Heir Yagami: Resurrection escrita por MisuhoTita


Capítulo 4
Capítulo 4 Sequestro x Decisão




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- Escrever... O nome dele... – Kenji mal conseguia proferir as palavras...

Light sorri, seu típico sorriso de Kira, seus olhos tomando um tom muito mais profundo de vermelho.

- Escreva o nome dele no Death Note, Kenji. E em quarenta segundos sua amiga estará livre. Se a polícia foi inútil, você pode ser útil.

Kenji segura firme a caneta... E a aperta com força contra a página em branco do Death Note, seus olhos fixos no caderno, em sua mente, a imagem do criminoso que deveria estar atrás das grades. Era só escrever o nome, e, em quarenta segundos Miya estaria livre... Suas mãos tremem enquanto a caneta é pressionada com força contra o caderno...

- NÃO!!! EU NÃO SOU UM ASSASSINO!!! - diz Kenji, jogando o Death Note e a caneta para o outro lado do quarto.

Light apenas observa a ação de seu filho indiferente.

- Você vai mesmo deixar sua amiga sofrendo, sendo que você tem o poder para acabar com isso em quarenta segundos?

- Shinigami idiota! Já te disse que não sou um assassino! Além do mais é trabalho da polícia cuidar de coisas desse tipo.

- Do jeito que a polícia é competente, pode ser que encontrem sua amiga morta. Se no meu tempo, eu já considerava a polícia incompetente, hoje a considero mais ainda.

- E o que você sabe da polícia hoje em dia? Pelo que sei, você está preso no mundo Shinigami há dezessete anos.

- Sei muito mais do que imagina. Passei estes anos observando a podridão do mundo humano. E observando você, meu filho.

- NÃO ME CHAME DE FILHO!!! – diz o rapaz furioso, deitando-se em sua cama e fechando os olhos para não ver aquele Shinigami que infelizmente era seu pai.

Ele se tornar o novo Kira? Um assassino? De jeito nenhum! Passara sua vida inteira sonhando ser um detetive da NPA, e era inteligente o suficiente para isso. Assim que Miya fosse resgatada, porque, ao contrário do que aquele Shinigami idiota diz, a polícia tem totais condições de lidar com um caso de sequestro, iria se livrar do caderno e consequentemente do Shinigami para sempre. Ao ter este pensamento, sua boca se curva em um meio sorriso involuntário.

Light apenas observa seu filho, agora era questão de tempo. Ele iria testar o Death Note, era seu destino e então, o mundo veria a ressurreição de Kira. Os lábios do Shinigami se curvam no mesmo sorriso de seu filho, enquanto um brilho vermelho toma por completo o olhar do Shinigami.

Kenji pega o controle remoto e liga a televisão em um canal de notícias, onde a equipe de reportagens está na porta da NPA, Kenji senta-se na cama e começa a prestar atenção ao noticiário, ignorando por completo o Shinigami. Na televisão, ele reconhece rapidamente seu tio, Touta Matsuda, junto com seus companheiros de NPA, Shuichi Aizawa, Kanzo Mogi e Hideki Ide.

Light senta-se na cama ao lado de seu filho, este finge que o pai não está ali e continua o ignorando, prestando atenção ao noticiário, onde Aizawa afirma que a polícia ainda não notícia sobre o sequestrador de Miya, mas que estão trabalhando com afinco. Matsuda diz que está esperançoso e que logo o caso estará resolvido.

Ao ver o rosto de seu tio falando calmamente na televisão, Kenji se irrita e desliga a mesma, seus olhos mostrando um brilho de insatisfação. Light percebe na fisionomia de seu filho que ele está insatisfeito.

- É como eu disse, Kenji. – diz o Shinigami sem nenhuma emoção – O mundo está podre, e você tem a chave para fazer com que o mundo se torne melhor, você tem a chave para dar felicidade aos inocentes e mesmo assim se recusa a usá-la.

- Você acha mesmo que me tornando um assassino vai fazer do mundo um lugar melhor? – diz Kenji, a raiva começando a inundá-lo. – Matar criminosos é a melhor maneira de mudar o mundo? Eu não acho! Matar criminosos não é a solução!

- Ótimo, então não reclame das consequências.

Kenji levanta-se de sua cama, destranca a porta de seu quarto e sai apressadamente em direção ao quarto de sua mãe.  Ele abre a porta e encontra Misa deitada, também assistindo ao noticiário, ela logo nota a presença do filho e volta sua atenção para ele.

