Night Watchers - Primeira Temporada escrita por MS Productions


Capítulo 77
Amor VS Ódio (Vol. 7) - Capítulo 5




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   Na casa da Érica as coisas estavam muito calmas… A Night Watcher já estava acompanhada pelo seu marido Rodrigo e por Isabella. Todos estavam calados… Rodrigo estava a ultrapassar o facto de nem naquele dia poder estar à vontade com a sua mulher, sem os assuntos Night Watcher interferirem. Érica aguardava que os restantes elementos chegassem. Isabella tentava arranjar uma maneira de aliviar o tenso ambiente que existia na sala de estar.

Isabella - Obrigado… Por me terem chamado!

Agradeceu pela segunda vez, de modo a tentar criar uma conversa.

Érica - De nada! Tu também és uma Night Watcher… E já que estás na vila temos de aproveitar. Uma ajudinha extra é sempre bem-vinda!

Isabella riu-se. Érica já a tinha actualizado acerca de tudo, assim como a Rodrigo.

Isabella - Então eu tenho de perguntar… Se descobrirmos a localização exacta do demónio, o que vamos fazer? Armamos uma emboscada e acabamos com eles?

Perguntou, cheia de curiosidade.

Érica - Ainda não pensei nisso! Por muito que queiramos matar Abaddon, não nos podemos esquecer que a jovem Vanda está no mesmo corpo. Se o fizermos, matamos os dois… Por outro lado, já fartei-me de pesquisar se existia alguma forma de salvar a rapariga, mas até agora nada!

Isabella ficou pensativa…

Isabella - Esperemos que não tenha de chegar a esse ponto… Convinha parar o demónio enquanto temos tempo e enquanto ele não possui toda a sua força!

Érica ouvira as palavras que tanto temia… Ela própria já tinha pensado no assunto, mas ouvir de outra pessoa fazia-a reflectir ainda mais. O que Isabella acabara de dizer era verdade… Tinham de eliminar Abaddon. Se o demónio conseguisse livrar-se da humana a que estava preso, muita gente iria morrer. A Night Watcher sabia que tinha feito uma promessa a Vanda, de que a salvaria. Mas possivelmente, se não achassem outra solução, teria de a quebrar e desrespeitar a sua própria palavra.

Érica - Não chegaremos a esse ponto! Acredito que se trabalharmos juntos, alcançaremos a vitória!

Tentou dar alguma positividade ao assunto.

Rodrigo - Ainda ontem estavas desanimada… Sentias que estávamos num beco sem saída!

Lembrou-a, de um modo um pouco seco. Érica sabia que era derivado ao facto de estarem a trabalhar no Dia dos Namorados. E no fundo, ele tinha razão. Aquele comportamento era apenas momentâneo. Rodrigo tinha noção de que aquele trabalho era essencial e para um bem maior.

Érica - Rodrigo, eu preciso de suporte… Não me lembres dos meus momentos de desabafo!

Pediu com toda a calma que tinha. Rodrigo caiu imediatamente em si…

Rodrigo - Desculpa, tens toda a razão… Apenas estou farto de tudo isto! Estamos constantemente em perigo e por mais que as coisas possam correr bem, há sempre trabalho e questões!

Desta vez fora ele quem não aguentara mais e desabafara. Rodrigo não era um Night Watcher mas estava casado com uma. No entanto, era quase o mesmo. Quando se juntara a Érica, sabia para o que estava a ir… Mas ao final de 20 anos, existiam momentos em que tinha de descarregar a energia acumulada de toda aquela vida. Não era assim tão estranho… Também Érica fazia-o inúmeras vezes, mesmo que adorasse ser uma Night Watcher.

Érica - Compreendo-te perfeitamente. Quem me dera poder fazer algo. Mas é esta a minha vida!

Pela primeira vez, talvez pelo desabafo de Rodrigo, Érica pareceu lamentar-se por ter aquele destino. Isabella estava de parte e por incrível que parecesse, até ela entedia o que eles diziam… Então, decidiu intervir na conversa de uma forma natural e de modo a que a sua espontaneidade animasse o casal. Sempre se considerou uma pessoa animada e aquele era o momento para o demonstrar.

