A Todo Custo Ser Beijada! escrita por SulaSama


Capítulo 6
Primeira Tentativa!


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIIIIIIII
*correndo das pedradas*
TT-TT desculpe-me, desculpe-me *se curvando*
Eu sei que demorei horrores, mas é muita coisa e falta de inspiração
Mas quando ela vem... vem com tudo!
bom não vou demorar-me mais aqui!
Espero que curtam!
obs.:
A narrativa diversifica entre os personagens e o narrador.
A apresentação dos personagens estão entre '( )'.
E a fala inicia-se sempre com ' - '.
A história é totalmente de minha autoria sem fins lucrativos, a maioria dos personagens pertence ao grupo CLAMP! Outros que não são do anime foram criados por mim.
Enjoy...



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A todo custo ser beijada!
6º Capítulo: Primeira Tentativa!
By Sula-sama



Ao presenciar os dois homens se fuzilando, Sakura não teve outra escolha a não ser levar o ator consigo ao centro. E de nada Fay ajudou principalmente quando viu os chocolates que o ator lhe dera. Definitivamente Fay era um escandaloso! Aquela cena a assustou por demais nunca esperava que fosse ver seu vizinho irritante tendo a mão ‘esmagada’ pelo a do ator. Isso na sua terra se chamava ciúmes, mas cada minuto que passava com ele mais sua interrogação crescia. O que se passa na cabeça desse homem? O que ele quer com ela? Ela não engoliu essa de ‘interesse’! Então seria amor à primeira vista, o que não existia no mundo de Sakura. Ela se encontrava agora no carro com ele presenciando pela primeira vez a expressão de ódio que o ator fazia.

- Sabe você não precisava ter feito aquilo? Quase quebrou a mão dele! – disse notando ele apertar desnecessariamente o volante do carro.

- Me desculpe senhorita Kinomoto se machuquei seu namorado. – falou cuspinndo a útima palavra. – Eu não tenho culpa se ele é um fraco.

- Ele não é meu namorado! – alterou um pouco a voz – E o que há com você? Você nem me conhece e já esta com esse ciúmizinho! – disse fazendo careta – Eu já disse! Eu não gosto de você então eventualmente não quero nada com você!

- Ciúmizinho? Isso é o que você pensa. Eu não tenho ciúmes de ninguém! – disse indignado olhando para ela.

- Então por que não me deixa em paz?

- Não pense que vai se livrar de me assim tão fácil mocinha! – disse sorrindo malicioso para ela. Fazendo-a bufar e virar o rosto em direção a janela. – Ah não faça essa cara eu sei que você gosta de mim também! – foi à vez dela olhar indignada para ele.

- Mas é muito convencido mesmo! Não sei dá onde a Tomoyo tirou essa idéia de lhe convidar, mas não tem problema ela irá me pagar muito caro por isso.

Agora Sakura estava mais confusa do que nunca. O que ele pretende? Com certeza não deve ser nada verdadeiro, tipo uma noite e no outro dia ‘todas caem no meu charme, adeus!’ ah não, com ela não! Ele poderia ser o último homem na terra que mesmo assim ela não aceitaria. Mas o que fermenta sua interrogação é o fato de ser ela. Ela não se considerava nada especial, principalmente a ponto – como já dissera – de chamar a atenção de um ator famoso.

Sakura não era rica, não era famosa, nem na época do colegial ela era popular. Claro que naquela época era ela uma menina alegre e simpática, reconhece que é bonita, mas não chamava atenção por onde passava. Então por que esse súbito interesse? Se ela nunca tivesse participado daquele programa eles nunca teriam se conhecido. Fato que não poderá ser mudado e que a morena desejasse ardentemente! Ela olhou o ator pelo canto do olho e apreciou os traços fortes do seu rosto, sim! Seria uma tola se não admitisse que aquele homem ao seu lado tirava o fôlego de qualquer mulher que o olhasse. Viu-o sorrir sorrateiramente e aborreceu-se por ficar imaginando o que ele estaria pensando.

