Arrebol Corrupto escrita por judy harrison


Capítulo 5
Capítulo 5 - O triste desfecho.


Notas iniciais do capítulo

Desmascarado, Valentino perdeu o controle e pôs a vida de todos em risco, até mesmo sua própria vida.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/190127/chapter/5

Valentino procurou por Julia, e a encontrou no depósito, ele a observou por uns minutos. Julia descia e subia com mercadorias. Então ele a abordou e mandou que ela saísse com ele da loja.
Como ela sabia que ele ia fugir aceitou acompanha-lo e pensar num jeito de atrasar sua fuga.
_ O que você vai fazer, Valentino?
_ Julia, eu preciso lhe contar que vamos ter que sair do país.
_ Como? Por quê?
_ A loja está funcionando ilegalmente, e Kevin deve ter descoberto. Mas eu tenho uma conta no exterior, ia lhe contar uma hora ou outra.
Ela percebeu que Valentino estava indo em direção a mansão de Kevin. Não contava com isso.
_ O que vai fazer aqui, Valentino? Kevin está na loja.
Seu comentário despertou em Valentino uma desconfiança de que Julia tinha algo a ver com tudo aquilo. Havia descartado aquela possibilidade por que sempre achou que ela nunca soube de suas fraudes, que Catarina nunca contou a ela. Mas ele confirmou que estava errado, quando parou em frente a mansão.
_ Sabe quem mora aqui, Julia?
Julia não conseguiu negar.
Num relance ela imaginou o que ele podia estar querendo ali e abriu a porta do carro, mas foi segurada por ele pelos cabelos.
_ Não saia daqui sem mim, ou descontarei neles!
Ele falava de Susie e Gerry, mostrando a ela uma arma que já estava em sua mão.
Ordenando que ela saísse junto a ele, foram até a portaria da casa.
Susie os viu e ordenou que abrissem o portão.
_ O que houve? O que fazem aqui?
Sem piedade, Valentino atirou no único segurança que estava ali, e o matou, e quase ao mesmo tempo empurrou Julia para perto de Susie. Ambas estavam apavoradas.
_ Valentino, não! implorou Susie em vão.
_ Onde está o bebê? ele gritou Vamos até ele!
Enquanto andavam até a casa de Susie, Julia tentava convencê-lo.
_ Valentino, deixe os dois! Eu irei com você! Kevin não irá atrás de nós!
_ Cale a boca, traidora! Você agora está íntima do poderoso Harris? Você armou pra mim!
Quando chegaram, ele viu Gerry dormindo e ordenou que Susie o pegasse. Susie estava em prantos, e fez o que ele mandou.
Com a arma apontada para o bebê ele segurou sua irmã pelo braço e disse:
_ Diga a Kevin que se eu sair do país em segurança, seu filho e sua empregadinha ficarão livres.
Ele pretendia sair em seu carro, mas antes que se aproximasse do portão, viu quando Kevin chegava em sua limusine.
Sem saída para a rua ele correu com seus reféns para dentro da casa de Kevin.
_ Ele está lá dentro com Gerry! - Julia disse quando Kevin entrou.
_ Meu Deus! ele se apavorou e ficou desnorteado.
_ Chamem a polícia e informem o que está acontecendo! disse um dos seguranças ao outro Senhor Harris, é melhor que o senhor fique aqui. Deixe isso com a polícia.
_ Meu filho! Minha irmã! Eles correm perigo!
_ Eu sei, mas o senhor não vai ajudar se for até lá.
Kevin temia muito pela vida de seu filho e de Susie, quase não pensava direito. Mas se lembrou de que Julia conseguiu dominar Valentino em tudo que planejou.
_ Julia, vá até lá! Diga a ele que fique com tudo, que eu quero apenas que ele os liberte. Vá até lá e tire meu filho e minha irmã de lá! Foi você quem causou isso tudo!
Kevin estava descontrolado, e Julia compreendia. Mas concordou que era responsável pela atitude de Valentino.
Ela passou pelo segurança.
_ Moça, não vá, é perigoso! Senhor Harris não sabe o que diz!
Mas ela não o escutou, foi até a casa e entrou.
