Ilha Tenrou: A Parte Não Contada escrita por Reira chan


Capítulo 1
Capítulo único - Ultear


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic, não me matem Y.Y eu sempre imaginei Graytear, principalmente depois da coisa da Ilha Tenrou, comecei a achar que eles combinam muito. A fic é oneshot. Acabei de fazer (na verdade estou escrevendo ao mesmo tempo em que classifico no Nyah!) simplesmente por vontade. Desculpem a capa lixosa mas não tinha NADA de Graytear em lugar nenhum, sou a única shipper, pois é.



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Alguma coisa não estava certa.

Ultear havia acabado de contar uma mentira. Não era nem de longe a maior ou mais importante de sua vida. Era apenas uma mentira estúpida, criada para fazer Gray Fullbuster (aquele pobre garoto ingênuo – tão infantil, só uma criança) cair na cilada dela.

Então por que ela se sentia tão culpada?

Era verdade que o garoto era a única esperança que ela tinha de saber algo mais sobre a sua mãe – afinal, ele fora seu aprendiz – mas ela a odiava. Não tinha motivo. Não queria saber. Não ligava. Ela tinha seus próprios objetivos, era isso o que importava.

Teoricamente.

Mas alguma coisa simplesmente estava errada naquele momento, em que ela contava uma mentira – sobre sua própria mãe, com a qual ela sinceramente não se importava – e via o olhar que ele fazia, uma coisa ingênua, mas ao mesmo tempo raivosa e... Amorosa? Ela sabia que Ur era muito mais mãe dele do que dela. Mas ela se sentia mal por ele... Coisa que era nova. Nunca se sentira mal por Gerard/Siegrain, mas com aquele garoto – tão diferente, tão ingênuo, tão sentimental – era tudo diferente.

– Como se eu fosse acreditar em uma merda dessas – foi a resposta que ele deu.

Certo. Talvez não tão ingênuo.

Ela ficou tão perdida em seus pensamentos sobre aquele garoto – o que estava acontecendo? – que não percebeu quando ele a atacou.

Ele a atacou com uma paixão que ela nunca sentiu antes.

Claro; paixão, não no sentido amoroso. No sentido de que foi um ataque forte, emocional, quase louco. Ele realmente estava furioso. Atacou-a com gelo (magia que ela sempre desprezara, mas que agora ela percebeu o verdadeiro poder) de todas as formas possíveis. Ela atacou-o com o Arco Do Tempo. Mas não parecia estar realmente com a cabeça na batalha. Na verdade, ela se sentiu culpada quando o fez sangrar – e impressionada quando ele transformou o próprio sangue em gelo. Ela se sentia mal por atacar ele, porque... Ele era inocente? Talvez fosse isso. Mas afinal, Meredy não era também? E Gerard até era, antes de Zeref possui-lo... Ou melhor, de ela mesma possui-lo.

O que estava acontecendo, afinal?

– UR SOFREU POR SUA CAUSA! – ele ficava gritando enquanto a atacava, e aquilo doía. Não pelo ataque; por que Ur era tão importante pra ele? Um misto de sentimentos a atacava... Por um lado, ela achava que era porque ela queria ter dado à Ur a importância que merecia, agora que sabia de sua história. Por outro...

Ela não queria que ele, Gray Fullbuster, a estivesse atacando só por causa da mãe dela.

Ela estava com... Ciúmes?

Ela deu outro ataque. Dessa vez mais forte. O acertou feio. Começou a sangrar muito. Ela se arrependeu. Mas estava realmente com raiva.

– ELA ME TROCOU! – ela continuava berrando sem parar; era seu único argumento, e já tinha se provado falso de qualquer jeito. Mas o que mais ela poderia dizer? Por mais que não quisesse matar Gray, não queria perder pra ele – por algum motivo, isso faria ela se sentir um lixo ainda maior.

No fim, ela perdera de qualquer jeito – e saíra da Ilha Tenrou. Mas pelo menos havia lutado. Mas aquela luta em específico não saía da mente dela de jeito nenhum. E nesse momento, remando em um barco com Meredy, lembrando daquela luta estranha, louca, ela ouviu um barulho horrível.

GROOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR.

Ela olhou pra trás. Não. Era Acnologia, o Dragão Do Apocalipse. O dragão mais poderoso existente. E ele estava rugindo... Em cima da Ilha Tenrou.

Ela sabia muito bem o que o rugido de Acnologia causava.

Ela esperou ouvir um “BUUUM”. Mas foi pior que isso. A Ilha Tenrou simplesmente caiu sobre si mesma, se destruindo, caindo. E desapareceu.

– NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO – ela não sabia de onde o grito veio. Do fundo da sua garganta, do fundo da sua alma, de seu coração, do fundo dela. Aquilo doeu como um corte fundo de faca na sua barriga. Aquilo fez uma mão fria de premonição agarrar seu coração – e esmagá-lo lentamente, pouco a pouco. Era tortura lenta.

Sim, ela sabia, Gray Fullbuster estava lá.

Ele com certeza tinha morrido.

Por que isso a estava matando por dentro?

– Meredy... – ela disse, tentando manter a calma – precisamos ir embora daqui.

– Como quiser, Ultear-sama – a garota como sempre respondeu, encarando-a atônita.

Ela foi embora. Já sabia o que faria.

Ela sentia ódio de Zeref por ter liberado Acnologia e causado aquilo tudo. Muito ódio.

Mas acima de tudo, ela sentia ódio dela mesma.

Os magos das trevas... ela pensou, então é assim que as pessoas se sentem?

Ela entrou em rendição. Passou 7 anos em uma guilda – a Criminal Sorcière – para tentar se redimir. Mas ainda, toda noite, ela podia ouvir um grito estrangulado:

“UR SOFREU POR SUA CAUSA!”

E um terrível rugido, que assombrava seus pesadelos, e fazia-a querer simplesmente ser levada embora com ele.


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Notas finais do capítulo

Tá um lixo Y.Y mas eu quis escrever.
Por favor deixem seus comentários, críticas ou sugestões (: sou uma escritora iniciante, por isso ajudas são muito bem-vindas.