Quero mesmo saber a verdade? escrita por EdLuck


Capítulo 3
A princesa do colégio


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, tentarei fazer o próximo com mais velocidade nesses próximos dias :v
se puderem comentar e apontar a parte favorita de vocês e os pontos que posso mudar agradeço :D



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A cidade de Aspertia se localizava na região sudoeste de Unova, se encontrava próxima ao pé de uma montanha. Mesmo sendo considerada de porte mediano, ela possuía uma zona urbana bem desenvolvida e uma zona portuária de grande importância comercial principalmente para os fazendeiros que se encontravam na periferia da cidade.

Porém a cidade ainda era mais conhecida por duas razões pelo Colégio Interno de Aspertia e pelo seu diretor, Dr. Harrison, um dos maiores institutos educacionais da região de Unova e um dos mais experientes lideres de ginásio especializado em pokémons do tipo normal, respectivamente. O campus possui o prédio principal onde se encontram as salas de aula, a unidade de esportes, o mini estádio de batalha, os dormitórios e a biblioteca.

*Thomas POV *

Eu tinha acabado de cruzar os portões do colégio quando tenho uma sensação estranha na minha nuca. Ao me virar para trás percebo que o carro da minha tia acabara de partir, continuo seguindo meu caminho até o prédio principal com o estranho sentimento de que minha tia estava mais estranha do que o normal.

Aproximando-me da entrada vejo uma grande movimentação no mini estádio, aonde seria realizado o evento de batalhas do colégio, esse evento nada mais é como se fosse uma prova pratica de batalhas aberta ao publico, onde quanto mais batalhas você ganhasse mais pontos você acumulava, a média desses pontos ajudavam no calculo das notas das outras matérias.

Outro atrativo para os alunos eram os prêmios que o vencedor ganharia, desde uma boa quantia em dinheiro, uma bolsa escolar ou até uma ovo de um pokémon raro. Outro beneficio era o direito de desafiar o Dr. Harrison para uma batalha, assim podem ganhar a Insígnia Básica, dada pelo próprio diretor.

Vendo aquela cena mudo meu rumo em direção aos dormitórios, para me sentar próximo a sombra de alguma árvore próxima ao campus. Libero o Rufflet de sua pokébola para me fazer companhia.

O evento estava marcado para se iniciar às doze horas, então ainda faltavam duas horas, na minha cabeça não havia a necessidade de ter problemas com os professores pelo simples fato de estar uma hora e meia atrasado. Decido passar o tempo de uma maneira mais proveitosa.

Enquanto o meu alegre parceiro sobrevoava e analisava a região, eu aproveitava a tranquilidade deitado sobre o gramado, embaixo de um grande carvalho, o qual era considerado uma relíquia da cidade.

Já se haviam passado aproximadamente quarenta minutos que eu estava deitado no gramado, tinha adormecido com todo aquele silencio, só acordei por causa do Rufflet que começou a cutucar o meu rosto de leve com o bico, provavelmente queria me manter acordado para não perder a hora de novo.

Como ainda faltava uma hora para o inicio do evento não fiz questão de me levantar do gramado, enquanto isso Rufflet se encolheu próximo ao meu ombro direto apoiando a cabeça repleta de plumas nele, passarinho folgado. Dei algumas risadas baixas com o meu pensamento.

Enquanto acariciava as plumas do pequeno pássaro, ameaçando adormecer novamente, percebi o som de passos se dirigindo em minha direção. Viro a minha cabeça lentamente para a direção que suponho estar vindo o som dos passos.

Admito que fiquei um pouco surpreso com a pessoa que ali esta me observando, com um olhar curiosa ela se aproxima lentamente e se senta no gramado ao meu lado, me observando fixamente.

– Thomas certo? Você não faz coisas mais interessantes do que dormir? - Quem realizava esse pergunta para o meu espanto era uma menina da classe vizinha a minha.

