Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Capítulo postado bem rápido! Espero que gostem. Boa Leitura!
obs: Gosto de ler o POV da Bianca ouvindo Cannoball - Little Mix, acho que fica legal, se quiser, poder ler ouvindo, é uma dica! :)



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Bianca's POV

O sorriso de Nathan sumiu quando eu disse séria que precisávamos conversar. Ele apenas abriu a porta e fez sinal para que eu entrasse.

- Não repara na bagunça. - ele disse. Como se isso fosse a primeira coisa a me preocupar... Sentei em um dos cantos do sofá, jogando no chão uma embalagem de salgadinho e chutando uma latinha de refrigerante. Ele puxou uma das cadeiras e sentou-se na minha frente. - Então, o que você quer conversar?

- Primeiro eu preciso dizer que o que eu vou dizer é sério e sem volta. Eu pensei nisso cada segundo antes de chegar na sua porta e tocar na campainha.

- Você realmente está me assustando, Bianca. Aconteceu al...

- Nós não podemos mais nos ver. - eu o interrompi.

- O que você está falando? - perguntou confuso.

- Nós não podemos mais ficar juntos, Nathan! As coisas não estão boas.

- Mas por que? O que aconteceu? O que eu fiz?

- Não aconteceu nada! Mas a gente precisa parar por aqui, antes que aconteça. Logo eu vou embora, sabia? Eu vou me magoar enquanto você vai ficar aqui, com várias meninas, com quantas você quiser!

- Você sabe que isso não é verdade!

- Eu sei que é, ok? Poxa, você é uma estrela! Nathan Sykes... Você pode ter quem você quiser...

- Você não sabe o que está falando!

- Para, Nathan! Eu vim aqui porque eu vou me magoar, eu vou embora. Preciso fazer isso por mim, para não sofrer!

- E você acha que eu vou ficar como, ein Bianca? Normal?

- É o que os caras com fama fazem, não é? - minha voz aumentava o volume a cada palavra que eu cuspia, a cada vez que eu sentia o sangue fervendo me subir a cabeça. - Logo você vai estar com qualquer um que te der mole em um bar, ou na rua, ou em qualquer lugar em que você estiver. Você supera.

- Você pensa que é fácil assim? Pensa que é fácil encontrar alguém que realmente esteja com você por quem você por dentro? Encontrar alguém certo não é simples como esquentar comida congelada!

- Você não precisa de alguém certo!

- Tem razão, eu não preciso!

- Está vendo? Eu tenho ra...

- Eu preciso de você, caramba! - ele me interrompeu saindo da cadeira e lançando-a longe.

- Você também não precisa de mim, garoto! Não precisa! Não dificulta as coisas pra mim? - me levantei jogando a bolsa com força no chão e encarando-o.

- Por que você está fazendo isso? - ele perguntou mexendo nervoso no cabelo.

- Eu já disse o porque!

- Eu não consigo acreditar que é só por isso!

- Então aprenda a acreditar!

- Não, não vou acreditar em uma coisa que não existe! Nós não podemos acabar assim, se for pra ser assim, eu quero uma explicação melhor que essa!

- Nós?

- Sim, NÓS! Ou quer dizer que não fomos nada ou...

- Ou o que? Termina! - gritei sem querer. Ele me respondeu quase sem voz, quase um sussurro.

- Ou que você não gosta de mim... - não posso dizer que isso não me atingiu, porque de verdade, aquela frase tinha caído em mim mais forte do que eu pensava, para ser franca, no meu 'roteiro' desta conversa, ele não mencionava nada disso, não sei porque, mas pelo visto, enquanto eu pensava, eu tinha uma idéia do nosso relacionamento ser casual, mas obviamente, não era. Os dias anteriores eu havia envolvido uma quantidade bem grande de sentimento, o que não era uma coisa para ser chamada de 'relacionamento casual'. Sim, eu gostava dele e podia ser até mais do que eu poderia gostar de alguém na vida, mas eu não podia. Então se fosse para não sofrer mais na partida, eu precisava dizer aquilo. Era hora de mentir.

- Responde Bianca! - levantou a voz e jogou alguma coisa para longe.

- Você quer que eu diga? - aumentei a voz.

- Fala logo essa merda que eu tenho que escutar logo!

- Eu não gosto de você, Nathan! E nossa relação era casual, somente casual! Não tenho culpa de você ter posto alguns 'sentimentos' aí.

- Casual? Nós estávamos namorando, que eu saiba!-

- Namorando só se for na sua cabeça!

- Não acredito no que estou ouvindo...

- Mas devia!

- E eu pensei que nós iríamos dar certo... Eu falei que faria de tudo para estar com você e não me importaria de ir algumas vezes por mês á Espanha pra te visitar... - ele olhou decepcionado para mim e deu uma risada abafada. Por que não podíamos simplesmente concordar um com o outro e ir embora?

- Eu vim aqui ter uma conversa calma e explicativa com você, mas acabamos gritando um com o outro. Se você achou melhor assim...

- Não dá pra ter uma conversa 'calma e explicativa' com alguém que fingiu que gostava de você. Você mentiu pra mim lembra?

- Eu vou embora, não sou obrigada a escutar esse tipo de coisa. - peguei minha bolsa bruscamente e quase tropecei enquanto fazia isso. Dei as costas e passei por ele indo em direção a porta. Estava prestes a sair quando ele segurou o meu braço.