- Kenji, algum problema?

- Não, mãe. Só estou avisando que vou até a casa de Miya ver como é que andam as coisas, não consigo ficar aqui em casa só tendo notícias através da televisão ou da internet.

- Quer que eu vá com você?

- Não mãe, eu prefiro ir sozinho. Só passei aqui para avisar.

- Vá com cuidado, Kenji.

- Sim, estou indo.

Kenji sai do quarto e de casa, começa a andar pelas ruas, em direção à casa de Miya, tão preocupado com a situação da amiga que nem presta atenção na figura alada de seu pai, voando atrás dele. Cuidaria do Shinigami depois, agora, o mais importante era Miya e a segurança dela. Faria o que estivesse a seu alcance para o maldito criminoso receber pena de morte. Ele era mais inteligente que Matsuda e toda a equipe dele, com certeza, encontraria uma brecha onde o inútil de seu tio não encontrara.

Ele anda apressado, sem olhar para os lados e com o pensamento totalmente concentrado em punir o criminoso que está causando tanto mal a Miya.

Quinze minutos depois ele chega aos portões da casa de Miya, onde, na rua, várias viaturas policiais estão espalhadas. No portão da casa, ele encontra um homem alto que logo o avistou.

- Kenji, o que está fazendo aqui, filho?

 - Senhor Nakayama, fiquei sabendo do que aconteceu com a Miya. Não consegui ficar em casa e vim aqui, saber se posso ajudar de alguma forma.

Kenji sente-se um pouco desconfortável, sabia que Hajime Nakayama não podia ver o Shinigami não parava de segui-lo, mas como não o queria ali, e isto simplesmente o incomodava. Mas no momento não tinha como se livrar dele.

- Obrigado por sua ajuda, rapaz. Venha, entre, os detetives da NPA estão na sala.

Kenji segue Hajime Nakamura até a sala, onde estão os detetives da NPA, a expressão de Touta Matsuda logo se fecha ao ver ali o filho de Light Yagami.

- O que este garoto está fazendo aqui? – diz Matsuda sem se importar em esconder seu tom desaprovador pela presença de Kenji. – Isto aqui não é lugar para estudantes.

Kenji olha com raiva para Matsuda, ele podia ser apenas um mero estudante, mas, com certeza, era mais inteligente que o tio.

- Kenji é amigo de infância de Miya, Matsuda. Ele tem todo direito de estar aqui. Além do mais, ele é filho e neto de eis detetives da NPA. – diz Hajime, mostrando sua total desaprovação a atitude de Matsuda. – Além do mais o que é realmente importante aqui é encontrar Miya.

- O senhor Nakayama tem razão, Matsuda. – diz Kanzo Moji, em tom sério – A presença de Kenji aqui não é o mais importante agora. Apenas o ignore, como eu.

O olhar de Kenji fica frio ao encarar os detetives da NPA, agora sabia o porquê de ele ser praticamente odiado pelos detetives, era por ele ser o filho de Kira.

Light também olha frio para os detetives da NPA, especialmente para Matsuda. Seus olhos fervem de ódio, ao lembrar-se do tiro que o infeliz lhe deu... Assim que Kenji se tornasse o novo Kira, dariam um jeito de matar Matsuda e todos os outros detetives que o humilharam em seu último dia de vida. Os lábios do Shinigami se curvam mais uma vez em seu típico sorriso de Kira, sua vingança e a morte deles estava próxima.

Neste momento, outro Shinigami chega aquela casa, com seu típico sorriso de deboche, e se aproxima de Light.

- Ei Light, isto aqui está até parecendo àquela reuniãozinha do dia da sua morte, só está faltando o pessoal a NPA. He, he, he!

- Cale a boca, Ryuuku. Isto aqui é muito diferente daquilo. – diz Light, sem ao menos olhar para seu companheiro Shinigami.

- Você não me engana, Light. Eu te conheço bem demais para saber que você tem um plano.

Light olha para Ryuuku, ainda sorrindo e diz:

- Então você não sabe, Ryuuku?

- Você sabe que acho mais divertido enquanto as coisas acontecem.

- Então fique quieto e assista ao renascimento do novo Kira.

As horas passam e os raios de sol trazem um novo dia. Na casa dos Nakayama, ninguém dorme, todos tensos e preocupados, sem nenhuma notícia. Kenji, cada vez mais confuso, será que tomara mesmo a decisão correta ao escolher não matar o sequestrador de Miya? Se ele escrito o nome dele no Death Note, há esta hora, Miya estaria sã e salva em casa e não correndo de vida como estava correndo agora.

