Samantha Puckett está em seu quarto escutando rock em alto e bom som, comendo bacon frito e pensando no próximo episódio doiCarly. Enquanto isso, Freddie está em seu apartamento consertando seu notebook e pensando no que fazer para conquistar Debbie Nelson, a garota mais popular do colégio; ele estava com essa idéia fixa na cabeça desde que se desencantara de Carly. Em algum lugar perto dali, Debbie trocava calorosos beijos com seu namorado ricaço Greg Sheffer.

A mãe de Freddie chega em casa e diz:

_ Freddie querido. Você está precisando cortar o cabelo.

_ Já cortei, mãe... – responde Freddie entediado.

_ Mesmo assim, Freddie. Esse seu cabelo já cresceu e está entrando no teus olhos. Pode te cegar... – e começa a correr atrás de Freddie com uma tesoura na mão. Ele grita desesperadamente, mas ninguém pode socorrê-lo.

No dia seguinte, ao chegar ao colégio, Freddie encontra Sam mexendo em seu armário e Carly reclamando com ela. Ele exclama:

_ Ei, como foi que você...?

_ Oi, Freddiota. Relaxa. Só estou procurando por aquela música sobre um cara que se matou pela garota que não o suportava. – Sam respondeu cinicamente. Freddie soltou uma exclamação exasperada e ela continuou: _ Sabe de que música estou falando?

_ Eu falei pra você não mexer nas coisas dele, Sam – disse Carly se esquivando. – A gente encontrava outro jeito de...

_ Você, por acaso, sabe o significado da palavra “privacidade”? Hein? – atacou Freddie bem alterado.

_ Claro, Fredducho! – falou Sam, cada vez mais debochada – E é por isso que nunca deixo ninguém mexer nas minhas coisas! – ela sorriu com o canto dos lábios.

_ Saia daí, Sam! Antes que eu te agarre e te coloque porta afora – ele disse, completamente transtornado e se aproximando de Samantha. Carly se surpreendia cada vez mais de como Freddie não tinha mais medo da amiga.

_ Nossa! Você está de bom humor hoje... – Sam continuou provocando.

_ E-U D-I-S-S-E: S-A-I D-A-Í, SAMANTHA!

_ VEM ME TIRAR, BOBALHÃO! – gritou Sam.

_ Calma, Freddie. – disse Carly, tentando segurá-lo, mas em vão. - Ela só ia fazer uma sur...

Nem deu tempo de Carly segurar Freddie. Ele voou pra cima de Sam, agarrou-a pelos braços e a arrastou até a entrada do colégio. Ele estava bem maior e bem mais forte que ela agora. Sam gritava e esperneava:

_ ISSO É EFEITO COLATERAL POR SER TÃO ODIADO OU O QUÊ? SE EU FICAR ROXA, EU TE MATO, BENSON! AH!

Jogou-a porta afora e retornou limpando as mãos, com um sorriso satisfeito no rosto. Voltou-se para seu armário. Carly e os outros alunos assistiam a tudo impressionados.

_MONSTRO! – gritava Sam entrando novamente na escola, completamente descabelada e soltando chispas de ódio pelos olhos. Aproximou-se de Freddie até ficar com o rosto a poucos centímetros do dele, encarando-o desafiadoramente.

_ Está mais comportada, agora, Puckett? – disse ele sem sair do lugar e encarando-a.

_ Calma vocês dois – Carly interveio, ficando entre eles. – Olha, Freddie, ela só ia colocar um presente pra você no armário. Pelo seu aniversário. Eu disse para ela não colocar aí, mas você sabe como é a Sam...

Freddie ficou abalado e surpreso com a revelação. Envergonhou-se de suas conclusões precipitadas. Carly continuava falando:

_ É uma agenda eletrônica, uma das mais modernas. Espero que você goste. Presente meu e da Sam...

Freddie agora estava paralisado. Sam ainda o olhava nos olhos, mas já não havia ódio e sim satisfação... ela esboçava um sorriso vingativo...

_ Mas por que ela não disse quando perguntei... – ele olhava fixamente para Sam, agora mais relaxados.

_ Porque queríamos te fazer uma surpresa, Fredbestão! – ela disse, afastando-se dele. – Deixei de comer um montão de bacon por causa desse presente – Sam resmungou...

_ Adorei o presente, meninas. Obrigada. – respondeu ele. _ Não precisavam se incomodar tanto. Desculpe por tudo, Sam. – ele abraçou-as.

_ Feliz Aniversário, Freddie! – disse Carly.

_ Feliz Aniversário, Fredbabaca. – provocou Sam. – Por falar nisso, já tomou suas 28 vitaminas essenciais hoje? – e soltou uma risada bem gostosa.

_ Não começa, Sam – repreendeu Carly. Eles foram andando para a sala de aula, ainda abraçados. Freddie no meio das duas.

_ Ei, onde estão seus livros, Sam? – perguntou Freddie.

Sam, que estava sem mochila e sem nada nas mãos, abriu os braços fingindo procurar alguma coisa...

_ Acho que esqueci. Nada aqui. Nada nesse outro...

_ Você nunca estuda. – repreendeu ele.

_ Não começa você também, Freddie. – recriminou Carly, já prevendo uma nova briga entre eles.

_ Tua mãe deve ter te azucrinado muito hoje, não é Freduardo?

Carly revirou os olhos...

_ É só o que ela sabe fazer – Freddie confirmou, fazendo ar de descaso.

_ Provavelmente é melhor ter uma velha mãe te azucrinando do que uma mãe que não te questiona sobre nada... – desabafou Sam.

_ As coisas não estão legais em casa, hein? – Freddie perguntou compreensivo...

Carly estava sobrando ali. Ela percebeu, mas continuou caminhando com os amigos.

_ Isso não importa – rebateu Sam. – Sei que sempre posso contar com você... Vocês! – soltou. – É perfeito sermos amigos.

_ Uh!!! Que rasgação de seda é essa agora, Sam? Tem certeza que é você mesma?

_ Idiota!