Changing Our Lifes escrita por Mari Romano


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo tem indicios de NC-17. Mas é nele que voces descombrem o que aconteceu com ela.



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[Visão do Gee]

Saí de casa apressado, o vento cortante anunciava a breve chuva que despencaria fortemente. Comecei a circular com o carro em busca da Sam. Estava meio zonzo, por causa do álcool em meu organismo. Fiquei algum tempo rodando e não a encontrei. Comecei a ficar preocupado, pois ela estava muito transtornada ao sair de casa. Fui então à casa da Alex. Único lugar ao qual ela voltaria. Estacionei o carro com violência e desci correndo. Toquei a campainha freneticamente e, ao que me pareceu séculos, vejo a Alex abrir a porta. 

A: PQP, QUEM É O FDP QUE NÃO SABE ESPERAR? *gritando ao abrir a porta*  GERARD? *surpresa* O que ta fazendo aqui? Que cara é essa?
G: A Sam taí?
A: Não ué, por quê?
G: *desesperado* Alex, eu não consigo encontrar a Sam
A: Como assim não consegue encontra-la? Ela não estava com você?
G: É-que-ela-estava-em-casa-e-saiu-correndo-ela-tava-nervosa-e...*falando correndo*
A: Perai Gee, vai com calma, por que ela saiu correndo?
G: Bem, é que a gente tava no sofá vendo filme, e eu comecei a beija-la e...
A: Ai Deus *susto* não me diga que você tentou transar com ela? *brava*
G: *vermelho* Er...é
Nisso ela me deu um murro na cara.
A: Seu idiota, o que você tem na cabeça? *brava*
G: Mas é que eu...
A: Nós temos que encontra-la. *preocupada* AGORA!!
Ela então entrou correndo e subiu as escadas, logo ela desceu seguida do Frank, que pelo jeito não estava entendendo o porque de tanta confusão. Entramos no carro e eu comecei a dirigir. 

G: Alex *falando baixo* para onde vamos?
Ela me olhou com uma expressão de raiva e preocupação.
A: Não sei *ela olhou para fora*
Começamos a rodar com o carro a procura da Sam.
F: Er... Gee sua boca ta sangrando.
G: Que? *falei distraído*
Olhei no espelho e vi que eu tinha um pequeno corte nos lábios, por onde escorria um pequeno fio de sangue.
A: Er.. me desculpe pelo soco Gee *falou calmamente* é que eu não consegui me controlar.
G: Não foi nada *limpando o sangue com as costas da mão* Alex, por que você ficou tão brava? E a Sam? Por que saiu chorando? O que está havendo?
Eu olhei para a Alex e vi pela primeira vez lagrimas em seus olhos. 

A: Gee, acho que eu preciso te contar uma historia.
Ela olhou para fora, pensativa, ficamos em silencio ouvindo a chuva forte que batia no carro, e que a poucos minutos começara.
A: Sabe, aconteceram tantas coisas no passado que eu realmente gostaria de esquecer, mas parece que mesmo que se tente, há feridas que jamais cicatrizam.Fitei-a. Ela me parecia muito triste, como se estivesse relembrando algo muito doloroso. 