Ela possui a pele clara, cabelos negros e compridos presos em um rabo de cavalo, por um laço lilás, que escorregava pelo ombro direito dela, ela usava óculos de armação fina e da cor vermelha. Os olhos dela eram de uma tonalidade de verde claro que podiam deixar as folhas do carvalho com inveja.

Ela estava vestida com o uniforme do colégio, que é composto por uma camisa social branca, uma gravata preta, um blazer preto que tinha nele bordado na lateral do ombro esquerdo o símbolo que representa o colégio, um Stoutland, e no caso dela uma saia preta que ia até a metade das coxas.

– Elizabeth Harrison!? – Sim, a bela menina ali sentada ao meu lado era a filha mais nova do diretor.

Elizabeth Harrison era apenas a aluna mais popular de todo o colégio, não apenas por ser a casula do prestigiado Dr. Harrison, muito menos por ser considerada um rostinho bonito. Ela tinha uma das melhores notas acadêmicas do colégio e estava no top dez dos melhores treinadores amadores do colégio.

– Thomas West !? - Ela disse me imitando realizando uma careta, assim liberando um tímido sorriso - Então você não deveria estar se preparando para o torneio?

– Eu estou me preparando para o torneio... Aliás, o que você está fazendo?

– Provavelmente o mesmo que você, me preparando para o torneio - Assim outra vez exibindo um leve sorriso.

– Não é isso o que eu quero dizer, porque está aqui falando comigo?

Ela me observou com uma expressão seria, porém alguns segundos depois ela apenas deu mais um sorriso, mas esse sorriso veio acompanhado de uma gargalhada, como se eu tivesse contado a melhor piada da minha vida.

Eu a observei perplexo, não fazia ideia de como proceder com essa situação, ela riu mais alguns segundos até que notei que atrás das pernas dela um pequeno pokémon mamífero se escondia, ele tinha a pelagem do corpo de coloração alaranjada, e a coloração dos pelos do focinho amarelados e em sua testa possuía a imagem de uma lua minguante.

– A sim! Está é a minha parceira, Teddiursa.

– Teddi! - Se apresentou timidamente a ursinha.

– Ruffle! - Agora era Rufflet que se apresentava, eu nem percebi que ele estava acordado.

– É, seu pokémon é bem mais educado que você - Ela falou rindo novamente.

– Teddi! - Até a ursinha estava se divertindo agora.

Por algum motivo estranho sentir um calor incompreensível na minha face, não entendia essa situação ou como ela havia tomado esse rumo. O pior de tudo que o Rufflet parecia estar se divertindo no meu ombro com toda essa situação, decidi recompor a seriedade e refis a pergunta.

– Acredito que nunca tínhamos conversado ou sequer nos encontrado antes, porque está aqui agora?

– Sabe... Como eu sou a representante de turma eu conheço praticamente todos os alunos ou quase todos e eu sempre visito a sua turma para encontrar umas amigas - E observei que você é meio... Deslocado - Sempre está sozinho, nunca fala com ninguém e não possui uma presença muito forte assim passando despercebido por muitos! - Muitos dos seus colegas só percebem que você está presente quando você responde a chamada.

–Mas então porque esta aqui? Espere você está me investigando?

– Não! É que um fiquei pouco curiosa ao seu respeito, eu só achei que como sou uma representante de classe eu deveria interagir e ser amiga de todos!

– Obrigado, não estou interessado.

– Ahhh? Nossa como você é grosso – Achei que tinha ofendido ela de algum modo, mas ela começou a rir, não sabia o por quê.

– Bem... Parece que você tem uma personalidade difícil mesmo.

– E porque você esta rindo no final das contas?

– Sinceramente... Eu não me importo.

– Não se importa?

– É, para mim você só é mais um desses metidos que não curti se socializar - Agora eu realmente que estava impressionado com a resposta da menina.