Será que o Shinigami estava com a razão? Será que ele tomara a decisão certa em não matar aquele criminoso? Será que ele era mesmo o culpado pelo sofrimento de Miya, mas também dos pais dela pois ele tinha o poder de acabar com aquilo tudo e não o fizera?

Ele olha para a mãe de Miya, Akemi Nakayama, ela tinha os mesmos cabelos negros e estava aflita e a culpa era mesmo dele? Seus pensamentos são interrompidos pela voz irritante de Matsuda.

- Não se preocupe, senhora Nakayama, logo nós encontraremos sua filha.

- Logo? Vocês estão dizendo isto desde ontem! Se a Miya está nesta situação à culpa é de vocês, que deixaram um criminoso perigoso fugir da prisão! Se o Kira estivesse vivo nada disso estaria acontecendo! Ela julgaria este bandido e nós não estaríamos neste sofrimento! – diz Akemi, tão exaltada que seus olhos se enchem de lágrimas.

- Kira não passava de um assassino brincando de Deus. – diz Matsuda, enfezado.

- Kira era o herói do povo! Ele fazia o trabalho que a polícia nunca fez! – diz Akemi, decidida.

Kenji encara a mãe de sua melhor amiga, ela não achava Kira um criminoso? Ela achava que Kira era um herói salvador? Ele matava as pessoas, e ela achava isso certo? Ele olha para Light e vê que o Shinigami está sorrindo, é claro, provavelmente ele gostou de ouvir elogios a seu trabalho de assassino. Embora a mãe de Miya dissesse o contrário, que Kira ajudava as pessoas... Mas esta era a maneira correta? Assassinar as pessoas?

- Kira não era um bandido, ele punia as pessoas ruins para que as boas pudessem viver em paz! E Akemi tem razão, se Kira estivesse vivo nada disso estaria acontecendo.– a voz de Hajime o tira de seus pensamentos.

- Vamos deixar Kira de lado e nos concentrar no caso. – diz Aizawa, encerrando a discussão.

Light olha irritado para o detetive da NPA, os pais da garota estavam certos sobre Kira e ele acabara com as palavras que Kenji precisava ouvir, palavras de inocentes, que sabem que Kira era a justiça, o Deus do novo mundo.

O telefone toca, levando a atenção de todos para a ligação, Hajime Nakayama atende ao telefone e, percebendo que é da polícia, logo passa a ligação para Mogi, que fica uns dez minutos falando ao telefone, deixando todos apreensivos, com exceção dos dois Shinigamis que assistem tudo impassíveis, light, prestando atenção na conversa e Ryuuku, nas maçãs vermelhas e aparentemente suculentas que estão em uma fruteira sobre a mesa. Moji desliga o telefone, Hajime mal dá tempo para ele se recompor e diz:

- Alguma novidade?

- Encontraram o cativeiro de sua filha. Vou reunir uma equipe e vamos para lá imediatamente, em algumas horas tudo estará resolvido.

- Vamos. – diz Matsuda, propositalmente o detetive volta sua atenção para seu sobrinho. – Isto é trabalho para a polícia, você não tem nada o que fazer lá.

Kenji o olha com certo ódio, não sabia se odiava o tio ou o Shinigami culpado de tudo isto. Como já odiara Matsuda a vida inteira, era mais fácil odiar a ele, pois estava começando a achar que o Shinigami estava com a razão.

Kenji volta sua atenção para o Senhor e a Senhora Nakayama e diz:

- Quando tudo estiver terminado, eu volto para visitar Miya.

- Você é sempre bem vindo aqui, Kenji, - diz Akemi de modo afetivo.

E vai embora. Light faz sinal para Ryuuku, para eles irem também, pela primeira vez o Shinigami tira seu sorriso cínico do rosto e faz cara de insatisfeito.

- Ei, Light, porque temos que ir embora agora? Eu quero uma daquelas maças.

- Fique quieto, Ryuuku, em breve, você terá quantas maçãs você quiser.