Isabella - Eu não quero estar a meter-me mas tenho de ser honesta… Já estive em algumas vilas antes de chegar a Cila e em nenhuma delas vi tanta actividade como a que estou a ver aqui. Acontece algo regularmente, os seres mais perigosos e letais passam nesta vila e os mistérios… os mistérios parecem não acabar!

Depois deste discurso resumido, adoptou uma postura muito descontraída…

Isabella - É mais do que normal se tiverem a enlouquecer! Eu já ‘tou!

Enquanto disse estas palavras, gesticulou-as freneticamente. Depois disso o silencio regressara, mas apenas por alguns segundos... Eventualmente, Érica e Rodrigo começaram a rir-se. Nesse preciso momento Ísis, Melissa e Camila entraram na casa da Night Watcher e depararam-se com aquela breve euforia.

Melissa - O que é que aconteceu? Também quero rir-me!

Pediu amigavelmente.

Érica - Foi uma coisa que a Isabella disse!

Respondeu ainda a rir-se.

Érica - O Leonardo? Não vinha também?

Perguntou, à medida que as coisas voltavam ao normal.

Ísis - Ele deve-se ter atrasado… Como pediste para não demorar viemos andando. Mandei uma mensagem ao Leo a avisá-lo que já cá estamos!

Camila - Érica, não devias deixar a porta aberta, qualquer um podia entrar! Nós podíamos ser monstros!

Disse com um ar um pouco chocado e completamente fora de contexto. Érica tinha deixado a porta destrancada, já à espera delas.

Érica - Claro claro… Tens absolutamente razão! Não volta a acontecer!

A Night Watcher decidiu não contrariar. Camila calou-se e pareceu ficar satisfeita consigo mesma.

Rodrigo - Ísis, estás pronta para o feitiço? Outra vez?

Perguntou preocupado.

Ísis - Sim! Não há motivos para nada correr mal… Pensem positivo!

Respondeu descontraída.

Érica - Ora bem, já actualizei o Rodrigo e a Isabella acerca da situação. Presumo que vocês as duas tenham feito o mesmo com a Melissa!

Ísis e Camila acenaram que sim.

Érica - Muito bem! Então não há tempo a perder! Já estamos quase todos presentes, vamos começar sem o Leonardo! Quanto mais depressa decifrarmos isto, melhor!

Todos concordaram.

Isabella - Vamos trabalhar!

Exclamou com o seu habitual entusiamo. Sem perderem um minuto, começaram a organizar-se…

*

   Ela corria, envergonha e desorientada, desejosa por encontrar um sítio calmo e sem ninguém… Carlota, a metamorfo, apenas queria ter alguns momentos de reflexão para poder recompor-se.

   Ele seguia atrás dela, ansioso por poder falar com ela mais uns minutos, principalmente depois de se terem beijado… Leonardo estava disposto a entendê-la, mesmo sendo ela perigosa.

   Carlota sabia que ia ser difícil encontrar uma zona na faculdade onde não houvesse pessoas ou onde o número delas fosse pequeno. Então, ao curvar num dos extensos corredores, deu de caras com o sinal da casa de banho e dirigiu-se até lá. Assim que entrou, três raparigas estavam frente ao espelho a maquilharem-se. Quando as viu, a metamorfo colocou os seus olhos serpentinos em actividade. As jovens olharam de relance para Carlota…

Carlota - SAIAM!

Gritou para as raparigas, num tom imperativo. No momento em que estas repararam nos olhos de Carlota, começaram a gritar e saíram da casa de banho a correr, apavoradas, deixando para trás tudo o que tinham. Leonardo chegara à entrada daquela divisão quando as jovens passaram por ele, em pânico. Percebeu de imediato o que se passava e decidiu entrar, sem sequer se preocupar no facto daquilo ser a casa de banho feminina…

Leonardo - Carlota?

Ali estava ela, à sua frente… E parecia estar um pouco perturbada.