Valentino estava com a arma ainda apontada para Susie, mas o bebê estava acordado no colo dele. Os três estavam no chão, atrás do balcão da cozinha, e Susie tentava manter Gerry calmo.
_ O que quer aqui? ele perguntou quando viu Julia.
_ Valentino, eu quero conversar, está bem?
_ Quero falar com Kevin, e não com você, sua traidora!
Ele chorava, mas estava transtornado.
_ O segurança chamou a polícia. É melhor você deixa-los ir, não faça mais bobagens.
_ Bobagens? suas lágrimas caíam Mentiu pra mim, disse que estava grávida. Mas eu a vi pegando aquelas caixas do estoque, fazendo o inventário, subindo e descendo pelas escadas com caixas pesadas.
_ Eu sou culpada! Então solte Susie e o bebê, eles não têm nada com isso!
_ Kevin vai ter que me deixar sair, ou eu matarei os dois.
_ Então deixe Susie ir, eu ficarei no lugar dela!
_ Que direito tem de me pedir isso? Eu fiz tudo que você quis até hoje! Eu te amei, e você me entregou! - ele chorava com sinceridade.
Julia sentiu pena de Valentino. Mas não queria vacilar.
_ E que culpa tem o bebê? Por favor, deixe-os ir embora!
_ Eles vão ficar aqui! ele gritou Se morrerem, você será responsável!
_ E se eu prometer ficar com você pra sempre?
Julia também chorava, não tinha mais argumentos para convencê-lo a libertar Gerry.
_ Eu não te quero mais!
De repente ela viu Kevin abaixado do outro lado do balcão, estava perto de Valentino. Então ela tentou distrai-lo e ao mesmo tempo fazê-lo confessar seu crime.
_ Me amou mais que a Catarina? ele colocou sua mão com a arma na própria testa Disse que me amava mais que tudo nessa vida!
_ Catarina foi o meu verdadeiro amor!
_ Então por que a matou?
_ Por que ela era como você, uma traidora! Se tivesse me contado que faria isso, eu...
Kevin tentou alcançar a mão de Valentino, mas errou o golpe e acertou seu rosto. Assustado, Valentino tentou se afastar, e quando abaixou a arma, Julia avançou sobre ele. Gerry caiu ao chão e Kevin o pegou.
Mas Valentino ainda estava na frente de pai e filho. E quando ia atirar, Julia entrou em sua frente e segurou sua mão, mas ele disparou. Ainda assim ela lhe tirou a arma.
Kevin já entregava Gerry para Susie que saiu correndo de lá, então ele conseguiu render Valentino ainda sentado, e lhe deu vários socos e chutes, descontroladamente.
_ Deixe minha família em paz, seu maldito!
Foi naquele momento que a polícia entrou. Kevin então procurou por Julia e ela estava estirada ao chão com sangue em sua barriga.
_ Julia! Não! Julia! era Valentino que gritava ao ver o que fez.
Kevin também gritou.
_ Uma ambulância, por favor! Chamem uma ambulância!
Abraçado a Susie e Gerry, Kevin via a ambulância saindo com Julia entre a vida e a morte, e Valentino sendo colocado numa viatura da polícia e lamentando, pois pensava ter matado Julia.
_ Acabou, meu filho! disse Kevin beijando o rosto do bebê no berço Está tudo bem agora. também acariciou o rosto de Susie, e disse A tia dele está chegando! Vá para a casa dela e fique até que eu os busque, está bem? Vou ao hospital para acompanhar Julia.
_ Me desculpe, eu me descuidei dele! ele disse, ainda estava chocada e em prantos.
Kevin a abraçou com ternura.
_ Não diga isso, meu bem! Você foi ótima! Fique calma, acabou.
Quando Susie foi embora, Kevin foi para o hospital.
_ Como ela está, doutor?
_ Ela está bem. O tiro atravessou o abdômen dela, mas nada grave, não atingiu nenhum órgão, só o tecido gorduroso. Ela vai se recuperar com muito repouso.
_ Eu posso vê-la?
_ Sim, mas não a canse demais. Ela ainda está frágil.
Kevin foi ao quarto e Julia estava com os olhos abertos, mas não se mexia por causa do corpo imobilizado.
_ Julia. ele se aproximou e falou com a voz baixa.
_ Kevin! ela falava com dificuldade por causa dos sedativos. Ficou feliz ao ver seu sorriso.
