Misery Loves Company escrita por MellRodriguez


Capítulo 4
Disfarçando




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{ Tempos atuais... }


- Victória, 15 minutos!

- Vou só terminar a maquiagem.

- Ande logo. – Apressou novamente o produtor, saindo pela porta.

- Já vaaai. – Dizia sem muita paciência.

- Tem algum problema, querida? – Disse um gato preto, subindo na mesa em um pulo.

- Humpf... O Kiro ainda não chegou!

- Oras, e onde está aquele irresponsável?

- Quem sabe?!

- Liga pra ele.

- Você acha que eu já não tentei? Até me comunicar mentalmente eu fiz, mas sou fraca nisso. Você sabe...

- Então, improvise! Você é boa nisso.

- Pelo visto, terei de fazer isso mesmo... – Revirou os olhos.

- Mas sinto que algo ainda te preocupa. O que é?

- Zark, sinto que algo vai acontecer hoje. De... Muito estranho.

- Abstraia, você vive sentindo e confundindo as coisas.

- Não! Dessa vez eu sinto a presença muito forte de uma pessoa, aqui. E sei lá, nunca senti isso... – Dizia colocando a mão em seu peito.

- O que você tem que fazer é relaxar.

- É, talvez tenha razão. – Continuou a se maquiar.

- Eu sempre tenho, hohoho.

Victória perante sua família, é a mais nova, pois tem apenas 150 anos de morte. Foi mordida aos 19, pois na vila em que morava com seus pais, houve um ataque de vampiros. Mordida por um dos mais temidos, Luminor, pena que essa verdade, esconde-se atrás da vergonha e arrependimento. A versão que ela conhece, é totalmente diferente. Toca em uma casa noturna como DJ em Londres, junto com o seu amigo Kiro. Ambos são ansiados por aqueles que freqüentam a boate.

- Esta na hora!

- Ahr, ok. – Levantou-se.

- Arrasa garota!

- Zurk, dessa forma, eu vou achar que você é um gato gay, ta? – Ria.

- Me respeite, eu praticamente vi você morrer!

Tocou improvisando mais do que podia, para dar tempo de seu companheiro chegar.

 

[ À uma hora ]

 

- O que você vai fazer, Tom? – Perguntou Jared Leto ao Kaulitz.

- Não sei, agora que ganhamos o prêmio... Acho que vamos comemorar! – Falou sorridente.

- Bom, eu estou indo em uma casa noturna, dizem que é boa. Esta afim?

- Claro! Mas... Ela é conhecida demais? Porque se não... Não vamos conseguir passar da entrada. – Disse, dando um sorriso cínico.

- Pois bem, essa casa fica meio num lugar “underground”. Mas dizem que é boa...

- Ah, não sei não. Não vai ser perigoso?

- Muita gente já esteve lá, e que a música é de boa qualidade.

- Acho melhor não...

- Não que o lugar seja underground, mas é escondido... Dizem que tem uma infra-estrutura bem moderna por dentro.

- Tem mulher boa? – Riu.

- Deve ter, né?

- Beleza, vou falar com os garotos. Mas me dê um minuto, tenho que convencer o Bill. Aposto que ele estava marcando de ir para algum restaurante fino. Só que não estou nem um pouco afim de ficar sentado. – Revirou os olhos.

- Okay, espero vocês na saída.

- Certo.

Mas não foi tão difícil convencer o Bill...

- Ah Bill, vamos! O lugar parece ser bom

- Você nunca esteve lá, Tom! – Falava mal humorado.

- Eu topo tudo, menos ficar sentado. Preciso dançar. – Disse Georg rindo.

- Bill, passamos mais de 3 horas sentados. Nem eu mais agüento! – Dizia Gustav.

- Não podemos primeiro comer e depois irmos pra esse lugar?

- NÃO! – Disseram os três em coro.

- Humpf, esta bem... Vamos né! – Revirou os olhos e passando da frente deles.

 

 

- Estou morto de fome! – Disse Bill, cruzando os braços no carro.

- “Estou morto de fome” – Remedou seu irmão – Parece um bebê chorão. Pára e relaxa! Não é porque você não sabe dançar, que não vamos nos divertir.