Carlota - O que é queres? Pára de me seguir!

A metamorfo não sabia o que fazer nem dizer, então achou que estas seriam as únicas palavras plausíveis. Nunca antes se apaixonara… Ainda pra mais por um humano. Por mais difícil que fosse, esta era a verdade. Depois de ter sido magicamente persuadida a beijar o jovem, não havia qualquer dúvida acerca dos seus sentimentos.

Leonardo - Se bem me lembro, foste tu quem me procurou…

Recordou-a. Também este sentia algo por ela. Mas a sua postura e acções pendiam mais para a curiosidade e não para a rejeição, como Carlota tentava fazer.

Carlota - Eu apenas beijei-te por fui obrigada! Aquela rapariga fez qualquer coisa comigo…

Tentou desculpar-se e justificar-se. No entanto, Leonardo riu-se.

Leonardo - Oh, vá lá… Quem é que estás a tentar enganar?

Como era óbvio, o jovem não acreditava naquelas palavras… E por muito que soubesse que era errado estar a interagir com um daqueles seres e que ia contra tudo o que acreditava, o rapaz estava disposto a ver até onde é que as coisas podiam chegar. Por muito mal que Carlota já tinha cometido, Leonardo via algo nela que nunca vira em nenhuma outra criatura… Um lado humano. Ela não aparentava ser má… Mas sim alguém que já passou por muito na vida.

Carlota - PÁRA!

Gritou…

Carlota - Não vês que isto é errado? Não é normal… Não é suposto isto acontecer!

Enfrentou-o. Este encarou-a…

Leonardo - O que é que é errado? Tu apaixonares-te por mim?

Leonardo continuava a provocá-la, na tentativa de a fazer ceder.

Carlota - Quem é que disse que eu estava apaixonada?

Não era fácil, Carlota agia sempre na defensiva.

Leonardo - Deixa-te lá de coisas… Eu sei que isto não é muito usual. Mas não podes negar que ambos sentimos algum interesse! Uma coisa que eu aprendi foi que nada acontece ao acaso!

Tentou acalmá-la. Leonardo estava realmente disposto a tentar chegar a algum tipo de consenso. Para ele, Carlota parecia precisar de ajuda e compreensão, algo que provavelmente nunca tinha tido.

Carlota - Não estás a entender… Tu e eu não jogamos na mesma equipa!

Leonardo - E mesmo assim estás farta de Abaddon… Tu própria disseste-o! Será que não está na altura de mudar de equipa?

Ripostou logo de seguida. E de uma forma incrível, aquelas palavras entraram na mente da metamorfo… Ainda há umas horas atrás pensava exactamente no mesmo: se seria altura para uma mudança. Por alguns segundos ficou calada. Talvez nada acontecesse mesmo ao acaso.

Carlota - Como?

Perguntou finalmente… Leonardo ficou a olhar para ela, sem entender o que aquilo queria dizer.

Carlota - Diz-me… Diz-me como é que eu posso mudar de equipa? Por acaso sabes como é que foi a minha vida? Sabes pelo que tive de passar para chegar onde estou agora?

Foi aquele o momento… Pela primeira vez, Carlota começara a desabafar. A sua energia estava a desabar, não aguentava mais... Leonardo ficou calado.

Carlota - Eu tinha uma vida normal… Tinha amigos, família, um lar… Tudo como vocês! Aliás, eu era uma de vocês!

Explicava, num misto de ironia com dor…

Carlota - Tudo era perfeito e lindo… Até ao momento em que a minha verdadeira identidade começou a manifestar-se. A início eram coisas simples… A cor dos meus olhos e dos meus cabelos iam mudando. Só quando todo o meu corpo partiu-se e a minha pele rasgou por completo é que compreendi o que me esperava…

Leonardo continuava calado…

Carlota - Claro que isso não foi nada… Até porque habituei-me rapidamente a estas metamorfoses. A pior parte fi quando todos descobriram a aberração que eu sou! Ninguém foi capaz de aceitar o facto de eu ser diferente! Nem os meus próprios pais! Rejeitaram-me! Nenhum deles era metamorfo, mas nesse dia fiquei a saber que o meu avô materno tinha sido um e era por isso que eles sempre me contavam que ele era mau e que felizmente já estava morto. Pelos vistos, a raça pulou uma geração…

Leonardo sentira pena de Carlota… Mas não o mostrou.

