A Todo Custo Ser Beijada! escrita por SulaSama


Capítulo 8
Instrumentos do Oscar




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A todo custo ser beijada!
8º Capítulo: Instrumentos do Oscar
By Sula-sama

 

 

— Ok, aquilo foi impulsivo, irresponsável, loucura e um tremendo de um desastre.

 

Já passava da meia-noite e Shaoran ainda estava se recuperando do que aconteceu na tarde do dia anterior. Deitado em seu enorme sofá não usando nada mais que uma bermuda, se perguntava o que a onça branca estaria fazendo a essa hora, aliás passara o sábado todo após o ocorrido com essa curiosidade. Claro, que muitas vezes queria ir lá na casa dela e ver como ela estava. Arrependida, talvez?

 

Não, com toda certeza não! Aquilo não fazia o estilo da onça branca.                             

 

E novamente vem a onda de raiva, ele mal conseguia andar por conta dela, então por que deveria estar tão preocupado no que ela estaria fazendo ou como estaria se sentindo? Ela conseguiu novamente o humilhar. De forma inusitada e assassina. Claro que por uma parte a culpa foi “dele”, talvez tenha sido muito precipitado da sua parte dar uma investida tão rápida nela. Claro que ele nunca admitiria isso. Mas ele tinha a certeza que ela também queria, não era idiota de não perceber. Então, custava ela ter beijado?

 

— Nãoooooo! - falou respondendo seus próprios pensamentos.

 

Em sua cabeça existia uma luta incessante, afinal a moça só piorava no tratamento para com ele, e nunca que ele foi tratado dessa forma, isso era um absurdo! Sakura não funciona como as outras mulheres. Ela não sabe ser gentil, "ah não Shaoran, aqui no centro não". Não, ela tinha que meter uma joelhada bem no meio dos instrumentos do Oscar dele. Tudo bem, talvez tenha sido mais uma reação involuntária já que a criança que apareceu de repente acabou assustando eles dois. Mas apenas um empurrão resolveria.

 

— Nãoooooo, ela tinha que agredir, acho que aquela maluca fez de propósito. – gemeu ao se lembrar novamente da dor e voltou a colocar a bolsa de gelo em cima dos seus instrumentos do Oscar que ainda se encontravam doloridos.

 

Depois do susto que levaram a onça branca saiu quase que correndo para fora do Centro, enquanto ele ficara lá encolhido do chão. Sua sorte foi que a Srta Daidouji chegou antes que qualquer outro funcionário - acometido pela curiosidade - fosse ver o motivo do som que ele emitiu. Ele não se envergonha do grito que deu, afinal se não tivesse involuntariamente feito isso talvez ele ainda estivesse lá estirado no chão, esperando a alma voltar para o corpo.

 

A Srta Daidouji sim que era uma mulher! Apesar que imagina que há interesses por trás de todo carisma dela, mas mesmo assim. Por que não se apaixonou por ela? Seria tudo bem mais fácil.

 

— Espera... O que? Apaix... - ele nem conseguiu terminar.

 

Perdera a cabeça com certeza. Nunca que estaria apaixonado pela onça branca, aquela maluca deveria ser internada. É um perigo ambulante para toda a sociedade masculina e de especial ele e seus instrumentos do Oscar. Ela de nada era compatível com ele, toda metida a sabichona, prepotente, dona da verdade, louca, agressiva, maravilhosamente linda. Espera, o que? Isso era algo bem diferente dessas coisas chamadas amor, paixão. Era vingança. Sim! Doce vingança. Ela quase caiu, afinal se não tivessem sido atrapalhados o que teria acontecido? Ele teria conseguido finalmente seu beijo? Ou talvez não? E se tivesse conseguido? Daria por terminado esse jogo? Ou será que queria mais beijos, quer dizer, mais vingança?

 

Seus pensamentos foram interrompidos pelo toque do seu celular. Olhou no visor e se aborreceu.

 

— Sério que essa mulher não cansa?

 

Midoriko desde que se encontraram na última vez para pegar os dados coletados da onça branca vivia ligando para ele. Escapou por várias vezes de Eriol pegar o celular ou talvez ver pelo menos quem era. Ele nunca chegou atender. Talvez se mantivesse assim ela poderia pensar que aquele número não era exatamente dele, ou acabasse desistindo. Mas ela era muito insistente, às vezes tinha a sensação que aquilo daria em merda. Decidiu novamente deixar tocar, não estava literalmente com "saco" para atender.

 

Não sabia como ficaria daqui pra frente, afinal depois do que aconteceu talvez nem quisesse mais se envolver com essa mulher. Pensando bem seria uma dor de cabeça a menos, não precisaria se preocupar em ajudar o centro, nem se envolver com alguém tão perigosa quanto a onça branca. Seria uma desculpa perfeita para se afastar antes que tudo isso fosse por água a baixo.

 

Apesar que existia uma parte dele que se negava a querer desistir. Essa parte queria ver ela toda derretida por ele, provar que sim, ele poderia ter quem quiser. Principalmente uma ogiva pronta para explodir. E tinha o centro também, por mais que não quisesse quebrar cabeça em como faria para convencer o Eriol, ele sabia que era tarde demais. Conheceu aquela realidade tão distinta da sua, e acabou decidindo que gostaria de fazer muito mais por aqueles pequeninhos.

 

Ele nunca imaginou que seria tão altruísta. Talvez seja influência da onça branca, afinal vê-la se empenhar tanto pelo bem dos pequeninhos aquece seu coração e isso não tem nada a ver com o "rolo" deles, acho que isso se chama empatia. Isso! O grande Shaoran está pensando em outra pessoa que não seja ele. Isso sim, é uma vitória. Não que ele possa verbalizar isso em frente à outras pessoas. Mas só fato de se sentir assim, já é um grande avanço de caráter.

 

— Mas enfim, isso tudo é muito lindo - acabou concluindo seus pensamentos em voz alta - mas depois de hoje, eu não quero ver aquela onça nunca mais. E quando o sensacional Shaoran Lee diz que nunca, é porque, é nunca!

 

E com essa "sábia" decisão levantou, caminhou com as pernas abertas até o banheiro tomou uma ducha rápida e foi deitar. Ficou um tempo imaginando ainda o momento antes do desastre. Nitidamente ainda via o rosto da onça branca ruborizado, seus olhos verdes cintilantes e sua respiração doce acelerada em seu rosto, tão próximos. Essa lembrança fez seu coração acelerar mais que o normal. Então suspirou.

 

— Nunca mais! - enfatizando sua última declaração virou para o lado e adormeceu.


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