One-shot Klaroline - SweetHeart escrita por K Langdon


Capítulo 1
Parte I - Eu não quero morrer.


Notas iniciais do capítulo

AMO ESSE CASAL.
Boa leitura.



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POV CAROLINE
Sentia a morte por todo o meu corpo. Eu não queria morrer. Não sei o que é pior, a dor física que a mordida causava ou a dor sentimental de ser uma mordida de Tyler. Tudo bem que o desgraçado do Klaus era culpado por isso, mas eu esperava que Tyler lutasse contra isso, por ele e por nós. Ele preferia se conformar com a coisa de "gerado por Klaus" e isso me trouxe aqui. Frente a frente com a morte eu pensava no que ainda não tinha vivido e no que nunca iria viver. Matt saiu do quarto e foi atender a porta. Ouvi a voz de Klaus e meu corpo estremeceu. Aquele sotaque britânico o deixava ainda mais assustador e misterioso. Não prestei atenção na conversa que ele, Matt e minha mãe agora tinham. Eu só conseguia pensar que ia morrer.
(n/a: aqui começa a cena do ep3x11 na visão de Caroline.)
De repente ouvi um barulho e abri os olhos. Klaus entrou pela porta me deixando apreensiva e assustada.
– Você vai me matar? – perguntei com medo da resposta. Se ele quisesse isso, eu não tinha a mínima chance de me defender.
– No seu aniversário? – ele respondeu com outra a pergunta como se isso fosse algo que ele não faria. – Você realmente acha que devo comemorar?
– Sim – respondi firme. Ele queria que Tyler me mordesse e assim aconteceu. Agora devia estar feliz de me ver ali.
Ele se aproximou devagar da cama e descobriu meu ombro deixando à mostra a ferida horrível que a mordida tinha me causado. O medo me preencheu ainda mais.
– Isso parece ruim. – ele observou o óbvio. – Minhas desculpas... Você está com o que é conhecido como "danos colaterais". Não é nada pessoal. – ele explicou com uma voz calma.
Levantei meu olhar afim de encontrar o dele. Ele não parecia feliz, suas palavras pareciam verdadeiras. Ele me olhou por mais algum tempo e depois tocou a pulseira que Tyler havia me dado como presente de aniversário.
– Eu amo aniversários. – ele disse casualmente.
– Sim. Você não gosta... de milhão de coisas? – pensei em tudo que eu gostava e o encarei.
– Nós temos que ajustar nossa percepção de tempo quando nos tornamos vampiros, Caroline. – deixei de olhá-lo. – Celebre o fato de não ter mais que ir em convenções humanas triviais. Você está livre. – ele disse como se fosse algo bom.
– Não. – discordei imediatamente. – Estou morrendo. – olhei para ele séria.
Klaus sentou na cama num modo que pudesse ficar de frente pra mim. E me olhou mais de perto.
– E eu posso te deixar morrer... Se você quiser. – me surpreendi com a proposta e continuei olhando pra ele. – Se você realmente acredita que sua existência não tem mais significado... – pude ver em seu rosto dor e tristeza. – Eu mesmo penso sobre isso uma ou duas vezes entre os séculos, que a verdade seja dita.
Ele aproximou o rosto ainda mais do meu, me deixando um pouco desconfortável.
– Mas eu te deixo um pequeno segredo. – ele sussurrou. – Tem um mundo inteiro te esperando. Cidades legais, e arte, e música... – ele disse num tom de esperança. Olhou para minha pulseira e mais uma vez a tocou. Voltou a me olhar profundamente e prosseguiu. – Genuinamente bonito. E você pode ter tudo isso. Você pode ter uma centena de aniversários mais. Tudo que você tem que fazer é pedir.
Senti ao mesmo tempo vontade de chorar e raiva. Cerrei os dentes controlando a vontade de pular no pescoço de Klaus e matá-lo. Eu não tinha chances, nem quando estava saudável, imagine agora. Ele tinha me colocado naquilo e eu era obrigada a implorar pra ele me tirar.
Engoli o orgulho e pedi.
– Eu não quero morrer.
Um ar felicidade apareceu no rosto de Klaus que arregaçou a manga da camisa, pegou minha cabeça gentilmente e colocou em seu colo. Gemi um pouco pois meu corpo todo era consumido pela dor.
– Então vamos lá, querida. – ele disse me oferecendo o braço pra que eu mordesse. – Fique a vontade.
Sem prensar duas vezes mordi o braço de Klaus e comecei a tomar seu sangue. O gosto era diferente do sangue de humanos, mas era bom.
– Feliz aniversário, Caroline. – pensei que ele podia estar sorrindo ao dizer isso, mas não me importei e afundei ainda mais os dentes em seu braço. Eu precisava daquele sangue pra viver.