A: Quando eu estava no 2º colegial, minha mãe largou meu pai e eu. Meu pai sempre foi uma boa pessoa, mas era muito ausente, devido ao seu trabalho, já minha mãe não, ela infernizava nossas vidas ao máximo. Acho que ela o fazia de propósito, sei lá. Bem, nessa época eu era uma pessoa solitária, não tinha amigos, então para tentar esquecer meus problemas, eu comecei a me drogar. A partir dessa época eu comecei a andar com uns carinhas que também eram envolvidos nisso. Lógico que éramos os excluídos do colégio. E como em todo colégio havia as patricinhas, que faziam o favor de atormentar e tentar rebaixar a todos. Mas elas nem vinham pra cima de nós, pois tinham medo, mas realmente, nós dávamos medo, então elas não faziam nada, a não ser ofender e fofocar. A Sam eu só conhecia de vista, ela estudava na minha sala. Na época eu não gostava muito dela, pois eu a achava muito boazinha.
G: Eu sempre vi que vocês não se pareciam, mas mesmo assim a Sam insiste em falar que são parecidas.
A: Hahaha *olhando pra mim* a Sam...é, ela sempre foi uma boa pessoa, sempre acreditou nos outros. Então, eu somente olhava-a, analisando a todos. Ela fazia ginástica, teatro, natação, montava grupos de estudos, ajudava os alunos e fazia outras atividades extra-curriculares. Ela sempre foi uma menina muito simpática o que a tornava uma menina popular, mas ela não ligava para a popularidade, o que irritava demais as patricinhas líderes de torcida, pois elas se esforçavam tanto para serem populares e a Sam era assim naturalmente. Está me entendendo?
G: Ahan *disse afirmando com a cabeça*, isso é bem típico da Sam.
A: As lideres tinham raiva dela, então estavam sempre implicando com ela.
G: Deixa eu perguntar uma coisa. Ela tinha namorado nessa época?
A: Ela estava namorando um cara chamado Brian, ele jogava futebol na escola *eu abri a boca pra falar mas a Alex me impediu*. Antes de você me perguntar qualquer coisa deixe eu terminar. O Brian ficava dando em cima dela desde o começo do ano, mas ela não queria nada com ele, pois ele era um menino popular e muito “cobiçado” pelas pattys, e ela não queria arranjar mais encrenca. Mas como ele insistiu bastante ela aceitou namora-lo. Bem, eles começaram a namorar na metade de abril, mas a Jully, uma das lideres, gostava dele, ou da popularidade dele, sei lá eu. E ela não os deixava em paz. Ela começou a ameaçar a Sam, mas a Sam, como gostava mesmo do Brian, não se intimidou e disse a ela que não o largaria. Foi aí que a Jully, de tanto ciúmes, aprontou pra cima da Sam.
G: O que ela fez? 

~*~*~*~*~*~*~*~ 

[Visão da Sam]


Droga Gee, por que? Por que? Não, não, não Samantha, a culpa não é dele, é toda sua *eu pensava enquanto corria pelas ruas de NY com aquele vento atingindo minha pele. Corri sem rumo por algum tempo, até que cheguei em uma praça, me sentei em um banco e desabei a chorar. Sentia pingos grossos de chuva batendo pelo meu rosto, se confundindo com minhas lagrimas que escorriam insistentemente.* Por que será que minhas feridas não cicatrizam? Por que será que minhas lembranças não se apagam? 


[lembrança da Sam]


S: Tchau gente, nos vemos amanha.
Ufa, ainda bem que hoje é quinta e só tenho natação amanha. Poxa, já to enrugada de tanta água *estava pensando enquanto saia da escola*
J: Hey Samantha
Quando olho pra trás vejo a Jully vindo em minha direção
S *pensando*: Deus, ela de novo
S: O que você quer Jully?
J: Tome cuidado OK?! Dizem que é perigoso andar sozinha à noite, ainda mais sendo garota.
S: Ah claro. Obrigada por avisar. Agora tenho que ir. Bye. *se vira e sai*
J: hahaha...bye
S: *pensando* mereço né... essa menina realmente é uma malaSaí da escola e fui andando para minha casa.

~*~*~*~*~*~*~*~*~


[Visão do Gee] 

A: Bem, numa quinta-feira eu estava, digamos assim, deprimida, então fui atrás da única coisa que me animava.
G: Drogas?
A: Yeah. Drogas. Eu saí de casa e fui para uma praça que havia atrás da escola. Era lá que nós comprávamos e usávamos, mas antes de chegar a praça eu ouvi a Jully falando ao telefone. Ela disse: “Ela já saiu daqui, agora vocês já sabem o que fazer, eu quero que ela saiba que, de agora em diante o Brian é meu”.
G: Ela tava falando da Sam?
A: Sim. Depois que eu ouvi isso eu fui pra praça e encontrei o Rick lá, um dos meninos que andavam comigo e comentei o que eu havia escutado. Ele me disse que viu a Jully falando com uns caras da praça. Na hora eu me dei conta do que estava acontecendo e nem sei por que, saí correndo à procura da Sam. 

~*~*~*~*~*~*~*~*~

[Visão da Sam]


[continuando a recordação]

Enquanto eu andava, reparei que tinha dois caras atrás de mim. Apressei meu passo, mas eles também.
Homem1: Hey gatinha aonde vai?
Eu não agüentei e comecei a correr. Mas o segundo homem correu e segurou meu braço.
Homem2: Pra que a pressa?
S: Me larga *se debatendo*
H1:Calma boneca...não grita
Eles me arrastaram até uma rua escura e me bateram. Começaram a me beijar e a passar as mãos em mim. Rasgaram minhas roupas. Eu gritava muito e eles me batiam. Até que um deles tirou um canivete e apontou pra mim.
H1: olha bem...se você ficar quietinha nem vamos te machucar
Eu não conseguia parar de tremer e chorar. Estava machucada, dolorida e com medo. Logo um me empurrou até a parede e abaixou suas calças me penetrando violentamente. Eu senti muita dor. Senti sangue pelo meu corpo. Enquanto um me penetrava o outro tapava minha boca com as mãos e me segurava. Logo ouvi uma voz, isso chamou a atenção deles e eu gritei. Fui golpeada por um soco muito forte e então desmaiei.