Carlota - Depois de me terem expulsado de casa e da vila onde vivia, depois de todos os meus amigos terem fugido de mim e espalhado a noticia como se fosse uma grande novidade, pus-me a pensar… Eu não sou má! Os humanos é que são… Rejeitam tudo o que não é como eles e ainda mais estúpido, matam-se uns aos outros! Por isso diz-me… Como posso eu mudar de equipa?

Finalizou e ficou à espera de resposta, com a respiração ofegante de estar acelerada e um pouco enervada. Depois de bastantes segundos e de um silêncio estranho, Carlota pareceu começar a acalmar-se, sem saber como. Leonardo reparara e soube que esse era o momento em que devia falar.

Leonardo - Eu não acho que sejas uma aberração… Nem sequer me apetece fugir de ao pé de ti!

Desta vez fora Carlota quem ficara calada.

Leonardo - Vês? Não podes generalizar as coisas… O que disseste acerca dos humanos é verdade. Mas nem todos são iguais!

Carlota - Só dizes isso e só me aceitas porque tens sentimentos por mim! Nada mais…

Carlota decidiu continuar a falar abertamente, mas ainda estava de pé atrás.

Leonardo - Garanto-te que não… Tenho a certeza que mais pessoas eram capazes de te aceitar. Principalmente os Night Watchers!

Carlota riu-se com sarcasmo.

Carlota - Estás a brincar, não?

Leonardo - Só porque os humanos não te deram uma oportunidade, não quer dizer que tenhas de descer ao nível deles e fazer o mesmo!

Carlota pensava e talvez o jovem até tivesse alguma razão. Mas havia tanta coisa envolvida no meio…

Carlota - Mesmo que quisesse, sabes o que está em jogo? Se Abaddon descobre que ando a falar contigo terei de fugir! Ele tem andado bem irritado! Se ele souber de algo vai achar que estou a traí-lo… E o pior é que ele não pára de reunir forças! Não quero ter a minha cabeça a prémio!

Advertiu-o, muito mais calma… De alguma forma, o desabafo que teve com o jovem ajudou-a a controlar-se.

Leonardo - Como é que ele vai saber? Não sabes guardar um segredo?

Carlota - Mais tarde ou mais cedo ele acaba por saber de tudo! Não há como guardar segredo…

Leonardo - Não te preocupes com isso. Acredita em mim… Guardar segredos é muito mais fácil do que parece!

Exclamou com ar confiante. Como era óbvio, o jovem sabia do que estava a falar.

Carlota - Não acredito que estou mesmo a ponderar em fazer isto… O que é que se passa comigo?

Perguntava a si mesma. Leonardo aproximou-se e agarrou-lhe na mão. A início, a metamorfo ficou desconfortável, mas rapidamente adaptou-se ao momento.

Leonardo - O mais acertado é deixar que os nossos sentidos nos guiem! Para mim isto também é novidade! E não consigo deixar de pensar que és espectacular!

Leonardo parecia deslumbrado. Carlota sentia-se envergonhada, no entanto, segura. Talvez devesse confiar no que o rapaz dizia…

Carlota - Então e como é que mudo de equipa? O que é que tenho de fazer?

Perguntou com alguma incerteza, pois não fazia a mínima ideia de qual seria o próximo passo. Tudo parecia muito repentino, mas ao mesmo tempo, era como se fosse uma necessidade súbita.

Leonardo - Nós mudamos com as acções que realizamos. Tem a ver com o facto de fazer o que é certo… Ajudar!

Explicou.

Carlota - O que é certo para mim pode não ser para ti! Mas percebi o que querias dizer… E tenho de avisar-te já! Não quero dar-me com mais nenhum humano. Independentemente do que está acontecer connosco, não confio na tua espécie. Posso tentar mudar, mas isso não faz com que passe a adorar-vos! Ainda há dois meses atras queria matar-vos a todos!