Shaoran sorriu ao notar a confusão na cabeça da onça branca, sabia que as engrenagens de sua mente estavam trabalhando à mil. Ele não era nenhum idiota para não saber que sua confusão se dar pelo fato dele ter escolhido ela entre tantas. A verdade é que nem ele mesmo sabia explicar corretamente o motivo, talvez pelo seu orgulho que fora ferido pela arrogância dela. E de uma forma ou de outra ele esta tentando se vingar. Mas será mesmo? Sim! É verdade! Essa mulher lhe envergonhou em rede nacional ele não descansaria até vê-la implorando por seu amor.

Mesmo com esse discurso interno, o jovem ator sabia que a enfermeira tinha mexido com seus sentidos, mas que nunca admitiria. Apesar dela não notar ela era linda! De uma beleza incomum, com traços delicados e com um corpo excepcionalmente desejável. Apesar da casca dura envolta de seu coração seus movimentos de longe eram bruscos. Eram suaves como uma brisa leve ao amanhecer. Então surgiu a pergunta: por que ela era tão dura? Por que ela não deixava nenhum homem pisar fundo em seu campo? Às vezes que se encontraram ela sempre falou sobre caráter, dignidade e humildade será que algum malandro enganou ela em seu passado?

Ao pensar nisso o ator sentiu subitamente uma onda de fúria correr pelo seu corpo. Não podia imaginar que algum homem tivesse passado na vida de ‘sua’ onça e a mal-tratado de tal forma que deixou seu coração amargurado. Shaoran freou bruscamente o carro na entrada do centro ao notar o que acabara de pensar. ‘Sua’? Como assim ‘sua’? Seu coração batia descompensado em seu peito notando preliminarmente o que sua cabeça queria negar. Sakura estava com uma expressão assustada em seu rosto, ela não esperava uma parada brusca como a qual havia presenciado. O que ele estaria pensando?

- Sabe o desfibrilador daqui é para ser usado em caso de emergência nas crianças não nas enfermeiras! – disse aborrecida para ele.

- Desculpe se lhe assustei. Não era essa a minha intenção. – falou sincero derrubando as barreiras dela.

- Ok! É melhor entrarmos... – disse em um fio de voz. O susto que ela levou quando chegou não foi nada comparado a esse.

Apesar de ter sugerido que entrassem nenhum dos dois fez sequer menção de sair do carro. Sem perceberem ambas as respirações estavam descompensadas, da jovem enfermeira pelo os dois sustos que tomara e do moreno pelo caminho involuntário dos seus pensamentos. O jovem ator então percebeu a fraqueza da onça, a gentileza e a espontaneidade. Às vezes que fez uso dessas qualidades ele conseguiu desconcertá-la e atrapalhar seu raciocínio aguçado. Poderia sim usar isso a seu favor.

Apesar de esse pensamento ousado ter cruzado sua mente ele deu conta que suas mãos pela primeira vez em tanto tempo estavam trêmulas ao retirar as chaves da ignição. Mas o que é isso? Pensou com indignação. Palpitação, gentileza espontânea e tremor nas mãos? Por acaso eu tenho 15 anos de idade e estou no meu primeiro encontro? Isso é um absurdo. Não tinha o porquê de ele ficar nervoso, afinal era preparado para lidar com quase todo tipo de situação. Talvez se desse conta que era a primeira vez a se vingar de uma mulher de uma forma totalmente nova poderia entender seu nervosismo.

Vendo que passaram muito tempo dentro do carro sem trocarem nenhuma palavra a mais os dois saíram do veículo ao mesmo tempo. Andaram lado a lado até o portão quando Shaoran sente seu celular vibrando o tirando em seguida. Se o rapaz já estava nervoso pela situação agora definitivamente não sabia onde se esconder. Se a enfermeira realmente não desse a mínima para ele, o ator não teria com o que se preocupar. O problema era que assim que ele tirou o celular do bolso e constatou o nome da detetive Midoriko no visor do aparelho notou que a enfermeira olhara também para o mesmo lugar curiosa. E viu-a franzir o cenho. O que faria? Com certeza não atenderia! Mas se desligasse o que ela pensaria dele?

