Arrebol Corrupto escrita por judy harrison


Capítulo 2
Capítulo 2 - Degrau por degrau.


Notas iniciais do capítulo

Julia era indiferente ao amor de Valentino, por mais que ele demonstrasse seu carinho.



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Durante alguns meses Julia se dedicou àquela amizade e fez tudo para ganhar a confiança de seu chefe. E agora se tornava sua namorada.
No começo daquele relacionamento, ela precisou ser fria e imaginar seu objetivo, para se adentrar no mundo de Valentino e alcançar seu nível.
Então um ano havia se passado.
Julia estava se aprontando para a festa que seu noivo daria para comemorar um ano de namoro e também seu aniversário de 25 anos.
Valentino tomou o cuidado de convidar todos os funcionários da loja Arrebol. Alugou também um salão e contratou o Buffet. Era tudo uma surpresa preparada para Julia.
Enquanto ele recebia os convidados, Julia pedia ajuda a sua tia, única pessoa de sua família que ela convidou.
_ Esse vestido está ótimo, filha.
_ Ah, tia, se eu pudesse, não iria.
_ Seu noivo estava animado quando saiu daqui.
_ Mas eu disse a senhora. Não gosto dele, e seja qual for a surpresa nessa festa eu terei que fingir que gostei.
_ Você chegou tão longe, Julia. Não acha que devia desistir então?
_ Não, tia. Estou mais convencida a continuar. Se eu me casar com ele poderei remexer em seus negócios. O delegado me disse que vai me ajudar, me dar cobertura. Como noiva, eu ainda não posso fazer nada.
_ Ele nunca disse algo a respeito de Catarina?
_ Ele nem gosta de ouvir o nome dela.
Seu celular tocou. Era Valentino dizendo que já estava tudo pronto.
No salão, Julia realmente se surpreendeu com as coisas que foram preparadas por seu noivo, a decoração era com tema romântico.
Valentino colocou uma faixa onde anunciava seu amor por ela e mandou enfeitar todo o recinto com balões de coração, e além do bolo que mais parecia de casamento, tinha também muita guloseima e bebidas afrodisíacas.
_ Valentino parece amar você de verdade.
Eram as palavras da tia de Julia para ela, ao ver tudo aquilo.
Mas, mesmo surpresa, ela não conseguia ter nenhum sentimento nobre por ele, pois agora o conhecia melhor que antes.
_ Meu amor! Valentino a abraçou e ela simulou uma felicidade Eu espero que tenha gostado.
_ Eu amei, obrigada.
_ Me agradeça depois. E você é a mais linda dessa festa, querida.
Ele a beijou no rosto, com leveza para não estragar sua maquiagem.
A festa prosseguiu com música, e a aniversariante era o tempo todo requisitada.
Dentre seus presentes que estavam sendo entregue pouco a pouco, ela recebeu um buquê vermelho e muito bonito.
_ Meu Deus! disse impressionada.
Ela sabia que não eram de Valentino, pois ele não gastaria dinheiro com algo que não impressionasse mais de dez pessoas, e aquelas flores pareciam ser caras. Ao ler o cartão, que também era muito bonito, ela quase soltou o buquê.
Parabéns, Julia, pelos seus 25 anos.
_ Kevin Harris? estava estarrecida, quando Valentino chegou e a abraçou satisfeito.
_ Gostou da surpresa, Julia?
Então ela achou que ele falava do cartão.
_ Foi você que escreveu? disse chateada.
_ Claro que não! Ele mesmo mandou! O motorista dele acabou de deixar.
Naquele momento o buquê de tão grande e bonito já chamava a atenção dos convidados, e Valentino fez questão de anunciar para todos de uma vez.
Abraçado a Julia ele disse em voz alta.
_ Pessoal, acreditem ou não, esse lindo buquê de flores foi um presente enviado por nada menos que Kevin Harris, o imperador do Arrebol, para minha noiva. O cartão está aqui, se quiserem ver!
Enquanto ele mostrava o cartão, Julia forçava um sorriso, o que fez toda a festa. Estava constrangida com aquela exibição mesquinha.
A festa enfim acabou, e Valentino queria saber como Julia se sentia depois de tudo.
_ Eu gostei, Valentino, mas estou em dúvidas sobre aquele buquê.
_ Acha que é de plástico? ele brincou.
Mas ela estava cansada de sorrir sem vontade.
_ Não, é o cartão que me intriga!
_ Sei o que está pensando. Mas, não, não fui eu, foi ele mesmo.
_ Por que ele se importaria com a festa de uma simples funcionária que ele nem conhece, Valentino! Por favor!
_ Acontece, - disse se gabando que eu o conheço, e falei com ele...
_ Pessoalmente? perguntou desconfiada.
_Não, exatamente. Eu liguei pra ele, para falarmos sobre os negócios, então aproveitei para convidá-lo para a festa.
Ela riu desdenhando.
_ Vai me dizer que as flores são uma desculpa pela ausência? Conte outra...
_ Eu disse que você era filha do dono do banco com o qual ele trabalha. Que seu pai me pediu que o convidasse.
Ela o encarou com ódio. Quantas mesquinharias ainda teria que suportar?
Sem pensar numa reação que não denunciasse seu asco por ele ela começou a chorar.
_ Você não pode ter ido tão baixo!
_ Acalme-se, Julia! Era só uma pequena mentira, pois eu sei que ele não vinha mesmo. Mas você não viu quantas pessoas ficaram impressionadas, e com inveja de você?
_ Por que não sabem que não era pra mim, e sim para outra mulher!
Ela correu para o carro. Queria que ele a levasse embora.
Chateado ele entrou no carro.
Enquanto iam, ela olhava para o cartão que estava no painel do carro.
_ Onde você colocou o buquê? ele perguntou.
_ Não importa. O que eu vi foi que pessoas estavam tirando cada pezinho dele até não restar mais nada.
_ E por que você deixou?
_ Eu estava ocupada mostrando para elas essa droga de cartão.
_ Bem, pelo menos todos gostaram da festa. sorriu Tiraram fotos e vão publicar no jornal...
_ Vão dizer que uma reles funcionária da Arrebol se passou por outra para...
_ Não faça tanto alarde, Julia. Do que você acha que essas pessoas da sociedade vivem, senão de aparências?
_ Eu não faço parte disso!
_ Mas vai fazer! Não disse que quer chegar comigo até o topo?
Ele parou o carro, e Julia não falou mais nada. Apenas abriu a porta e saiu, com o cartão nas mãos, pois uma ideia lhe viera à cabeça.
_ Vai para minha casa amanhã? ele perguntou antes de fechar a porta.
Tentando disfarçar ainda, ela disse mais calma que ia. E ele foi embora.
Ela leu novamente o cartão, e o endereço estava estampado nele.
_ Se esse é um caminho, e nele que vou para te achar, Kevin!

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