Throw Away escrita por Amis


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Bom eu estou muito triste com vcs, leitoras, pois só duas me deixaram reviews no outro capítulo.
Mesmo assim, eu vou postar porque não seria justo com elas certo?
Eu só espero o feedback desta vez, pessoal. Isso desanima a autora e acaba com a criatividade e a vontade de escrever. É que eu estou no 3° colegial e estou me matando tanto para manter a fic atualizada, estudar e etc, que se não tiver reconhecimento de vcs, eu desisto facilmente.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190602/chapter/10

-Ridículo! – Alvo exclamou ao meu lado, andando de um lado para o outro furioso.

Suspirei. Eu tinha tentado fugir do clubinho do Slug para ganhar um almoço inteiro de chatice com o Alvo. Eu não merecia isso.

-Alvo...

-Quem ele pensa que é? Ele não tinha o direito de pedir para os professores me vigiarem. Eu odeio ele, ele não podia fazer isso e...

-Alvo, ele é o SEU pai. – disse calma, jogando meus braços para trás da cabeça e me ajeitando melhor na grama. – E ele está preocupado com a sua saúde. Simplesmente isso, menino. Fica quieto e agradeça aos céus por não ser filho de algum ricasso idiota.

-Mas...

-Eu não vou repetir, Alvo. – disse paciente. – Você pode falar o quanto quiser, mas eu não vou escutar mais, está bem? – disse fechando os olhos.

O garoto suspirou e com passos pesados, saiu de perto de mim.

Ele estava fazendo drama. Eu reconhecia o drama dele de longe.

A verdade era que o Alvo estava com alguns probleminhas simples. Ele tinha asma, recém detectada e como um bom garoto, deveria maneirar nos treinamentos físicos. Isso incluía não se matar nos treinos como o capitão do time da Grifinória fazia. Ou era isso ou um dia inteiro na enfermaria, recebendo poções para dilatar as vias respiratórias e uma boa bombinha de berotec trouxa. (N/A: remédio usado em casos de bronquite e asma. Eu sei, eu uso eles.) Mas ele não queria admitir que tinha uma fraqueza, não queria ceder ao orgulho de maneirar em algo que amava para cuidar de sua saúde.

E quem não o conhecia melhor que o seu pai? Tio Harry tinha pedido para os professores ficarem de olho nele, verem se ele não estava dando o sangue, e nesse caso o pulmão, para ganhar a competição de quadribol.

E ele estava certo. Se eu fosse o responsável por ele, faria o mesmo.

Escutei alguns passos novamente perto de mim e suspirei, abrindo um sorriso.

-Percebeu que o seu pai estava certo, Alvinho? – perguntei sem abrir os olhos. Eu sabia que ele iria voltar e dizer que eu estava certa, afinal, era a verdade.

Escutei uma risada musical e abri os olhos, encontrando íris prateadas me observando.

-Oi. – disse calma, voltando a fechar os olhos. Já se fazia uma semana que nós havíamos conversado. E desde então, não tínhamos nos falado mais.

-Me diga uma coisa, Dominique: como consegue fugir das reuniões do Slughorn? – me perguntou curioso.

Ri baixinho. Bom, eu não era a única que apreciava elas. Eu tinha certeza que ele me chamava para as reuniões porque meu pai era banqueiro e eu era popular. Porque se fosse pelo meus dons de poções, ele já teria me expulsado das suas aulas.

-Bom, fingi que tinha um treino de quadribol. – disse.

Scorpius riu friamente, sua risada formando ecos em meu ouvido.

-E desde quando você é do time da lufa-lufa? – perguntou curioso.

-Desde o momento em que estamos desesperados demais para arranjar um apanhador a tempo dos jogos começarem. – respondi calmamente. – Eu sei que não sou a melhor, mas não tinha pessoa mais qualificada para isso do que uma Weasley. – acrescentei de olhos abertos, observando ele se sentar ao meu lado.

Ele assentiu.

-E você é boa? – me perguntou.

Dei de ombros.

-Eu não sei, talvez sim. – disse começando a passar meus dedos nas mechas ruivas. – Mesmo assim, não tenho experiência nenhuma no campo, ou seja, vai ser uma catástrofe o primeiro jogo.

Ele me olhou e acabei perdendo minha linha de pensamento ao ver sua pele translucida sendo iluminada pelo sol, junto com seus cabelos claros refletindo a luz. Não era possível, ele conseguia ser mais bonito que meu irmão, que era veela.