~*~*~*~*~*~*~*~*~


[Visão do Gee] 

A: Quando eu passei por uma rua deserta ouvi uns gritos e choro, sabia que ela estava lá.
G: Meu Deus
Eu comecei a chorar. Eu não conseguia nem pensar no quanto Sam tinha sofrido. Tinha medo do que a Alex ainda iria falar.
A: Eu entrei na rua e vi dois homens estuprando-a. Eu gritei e mandei que a soltassem. Ela gritou por ajuda e então um dos homens bateu nela e ela desmaiou. Logo vieram pra cima de mim. Um deles tinha um canivete, mas nada que eu não pudesse resolver.
G: Eles te machucaram também?
A: O que estava com canivete veio pra cima de mim, eu dei um soco no nariz dele, peguei-o pelo braço, torcendo-o e peguei o canivete da sua mão. O outro veio pra cima de mim e eu enfiei o canivete na perna dele. Resumindo. Um saiu com o nariz e o braço quebrado e o outro com vários hematomas e um corte profundo na perna. Eu só tive feridas leves, já que naquela época eu já era faixa preta em karatê. Eu corri até a Sam, ela estava muito machucada. Eu liguei para a policia que não demorou muito para chegar. A Sam foi para o hospital e ficou internada por uma semana.

G: E os homens
A: Foram presos.
G: Alex...eu...eu..*chorando* eu não sei o que dizer. Agora eu entendo o motivo da Sam ter receio das coisas.
A: Calma Gee. Eu não acabei de contar. Como dizem né. Desgraça pouca é bobagem. Bem depois de duas semanas a Sam voltou pra escola. Logo que ela chegou veio falar comigo, ela me agradeceu. Pelo que ela me contou ela não se lembrava de ter me visto, mas ela me disse que os pais delas falaram pra ela que tinha sido eu que a salvei e sempre ia visitá-la no hospital. Sabe, acho que eu nunca vou me esquecer do que a Sam me disse quando estávamos conversando. Ela falou: “Mas, porque você me ajudou? Sendo que você não me conhecia?” e eu lhe disse que o havia feito porque eu não gostava de injustiça e também porque ela era uma pessoa boa. Nisso ela me abraçou chorando e disse: “você é um anjo”. Acho que foi o primeiro abraço sincero que eu havia recebido em toda minha vida. Logo depois o Brian veio até nós e puxou a Sam pelo braço e disse que queria falar com ela. Ele estava alterado e falava alto. Ele perguntou se era verdade que ela havia transado com um cara e ela estava chorando. Ela contou tudo pra ele e ele a xingou, falou que tudo isso era culpa dela. Eu não me agüentei e dei um soco nele. *a Alex começou a rir* ele ficou com a cara inchada por um bom tempo. Depois disso eu e a Sam nos tornamos grandes amigas. Mesmo com meus problemas eu não voltei a me drogar, pois a Sam sempre me apoiava. Ela se tornou minha irmã. Sempre me ajudou. Sinceramente, eu acho que naquele dia não fui eu quem a salvei, mas sim ela que me salvou, pois ela fez eu me tornar uma pessoa melhor, Eu comecei a ir bem na escola, meu relacionamento com meu pai melhorou, eu ganhei uma amizade pra sempre, enfim minha vida se transformou.

G: Alex, eu preciso encontrar a Sam, ela ta sozinha... na chuva... eu preciso pedir desculpas...*chorando* é tudo culpa minha.
Nisso o celular da Alex tocou.  

[Visão da Sam] 

S *pensando*: chega Sam, vamos pra casa agora né. Acho que está na hora de contar toda essa verdade para o Gee... mas será que algum dia ele me entenderá? Será que ele ira me perdoar? Ou ele irá me julgar como o Brian?

Levantei e fui andando. Aquela chuva estava muito forte. Eu mal conseguia enxergar o caminho. Naquele momento houve uma serie de acontecimentos rápidos. Uma luz, uma buzina e escuridão.

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