Kenji vai apressadamente para sua casa, pensamentos conflitantes em sua mente. Pela primeira vez em sua vida estava confuso, sem saber o que pensar sobre o caso Kira, suas convicções indo todas por terra. Em uma noite, todos os seus pensamentos mudando... Desde que Light, o Shinigami aparecera em sua vida, tudo ruíra, não sabia mais o que era certo e o que era errado. Antes, achava Kira o vilão da história... Mas agora pensamentos diferentes inundavam sua mente, todos estes pensamentos fazendo-o querer escrever o nome do crápula que sequestrara Miya no Death Note e acabar com tudo isso.

Kenji chega em casa e encontra novamente Misa em frente a televisão da sala, no canal de noticiários.

- Estou de volta, mãe.

- Bem vindo de volta, Kenji. – diz Misa, a atenção totalmente voltada para a televisão. – A polícia já está no local do cativeiro de Miya, estão negociando com o bandido, mas ele não quer se entregar.

Kenji senta-se no sofá ao lado da mãe e começa a prestar atenção ao noticiário. Nenhum dos dois diz uma palavra, concentrados nas notícias. Uma hora se passa e nada, então a polícia resolve invadir, Toshio Kobaiyashi começa a atirar, mas, sozinho, não tem chances contra a polícia. Um dos tiros os policiais acerta três tiros no coração do sujeito, fazendo-o cair e seu sangue começa a se esparramar pelo locar. Os policiais entram na casa. O repórter da Sakura TV noticia que Toshio Kobaiyashi estava morto, e, logo, os policiais saem, trazendo consigo Miya, Kenji presta bastante atenção no rosto da garota, mesmo pela televisão, os olhos dela transmitiam um medo muito grande, maior do que qualquer outra coisa. O repórter encerra a transmissão ao vivo e a transmissão voltara aos estúdios da Sakura TV. Misa desliga a televisão enquanto Light assiste tudo com um sorriso no rosto.

- Parece que acabou, Kenji. Diz Misa, parecendo aliviada.

- Sim, estou um pouco cansado depois de passar a noite em claro. Vou dormir um pouco para depois visitar Miya.

Kenji vai para seu quarto e tranca a porta. Imediatamente, seu olhar é atraído para o caderno de capa preta jogado no chão. Ele pega o caderno e o olha atentamente, no mesmo instante, o olhar apavorado de Miya vem em sua mente. Ele poderia ter evitado tudo aquilo, se tivesse matado o maldito Toshio Kobaiyashi.

Light sorri só de observar o olhar de seu filho sobre o Death Note, pois imaginava exatamente que tipo de pensamentos estavam em sua cabeça neste momento. Perfeito.

- Pensando no que eu te disse ontem, Kenji? – diz o Shinigami, encarando seu filho. Os pares de olhos idênticos se encarando, os de Kenji, pela primeira vez, sem ódio de seu pai.

- Ainda não concordo totalmente com seu ponto de vista. – diz Kenji sem se deixar intimidar pelo Shinigami.

- Isso é porque você conviveu a vida toda com pessoas inúteis e que tem o pensamento errado, com exceção de sua mãe. Hoje você teve a oportunidade de ouvir a opinião dos inocentes, estes inocentes que dependem de você para viverem felizes em um mundo sem maldade. Os inocentes clamam pela ressurreição de Kira, pois Kira foi o único capaz de criar um novo mundo para eles. A policia, como já te disse, é que não soube entender.

- Como eu disse, ainda não sou totalmente a favor de seu ponto de vista. Agora me deixe descansar, pois tudo que eu não preciso neste momento é de sua voz me dizendo sobre Kira.

Kenji guarda novamente o Death Note na gaveta, tomando o cuidado de trancar a mesma. Depois, se joga na cama e, é rapidamente dominado pelo cansaço, dormindo em questão de minutos.

Quando Light percebe que seu filho está em um sono pesado, seus olhos brilham de satisfação enquanto sorri sombriamente, seu sorriso insano e vitorioso:

- Huhu... Huhuhuhu.... Heheh... HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! Aahh...

Neste momento a presença de outro Shinigami, carregando meia dúzias de maçãs bem vermelhas, interrompem a risada de Light.

- Ei, Light, fazia muito tempo que eu não ouvia esta sua risada, posso saber qual o motivo da comemoração?

- Dei tudo certo, Ryuuku, as coisas saíram exatamente como eu planejei.

- Do que você está falando? – O Shinigami pergunta sem muito interesse, enquanto começa a comer as maças uma a uma. – Deliciosas...

Light tira de seu cinto o segundo Death Note, e, o abre em uma página totalmente preenchida, seus olhos em tom de vermelho escarlate intensos e com um enorme sorriso em sua face.

