Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ((:



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Havia começado a comer, mas desde que os meninos saíram da sua mesa, ficara sem fome, as panquecas não tinham mais o mesmo sabor, e o cappuccino chegava até sua barriga mais quente do que nunca, e só havia permanecido uma sensação por lá: ansiedade. Só continuara a comer por necessidade do corpo, e não da alma. Estava sem fome, mas não podia sair sem comer. Comeu mais um pouco, e vendo que não descia mais nada, deixou uma panqueca e meia no prato e resolveu subir. O movimento no hotel já tinha aumentado, pegou só a chave do quarto na recepção, e resolveu subir direto para um banho.
Os corredores continuavam vazios, e ela se perguntava em qual dos 10 apartamentos do andar moravam cada um dos meninos, porque vinham alguns barulhos de risadas de uns dois quartos do seu. Poderiam ser eles, ou não. Entrou em ‘casa’, e subiu direto para o quarto. Antes de ir pro banho, pegou a caixinha do Ipod e colocou as músicas dele para tocar, e a primeira música da playlist era meio obvia, não? Glad you came, pra começar melhor ainda o dia. Saiu do banho e já eram umas 8:10. Começou a secar o cabelo, mas não todo, só para não deixá-lo tão molhado e para quando fosse secando o resto, ficarem cachos nas pontas. A roupa que tinha escolhido era uma calça cinza, meio saruel, uma camisetinha básica sem mangas branca, com algumas amarras na frente, e um blazer com a cor azul meio morto, e um scarpin branco de salto, um dos seus favoritos. Começou a passar um pouco de maquiagem, mas só o básico. Ainda não eram 9:00 e ainda não tinham interfonado para ela descer, então resolveu ficar ouvindo música, estava tocando “Party In Your Bedroom”, era uma boa música, e bem animada. Ficou lá curtindo um bom tempo até que o interfone toca e Hollie diz que Peter já está lá embaixo esperando. Ela então para a música, e pega uma pasta/bolsa branca que sua mãe lhe deu antes de viajar. Quando ela abre a porta, e se vira pra fechar, mais uma porta no corredor se abre, e aparecem Nathan e Jay gritando e cantando.
– Vizinha! Essa é pra você – empurraram Siva pra fora, que ficou muito envergonhado, e começaram a cantar e a dançar de um jeito esquisito: “There's a party in your bedroom all night long, vai Siva dança também” disseram os dois– Lily riu muito, mas muito mesmo e disse.
– Vou levar isso como uma mensagem de boas vindas! – riu mais um pouco com aquela cena e desceu. – Enquanto virava as costas e pegava o elevador, ela pode escutar os meninos rindo e Siva dizendo “Mas vocês são dois idiotas mesmo, não é?” , e começaram a rir. Lily desceu ainda rindo, e pensando que talvez, poderia haver a possibilidade BEM remota, de não ser só curiosidade hoje de manhã, porque ela não via muitos motivos para os outros meninos fazerem aquilo. Poderia ser algum sinal bom. Poderia.
Chegando lá em baixo, deu um tchau a Hollie, e foi direto para o carro em que Peter já a esperava.
– Bom dia Srta.Carter, como passou a noite?
– Bom dia Peter! Foi ótima, obrigada! A propósito, pode me chamar de Lily. - ela deu sorriso e o carro começou a se movimentar. Ela começou a pensar no café da manhã, da dançinha dos meninos no corredor e do Siva chamando os meninos de idiota... Engraçado como são as coisas, ela sempre quis conhecer o Tom, mas ela só o tinha visto quando chegara ao hotel e de longe. Ela ainda tinha todas as cartas que pretendera mandar pra ele, e não mandara, todas as fotos na parede, e dentro de cadernos, armários e tinha a imagem de todos os vídeos da banda na cabeça... Mas tudo bem, ele ainda morava no mesmo andar que ela, um dia ela ia vê-lo.
Passou o caminho todo pensando como seria o resto do seu dia, já que lembrara que Rebecca disse que havia uma festa mais tarde para cobrir. Legal essas coisas de festa em menos de uma semana que estava por lá, e o bom que era exatamente esse o seu trabalho. Divertido, eu diria.
O carro parou bem diante de um prédio comercial, era enorme, e ela deduziu que em algum dos andares seria a sede do jornal. Ela desceu do carro, e andou até a recepção, e Rebecca já estava esperando.
– Bom dia Lily! Como passou a noite?
– Muito boa por sinal, nem demorei muito a dormir depois que organizei minhas coisas.
– Isso é um bom sinal então. Mas como foram as coisas hoje de manhã? Muito movimento pelo hotel?
– Não, tinha bem pouca gente por lá quando eu desci pra tomar café.