(n/a: Ok gente. A cena da série termina aqui, mas eu e minha imaginação fértil vamos continuá-la.)
Bebi aquele sangue como se o mundo fosse desabar sobre nossas cabeças. Minha mente serpenteava entre pensamentos bons e ruins quando Klaus me tirou dos devaneios.
– Tudo bem SweetHeart. Acho que você não precisa beber mais. – disse sorrindo e colocando a manga da blusa no lugar escondendo o que eu tinha feito em seu braço.
Ele delicadamente pegou minha cabeça e colocou no travesseiro. Ficamos nos olhando por um tempo até minha mãe interromper.
– Você está bem filha? – ela perguntou com uma voz doce e preocupada.
– Sim mãe, agora eu vou ficar bem. – a tranquilizei enquanto ela se aproximava.
Klaus levantou percebendo que ela queria ficar perto de mim, e minha mãe ocupou o lugar na cama.
– Eu tenho tanto medo de te perder, Caroline... – os olhos dela se encheram de lágrimas, porém ela as segurou.
– Você não vai me perder mãe. Amanhã já estarei melhor. A Senhora vai ver. – assegurei sorrindo.
Ela passou a mão na minha testa e me beijou na bochecha.
– Matt foi embora e eu sou obrigada a cumprir um plantão na delegacia hoje. Eu queria ficar aqui cuidando de você, mas não posso.
– Está tudo bem mãe. Pode ir tranquila. Te amo tá? – peguei a mão dela e beijei.
– Também te amo filha. – ela se levantou e olhou pra Klaus. – Obrigada pelo que você fez. Agora pode se retirar.
Surpreso com a rispidez da minha mãe ele caminhou até a porta.
– Tchau, Caroline.
Eu não podia deixá-lo ir embora sem antes conversar e agradecer. Além disso, não queria ficar sozinha.
– Espera, Klaus.
– Filha, eu não tenho tempo. Preciso correr pra delegacia. – minha mãe falou apressando pra que ele fosse embora.
– Eu e Klaus temos que conversar mãe. Pode ir tranquila.
– Caroline...
– Pode ir mãe. – disse levantando um pouco mais a voz. Ela me reprovou com os olhos, mas não contestou. Olhou fixamente pra Klaus como se dissesse: "Se você machucar a minha menina, te mato!" e depois foi embora.
Ficamos nos olhando e ouvimos o carro da minha mãe sair. Depois de um tempo ele quebrou o silêncio.
– Sabe Caroline, quando criei os híbridos, esperava que eles ficassem comigo por gratidão e amizade. Porém fui abençoado com essa lealdade irracional também. – ele se aproximou mais da cama e sentou novamente, do mesmo jeito de antes. – Você acha que Tyler poderia lutar contra isso, mas ele não pode. Se você não consegue aceitar esse fato, não poderá ficar com ele.
– Eu sei. – dessa vez eu toquei o bracelete e lembrei das palavras que ele disse antes de me morder. Eu amava Tyler, mas era impossível ficar com ele. Resolvi mudar de assunto. – Explique melhor aquela coisa de "danos colaterais".
– Eu precisava do apoio da Xerife Forbes. Então, tive que usar você pra conseguir. Realmente sinto muito querida, não tinha outra maneira. Como só eu poderia te salvar da morte, ela concordou.
– Você fala como se usar alguém pra conseguiu as coisas, ainda mais com tanto drama e risco de morte, fosse normal.
– Pra um metade vampiro e metade lobisomem é. Não somos como os humanos, Caroline. Você não fez esse tipo de coisa porque ainda está rodeada de amigos e familiares. O tempo vai te deixando duro e cruel. Quando todos que você ama morrerem, seus conceitos mudarão.
– Eu não vou mudar o que penso por causa de perdas. – afirmei confiante.
– É bom que você pense assim... Poderá tentar. – ele zombou.
Nos encaramos sérios por algum tempo até que ele falou novamente.
– Bom querida, se você me der licença... Acho que vou embora.
– Não! – falei rapidamente sem pensar. Você e essa sua boca grande Caroline! Merda!
– Você quer que eu fique? – ele perguntou sorrindo surpreso.
– Não! Quer dizer... Tanto faz. – olhei para o outro lado fazendo pouco caso da presença dele, mas a verdade é que eu queria que ele ficasse. Klaus me intrigava muito e eu não queria ficar sozinha naquela noite tão melancólica e mórbida.
– Bom, se tanto faz. Eu vou ficar. – ele disse me surpreendendo dessa vez. –Você devia descansar...
Ele levantou e sentou na poltrona que havia no canto do quarto.
– Bons sonhos SweetHeart.
Fechei os olhos e tentei não pensar no quanto era estranho e bom ter Klaus ali.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

MEREÇO REVIEWS?
Qualquer errinho de português me avisem :)
Beijos e até a parte II.