Leonardo ficou a olhar para a metamorfo e ainda segurava a sua mão. Percebeu de imediato que Carlota era instável. O facto de querer mudar não significava que esta deixasse de ser perigosa.

Carlota - Claro que tu és uma excepção… E é por isso que irei ajudar-te! Só queria deixar claro que não quero ter nada a ver com os teus amigos! E eles nem sequer precisam de saber o que é que estou a fazer!

Leonardo ficou mais aliviado. Aquilo queria dizer que ela iria realmente ajudá-los…. Mas não directamente.

Leonardo - Muito bem! Os teus termos são aceites!

Carlota - E aviso já que isto ainda é uma experiencia…

Leonardo sorriu… Lá estava ela a fazer-se difícil, outra vez.

Leonardo - Podemos até começar já! Aquela rapariga que cruzou-se connosco, de olhos cor-de-rosa… Algo estava errado com ela. Reparaste?

Carlota - O que estás a tentar dizer é que ela não é humana… E sim, tens toda a razão. Ela fez-me qualquer coisa… Foi por culpa dela que beijei-te!

Garantiu.

Leonardo - É melhor tentarmos alcançá-la e saber o que é que ela é… Ou o que quer daqui!

Carlota - Isso é simples… E ela não deve estar longe!

Exclamou com ar descontraído, porém decidido.

Leonardo - Em relação ao beijo...

Tentou puxar o assunto, mas Carlota interrompeu-o.

Carlota - Depois! Não queiras tudo ao mesmo tempo!

E seguiu caminho. Leonardo sorriu e foi atrás dela… Tudo aquilo era muito estranho, mas entusiasmante ao mesmo tempo.

*

   Como era costume nestas ocasiões, a sala de Érica encontrava-se iluminada pela luz das velas, enquanto incensos queimavam e espalhavam o seu fumo e aroma pelo ar… O ambiente estava ideal para o feitiço. Érica, Melissa, Camila, Rodrigo e Isabella mantinham o silêncio à volta da mesa central e Ísis concentrava-se. À sua frente tinha um mapa e um pêndulo, tal e qual como da última vez que fez para encontrar Érica.

   Depois de alguns segundos, todos os pensamentos que corriam a rápida velocidade na mente da jovem foram desaparecendo… Ficando apenas a escuridão, nenhuma imagem, nenhum som, nenhuma voz. Nesse instante, sentiu a sua energia a ser carregada e em vez do escuro, uma luz brilhante e forte apareceu no seu lugar. Foi aí que Ísis abriu os olhos… Sentia-se pronta.

   Com muita calma, pegou no pêndulo e deixou-o a girar por cima do mapa. De seguida olhou para Érica. Esta fez-lhe sinal para que continuasse, para a encorajar ainda mais. Ísis respirou fundo e proferiu o nome de quem procurava…

Ísis - LUNATIK!

Foi automático… O pêndulo indicou de imediato a localização de Lunatik. O processo fora tão rápido que todos ficaram espantados.

Érica - Ísis… Que rapidez!

Exclamou, admirada.

Rodrigo - Bem mais rápido que da última vez…

Recordou e Ísis sorriu.

Ísis - Tenho praticado sempre que posso! Magia pode ser perigosa, mas é bastante necessária!

Explicou aos amigos.

Melissa - Boa Ísis! Cada vez estás melhor… Qualquer dia ninguém será capaz de se meter contigo!

Brincou com a amiga e ambas riram-se.

Érica - Finalmente vamos ver onde é que o Abaddon e os seus companheiros se escondem…

Assim que a Night Watcher acabou de falar, todos olharam para o mapa pra verem onde o pêndulo tinha caído. Rapidamente voltaram a colocar-se como estavam e olharam uns para os outros…

Camila - De certeza que essa coisa resultou?