- Sabe de uma coisa, Bia? Eu realmente gostava de você, de verdade. - Senti meus olhos se encherem de lágrimas. Voltei o meu rosto para ele. Se eu quisesse, poderia simplesmente voltar a trás, dizer que eu estava mentindo de verdade, dizer que sim, eu gostava dele, de verdade. Nós poderíamos passar por cima disso. Mas não. Eu seguiria em frente. Pessoas comuns fazem isso. Pessoas comuns tem cabeça de não se envolverem em coisas impossíveis. Seu olhar pairava sobre mim, como se fizesse um pedido silencioso para eu ficar. Tentei falar qualquer coisa para ele, mas eu só queria abraça-lo mais uma vez antes de ir. Não sei quanto tempo exatamente ficamos nos olhando quando percebi que uma lágrima caia.

Me soltei do aperto do seu braço e sai. Bati a porta em seguida. Corri para o elevador chorando e tentando impedir que toda aquela cachoeira caísse. Para a minha completa falta de sorte, o elevador estava tão cheio de gente que me perguntaria o que estava acontecendo que eu resolvi ir de escadas. Eram muitos, mas muitos degraus a serem descidos, mas eu estaria sozinha. Desci correndo e depois de tropeçar na minha bolsa que caia do meu braço, me encostei em uma das paredes e continuei a chorar.

Quando me senti mais calma, depois de gritar e chorar quase todo o liquido do meu corpo, resolvi continuar descendo, repetindo pra mim mesma: “Eu espero que um dia você me perdoe, Nathan.”

Tom's POV

- Você já se sentiu idiota, Max? - perguntei abrindo uma lata de refrigerante e voltando para o sofá, onde estávamos assistindo um bom futebol.

- O que você fez dessa vez, cara? - perguntou com um certo tom de humor em sua voz.

- O que eu tento fazer, na verdade.

- Já sei que tem mulher no meio... - ele riu.

- Ei, é sério!

- Quem é?

- Lilyan.

- Tom, você falou que ia desistir dela! Se o Siva descobre a confusão é muito pior... - respondeu preocupado. E eu entendia o motivo.

- Não tenho culpa! Ela estava linda ontem, não resisti!

- Você não a agarrou, não é?

- Não. Quase.

- Você precisa para com isso.

- Eu vou parar, ela quer assim... - joguei uma das almofadas longe. - Sabe o que eu não entendo, cara?

- Fala aí!

- Antes de eu conhece-la, sabe, quando ela me mandava cartões virtuais, ela parecia gostar tanto de mim... Mas quando finalmente nos conhecemos, ela acaba namorando com o Siva! O Siva!

- Vai ver era para ser assim...

- Não, eu não acredito nessa história de 'era para ser'.

- Mesmo sem acreditar, lembre-se que quando ela chegou, Siva estava solteiro, você não.

- Nem me fala naquele atraso de vida da Kelsey! Agradeço todo dia por finalmente ter achado um motivo realmente bom para terminar.

- Mas voltando na Lils, vocês não estavam amigos?

- Estávamos, estamos, não sei. Ela quer assim, então eu prefiro ficar perto dela como um amigo, do que perde-la logo de vez.

- Você não vai desistir, não é?

- Não, ela não pode ficar com Siva para sempre.

- Então quer dizer que você também não vai ter nenhuma namorada? - ele gargalhou. - LILYAN FAZ MILAGRES! - gritou.

- Milagre o caralho, que eu não disse isso! Curtir é sempre bom, amigão! - tomei um gole da minha bebida e voltei a falar. - Mas tem que me dar um bom motivo para eu desistir daquela morena... - sorri e ele não me respondeu mais. Talvez nada daquilo precisasse de resposta. Voltamos nossa atenção ao jogo e substituímos os refrigerantes por uma cerveja gelada recém comprada no bar do hotel, com direito a salgadinhos como petiscos. O time que estávamos torcendo tinha acabado de fazer um gol quando meu celular tocou. Ele estava longe e eu com preguiça demais para levantar do sofá.

- Ei, atende aí! - pedi a Max. Puxou o aparelho e atendeu.

- Alô? - uma expressão de aborrecimento apareceu no seu rosto. - Olha minha amiga, quem você pensa que é pra ficar de coisa para o meu lado? Eu ein! - tirou o celular ouvido e o direcionou a mim. - Acho melhor você atender, com certeza não é coisa boa pra essa daí estar te ligando.

- Quem é? - perguntei confuso.

- Atenda! - se distanciou e andou até as escadas, subindo para o andar de cima.

- Alô?

- Olá amor! - acho que conhecia aquela voz... Esganiçada, alta... Falsa animação. Meu coração acelerou por causa da raiva que aquela criatura repugnante me causava, pensava que depois de tudo ela me deixaria em paz, me deixaria viver. Ainda não estava na cara o suficiente que eu não a queria mais na minha vida?

- Kelsey... O que você quer? - perguntei em um tom seco e um tanto ignorante.

- Com calma, garotão, eu tenho uma pergunta a lhe fazer.

- Que pergunta? Dá para você ir direto ao ponto, por favor?

- Você já sonhou em ser pai, querido Thomas?   


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo! Não sei se o próximo vai sair tão rápido, porque minhas aulas, e recuperação, começam na quarta e eu faço prova até no sábado... Sim, fiquei em muitas matérias e espero passar... Mas assim que eu puder, eu vou estar escrevendo e postando!
Eu queria acabar a fic nesse mês, mas infelizmente, não deu...
Enfim, não esqueçam de deixar reviews! Comentem, deem suas opiniões, críticas, sugestões, falem comigo aqui ou no twitter: @CarollNovaiis. Não deixem de falar, porque pra mim é muito importante!
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