Fantasia - Snape apaixonado escrita por Wind Kaze


Capítulo 4
Dúvidas, suspeitas, confusão




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No capítulo anterior...

— E se eu não quiser resistir? O que vai fazer?

Dúvidas, suspeitas e confusão

— Alice não conseguia mais se concentrar e estava fraca o bastante para não escutar os pensamentos do professor, deixando-a cada vez mais nervosa com a possibilidade de não conseguir controlar a situação.

— Fale senhorita Blood. Posso ter maior resistência, é verdade, mas e se eu não quiser resistir? Vai fazer o que? – A mente de Alice gritava sem saber que decisão tomar.

Assim que o viu e ouviu seus pensamentos, ela havia se encantado por ele e era possível que ela se entregasse ao invés de resistir a ele se o mesmo viesse como parecia que viria.

— Então terei de forçá-lo a parar assim como fiz pouco antes de entrar na água. – Sentiu então sua cintura ser puxada contra o corpo do professor, a fazendo arregalar os olhos de surpresa. Ele não era homem de fazer essas coisas e disso ela sabia.

— Não. Pelo que entendi, você fica vulnerável até certo tempo. Durante e depois de ter entrado na água banhada pela lua. Por isso precisa de companhia.

“Inteligente, forte, bonito e com a voz inebriante. Como resistir? E ainda por cima, se eu confiava nele, porque estava receosa?”

O olhar de Alice falava por ela.

— Pelo seu olhar, posso dizer que estou certo e que ainda está sem seus poderes. Deveria pensar em trazer uma varinha.

— Inteligente demais, mas mesmo que esteja fazendo isso, sei que só está me provocando e que não me colocaria em perigo grave como aparenta. É um homem honrado e jamais tocaria em uma mulher contra sua vontade. Não tocaria no corpo de uma garota que aparenta ter 16 anos no máximo. É orgulhoso demais para demonstrar desejo por uma aluna.

Ao terminar de dizer isso, Snape afrouxou o braço que a prendia contra seu corpo, mas sem a soltar.

— E você quer mesmo que eu a solte, Alice Blood? – Pergunta cruel, pois o que mais a garota queria naquele momento era deixar-se levar por aquele homem, mas após respirar profundamente, ela lhe olhou séria, afirmando que sim. E foi o bastante para que ela fosse solta repentinamente pelo moreno que lhe virou as costas para lhe dizer:

— Não seja tola, menina. Eu jamais iria querer nada com uma criança, ainda mais uma aluna minha. Isso foi apenas para servir de alerta. Não confie em quem não conhece.

— Sim. – Foi tudo o que ela respondeu, sentindo os poderes voltarem aos poucos.

Snape POV’S On

“Droga, o que estou fazendo? Ela é uma criança! Porque estou me sentindo assim? Porque essa necessidade?

Sem mais falar, Alice vai até as roupas da Sonserina que havia antes despido e as coloca mesmo estando molhada, voltando para a escola sem olhar pra trás, mas sabia que era seguida pelo professor que no momento, estava muito confuso. Já dentro da escola se separou dela, quando a mesma entrou na casa da Sonserina, pois como ela mesma disse, não poderia ser pega, mas durante todo o caminho ou na despedida, não trocaram palavra alguma.

“Preciso pesquisar sobre isso. Nunca li ou ouvi falar nada sobre algo assim. Um rapaz que transforma suas unhas sem usar magia, poção, erva... Nada. Uma garota que fez minha sanidade se perder com o simples vislumbre de seu corpo molhado. Não! Não devo pensar mais nisso. Mas o que era aquilo afinal?”

Mesmo que tarde, Severo foi em direção à biblioteca novamente, onde passou a noite procurando por uma pequena pista que fosse sobre o que havia acontecido àquele dia.

Snape Pov’s Off


No dia seguinte, todos haviam despertado e Yoite estava de ótimo humor. No intervalo das aulas, o mesmo foi falar com sua amada, visivelmente animado.

— Descobri um lugar onde pode se alimentar tranquilamente sem que quaisquer pessoas possam a perturbar, Alice.

— Querido, eu não sabia que estava com tanta fome, até me vir com essa notícia. Onde fica?

— Há um banheiro feminino aonde ninguém vai porque tem uma garota fantasma morando nele. Da pra acreditar na sorte? Rsrs mas foi difícil convencê-la a nos deixar usar o lugar, tive de contar um pouco sobre nós dois depois que ela quase me matou por eu ser homem.

— O que tem demais você ser homem?

— Bem, Alice... É um banheiro feminino e ela parece ser meio antiquada. Agora vamos, não come desde anteontem. Não sei como está aguentando.

— Nem eu mesma sei. – A garota alva sorriu discretamente, seguindo Yoite alguns andares acima, chegando ao toalete.