“Toshio Kobaiyashi, assassinado. Dia 28 de abril às sete e meia da manhã sequestra Miya Nakayama e a leva para uma casa abandona no subúrbio. Ele carrega uma arma com seis balas e ameaça a jovem, depois liga para a polícia e ameaça matar a jovem caso eles não esqueçam suas acusações. Não tem nada na cabeça a não ser um confronto com a polícia por sua liberdade. No dia 29 de abril às oito e meia da manhã tem um confronto com a polícia e usa todas as suas balas, sem munição adicional fica desesperado e em um momento de loucura sai da casa desprotegido e é atingido por três tiros exatamente as oito e quarenta e três da manhã.”

- O Death Note não falha, Ryuuku. – diz Light, sem tirar o sorriso de seus lábios.

- Então você planejou tudo?

- No mundo Shinigami, passei dezessete anos observando Kenji. Sabia que ele não aceitaria se tornar o novo Kira sem ser instigado a isto. Então tudo o que fiz foi dar um estímulo.

- Mas naquela hora, se ele escrevesse o nome no Death Note, seu plano sairia errado.

- Eu conheço meu filho melhor do que você imagina, Ryuuku. Sabia que ele não conseguiria escrever, aquilo tudo não passou de teatro de minha parte.

- Mas o Lightezinho ainda não aceitou ser o novo Kira.

- Escreva minhas palavras, Ryuuku, amanhã o mundo verá a ressurreição de Kira. Quando eu disse que tinha tudo planejado, não estava brincando.

******************************************************************

Após um dia tumultuado para Kenji e cheio de emoções conflitantes, a noite chega e ele vai até a casa de Miya para visita-la. Sem Matsuda e seus amigos da polícia, é recebido de braços abertos, como sempre, e vai até o quarto de sua amiga de infância. Ele encontra a amiga deitada, pálida e com os olhos emanando um medo ao estremo.

Kenji se aproxima da menina e ela o abraça, chorando tanto, que as lágrimas dela molham o casaco branco de Kenji, mas ele não se importa. Ela a deixa chorando enquanto ela quer, sem dizer uma palavra, pois não sabia o que dizer a ela naquele momento.

Olhando para o rosto dela, tão aterrorizado... Tão cheio de pavor... Sentiu-se culpado, por não ter matado o tal Toshio Kobaiyashi quando teve oportunidade. Nunca vira Miya tão assustada em sua vida.

- Miya... Eu...

Miya o interrompe, colocando seu dedo indicador em seus lábios, mais lágrimas descendo por seus olhos.

- Kenji... Acho que nunca senti tanto medo em minha vida... Foi horrível... Ainda bem que acabou...

- Não se preocupe, o infeliz morreu em uma troca de tiros com a polícia, Miya, ele vai te deixar em paz.

- Este morreu... Mas quantos criminosos ainda existem pelo mundo, fazendo sofrer pessoas inocentes como eu? Por que, Kenji? Porque o mundo tem que ser habitado por pessoas tão más? Por que pessoas inocentes como eu tem que sofrer nas mãos de pessoas ruins e sem coração?

Mais lágrimas caem dos olhos azuis de Miya e por um minuto, os olhos de Kenji param diante dos olhos amedrontados de sua amiga. Todos os dias não só ela, mas várias pessoas inocentes sofriam nas mãos de criminosos e pessoas sem coração. Matsuda e sua equipe, se posando de moralistas, só souberam criticar seu pai, que, no passado tentou criar um mundo sem maldade para pessoas boas poderem viver em paz. No fim das contas, o Shinigami, ou melhor, seu pai, estava com a razão o tempo todo.

Miya abraça mais uma vez Kenji. Ele retribui o abraço de sua amiga, em seus olhos, um discreto brilho vermelho.

- Miya, você gostaria de viver em um mundo sem maldade, só habitado por pessoas do bem?

- Igual à época do Kira? – pergunta Miya, em um tom fraco de voz.

- Sim, Miya, igual à época do Kira.

- Se Kira estivesse vivo, eu não sofreria o que sofri. Sei que você não gosta dele, Kenji. Mas esta é a verdade.

- Miya, a partir de hoje você não precisará ter medo de mais nada, pois eu criarei um mundo sem maldade para você. – sussurra Kenji, mais para si mesmo do que para Miya, o tom de seus olhos mudando para o vermelho. Atrás dele, Light gargalha de satisfação.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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