Os dois nem perceberam que haviam parado. Sim! Ela tinha parado junto a ele. O jovem ator parou em confusão de como se livrar daquele problema e a enfermeira parou sem perceber curiosa para ver o que ele faria. Em uma simples fração de segundos ele aperta o botão vermelho do aparelho e ela se da conta da vergonha que se permitiu passar. O que eu estou pensando? Por acaso eu sou alguma esposa ciumenta que no primeiro toque do celular do marido quase quebra o pescoço para ver quem era? Pensou irritada. Ela abriu o portão com força desnecessária que lá do escritório Tomoyo escutou. A loira suspirou e pensou ‘Sakura chegou!’ apagando o cigarro no cinzeiro em seguida. Ouviu passos furiosos sobre o corredor e uma discussão que foi ficando mais clara ao decorre que se aproximava de onde ela estava.

 - Você por um acaso é louco? – Sakura abre a porta de vez assustando a loira sem perceber.

- Louco? Por quê? Não precisa se preocupar é normal sentir ciúmes principalmente de alguém com eu! – sorriu sínico – Mas não se preocupe você é única.

- O QUE? Repita, pois acho que não escutei direito! – esbravejou colocando as mãos na cintura.

- C-I-Ú-M-E-S! – falou pausadamente se abaixando para ficar do mesmo tamanho que ela.

- IDIOTA! – gritou.

- SAKURA! – Repreendeu a loira que estava de pé pelo susto e inconscientemente em uma posição que esta pronta para apartar qualquer brigar que poderia surgir – Que educação é essa? – continuou.

- Mas Tomoyo...

- Mas nada! Esses não são modos de tratar nosso convidado! – disse se sentando.

- Mas Tomoyo o ‘nosso’ convidado invadiu minha casa e esta me perturbando desde a quarta-feira! – disse fazendo beicinho e cruzando os braços.

- Humm... – murmurou com um sorriso malicioso – Quarta-feira né?

- TOMOYO! – foi à vez de a morena repreender a outra só que toda vermelha.

O ator riu com gosto diante daquela cena. Mas seu riso congelou em seu rosto dando lugar a uma expressão assustadora que graças a uma força maior as mulheres à frente não perceberam por estarem ocupadas discutindo e alfinetando-se. Shaoran percebera o que foi fazer naquele lugar. Para ser um patrocinador do centro o ator precisava comunicar o empresário e ai se encontrava o problema. Não poderia contatar Eriol sem dizer o motivo de estar naquele fim de mundo. Claro que nem precisaria dizer, pois o empresário era de longe estúpido para não perceber o que acontecia com ele. E só precisaria somar dois mais dois para ligar os sumiços com sua atual localização e voilá ele descobriria todo seu plano.

Eriol sempre fora assim como um irmão mais velho ou um gêmeo do mal como queiram o classificar. Em frações de segundos e com pouca informação conseguia decifrar até os mais profundos e obscuros pensamentos de algumas pessoas e principalmente de Shoaran. Ele dizia que o ator era muito previsível e fácil de decifrar, mas o jovem sempre achou que Eriol fazia parte de alguma seita do mal ou quem sabe foi algum cigano em uma vida passada. Ele sabia que assim que o empresário tivesse nota do que ele esta fazendo nunca mais o deixaria em paz. Tanto nos sermões quanto nas piadinhas, Shoaran odeia essas duas coisas. Claro que o amigo não faz por mal, mas ele não nasceu para ser corrigido pelos outros.

Ele suspirou desfazendo aquela expressão fantasmagórica de sua face e se aproximou das duas mulheres interrompendo assim a discussão. Ele não sabia exatamente o que fazer, mas sentia que estando ali com aquele propósito de ‘ajudar’ o centro estaria mais perto de conquistar seu beijo. Ele olhou demoradamente e significantemente para a onça branca causando um desconforto visível nela se convencendo que todo aquele esforço valia à pena, então desceu sua visão para os lábios rosados e aparentemente sedosos e úmidos e sua boca encheu d’água. É... Valia à pena!