- Ah, cala a boca, Tom! Você também não sabe lá essas coisas todas...

- Não tenho culpa, se mesmo não sabendo dançar, atraiu o que quero...

- Imbecil. Você ainda vai achar alguém que não te faça esquecer!

- Ahr, de novo esse papo?

- Ah, por favor! Vocês vão querer estragar a noite? Bill, pára de ser o centro das atenções, curta o momento. Tom, esqueça os comentários dele. – Disse o baixista sem muita paciência.

Bill não deu mais nenhuma palavra, enquanto os outros conversavam entre si.

Assim que chegaram, o motorista demorou para estacionar, pois as vagas estavam lotadas de carros  caros. Mas antes disso, Tom já havia descido junto com os outros e foi ao encontro de Jared, que estava parado olhando a imensa casa, aparentemente velha, que do alto, podia-se ver da janela, luzes piscando sem parar.

- Que lugar asqueroso! – Resmungou Kaulitz.

- Bill, pára de ficar criticando. Já deu uma olhada nesses carros?

- Ahr, vamos entrar logo? Aqui esta fazendo muito frio. – Revirou os olhos.

- Vão indo na frente, eu tenho que fazer uma ligação. – Disse Jared.

- Esta bem. – Tom deu de ombros.

Os quatro entraram na casa, após pagarem duzentos e cinqüenta libras cada.

- Achei meio salgada essa entrada, não? – Georg falava com um sorriso torto e arqueando a sobrancelha.

- Ainda bem que nossa música permite entrarmos em lugares assim, não é? – Retrucou Tom.

- É, ainda bem!

Passaram por um corredor em forma de arco que continha luzes bem fortes e brancas. Assim que ultrapassaram os plásticos rasgados, poderem admirar a beleza do lugar. O quanto era moderno e continha pessoas de todos os estilos: dos executivos até aos cybers. Parecia ninguém ligar quem eles eram, como se nem os conhecessem. Isso incomodava Bill, mas os outros sentiam-se a vontade. Queriam aproveitar ao máximo aquele espaço. Seu irmão não sabia para onde olhara, pois estava recheado de beldades.

- Não volto mais hoje para o hotel. Avisem isso ao David. – Afastou-se do grupo.

Os outros dois, acompanharam Bill até uma mesa, mas em menos de 10 minutos, ele se encontrara sozinho, apenas vendo desconhecidos conversando e rindo.

Sentia-se enojado, pois vira algumas promiscuidades. Não via a hora de sair dali, mas queria provar a seu irmão que não era tão mimado. Saiu de onde estava, e foi para o segundo andar, onde estava rolando música alta e pessoas dançando enlouquecidamente.

De todas as coisas horríveis que viu no ato daquelas pessoas, apenas uma marcou seus olhos.

Possuía um sorriso encantador e inocente, mas aquele sorriso não pertencia a ele, pertencia a outro, o que deixava-o enciumado. Mas como? O que se passava com Kaulitz? Por que pegou-se admirado por alguém que nem conhecia, e que nem teve oportunidade de olhá-la claramente? Julgava-a ser mais bela, e a que mais prendeu em teus pensamentos. Ela despertava-o desejos obscenos, mesmo contendo um sorriso infantil. O que ela tinha? Que maldito feitiço ela o fizera? Perguntas, que só poderiam ser respondidas pela tal... Ou não.

 

 

 

- Desculpa, Vic! Eu tive que resolver uma coisa. – Disse Kiro abafado.

- Comigo não tem nada, o problema é o Luminor saber. – Saltou um leve sorriso.

- Eu me resolvo depois com ele. – Sorria convencido.

- Bom, deixarei agora o grand finale para você, ok? Estou com uma sensação estranha. – Disse tirando o fone.

- Claro! Eu tomo conta, sem problemas.

- Certo então. – Saiu retribuindo o sorriso.

Ela desceu do palco, e passou exatamente na frente de seu admirador. O que permitiu dele ver que ela cotinha belos seios e um rosto com traços finos.

Foi para o primeiro andar e logo Kaulitz a seguiu disfarçadamente. Coitado, mal sabendo ele que ela já percebera...

 


 


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