A murta que geme, como era chamada, era uma garota engraçada e temperamental que usava óculos.

— Ah, você deve ser a menina vampira que ele falou.

— Sim, e eu agradeceria se guardasse segredo quanto a isso. Minha alimentação, entende?

— E pra quem eu iria contar? Para as paredes? E mesmo que tivesse para quem contar, acha o que? Que sou fofoqueira? – Ela parecia enfezada com o que ouvira, o que surpreendeu Alice até demais, causando risinhos no moreno.

— Desculpe, não queria ofender.

— Humf! Tudo bem. Vocês podem ficar aqui, enquanto eu vou ficar ali se precisarem de mim. – Voou até um Box do banheiro e lá ficou, trancada, parecendo querer deixá-los em paz.

Alice sentiu a presença de certo professor de poções do lado de fora do banheiro e tentou ouvir o que ele pensava:

“Pensei se fosse Potter. O que Alice faz aqui? Escutei a voz de um homem com ela, quem poderia ser?”

Ela se aproximou de Yoite com um sorriso malicioso nos lábios, deixando o mesmo com a face ruborizada. Ela raramente fazia aqueles joguinhos, ainda mais com ele. Será que ela não havia percebido Snape?

— Não seja malvado, Yoite, estou com fome, deixa eu beber.

— Eu sou todo seu, querida. Sabe que pode pegar quando quiser e sem pedir. – Respondia à ela, entendendo o que ela queria ao fazer isso, embora não estivesse gostando nada de participar daquilo. Podiam ouvir a mente de Severo entrar em ebulição, na dúvida de talvez aquilo pudesse ser algum código entre eles.

Então ela abraçou seu irmão, passando a língua pelo pescoço do mesmo, que retribuíra o abraço, fechando os olhos. Uma mordida suave e gentil fez um filete de sangue escorrer pelo pescoço do moreno, que estava corado e começava a arfar, encostando o queixo no pescoço da amiga. Aquele momento era sempre assim, sempre ocorriam os carinhos nos cabelos, o arfar, os gemidos de Yoite, que estava para falar o de sempre, mas que deixava a garota tentada a fazer o que ele pedia.

— Ahh ... Alice! Mais! Me morde! Me chupa com mais força! Suga todo o meu sangue!

Snape colocou a mão na boca com os olhos arregalados. O que pensar? O que fazer? O que estava ouvindo eram gemidos e arfar de prazer? O que sua Alice estava fazendo? Impossível!

Sem acreditar nas palavras que ouvia, adentrou no banheiro a passos rápidos, embora cambaleantes e se deparou com uma cena totalmente avessa ao seu pensamento, o deixando tanto aliviado, quanto surpreso e chocado, o fazendo demorar alguns segundos para tomar qualquer providência. Seu instinto protetor falou mais alto e puxou sua varinha ao ver os lábios de Alice manchados de sangue, lambendo e sugando o pescoço alvo de Yoite Blood, que parecia estar inebriado de prazer com aquele ato.

— Afaste-se de meu aluno, sua vampira! – Seu olhar assombrado dizia mais que o necessário. Se ela se afastasse, seria vítima de algum feitiço e cambaleante, Yoite foi para frente de Alice, tentando a proteger com seu corpo um tanto fraco.

— Tadinho, sua culpa me pedir isso. Acabei bebendo demais de novo.

Severo ficou ainda mais confuso ao ver que o mais jovem tentava me proteger novamente, bloqueado a visão do professor da garota com o próprio corpo.

— C-como disse? De novo? Já fez isso a ele quantas vezes? Quem é você afinal? Ele não é seu parente? Como pode fazer isso com seu próprio primo? Yoite, você quer morrer? Afaste-se dela!

— Calma professor, não está raciocinando direito. Abaixe a varinha ou alguém vai se machucar. Em primeiro lugar, não sou exatamente uma vampira, mas por ter esse tipo de alimentação, preciso de alguém que me deixe beber seu sangue e se não fosse de Yoite, seria de outro.

— Isso nunca! – O moreno se virou para Alice aflito, implorando com o olhar que aquilo não acontecesse, deixando Snape mais confuso ainda, abaixando a varinha e ao fazê-lo, o mais jovem sentiu os joelhos amolecerem e se apoiou na morena, que o segurou para que o mesmo não caísse.

— Desculpe. Eu realmente não devia ter te escutado. Tentarei moderar da próxima vez, ok?

— Tudo bem, Alice. Você pode fazer o que quiser comigo. – Sorriu com o canto da boca, levando a mão para afastar uns poucos fios da face alva da garota, o pondo atrás da orelha.

— O que está acontecendo aqui, afinal?

...Continua...


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