O Erro de John Winchester escrita por AngelSPN


Capítulo 2
Capítulo 2




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Dean sobressaltou-se, estava tendo um pesadelo. Agradeceu aos céus por ter acordado, passou a mão no rosto. Olhou ao redor, seu pai já estava na rua. Pegou o celular como fazia todas as manhãs.

                -Você não tem mensagens novas. – A voz eletrônica o informava.

                Assustou-se ao ouvir o telefone tocar, atendeu rapidamente.

                - Sammy? – falou com empolgação.

                - Sinto muito Dean, sou eu Bobby.

                - Foi mal Bobby, mas o que houve?

                - O de sempre, pestes, invasão de gafanhotos, tempestades...

                - O demônio?

                - Talvez Dean. Deixe-me falar com John.

                - Sinto muito Bobby, ele não está.

                - Onde ele foi a essa hora da manhã? – Bobby ouviu o suspiro do jovem do outro lado da linha, ele sabia que John conseguia ser um idiota quando queria.

                - Hã...ele não fala muito comigo ultimamente, Bobby. Ele sente-se traído por causa do Sammy. – Havia uma angústia tocável nas palavras do rapaz. Bobby queria socar John por agir desta forma infantil.

                - Não se preocupe Dean, seu pai é uma mula que quando empaca...e você como vai indo? Já fazem uns três meses que Sam saiu não é?

                - Três meses, cinco dias e...doze horas. – Bobby sentiu seu coração apertado, Dean era muito apegado ao irmão e venerava John. Agora ele estava praticamente sozinho, enfrentando seus demônios.

                - Ok, estou em Lost Creek, Colorado. Peça para John me ligar e..se cuide, filho.

                Dean desligou o telefone, Bobby era um bom amigo. Era o único que Dean podia se abrir um pouco, não carregar tudo sozinho em seu peito. O velho caçador o compreendia, a porta abriu tirando Dean de seus devaneios.

                - Pai, o Bobby ligou.

                - O que ele queria? – Perguntou secamente, abrindo a geladeira.

                - Ele quer que você ligue para ele, parece que ele tem pistas sobre o desgraçado que matou a mamãe.

                - Arrume as coisas, vamos partir imediatamente.

                - Sim senhor.

                A viagem transcorreu silenciosa, algumas monossílabas saíam dos lábios do caçador mais velho, Dean tentou várias vezes começar uma conversa, mas desistia. Sempre que olhava o pai este mirava os olhos em outro ponto qualquer. Dean podia sentir na pele um perigo, algo que se aproximava sorrateiramente. Essa sensação começou no momento da viagem, no instante que John entrou no carro. Mas o que seria? Dean meneou a cabeça. “Que raios estará acontecendo comigo?” se perguntava em silêncio. Ele olhou o ponteiro da gasolina, já haviam rodado por uns bons quilômetros, muito pouco da paisagem mudava.

                - Pai, temos que parar no primeiro posto para abastecermos.

                - Está bem, encha o tanque. Me acorde quando chegarmos no posto, então eu vou dirigindo.

                Dean assentiu com a cabeça, e em seu peito uma pequena chama de alegria e esperança acendeu-se. John preocupou-se com seu bem estar! Quatro horas se passaram, Dean começou a se perguntar se não encontrariam um posto a tempo, para sua sorte a poucos metros via-se o outdoor do posto de gasolina.

                - Completa, amigo.

                - Certo. – Falou o frentista com um palito nos lábios.

                - Pai, acorde. Chegamos.

                - Hã..ah..ok. Já amanheceu?

                - Sim, o posto era mais distante que pensávamos.

                John olhou seu filho falar, ele amava o garoto. Ele percebia o esforço que Dean fazia para segui-lo, era notável como Dean o idolatrava. Mas John tinha um plano, traria Sam de volta e a família ficaria unida novamente. Resolveu parar de evitar Dean.

                - Filho...eu...desculpa por ter sido duro com você ultimamente. É que foi difícil para mim ver você me desobedecer.

                - Está tudo bem pai. É bom ouvir sua voz novamente.

                - Que bom, vamos deixe que eu dirija. Descanse um pouco.

                Dean sorriu, parecia aquele menino quando criança. Isso provocou em John um desconforto, seu garoto se contentava com tão pouco?

                John pagou o frentista, compraram uns salgados e Dean vinha com um pedaço grande de torta. Ele adorava as tortas de Mary, sua mãe. Não demorou muito até o filho mais velho cair em um profundo sono, nem mesmo os sacolejos do impala o fizeram acordar. John avistou ao longe o lugar indicado por Bobby, ele sabia que levaria alguns sermões daquele velho solitário, mas eram apenas algumas conseqüências, nada de mais pensou John.

                - Hey..Dean acorde, já chegamos!

                Dean abriu os olhos, sua nuca estava dolorida pelo mau jeito de dormir, molhou os lábios e abriu a porta. Sorriu para Bobby que vinha ao encontro deles.

                - Bobby, você não mudou nada! – Disse Dean abraçando-o.

                - E você esticou garoto. – Tapinhas nas costas eram dadas pelo caçador no loiro. Logo a frente chegava John.

                - Bobby, como tem passado?

                - Pode se dizer que estou vivo, então..estou bem. – Ambos se olhavam, e Dean percebendo o clima tenso entre os dois resolveu amenizar a conversa.

                - Papai estava ansioso para saber de suas descobertas, viemos assim que você nos ligou. – Dean piscou para Bobby, um sinal que estava tudo bem entre eles. E que implorava para não atirar em seu pai.

                - Não vai atirar em mim desta vez, não é Bobby?

                - John, você tem esse efeito. Mas não, pode tranqüilizar-se. – Dean sorriu e foi logo perguntando.

                -Tô cheio de fome, o que tem para nós?

                Bobby tirou o boné, coçou a cabeça e recolocou-o novamente. Esse garoto tinha outro por dentro.

                - Entrem.

                Neste momento o celular de Dean tocou, ele viu o numero desconhecido, atendeu com esperança de ser o irmão.

                - Alô...Sammy! Cara que bom ouvir sua voz, como está na faculdade...hã...direito? Mas olha se não é o nerd da família Winchester!


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Notas finais do capítulo

Espero de coração que os leitores não me matem no futuro...agradeço a todos que leram e postaram os mágicos reviews!