A jovem fora a primeira a falar… E desta vez não parecia ser algo absurdo, pois o pêndulo tinha caído precisamente em cima da zona que representa a costa rochosa de Cila, onde tinham estado de manhã e nada encontraram.

Érica - Não consigo entender… Nós estivemos lá! Aquele sítio não tem nada!

A Night Watcher estava confusa, assim como os restantes elementos.

Isabella - Algo tem de estar a escapar-nos! A Camila viu-os lá, agora o feitiço também indicou que eles lá estavam…. Acho que isso já é motivo suficiente para acreditarmos que passa-se algo nesse local!

Afirmou convicta.

Ísis - Eu concordo com ela!

Melissa - Não podemos negar o que esta à nossa frente! Acho que temos de fazer outra visita às rochas!

Camila - E perder mais tempo? Já lá fomos e saímos de mãos a abanar!

Rodrigo - É a única pista que temos! Temos de agarrá-la e aproveitá-la! Quanto mais rápido acabarmos este pesadelo, melhor!

Maioria das opiniões eram positivas, excepto por Camila e Érica. No entanto, depois de ter ouvido todos, a Night Watcher foi obrigada a ceder… Tinham mesmo de voltar mais uma vez às rochas.

Érica - Podemos tentar… É o mais acertado a fazer! E sem ser isto, não temos para onde nos virar!

Admitiu, com algum custo. Érica sentia-se mais do que impaciente… Já há mais de um ano que tentava descobrir qual era a localização do demónio e ver-se livre dele.

Melissa - Ok… Não podemos desistir, logo agora que temos uma pista! Érica, para quando queres marcar a nossa visita?

Encorajou.

Érica - Por mim vamos lá agora!

Isabella concordou de imediato. Rodrigo também aceitou… Este reparou que a sua mulher estava cansada e podia estar a perder a esperança.

Melissa - Agora?

Melissa e Ísis entreolharam-se. Ambas tinham planos para a tarde, planos muito sérios…

Érica - Sim. Há algum problema?

Melissa - Ah… É que eu tinha onde ir e era mesmo importante! Não pode ser mais logo?

Perguntou com ar atrapalhado.

Ísis - Eu também não posso… Desculpem! Mais logo era o ideal!

Defendeu a amiga, também atrapalhada.

Érica - Como sabem, estas coisas não podem esperar… Nós vamos já! Se realmente não podem, não faz mal! Eu, o Rodrigo e a Isabella tratamos disto!

Respondeu atenciosamente.

Melissa - Desculpa, por mim ia… Mas preciso mesmo de resolver uns assuntos!

Ísis - Pois, é como eu… Sempre podemos ir mantendo o contacto, pra saber como está a correr a investigação!

Deu a ideia e Érica sorriu.

Érica - Claro. Estejam descansadas!

Isabella - Então e a Camila? Se calhar convém ela vir!

Todos olharam para a jovem, à espera da sua resposta.

Camila - Eu? Porque é que ninguém pondera se eu tenho algo a fazer?

Ninguém respondeu e continuaram com os olhares focados em Camila.

Camila - A Melissa e a Ísis não vão. Porque é que eu tenho de ir?

Insistiu.

Rodrigo - Porque precisamos de alguém que vá relatando à Melissa e à Ísis o que está a acontecer! E porque foste tu quem viu o demónio por lá!

Rodrigo também já compreendia como é que a jovem funcionava. Então tentou mostrar-lhe porque tinha ir com eles e ao mesmo tempo, arranjou-lhe uma tarefa para esta não se aborrecer. E parecia ter resultado… Depois de alguns momentos a analisar os factos, Camila respondeu…

Camila - Ok. Pode ser! Já vi que hoje tirei o dia para investigações bizarras!

Camila acabara por aceitar, mas claro, teve de queixar-se.

Érica - Então está decidido! Vamos andando, para despachar isto…

E pegou na sua mochila. Os restantes também começaram a preparar-se… Finalmente, quando estava tudo a postos, apagaram as velas e saíram de casa. Érica, Rodrigo, Camila e Isabella seguiram para as rochas. Melissa e Ísis foram preparar-se para os seus encontros.


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