-Dominique! – escutei a voz de Erik logo atrás de mim e automaticamente sorri. Estávamos namorando e eu não podia negar, ficar perto dele era bom. – Onde você foi? O almoço naquele clube foi horrível. Como você conseguiu fugir? – perguntou sentando ao meu lado e me dando um beijo na testa.

-Tenho meus dons. – respondi rindo.

Erik revirou os olhos e fez um toque de meninos com Scorpius.

-Fugiu também? – perguntou para o loiro.

Ele assentiu.

-Na verdade, sai mais cedo. – disse frio novamente. – Mas não escapei de tudo. Ainda tive que escutar a mesma ladainha de sempre. – completou preguiçosamente.

Erik riu.

-É incrível, mas meu pai passou por isso, meu avô e agora nós. Quantos anos ele tem? – perguntou divertido.

-Bastante, mas ele deve saber umas poções para aumentar o tempo de vida. – disse apoiando minha cabeça no peito de Erik.

Scorpius assentiu e se levantou calmamente.

-Tenho aula de adivinhações agora. A gente se vê na aula de Herbologia, então. – disse caminhando pomposamente de volta para o castelo.

Nós dois ficamos mais um pouco juntos, até que o sinal tocou.

*_*

Entramos de mãos dadas na aula de Transfiguração e me sentei no final da sala, como sempre. Erik se sentou na primeira carteira, para prestar atenção na aula.

Em minutos a professora entrou, deslizando com seus cabelos negros pelo corredor de carteiras, carregando uma pasta cheia de pergaminhos.

As nossas provas.

Me afundei na carteira e esperei ela entregar minha prova, sorrindo animada em minha direção.

Espera... Ela estava me olhando com animação? Impossível.

Peguei minha prova como se ela fosse uma bomba e olhei a primeira página dela.

Meu queixo se deslocou. Em minha frente, grande e feliz, se encontrava um enorme O de ótimo.

Aquilo era impossível, eu tinha deixado minha prova em branco.

Assustada, folhei a prova, percebendo que todas as questões estavam preenchidas, corretas e com a minha letra. COM A MINHA LETRA!

-Meu Merlin. – sussurrei prestando atenção em uma observação escrita no fim da última folha. A letra era diferente da minha, mas passava quase que despercebida por aqueles que não conhecessem minha letra.

Obs: Estude da próxima vez.

Senti meu estomago afundar. Quem teria alterado os dados da minha prova? Ou melhor, quem tinha feito a maldita prova por mim?

E a pior questão: Por que?

Olhei ao meu redor e meu olhar recaiu na carteira de Erik. Só podia ser ele, era o único que sabia da minha prova em branco.

Esperei o sinal tocar e corri em direção ao garoto, antes que Nate e seus amigos o rodeassem.

-Erik, por que você fez isso? – sussurrei irritada.

Ele me olhou confuso.

-Fiz o que? – perguntou parando em minha frente.

Bufei.

-Você alterou os dados da minha prova para eu tirar um O! – disse sentindo meus olhos pegarem fogo. Eu podia jurar que estava com uma expressão assassina.

Erik deu um passo para trás, provavelmente surpreso com minha reação.

-Eu não alterei nada, Dominique. E como assim, você tirou um O em uma prova em branco? – perguntou mais confuso ainda.

Olhei para ele sem entender mais nada. Se não foi ele, fora quem?

-Deixe eu ver a sua prova. – disse estendendo a mão.

Eu tirei minha prova da mochila e lhe entreguei. Erik revirou as páginas boquiaberto, tentando encontrar algo de errado com a prova. Não achando nada, suspirou.

-Tem certeza que você a deixou em branco, Dominique? – perguntou calmo.

-Está me chamando de louca? – rebati arqueando a sobrancelha em desafio.

Ele negou com a cabeça rapidamente.

-Mais isso é meio surreal, não acha? Afinal, que teria a coragem de roubar a sua prova e a refazê-la? – perguntou a mim curioso.

Dei de ombros sem saber o que responder.

-Eu realmente não sei, Erik. – disse calma. – Eu só espero que essa pessoa não tenhas segundas intenções em relação a isso.

Ele assentiu.

-Qualquer coisa me avisa, está bem? – disse e eu assenti.

Eu só sabia de uma coisa: eu não dormiria naquela noite pensando naquilo.

(Reviews e indicações, pessoal!!!)

Teaser...

-Dominique, o que são esses arranhões em sua pele? 

...

-Você deveria ter ido na enfermaria, Dominique. – disse calmo.

...

Não podia ser... Aquilo ia começar a me perseguir a troco de que?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

PS: Bem, alguém tem ideias do que começou a perseguir ela?
E quem viu os arranhões?
XOXO