Ok! Está calor aqui ou só é impressão minha? Pensara Tomoyo abandando-se ao olhar a ‘secada’ que o ator dera na amiga. Ela só pode ser demente para não perceber que o ator está louco por ela, mas que baixinha de sorte. Apesar de saber que ele estará perdendo o seu valioso tempo, sem que os dois da frente percebessem a loira suspirou em resignação. Como a amiga era tola! Deixar que o passado atrapalhasse seu presente maravilhoso, tentara inúmeras vezes colocar juízo naquela cabeça de ‘miolo mole’ desde que se conheceram na faculdade, mas nada que falasse era aproveitado. E isso só aumentara seu estresse. A loira pegou um cigarro suspirando outra vez o acendendo em seguida. Gostava muito de Sakura e queria acima de tudo o seu bem e não ia negar que mesmo com idades equivalentes às vezes elas invertiam no papel de mãe suprindo a falta da maternidade em ambas as vidas.

- Tomoyo! – a loira se assustou derrubando dos lábios o cigarro ao ouvir a amiga repreende-la. – Novamente não! Ou você acha que eu não notei o odor infectante ao entrar?

- Ok! Ok! Estou apagando! – disse resoluta pegando o cigarro caído e apagando no cinzeiro.

- Eu não sabia que uma mulher tão linda poderia ser adepta a algo tão errôneo! – Shoaran falou sensualmente estendendo a mão a Tomoyo que enrubesceu com a frase e retribuiu o gesto – Creio que seja a primeira vez que nos vemos Senhorita Daidouji! – sorriu.

- Finalmente! Concordamos em algo! – a morena falou colocando as mãos para os céus dramaticamente – Apesar de ter achado um guichê forçado, mas com o mesmo fim!

- Ora Sakura não seja tão seca! Eu achei adorável. Acho até que tentarei parar de fumar se caso receber mais elogios equivalentes a esse. Afinal não é todo dia que sou elogiada por um super astro dos cinemas. – sorriu abertamente para o jovem notando a cara emburrada da amiga – É um prazer vê e conhecê-lo pessoalmente Senhor Lee. Admito que acompanho e prestigio o seu trabalho.

- Ah muito obrigado. Que bom que ao menos alguém me valoriza aqui. – disse alfinetando a morena enquanto Tomoyo ria.

- Grande coisa! – a morena soltou deixando-se cair pesadamente na poltrona da direita – A Tomoyo gosta de qualquer coisa que envolva dinheiro e homem bonito!

-Sakura! – esbravejou vermelha.

- Ah então admite que sou bonito? – ele falou fazendo a onça branca ficar vermelha dessa vez.

- Não! – defendeu-se virando o rosto – Só estou me vingando dela por ter o convidado para vir!

- Está certo já que você diz! – disse sinicamente sentando na poltrona da esquerda.

- Podemos começar o que viemos fazer aqui? – disse uma Tomoyo se abanando recebendo uma confirmação dos dois. Nossa! Como a amiga era impossível! E além do mais se espantou com o comportamento do ator. Parecem gato e rato, esses dois vão dar o que falar.  – Bom Senhor Lee, o centro é uma unidade filantrópica e que nesse exato momento esta passando por uma certa dificuldade para o seu correto funcionamento. – foi direto ao ponto – O senhor pode não saber, mas o tratamento quimioterápico normalmente é muito caro e infelizmente houve um aumento nesse tipo de medicação. Vamos fazer uma comparação: o custo desse pequeno centro aqui equivale ao um custo de um hospital de médio porte, ou seja, é muito para ser uma unidade filantrópica.

- Por isso estão passando por essa dificuldade? – perguntou analisando cada palavra que ela dizia.

- Sim! – respondeu Sakura sem encará-lo – Até a semana passada sobrevivíamos aceitavelmente, pois não tínhamos o aumento e contávamos com um desconto de 35% da empresa fornecedora. Mas tivemos a infelicidade de perder justamente o membro da empresa de sócios que nos proporcionava esse auxílio logo quando houve esse maldito aumento. – disse com raiva se levantando e indo até a janela.