– Eu na verdade estou encarregada da organização do torneio de hoje, e cara você não faz ideia que como isso é um saco! Culpa do meu pai que fica me enchendo de trabalhos complicados assim - Eu normalmente não ligo para outras pessoas mais a mudança de personalidade dessa garota estava me intrigando, muito.

– Então resumindo estava eu ali me estressando com certas situações desagradáveis assim que observo você aqui relaxando e me pergunto por que eu não posso desfrutar de um prazer desses que nem esse vagabundo! - Ela realmente parecia frustrada, mas estava realmente linda.

Assim que ela terminou de tagarelar apenas analisei tudo que foi falado e nesse momento foi a minha vez de soltar umas gargalhadas.

– O que é tão engraçado assim? - A entonação dela não estava as da mais amigáveis.

– Quem diria que a princesa dessa instituição tem uma personalidade bem curiosa.

– Bem é não possível alguém se dar bem de verdade com todos a sua volta sem ao menos usar uma ou duas máscaras - Eu a observei curioso, ela é uma pessoa que esta me intrigando muito.

– Então, sinta-se a vontade já que é assim - Deitei-me novamente no gramado.

Ela me fitou por alguns segundos antes de me acompanhar e de se deitar também na grama, enquanto experimentava uma interação social, Rufflet e Teddiursa pareciam estar se dando bem, os dois conversavam animados e gesticulavam muito.

– Mas, você não vai ter problemas se deixar o seu posto de organização do torneio?

– Hm, qualquer coisa posso dizer que fui atraída até aqui por esse rapaz bonito, que no caso é um delinquente que me convenceu a ficar vagabundeando com ele - Ela usou um tom de voz sarcástico e ao mesmo tempo piscou com o olho direto para mim, exibindo um largo sorriso - Senti um calor na minha face novamente e desviei meu olhar para o outro lado.

– Você é engraçado - Ela afirmou rindo – Brincadeira, eu coloquei os novatos do primeiro ano pra fazer o meu trabalho - Ela confessou exibindo uma expressão de satisfação.

– Mas, mesmo assim por que você esta conversando comigo?

– Hm, como eu te disse eu conheço praticamente todos nesse colégio e todos me conhecem, porém eu nunca prestei atenção em você ou te notei realmente - Dai pensei que não ia fazer mal conversar com o esquisito da sala vizinha.

– Hm, você disse agora pouco que é impossível se dar bem com todos sem usar mascaras, por que comigo parece que não está nem tentando? - Ela me fitou por um tempo e começou a rir novamente.

– Sabe... Todos me tratam super bem por eu ser a filha do diretor, que também no caso é um líder de ginásio...

– E aqui está você um menino estranho e com deficiência de interação social, mas de aparência muito boa, me tratando e observando como se eu fosse uma colega igual à outra qualquer - Sem nem ficar me dando elogios falsos ou enchendo meu saco com abobrinhas...

– Isso na verdade... Foi muito legal - Ela parecia estar exibindo um sorriso realmente sincero.

– Você fala demais já te disseram isso?

– Cala a boca!

Não sei exatamente o porquê, mas nós dois começamos a rir unidamente ao mesmo tempo, senti uma sensação calorosa com essa situação, que não sentia há muito tempo, desde que ocorreu aquele dia horrível na minha infância.

Ela, depois que paramos de rir, começou a me encarar pensativo, mordendo o lábio inferior. Ela estendeu a mão direta na minha direção mostrando um belo sorriso.

– Elizabeth Harrison - Ela disse, não entendi de inicio esse gesto, mas ela me encarada e esperando que eu fosse algo, até que me dei conta.

– Thomas West - Estendi a minha mão direta e apertei a dela num gesto de comprimento.

– Prazer te conhecer Thomas West - Não entendia realmente o que isso significava, mas gerava uma sensação muito boa dentro de mim, no final das contas era isso que era fazer amigos?


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Notas finais do capítulo

Então oque acharam? Eu sei que esse capitulo foi meio parado mais os próximos terão um pouco mais de acham e ate um pouco de mistérios.
Obrigado por ler :D



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