_ Não fale, só escute. Vou cuidar de você, está bem? ele acariciou seu rosto Você salvou a vida de meu filho e a minha, levou um tiro por nós! Não faltará nada para você enquanto estiver aqui.
Kevin beijou a testa dela e saiu.
Julia sentiu que estava morrendo e fechou os olhos.
Mas era o sedativo para dormir que fazia efeito.
Cinco dias depois, Julia recebeu alta e Kevin pediu que Susie fosse busca-la. Ela ainda não podia andar, e estava com cadeira de rodas.
Sabendo de sua limitação, Kevin decidiu que ela ficaria na mansão até se recuperar, e mandou que fosse adaptado um quarto para ela.
_ Vou ficar assim por três meses. Julia falava com Susie, sentada em sua nova cama de seu novo quarto.
_ Até lá, você ficará aqui com a gente. Isso me deixa feliz.
Susie sorria, e Julia finalmente descobriu algo que ela não lhe contou.
_ Susie, Kevin e você são irmãos, não é? ela abaixou a cabeça - Seu sorriso é igual ao dele.
_ Eu não gosto que saibam.
_ Mas por quê? Ele gosta tanto de você!
_ Minha mãe, que teve um caso com o pai dele, foi acusada pela mãe dele de dar o golpe do baú, de me usar para extorquir dinheiro do pai dele. Então ela me pediu antes de morrer que eu nunca ia me colocar na condição de irmã dele, e que trabalharia para me sustentar.
_ E Kevin, o que pensa?
_ Que sou uma idiota, pensa o que todo irmão pensa da irmã! elas sorriram Ele acha que é uma bobagem, e que eu devia ser declarada sua irmã, que a fortuna dele é minha também, por que me ama...
_ Não se orgulha de saber disso?
_ Claro que sim! Kevin não tem vergonha de mim... Valentino tinha.
Elas ficaram caladas por uns segundos, mas Susie precisava lhe contar.
_ Julia, Valentino se suicidou... Dois dias depois que foi preso. Ele pensou que você estivesse morta.
Julia não se conteve e chorou. Kevin estava na porta ouvindo a conversa das duas, então entrou e a abraçou.
_ Não chore, pode abrir os seus pontos.
_ Tenho que falar de uma vez, Kevin! disse Susie Julia, você estava mesmo grávida, sofreu um aborto por causa do tiro.
Kevin a abraçou mais forte. Julia chorou naqueles minutos quase dois anos de rancor. Já não sabia se havia feito a coisa certa, se sua vingança valeu a pena e se deixaria de se culpar pelo suicídio de Valentino.
Kevin ouvia seu desabafo.
_ Não tenho minha amiga de volta, e ainda perdi... um bebê. E por minha culpa Valentino se matou...
_ Olhe por outro lado. Você não sabia que estava grávida, ele foi o único responsável por tudo isso, e você fez justiça, como queria.
_ Agora eu entendo quando dizem que a vingança é um prato frio. Mas esquecem de acrescentar amargo e doloroso de engolir.
_ Conseguiu! É o que importa. Arriscou sua vida para salvar a de minha família, e eu aprecio isso. Tudo que importa agora é sua recuperação. Quando estiver pronta, pagarei uma cirurgia para corrigir a falha que ficou em seu abdômen. Voltará a ser perfeita, e linda como é.
_ Obrigada, Kevin.
Ele então não resistiu e beijou seus lábios. Julia correspondeu, e só então se lembrou da foto, e de quantas vezes desejou beijar aqueles lábios de verdade. E ali estava ela realizando seu sonho, não queria acordar.
_ Com licença! Susie entrava com uma bandeja Eu trouxe seu lanche, Julia. Kevin, você pode nos dar licença? Esse é um quarto de meninas!
_ Como as irmãs são ciumentas, e idiotas! ele simulou um soco, e tocou o rosto de Susie com carinho Eu amo você, idiota!
_ Saia daqui.
Julia tinha que segurar seu riso, pois rir podia causar-lhe dor, então ela só gritou feliz!
_ Vocês não respeitam uma enferma!
_ Irmão idiota! Susie disse rindo.


Fim.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Arrebol Corrupto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.