Shaoran a seguiu com os olhos e viu o seu pequeno corpo estremecendo de raiva, não era nenhum louco para não perceber o quão importante significava aquele centro para a onça branca. Então é assim que é se importar com algo acima de qualquer coisa? O jovem se perguntava. Ele mesmo estava sentindo algo morno em seu peito. Um agoniazinha incomoda misturado com ansiedade na espera que no fim tudo dê certo. O ator sentia pela primeira vez a preocupação em algo que não seja em sua carreira ou em seu rosto. Algo desconhecido, mas que em nenhum momento deixava de ter sua imensa importância. Aquela famosa vertigem de iluminação o atingiu, mas não deixara transparecer.

- Então mesmo com o prêmio que Sakura ganhou no programa... – a loira continuou cautelosamente, pois assistira ao programa e vira o que a amiga fizera com ele o envergonhara em rede nacional, mas notou que ele nem se quer demonstrou importância ao tal fato e continuou sem hesitação – Ele praticamente não servirá para ajudar a nos manter talvez servisse para um mês, mas e os outros?

- E então o que farão? – Shoaran perguntou um pouco angustiado e apressado.

- Bom... – assustou-se um pouco, mas prosseguiu – Sakura teve a maravilhosa idéia de fazermos um evento beneficente com quermesses, brincadeiras para jovens e adultos. Já conseguimos a divulgação gratuita de uma emissora local e junto com os funcionários do centro elaboramos cartazes e também ganhamos a impressão deles em uma gráfica no centro.

- E não querendo ser rude, mas como vocês irão pagar por toda a comida, jogos e toda a decoração? Não me entendam mal, mas é que para darem lucro tem que ter uma estrutura no mínimo aceitável! – justificou se inclinando na poltrona com as mãos entrelaçadas no colo.

- É ai que o dinheiro daquele desastre do programa entra! – Sakura disse virando e o encarando – Claro que não é muito para podermos encomendar alguns brinquedos, mas iremos fazer de tudo para economizar. Por exemplo evitando desperdiçar em coisas desnecessárias.

- A não ser que... – Tomoyo começou com uma cara maliciosa olhando para Shaoran que no mesmo instante encostou o corpo no encosto da poltrona.

- Claro que você esta convidado para ir! – falou rapidamente Sakura para que a amiga não completasse seus pensamentos. Se martirizando em seguida por tê-lo convidado agora teria que aturá-lo lá também, mas se bem que ele é um homem bem ocupado talvez nem aparecesse. Sorriu com esse pensamento.

- Que maravilhoso convite! – ele falou se levantando – Mas é claro que eu vou!

Tomoyo olhou sinicamente para Sakura com cara de ‘você se meteu sozinha nessa!’ enquanto a outra estava com cara de ‘como é que é?’

- E mais... – prosseguiu encarando as duas mulheres – Prometo ajudar financeiramente esse evento se a Senhorita Kinomoto ficar na barraca dos beijos! E olhe que eu pago o pacote completo. – falou malicioso para ela enquanto a mesma ficava vermelha dos pés à cabeça.

- Combinado! – Tomoyo disse rapidamente apertando a mão de Shoaran rindo junto com ele.

- Tomoyo! – repreendeu inutilmente à amiga.


Shoaran agora conhecia todo o centro e a cada criança apresentada era um aperto em seu coração. Tomoyo além de dizer o que era tudo aquilo explicava seu funcionamento e ainda dava o custo, sem falar nas doenças das crianças que ela dava uma verdadeira aula de faculdade. Impressionante! Sakura seguia os dois um pouco atrás com a pior cara emburrada que poderia existir. Não tinha gostado da sugestão daquele imprestável e o pior é que ela não podia negar que seria bom para o centro aquela ajuda que ele daria. Conseguira impedir a tempo Tomoyo antes que ela pedisse um patrocínio por parte do ator. Não que fosse egoísta a ponto de pensar só na raiva dela ao invés de primeiramente do centro, mas estivera pensando muito essa iniciativa deve partir dele e não tem nada haver com o que ele vai pensar delas ser interesseiras... Não de forma alguma! 

