bolo lá? – perguntei enquanto ele me ajudava a entrar no carro

_ Claro – revirou os olhos

_ De chocolate?

_ Vai, também vai ter sorvete, pipoca, bala, refrigerante... tudo que você quiser.

_ Tá – sorri enquanto tentava passar o cinto.

Chegamos rápido a casa dele, eu fui para a casa do Ryan para poder ir a festa.

Eu acho que comi por quatro na festa.

Nove meses –

_ Amiga! Hoje nove meses, viemos comemorar com você – tay falou sorrindo vindo ate mim que estava sentada em uma cadeira atrás do caixa.

_ Não posso sair daqui – lhe falei e vi a cara de decepção do Christian. – Chris – sorri levantando e me apoiando no balcão de vidro. – está conseguindo aguentá-la?

_ Estou – sorriu – dá a volta aqui para eu te abraçar.

Acho que eu demorei uns cem anos para chegar até ele.

O abracei com um pouco de dificuldade, depois abracei a Tay e depois o Ryan que vinha sorrindo para mim.

_ Tem certeza que é só uma criança que tem aqui dentro? – Tay perguntou passando a mão em minha barriga

_ Tenho, fui ver o sexo do bebê a alguns dias, é uma menina – sorri

_ Anny, os atenda e deixe de conversar – meu chefe mandou, revirei os olhos indo pegar o bloco para por os pedidos.

Senti uma dor na minha barriga o que me fez apoiar no balcão esperando passar, acho que já era a quinta do dia.

Os atendi, sendo vigiada pelo cara que acho que me odeia.

Eu andava a padaria toda para lhe entregar pratos, copos e o que eles pediam.

_ Anny, não tem outra atendente não? – Ryan perguntou

_ Tem, mas ele é filha do dono e a essa hora está lá dentro com a manicure dela – fiz careta.

_ Chama o gerente, por favor – lhe olhei com medo, mas chamei.

_ Se for reclamação você está despedida! – ele falou me puxando até a mesa.

_ Então, senhor... Martin. Hm, o nome do meu pai – Ryan sorriu – será que o senhor podia a liberar por uns trinta a quarenta e cinco minutos?

_ Por qual motivo? – ele perguntou ainda seco

_ Pelo motivo que eu te denuncio por deixar uma garota grávida com nove meses trabalhando feito escrava pelo senhor. – Ryan falou calmo e soltou um sorriso no final.

_ Tá – ele deu de ombros e saiu.

_ Senta – Christian levantou-se puxando a cadeira para mim

_ Obrigado – sorri

_ Vai querer o que? – Ryan perguntou

_ Água – falei dando de ombros

_ Mas isso é de graça para você, uma coisa que pague...uma torta de chocolate?

_ Água, e eu preciso pagar três dólares por um copo – revirei os olhos

_ Tá – ele falou e levantou-se, ele apertou a campainha que tinha em cima do balcão.

A Lindsay apareceu na porta o fitando.

Ele pediu alguma coisa e apontou para a mesa, depois voltou.

A Lindsay revirou os olhos, e pegou alguma coisa.

_ Então... mamãe, está ansiosa? – Ryan perguntou me fazendo rir

_ Muito! – sorri

_ Awn gente, imagina se ela nasce com os olhos grandes e azuis – Tay sorriu.

_ Tay, até parece que você quem vai ter a filha, desde semana passada você fala nisso. – Christian a olhou

Todos nós rimos até a Tay.

Parei de rir e todos me olharam, coloquei a mão na barriga sentindo mais contração.

_ Está tudo bem – sorri os olhando

_ Certeza?

_ Tenho.

_ Ah gente, como vai ser o nome dela?

_ Elizabeth – sorri de lado

_ Porque Elizabeth e não Tayany? – nós rimos

_ Aqui – a Lindsay falou colocando um prato com torta de chocolate e a água.

Bebi um pouco de água.

Nós começamos a conversar e rir. Quando eu sentia as contrações todos paravam, e parecia que a cabeça do Ryan ia explodir.

_ Gente... – os chamei interrompendo mais uma vez a risada.

_ Diga – Tay me olhou

_ Alguém veio de carro? – perguntei olhando minha calça molhada – minha bolsa estourou.

O Ryan arregalou os olhos e levantou-se vindo até mim.

Levantei-me colocando a mão na barriga.

_ Christian, você dirige – ele jogou a chave para o Chris que pegou no ar e correu até o carro. Tay olhou desesperada.

_ Minha bolsa está no chão perto do caixa – falei e ela correu até lá.

_ Você consegue andar? – Ryan perguntou me olhando

_ Está doendo. Muito! – falei sentindo uma lágrima

_ E porque você está sorrindo?

_ Porque eu vou ter um bebê – sorri mais.

_ Vou te pegar no colo – ele falou e passou a mão por minha cocha.

...

_ Anny querida, faça mais força – a doutora falou

_ Minha cabeça vai estourar – falei reclamando.

_ Pega na minha mão e aperta até seus dedos começarem a doer – Ryan falou

Segurei sua mão e apertei, ouvi seus dedos estralarem e o olhei me desculpando.

Ele riu.

_ Só mais um pouco, Anny!

Fiz tanta força que até perdi a respiração.

_ Anny? Respira Anny – Ryan falou desesperado.

Puxei o ar e tossi um pouco.

_ Estou bem – falei soltando sua mão.

_ Ela é linda – Ryan falou acompanhando a médica com o olhar

_ Eu quero ver – fiz bico

_ Espera – sorriu

Depois de um tempo a peguei no colo e lhe dei de mamar.

Flashback off-

_ Eu queria ter acompanhado tudo isso – Justin falou cabisbaixo

_ E eu queria que no lugar do Ryan fosse você – lhe olhei sorrindo tímida.

_ Quando você vai começar a faculdade? – perguntou mudando de assunto

_ Semana que vem.

_ E a Elizabeth?

_ Vou colocar ela na escolinha – sorri de lado

_ Vai fazer faculdade de que?

_ Moda – apoiei minha cabeça na mão.

_ Hm... posso te perguntar uma coisa?

_ Pode – falei quase em um sussurro

_ Você aceitaria voltar comigo? – perguntou e eu o olhei

_ Voltar para onde? – arqueei as sobrancelhas

Ele riu.

_ Voltar a ser minha namorada.

_ Hm, eu não estou afim de só namorar Justin, eu estou afim de... ficar com uma pessoa para casar, entende?

_ Eu sei, mas... espera – falou e pegou o celular, revirou os olhos e o colocou novamente no bolso, dessa vez pegando uma caixinha na jaqueta. – Olha Anny, esse tempo todo eu sonhei com esse momento, vai, me perdoa, me... me deixa, sei lá, voltar a fazer parte de sua vida Anny, eu quero... eu quero começar a andar mais com você e com a nossa filha, por favor, me deixa tentar, me deixa colocar um sorriso no meu rosto, um sorriso de verdade, não como os que eu sou forçado a dar. Não espero que você diga que me ama, só espero que você saiba que eu te amo, por favor... volta a ser minha, volta a me abraçar, me beijar, volta comigo. Aceita namorar comigo?!

Ok, para o mundo que eu preciso descer, não, começa a ventar porque eu preciso de oxigênio, eu preciso ir para o hospital, é preciso, estou sem ar! Não, eu preciso primeiro dar uma resposta ao Justin. É.

_ Ok, isso foi pior que qualquer tipo de negação. – ele falou – eu já estou indo – ele levantou, cocei meus olhos e vi que ele derramou algumas lágrimas.

Eu estava literalmente sem ar.