– Ah sim, então vamos indo pra redação então. – elas pegaram o elevador e Rebecca apertou o botão de andar de 25. – A redação fica no vigésimo quinto andar, todo o andar é dedicado a redação do jornal, apenas separados por áreas. A minha sala fica no final do corredor, assim como a sala de reuniões, e falando em reuniões, hoje teremos uma com a equipe da festa que pediram para nós do jornal cobrirmos, nós ganharemos passes, portanto vai ser como um trabalho. – assim que saíram do elevador, entraram em uma sala com vários cubículos, tipo de central de atendimento. – Cada cubículo desses é como se fosse um espaço da pessoa. Reservei um pra você perto da janela, junto com a outra estagiária.
– Outra estagiária? Tem mais alguém do Brasil aqui?
– Ah não. É que nós fizemos o concurso para alguns países somente. Ela é da Espanha. Olha, é aquela ali. – e falou em direção a uma garota alta, magra, com cabelos grandes e ondulados, castanhos com alguns fios loiros. Ela estava em pé em um dos cubículos conversando com alguém. Começaram a andar pelos espaços entre aquelas mini salinhas, e por onde passava Rebecca a apresentava. Até que, chegaram ao final da sala e Rebecca lhe mostrou o seu cubículo, e lhe disse que ali, poderia decorar como quisesse, pois ali seria seu espaço. Explicou-lhe como funciona o sistema, e que aquele dia era só para ela se organizar e saber como funciona antes de começar realmente a trabalhar. Depois de um tempo lendo um ‘manual de instruções’ que estava no seu computador, a menina, que provavelmente seria a estagiária também e que tinha seu cubículo do lado do dela, veio conversar.
– Olá! Você é a estagiária brasileira não é? Prazer, Bianca Fajardo. – ela usava um short preto, com meias pretas e um all star branco com vermelho, tinha uma blusa xadrez azul com um marronzinho, e tinha o sorriso com dentes perfeitos.
– Oi! É sou sim do Brasil, Lilyan Carter, e você é da...
– Espanha! E você não tem sobrenome de brasileira. – e ela riu.
– É né... Meu pai não é brasileiro, ele é de alguma cidade perto de NYC. – ambas riram.
– Ah sim! Eu sou de Madrid, ganhei o concurso também, já estou aqui há uma semana, trabalho legal.
– Eu cheguei ontem do Brasil, até agora, tem acontecido umas coisas estranhas, mas legais, muito legais.
–Estranhas? Como?
– Tipo, sabe o The Wanted?
– Saber eu sei pouco, mas conte.
– Eles moram no mesmo andar que eu, descobri quando eu cheguei. Ontem à noite, o Siva sorriu pra mim. Hoje de manhã, a Hollie, que é da recepção, falou que ele perguntou que era a novata no hotel, e o Jay e o Nathan sentaram comigo no café da manhã, e eu NUNCA pensei que uma coisa dessas pudesse acontecer, porque veja, qual é a probabilidade de vir pra Londres, conhecer sua banda favorita e estagiar num jornal?
– Uma gracinha ele.
– Quem?
– Esse Nathan. Tinham umas meninas no meu prédio em Madrid, que eram muito fãs desses caras, e sempre achei ele uma graça.
– Eu sempre gostei mais do Tom, mas eu não o vi ainda, o que é uma pena.
– Relaxa, vocês vão acabar se cruzando por aí.
– É isso que eu espero. – elas começaram a se falar, cada uma contando sua vida, e ela até acabou descobrindo que elas moram no mesmo Hotel, uns 10 andares abaixo, mas moravam. Passaram horas conversando, Bianca lhe disse muita coisa sobre o estágio, coisas que seriam muito úteis pra no dia que realmente fosse trabalhar. Era perto da hora do almoço quando Rebecca e outra mulher que se chamava Petra Turner, que aparentava ser da mesma idade de Rebecca, mas ela era morena e estaria bem baixa se não usasse o salto alto e era responsável pela parte do social do jornal, com ela que se tratavam os show e eventos a serem cobertos, vieram chama-las para a reunião sobre o evento de mais tarde.
Na mesa da sala de reuniões já estavam umas nove pessoas, e faltavam exatamente quatro lugares a serem ocupado, o de Lily, o de Bianca que eram um do lado da outra mais ou menos no meio da mesa, o de Rebecca na ponta da mesa e Petra do lado. Petra começou a dizer que ia haver uma festa numa boate local, que era comemoração de alguma empresa e havia chamado alguns DJ’s e uma banda, que até agora, era desconhecida, mas que naquele dia, eles haviam mandando um fax pro jornal confirmando a presença da banda e que anunciaram naquele momento qual era.
– Então pessoal, acho que todos nós aqui estamos curiosos pra saber qual a banda que vai tocar, não é? Porque afinal, tudo que é segredo, dá certa ansiedade para a descoberta. – ela pegou um papel dentro de uma pasta e continuou. - A banda que vai tocar no evento de hoje, ás 22:00, é o The Wanted! Parabéns vocês que vão hoje, Rebecca, Lilyan e Bianca, espero que se divirtam, vocês vão acompanhar o fotográfo. Passem na minha sala mais tarde para pegar as credências de imprensa. Reunião encerrada. – Todos saíram, e Lily virou para Bianca e disse “Só o que me faltava essa! Agora sim, vou conhecer todos, e não vai ter jeito, vou dar um abraço em cada um daqueles meninos.”.

É. Quando as coisas são pra acontecer, parece que tudo, mas tudo mesmo empurra você para o destino.


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