Shaoran percebera a intercepção da onça branca quando a amiga ia sugerir algo e resolveu participar do pensamento da morena, pois captara o que a outra mulher queria. Teria que agradecer a onça branca depois, pois não saberia o que dizer se Tomoyo pedisse um patrocínio naquela hora. Já sugerir ajudar o evento já é outra coisa e bem mais fácil de se fazer é só tirar o dinheiro de sua conta pessoal ao qual o empresário não tem acesso. Depois daria um jeito de convencer o amigo a patrocinar o centro e quem sabe fazer comerciais beneficentes. Admitia que gostara daquele lugar e tentaria fazer muitas coisas por ali não só pela a jovem morena que trabalhava lá, mas por algo dentro dele que ficara sensibilizado com aquelas crianças.

Involuntariamente levou sua vista até Sakura a observando enquanto ela parara e ficara olhando para um ponto fixo. Não era a primeira vez que a via daquela forma então cutucou Tomoyo que parara de falar e olhou para ele e viu-o apontar para Sakura que estava parada fixando um ponto qualquer na parede.

- Ah isso é normal! – disse em um sussurro – A mente dela funciona diferente da nossa! – riu um pouco.

- Não é a primeira vez que a vejo fazer isso... – ele disse também em um sussurro.

- Bom isso geralmente acontece quando ela esta aflita com alguma coisa. Involuntariamente fragmentos do seu passado volta perturbando ela e fazendo comparação com o presente então ai nesse meio tempo ela devaneia.

- O que aconteceu no passado? É por isso que ela é tão amargurada? – o rapaz olhou para a loira e a viu abrir a boca para responder.

- Espero que não estejam falando de mim! – disse se aproximando.

- Não! Não o que é isso? Nunca falaríamos de você! Dá onde tirou essa idéia absurda? – disse uma Tomoyo nervosa, pois quase revelara o passado que tanto a amiga guardava a sete chaves e seguiu em passos largos o corredor falando coisas sem nexo.

- Sei... – a morena desconfiava que a amiga estivesse mentindo, pois Tomoyo não conseguia mentir naturalmente ela fica muito nervosa e fugia como furacão e ainda por cima sabia que ela correra para o escritório para acender um maldito cigarro. A morena suspirou e olhou para o ator que até então a estava encarando. – E então vai me dizer o que estavam falando de mim?

A enfermeira não sabe explicar como aconteceu, mas quando se deu conta já estava encostada na parede sendo imprensada pelo o ator enquanto o mesmo mantinha um braço de cada lado impossibilitando sua fuga. Sakura sentiu hiper ventilar ao notar aquele belo homem se aproximar gradativamente mais dela mantendo fixa sua visão em seus lábios. Por um momento feminino irracional ela desejou estupidamente que ele encurtasse logo aquela distancia e a beija-se de uma vez acabando com aquele tormento. Ambos sentiram a respiração um do outro e permitiram se por um curto e inesquecível momento se embriagar.

Tomados pela luxúria esqueceram-se de onde estavam e de suas brigas, de suas personalidades conflitantes e principalmente de seus gostos. Apenas o desejo que transpareciam em seus olhos era o que se fazia importante, nada mais. No entanto seus peitos ritmados pelo angustiante dançar de seus corações denunciavam seu nervosismo, tão maduros e tão jovens. Todo o ar pareceu pesar nesse momento surdo se tornou mudo e vice-versa. Olhos entreabertos, rubor sobre as bochechas e bocas ansiosas a poucos centímetros de distância do seu destino... e em um prender de respiração dá a sua primeira tentativa!


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Notas finais do capítulo

E então????
Merece comentários??????
Han? Han? Han?
Espero que tenham gostado e até o próximo!
bjusssssssss *fugindo desesperadamente*